Estranho Encontro escrita por Isabella Cullen


Capítulo 24
Capítulo 24 Fantasmas


Notas iniciais do capítulo

Meninas demorei... desculpa... disse que ia postar até quinta e ontem não deu mesmo! Sei que tem muitas meninas que acompanham essa fiction e algumas outras minhas então sintam-se convidadas para participar do grupo Fanfictions da Isa... é só me add no face e eu coloco vocês lá. É legal e eu posto trechinhos dos capítulos lá!
Bom final de semana e BOA LEITURA
O link do meu face
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Eu sabia o quanto o tempo passava rápido. Eu sabia o quanto precioso era cada coisa que acontecia ao nosso redor. E eu sabia dar valor ao tempo porque ele era seu amigo e também o seu inimigo. Perder Brian e Michael me dava uma outra noção das coisas e talvez seja isso que a vida quis me ensinar. O valor do sorriso de Charlotte quando brincávamos no jardim, do abraço de Edward, dos beijos ardentes que trocávamos todo dia, das palavras ditas e não ditas. Eu sabia que tudo era passageiro e que cada coisa contava porque uma dia tudo viraria lembrança.

- Mãe, o Anthony vai ficar aí até quando? – Sorri vendo Charlotte deitada na cama comigo vendo televisão. Ela tocava minha barriga e ele parecia sentir os toques ou a voz dela e se mexia agitado. Ela adorava isso e dizia que estava brincando com o irmão. Algo me dizia que eles iam ser muito amigos apesar dos anos de diferença e de certa forma essa sensação sobre eles me deixava tranqüila porque irmãos precisam disso. Eu era filha única e Edward tinha uma família grande, então o que Esme fez de certa forma me encantava.

- Bom... ele ainda tem mais três meses aqui com certeza.

- Espera.

E minha menina saiu correndo para o quarto dela e ali sem medo e completa eu aproveitava a cada passo dela e cada momento simples em família. Charlotte voltou com um calendário.

- Mãe risca aqui.

Ela queria riscar os dias que já se passaram e fizemos isso conversando sobre o mês que ele iria nascer, os cuidados que precisaríamos ter e como era importante ser uma irmã mais velha.

- Ele vai ter que me obedecer né?

- Não... ele vai querer te ouvir é diferente. O melhor não é ser obedecido Charlotte é ser tão importante na vida do outro que o que você diz vale ouro porque ele sabe que é o melhor... porque você o ama. Entende?

- Então eu vou conversar com ele.... como eu faço agora?

- Isso. Conversem...conversem sobre tudo.

- Mãe quando ele vai falar?

- Com mais ou menos  um ano meu amor... não tem data para isso. Quando ele quiser ele vai fazer.

- Mãe...- e eu sabia o que rolava naquela cabecinha.

- Charlotte você sabia que cada um fala quando quer? Tem gente que fala aos dois ... tem gente que nunca fala... Brian nunca falou com palavras comigo.. o máximo foi ele me chamar d mãe e foi num dia que estava chovendo e faltou luz. Foi lindo.

- Mãe, eu vou ajudar ele a falar. – disse ela confiante.

- Eu sei que vai meu amor.

E completa do jeito que estava não poderia estar mais agradecida por tudo que me rodeava. A vida me tirou muito, no entanto eu tinha que admitir que Edward, Anthony e Charlotte eram a generosidade da vida em forma de pessoas diante do meu sofrimento. E eu sofri demais.

- Mãe, mesmo ele chegando daqui a três meses o quarto já está pronto... não quer trazer ele logo?

- Meu amor... ele precisa crescer mais um pouquinho.

Edward e Alice tinham feito um estrago nas lojas com suas compras e ele sempre trazia muitas coisas para Charlotte também e resolvemos reformar o quarto dela para ela se sentir amada, mas ela bateu o pé e disse que queria uma biblioteca. Por isso, Esme tinha um projeto a mais, uma biblioteca para a nossa princesa  

Bom, e eu estava em dívida com Jacob. Todos esses anos a verdade é que eu fui um fantasma na vida dele. Eu fui um amor platônico que atrapalhou a vida dele de seguir um curso normal. E fantasmas precisam ser exorcizados.

- Minhas meninas! – Disse Edward chegando por trás de nós. E sorrindo abertamente.

- Chegou cedo meu amor.  – Fiz menção de levantar.

- Não levanta Bella, essa barriga precisa de repouso.

Fiz uma careta para ele e Charlotte riu com meu gesto infantil.

- Pai, eu tomei conta deles e ela comeu, dormiu e descansou. Pai eu sou uma ótima irmã.

- Claro que é... agora me mostra o que aquele mostro que você chama de cachorro fez...

E os dois foram para a casa da árvore Charlotte, o cachorro tinha feito um estrago na corda que levava para a subida e eu tive que rir dela brigando com ele. Cara feia, dedos apontados e o pobre do bicho abanando o rabo. Precisei rir.

Fui para cozinha ver como andava o jantar e senti Anthony mexendo. Hoje ele estava agitado e eu acho que eu também. Jacob viria aqui e era a primeira vez depois de tantos anos que ficaríamos muito mais que dez minutos na mesma sala. Edward voltou com Charlotte nos braços e rindo.

