Not Die To Kill. escrita por Becca D


Capítulo 1
More Than Just A Person.




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Alice foi criada para ser uma mortal assassina e uma mestra em feitiços e ela conseguiu. Com apenas 10 anos já fazia feitiços que feiticeiros de 30 ainda não conseguiam fazer e com 11 já era faixa preta em jiu-jítsu, mestre em esgrima e uso de armas de fogo.

Seu pai, um feiticeiro inglês que havia se aposentado da vida do submundo e sua mãe uma nephilim expulsa da própria ordem de nephilins por ter se casado com um feiticeiro. Os dois foram assassinados quando ela tinha 12 anos e ela foi levada para o Centro de Treinamento Mágico, um tipo de Máfia de nephilins mestiços.

Agora, Alice tem 17 anos e foi enviada para uma missão na escola Foster Para Adolescentes Órfãos para finalmente ter a vingança que sempre desejou.

POV Alice

Eu já havia passado por coisas piores do que o ensino médio, mas naquele instante estava odiando o momento. Eu estava usando uma roupa que qualquer escola me expulsaria apenas por fazer menção a me vestir daquele jeito. Estava usando uma meia-arrastão, a saia vermelha do uniforme que ia até os joelhos havia sido rasgado e agora estava nas coxas, a blusa que deveria ser inteiramente branca foi substituída por uma blusa do Guns n' Roses e o blazer vermelho-sangue que eu deveria estar usando foi substituído por minha jaqueta de couro onde havia escondido um conjunto de facas de prata.

Assim que eu entro pela porta do colégio já assobiaram para mim e tudo que fiz foi murmurar:

– Mortais.

O sinal bateu e todos foram para aula, menos eu. Fui obrigada a ir para a aula por uma mulher rabugenta que ficava reclamado da roupa que eu estava usando e das mechas roxas nas pontas de meus cabelos castanhos.

Eu entrei na sala e todos param de conversar e bagunçar. O professor, depois de se recuperar do choque me apresenta:

– Esta é Alice Danger... Quer dizer Vanger. Sr. Hill se importa de ceder o seu lugar e se sentar ao lado da Srta. Dodger?

– Não. - o garoto loiro que se sentava no fundo saiu de seu lugar e eu me sentei.

Quando vejo estou sentada ao lado do garoto que assoviou para mim.

– Oi, gatinha. - ele diz. - Nos encontramos de novo. Qual seu nome?

– Alice. - respondo. - E o seu?

– Liam. Liam Campbell.

Ele olha para minha jaqueta e eu pergunto:

– O que foi? Nunca viu uma jaqueta?

– Nunca vi uma garota armada com facas. - ele não parece assustado.

– Não era para você ter visto isso. - digo.

– Srta. Vanger e Sr. Campbell! Dá para os dois prestarem atenção na aula?

– Não preciso. - respondo. - Já sei a resposta.

– Mas eu acabei de terminar de escrever essa expressão algébrica, que pelo que me lembro de que foi a mais difícil da minha faculdade!

– Porque você é burro. - digo me levantando para sair.

– Saia da sala. - ele diz.

– Não preciso que ninguém me mande sair daqui. - respondo. - Aliás, a resposta é 3.

Fecho a porta na cara dele e saio do colégio. Vou para o estacionamento e pego minha moto.

Como aquele garoto viu as facas? Penso. Elas estão enfeitiçadas. Talvez...

Não, era impossível. Não existem mais nephilins em Londres, pelo menos não estudando em uma escola mortal ou vivendo uma vida normal, nós não temos tanta sorte assim.

Espera. O garoto é órfão, o pai pode ter sido um anjo e a mãe pode ter se suicidado depois de saber disso. Essas coisas eram muito comuns, mundanas que preferem morrer a ficar com o filho de um anjo caído.

– O que está fazendo? - era o diretor do colégio. Passei tanto tempo pensando que me esqueci de sair daquele inferno.

– Indo embora. - falo.

– Volte para a sala. - ele diz. - Agora!

– Já estou indo. - digo.

O diretor era um nephilim aposentado e ele pensa que sou uma nephilim sangue puro, apenas por isso ele permitiu a minha entrada no colégio, mas ele era um purista, significa que ele não gosta de nephilins que tem o sangue misturado com o de outras criaturas e é por isso que ele não pode descobrir que meu sangue é mestiço.

Puristas são muito comuns, pois é considerado um crime a mistura do sangue do Anjo com criaturas do submundo, por isso o Centro de Treinamento Mágico abriga nephilins mestiços para eles não serem mortos por puristas.

Por sorte estava na hora do intervalo quando volto para dentro da escola.

– Ei, gatinha. – o garoto loiro que ofereceu seu lugar me chama.

– Não me chame assim. – respondo.

– Como quer ser chamada então? – ele pergunta me olhando dos pés a cabeça.

– As pessoas me chamam de Al, mas meus inimigos me chamam de Al Danger ou Danger. – digo.

– É você me parece ser bem perigosa. – ele diz passando a mão em minha cintura. – Ainda mais vestida desse jeito.

– Você não me conhece. – digo pegando o braço dele e torcendo. – Sou muito mais do que um rostinho bonito.

– Humilde também, né? – ele pergunta.

Saio andando.

– Ei! – Liam me chama e logo chega perto o suficiente para conversar comigo. – O Fred é um idiota, não ligue para ele.

– Como viu as facas? – pergunto.

– Eu vi e Fred também. – ele diz erguendo uma sombrancelha. – Você tem que aprender a esconder melhor.

– Estão enfeitiçadas. – respondo.

– Desculpa. – ele fala aparente confuso. - O que?

– As facas estão enfeitiçadas para que nenhum mortal possa vê-las.

– Você é louca. – ele fala e sai.

– Você não é uma pessoa comum, Liam. – digo. – É muito mais que isso.


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