Dont Let Me Fall escrita por alwaysbemyBela


Capítulo 14
Capítulo Extra 4 - POV CHRISTIAN.


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas, o dia tá corrido então vou posar rapidinho, e a preguiça de revisar tá foda UHSAHUASHUA



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O céu nublado de São Paulo cobria o sol, me permitindo passar o dia no Parque do Ibirapuera com Rose, como ela desejava. Eu estava sentado encostado a uma arvore enquanto Rose deitava em meu colo e eu acariciava seu rosto e cabelo.

O dia já estava quase acabando, e quando os primeiros tons de escuro invadiram o céu, Rose se levantou, em um anuncio mudo que deveríamos ir embora. Mas de algum modo que eu não consegui acompanhar, ela enroscou seu pé na raiz da árvore, caindo em cima de mim, nossos rostos colados.

— Se quiser me beijar novamente é só pedir Hathaway. – Provoquei me inclinando para ela, que me deu um soco aproveitando o impulso e se levantou.

Ela deu alguns passos em direção a saída, mas então parou e se virou de volta para mim, seu olhar intenso sobre o meu.

— Christian. – Rose chamou com a voz em um sussurro.

Eu me levantei imediatamente, dando um passo largo, parando a sua frente e a tomando em meus braços, colei meus lábios nos seus, agradecendo por ela não ter lutado contra isso dessa vez.

Senti seus lábios macios distribuindo beijos em minhas costas, mostrando que já estava acordada. Me virei para ela, que começou a beijar meu peito e barriga, segurei sua cintura e me virei contra ela.

— Assim fica difícil. – Resmunguei e minha voz saiu rouca por ter acabado de acordar e pelo desejo que aqueles simples beijos acenderam em mim.

Rose me olhava com um sorriso nos lábios, seus lindos olhos castanho com um brilho que só ela conseguia ter, eles eram vivos e convidativos, mas naquele momento estava distante, ela estava totalmente perdida em pensamentos.

— Está pensando em que? – Perguntei me deitando em seu peito. Sentindo sua respiração batendo no topo da minha cabeça enquanto ela fazia carinho em meu cabelo.

— Em nós. – Ela disse com uma simplicidade que fez meu coração bater mais forte.

Eu estava completamente apaixonado por ela, não sabia dizer exatamente quando me dei conta disso, pode ter sido em uma tarde qualquer inventando pratos novos enquanto ela se deliciava experimentando tudo, ou em mais uma noite que passávamos em claro sofrendo pela falta da Lissa. Talvez em um sorriso, ou uma provocação. Só sabia que era estar ali com ela, que eu estava em paz.

Ela me empurrou, fazendo meu corpo sentir imediatamente a falta do seu, e se levantou indo em direção ao banheiro.

— Vou tomar um banho antes que Abe revolva vir nos chamar aqui. – Ela fez uma careta que eu imitei.

Nada legal imaginar Abe batendo em nossa porta e nos encontrando naquela situação. Não que ele não soubesse que estávamos juntos, todos sabiam, e ele até aprovava. Sempre me tratou com respeito e vivia agradecendo por tudo o que eu fiz por Rose, apesar de não saber o que seria esse tudo, já que ela também fez tanto por mim. Mas Abe dava medo, além de ser muito parecido com Rose, com toda a teimosia e sarcasmo, ele tinha todo aquele jeito de gangster e toda aquela influencia que sabia que não era preciso muito para ele se livrar de mim se lhe desse vontade.

Mas ver Rose tirando a camiseta de dormir e ficando apenas de calcinha preta era o suficiente pra fazer com que eu esquecesse que estávamos na casa do pai dela e querer aquele corpo contra o meu.

— Posso ir junto? – Perguntei sentindo um sorriso muito malicioso abrir em meu rosto.

— Nops. – Ela respondeu e fechou a porta atrás de si, me fazendo suspirar frustrado.

Eu pressionei seu corpo avantajado contra a parede do corredor. Nós tínhamos acabado de chegar de uma balada, o pouco álcool se misturava com todo o desejo que eu tinha por ela, tornando quase dolorida a vontade de tê-la.

