Bleach - Mysterious Blizzard escrita por Satsuki Ichi


Capítulo 2
Duvidas


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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Assim que Hitsugaya se distanciou junto a Yuka, que parecia ter desistido de tentar ser prestativa, Matsumoto mudou o caminho para me guiar até a Seireitei como dissera antes.

Alcancei-a. – Perdão, Rangiku-san – disse eu – mas como vai ser daqui para frente? Eu realmente não sei nada sobre ser Shinigami e... Tem certeza de que não tem problema se um espirito comum entrar na Seireitei a essa hora?

Primeiro irei mostrar o caminho para a academia – disse ela – como não está muito tarde deve dar tempo de fazer a sua inscrição e arrumar um uniforme. E não se preocupe, você estará acompanhada de uma tenente, não haverá problema algum!

– Mas eu não tenho dinheiro...

– Isso não vai ser problema, acredite – ela me lançou um olhar confiante – você poderá resolver isso quando começar a trabalhar na Seireitei, se for aceita por algum esquadrão. Além do mais, tenho certeza de que você tem potencial, vai estar conosco logo, logo.

Cocei a cabeça e olhei para o lado. – Ah, entendi. Mais uma coisa, se é que posso perguntar, o que o capitão da décima divisão estava fazendo fora dos muros?

Matsumoto cruzou os braços e fez uma cara séria. – Ele estava no mundo real, acabou de voltar – olhou para mim – conhecendo-o bem, aposto que aproveitou para vasculhar essas áreas para ver se estava tudo certo. A reunião dos tenentes e dos capitães é daqui a pouco, ele e o capitão Zaraki Kenpachi disseram sentir a presença de três Arrancars no mundo real e pretendem dar mais detalhes hoje.

Parei de andar na mesma hora e encarei Matsumoto. – Arrancar? Mas não derrotaram todos?

– Sim, mas os capitães acreditam que haviam sobreviventes – Matsumoto mexeu no cabelo – ou quem sabe até os que tenham evoluído sozinhos. Até agora não encontraram uma força maior, como os Espada.

– Se isso for verdade, a Seireitei não deve tratar desse caso com tanta tranquilidade – disse eu, rapidamente - mesmo que os Arrancars possam se desenvolver sozinhos, por que eles só apareceriam agora? Deve haver alguém para controlá-los!

Voltando a andar, Matsumoto pareceu ter ficado mais preocupada ainda. – Agora que falou... Você pode ter razão, mas infelizmente ainda não nos deram permissão para investigar. Talvez consigamos descobrir algo mais daqui a algum tempo.

– Oi! – apertei o passo, ela estava se distanciando – tem certeza que prefere esperar por ordens? E se-

– Mudando de assunto, Satsuki-san – interrompeu-me ela – você me deixou meio curiosa, desde quando vem sentindo a reiatsu? Digo, não queria perguntar na frente do capitão, mas acho que até mesmo ele sentiu... Sua reiatsu é forte demais e me lembra algo que não sei o que é.

– Eu sempre tive sensações estranhas – respondi – na verdade, desde o dia em que cheguei à Soul Society eu não me sinto muito bem, é como se eu não soubesse controlar algo dentro de mim. Ah, e para completar eu nem sei o que é que está me esperando, não to entendendo nada direito!

– Com o tempo você vai aprender, tenho certeza – ela sorriu – olhe, estamos chegando!

Eu me calei, por incrível que pareça eu estava começando a aceitar os fatos, digamos que até me senti meio animada com a situação. Depois de algum tempo nós finalmente chegamos aos portões da Seireitei, meu corpo tremeu só de olhar para aqueles muros, mas eu não podia recuar. Permitiram nossa passagem e Matsumoto logo me levou até a tal academia Shinigami, onde alguns professores ainda estavam acordados preparando tudo para a chegada dos novos alunos. Matsumoto me apresentou a um dos professores e explicou toda a situação, de início ele pareceu meio preocupado, mas depois de ouvir sobre a reiatsu e o interesse do capitão, ele concordou em me encaixar em uma das classes.