Subi minha mão lentamente pela suas costas, até chegar ao zíper do vestido e o abrir, passando minha mão pela sua pele agora exposta. Senti Rose se arrepiando ao meu toque, e ela me deu uma mordida no lábio inferior, me puxando contra ela enquanto desabotoava a camisa que eu usava. Ela jogou minha camisa longe no mesmo momento que seu vestido caiu em seus pés, me dando uma visão perfeita de seu corpo apenas de lingerie branca, que destacava sua pele bronzeada.

Peguei suas coxas, levantando a e colocando entre minha cintura, onde ela enlaçou as pernas e eu caminhei até o quarto, meus lábios intensos nos dela, minha mão passeando livremente pela lateral do seu corpo enquanto a outra segurava sua bunda com firmeza.

Nos deitei com cuidado, dando beijos agora em seu pescoço e colo. Rose passava suas unhas em minhas costas, me deixando ainda mais excitado. Eu estava abrindo seu sutiã quando algo pareceu mudar.

Rose me olhou diferente, seus olhos um misto de confusão e hesitação.

 

— Está tudo bem? – Perguntei pegando seu rosto entre as mãos.

— Eu me lembrei de você e Lissa. De quando eu era arrastada para esses momentos de vocês. – Rose disse com um pouco de desgosto na voz e se sentou na cama, me forçando a sentar à sua frente.

— Isso não tem nada a ver Rose. - Tentei argumentar, mas não sabia o que dizer. Só dela ter tocado no nome de Lissa já me senti estranho. Ainda queria Rose. Muito. Mas eu conseguia entender o que ela estava sentindo.

— Te espero lá embaixo. – Gritei para porta do banheiro depois de me trocar.

Desci e encontrei Abe entrando na sala, sua postura mais tensa que o normal e quando seus olhos encontraram os meus, pediam desculpas. Um homem entrou atrás dele, alto e abatido. Inicialmente não reconheci quem era, mas então me senti congelar no lugar.

— Dispensa apresentação não é mesmo? – Abe disse tentando quebrar o clima.

— Christian. – Dimitri Belikov me cumprimentou estendendo a mão que eu apertei rapidamente.

— Belikov está trabalhando para mim, veio passar uns relatórios. – Abe anunciou, explicando o porquê de Dimitri estar ali e eu apenas assenti.

Abe apontou o sofá para que Dimitri sentasse, e se sentou em sua poltrona de sempre. Eu preferi ficar em pé, tendo uma visão perfeita de Dimitri e também da escada, que eu olhava ao que me parecia a cada segundo, temendo que Rose descesse antes que ele fosse embora.

Porque ele tinha que aparecer logo quando estávamos lá? Logo quando Rose estava bem, ela já não tinha pesadelos tão constantes, e quando tinha, era raro que fosse sobre ele. Ela poderia não estar curada, mas estava muito bem. Bem melhor que ele, devo acrescentar.

Dimitri estava muito abatido, não parecia mais o guardião fodão, o deus da luta como um dia foi conhecido. Era apenas um homem sofrido, que a vida tinha conseguido destruir os sonhos e vivia sem expectativa. Será que Rose estaria assim também se ele não tivesse ido embora? Afastei as lembranças de Rose dominada pela escuridão do espírito. Não, não. Rose era forte demais para isso, viva demais. E talvez a falta dela que tivesse piora as coisas para Dimitri, mas bem, ele que escolheu assim não foi? E uma parte egoísta em minha mente se sentia muito agradecia.

Ouvi um barulho vindo do andar de cima e fiquei ainda mais tenso, Rose descia as escadas prestando atenção em cada detalhe da sala, ela estava linda como sempre, mas isso só fez o meu lado ciumento ficar mais tenso. Eu não seria o único a achar isso. Ela percebeu minha postura e entrou em alerta, mostrando a ótima guardiã que era.

Rose caminhou até nós e paralisou ao ver quem estava sentado no sofá da mansão Mazur.