– Tenho certeza de que ela se sairá bem – disse Matsumoto ao professor – se houver algum gasto, poderá ser resolvido depois.

– Certamente, não se preocupe – disse o professor, e logo se voltou para mim – esforce-se, garota, você já tem o poder, agora precisa aprender a usá-lo.

Quando terminou, entregou-me um uniforme vermelho e branco, o que eu teria de usar para frequentar a academia. Certo, no dia seguinte minha rotina mudaria completamente.

– Obrigada – Matsumoto acenou para o professor.

– Não há de quê – ele respondeu, depois olhou para mim – você começa amanhã. Não se atrase, a partir de agora a academia também é sua casa!

Eu agradeci e voltei a seguir Matsumoto que parecia mais tranquila.

– Aí está – ela me deu um tapinha no ombro – agora você já sabe como chegar aqui. Talvez eu volte para ver como você está se saindo. E que sorte hein? Sua casa é bem perto dos muros da Seireitei, e agora que já te conhecem vai ser fácil entrar.

– É, eu acho que sim - disse eu - mas, quanto aos capitães e tenentes, eles podem ir até a academia para ver o desempenho dos alunos?

– É claro, ora – ela parou perto do grande muro e colocou a mão na cintura – às vezes os capitães podem visitar a academia quando estão interessados em novos subordinados. Haha, não fique nervosa, você vai ficar bem.

– Eu entendo... – passei o peso de uma perna para a outra – antes de ir, Rangiku-san, posso perguntar uma coisa?

– É claro, diga.

– Por que estão sendo tão gentis comigo? Vocês mal me conhecem.

– Ah, Não seja tão desconfiada – ela se voltou novamente para mim – já disse, sua reiatsu não é normal, e também é nosso dever ajudar alguém com tal poder. Além do mais é sempre bom ter um prodígio por perto.

– Ta certo, então. Obrigada.

– Não tem de quê – ela começou a andar – tenha cuidado ao voltar para casa, e não se esqueça de que precisa estar aqui bem cedo amanhã.

Eu assenti e me virei para ir embora, antes de prosseguir, segurei a Zanpakuto na minha frente e pensei sobre o que ela havia me dito mais cedo. Caminhei para casa na maior tranquilidade como se nada tivesse acontecido, entrei e finquei a espada no chão à frente de meu futon. Sentei-me e encarei a lâmina da espada, pensei em tentar contatá-la de novo, perguntar algumas coisas... Sim, eu tinha que tentar falar com ela. Fechei os olhos e me concentrei.

“Oi... Você pode me ouvir?” chamei-a “Eu queria perguntar algo” Sem resposta, fui praticamente ignorada por uma espada e isso me fez sentir um tanto idiota.

“Hey! Você não vai me ignorar, né?” baixei a cabeça “desculpe a irritação, mas é que... Eu estou nervosa, não sei como isso foi acontecer não e me lembro de nada direito. Matsumoto disse que minha reiatsu parecia algo que ela conhecia, mas não conseguia se lembrar, eu estou meio confusa quanto a isso. E sabe, eu também estou confusa quanto a estar falando mentalmente com uma espada!

“Céus, mas que alma mais agitada” Uma voz suave ecoou em minha mente “acalme-se, mestra.”

Senti um ar gélido atravessar meu corpo. “Então você estava me ouvindo?”

“Claro que sim” disse ela “mas ao invés de conversar comigo, por que não vai descansar? Pelo que eu saiba você deve acordar bem cedo amanhã.”

“Estou sem sono”

O mais estranho é: Assim que Gyakuryu parou de me responder, acabei desmaiando. Aquela noite foi tão agitada que senti como se tivesse gasto muita energia, talvez fosse influência da força espiritual que havia acabado de descobrir. Mas, sinceramente, nunca achei que fosse pegar tão rápido no sono.


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