— Dimitri? – Ela perguntou surpresa.

— Roza. – Ele disse com a voz falhando, e eu tive medo da reação que ela teria.

Dimitri se levantou imediatamente, analisando Rose com todo o cuidado, assim como ela fazia com ele. A expressão dos dois era indecifrável, uma mistura de surpresa, choque e até saudade.

— Eu não sabia que estaria aqui, me desculpe. – Ele continuou depois de um segundo. – Posso ir embora se preferir.

Rose olhou entre mim e Abe, eu via sua dúvida e fui até ela, segurando sua mão para mostrar que estaria ali para qualquer coisa. Claro que iria adorar se ela o mandasse embora, mas eu sabia que isso não iria acontecer e não me importava muito.

— Não tem problema, pode ficar. – Ela disse e um sorriso deformado apareceu em seu rosto.

Ela foi até o sofá, me levando junto e se sentou.

— Eu contratei Dimitri depois que ele voltou para Rússia, não podia desperdiçar um talento desses. – Abe disse mais uma vez, agora explicando para Rose.

— Fez muito bem velhote. – A sinceridade em sua voz fez um sorriso aparecer.

Um silêncio se instalou na sala depois daquele momento, a tensão era visível e ninguém sabia exatamente para onde olhar.

— Chris, você se importa de eu conversar com Dimitri sozinha por um instante? – Rose perguntou próximo ao meu ouvido.

— Você tem certeza? – Eu perguntei preocupado, olhando para ela tentando perceber qualquer coisa que pudesse estar a afetando.

— Sim. Por favor.

— Tudo bem. – Respondi mesmo que minha vontade fosse não sair do seu lado. - Estarei te esperando no quarto.

Eu me inclinei e dei um beijo em sua testa, tentando passar toda força e segurança para ela, e quando eu estava me levantando ela me pegou pelo braço, me puxando de volta e me deu um leve beijo nos lábios.

Isso fez um sentimento quente tomar meu corpo. Rose havia me beijado na frente de Dimitri, mostrando que estávamos juntos, e no fim, quem acabou se sentindo mais seguro fui eu.

Me virei para as escadas lançando um olhar significativo para Dimitri, e olhei para Rose por cima do ombro antes de subi-las, indo direto para o quarto.

E eu iria fazer o que agora? Me perguntei me jogando na cama.

Um medo dominou meu coração ao imaginar Rose decidindo voltar para Dimitri. Eu sabia que as chances eram grandes, eu sabia que Rose ainda o amava e nunca amaria ninguém da mesma forma. Eu sabia e entendia afinal me sentia assim sobre Lissa, e pelo menos ela tinha a chance de ter Dimitri de volta. Mas e quanto a mim?

Será que o que vivemos seria esquecido com tanta facilidade? Eu já não conseguia imaginar minha vida sem Rose, e nem queria.

Me levantei me sentindo ansioso demais, eu andava de um lado para o outro, tentando imaginar o que estava acontecendo lá embaixo. Ele tentaria beija-la? Ele a magoaria novamente? Eram tantas possibilidades que me deixavam até tonto.

— Desse jeito vai criar um buraco no chão. – A voz de Rose veio divertida da porta do quarto e eu corri até ela, pegando a em meus braços.

— Você está bem? Está tudo bem? – Perguntei deixando transparecer toda minha preocupação.

— Eu estou bem. – Ela disse deitando a cabeça em meu peito. – Obrigada por confiar em mim.

Não podia dizer exatamente que eu confiei nela, mas também não duvidei. Não tinha do que duvidar. Eu apenas aceitaria se ela quisesse ficar com ele. É assim que tem que ser quando amamos alguém, nós só queremos ver a pessoa feliz, independente de como.

— Eu te amo, Rose. – Eu disse percebendo isso pela primeira vez, e não conseguindo guardar para mim.

— Eu te amo, Christian. – Ela respondeu com convicção e eu senti meu mundo se encaixando novamente.


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Notas finais do capítulo

Eu amei esse cap *-*