- Vão tomar banho. Falta só uma hora para o jantar. – Disse Marta para eles. Que agora estavam sujos por terem provavelmente rolado na grama um pouco molhada de um chuva fina que caiu mais cedo.

- Vem amor.

E subimos com ele segurando minhas mãos. Ele fazia coisas muito parecidas com Michael as vezes. E precisei rir dele achando que eu ia cair a qualquer momento.

- Bella você acha isso certo? Amor ele é,louco.

Íamos ter de novo essa discussão. Pela milésima vez.  

- Jacob precisa saber que estou bem. Que o que aconteceu é passado. Ele precisa entender que a vida seguiu.

- Vindo jantar aqui? – ele cruzou os braços enquanto eu entrava no banheiro.

- Edward convide-o para um programa no jantar,

- Não temos na da em comum Bella.

- Você gosta de golf e ele também. Vão ao clube.

Ele cerrou o cenho.

- O que está aprontando?

- Ele precisa estar no meio de nós Edward. Foi um erro afastá-lo a primeira vez. Ele não faria mal a mim ou ao bebê... nem a Charlotte. Jacob precisa seguir e eu preciso que me ajude.

- Convidando ele para ser meu amigo?

- Convidando ele para nossas vidas... desmistificando as coisas... simples. Alice concorda que pode funcionar.

- Então Jacob é um viciado em você e vamos dar a droga para ele?

- Não, você entendeu errado. Ele é um viciado que passou anos sem sua droga e agora precisa entrar no mundo real. Que ele precisa conviver com a droga sem usá-la.

- Você e Alice agora viraram terapeuta dele?

Ri tirando a roupa e entrando no chuveiro.

- Você não vem?

E a discussão acabou com ele tirando rapidamente a roupa e vindo tomar banho. Sentindo que meu amor era dele, meus suspiros eram dele, meus gemidos de prazer e tudo que meu corpo podia transmitir eram dele. Edward poderia ser um homem maravilhoso e um menino inseguro quando se tratava de Jacob quando na verdade não havia competição ou ameaça. Me arrumei e descemos. Minha barriga estava linda. E lembrei descendo as escadas do que Michael disse, eu ficaria mais bonita, eu estava mais bonita porque estava muito feliz.

- Bella! – Disse Jacob com alegria quando me viu. É claro que ele ficou feliz.Ele se virou para Edward – Obrigado pelo convite.

Abracei ele para a surpresa de todos.

- Obrigada por ter vindo. – ele ficou visivelmente sem saber o que fazer e Edward fingindo normalidade sentou-se no sofá.

- Bella ficou feliz quando confirmou. – ele disse – Acho que depois de tudo precisamos de normalidade.

- Sente-se Jacob.

Eu sentei do lado de Edward e ele em nossa frente no grande sofá branco a nossa frente.

- Como vai a gravidez Bells?

- Bem, ele mexe muito... é mais agitado...

- Vai ser um menino que correrá essa casa toda.

- Eu espero porque quero essa casa cheia de alegria. – disse sorrindo. – Charlotte é bem comportada... precisamos de agitação.

Ele sorriu com aquilo. Um sorriso triste, mas sorriu.

- Então outros filhos já estão na programação.

- Pelo menos mais uma gravidez. – disse Edward passando a mão nas minhas e me olhando besta.

Parecia tortura, mas ele precisava saber que acabou. Que a vida não parou.

- Me conta da empresa... muita coisa por lá? – Disse Edward.

- Foi um ano bom. Não posso reclamar. Fechamos negócios importantes. Mandei meu contador entregar os relatórios recebeu?

- Sim, fiquei impressionado como lidou bem com o caso em Bagdá.

Ele sorriu feito um menino bobo. Ele não recebia elogios dos pais. Eu sabia que aquilo tinha sido importante.

- Foi difícil, mas tenho uma equipe boa também. Não fiz sozinho.

- Olha, você merece o mérito. Minha equipe também é boa, mas se não estiver de olho as coisa saem dos eixos. Então grande parte é sua Jacob.

E eles emendaram numa conversa sobre mercado externo, economia e diversos assuntos em que fiquei admirada com a naturalidade com que Edward levava a situação. Ele relaxou quando viu que Jacob se esforçava para estar ali. Que para ele era difícil. Jantamos tranquilamente e depois de um delicioso café e muitos risos de Jacob falando que na época de faculdade éramos uma gangue de uns vinte que ia para todo canto juntos e que eu ajudava a todos nas privas e fazia trabalhos para ele e seus amigos que tinham bebido demais. Edward contou suas histórias também e Jacob riu com ele. No final Edward o convidou para o clube e ele aceitou.

Jacob não tinha amigos e eu sabia disso. Talvez agora ele pudesse formar um circulo de amizades que o abrasasse e o amasse de verdade. Desse a ele o que ele sempre quis. Eu cheguei a conclusão no final da noite de que ele só precisava disso para ser feliz, ser amado. Sue tinha feito um estrago muito grande e poderia se arrepender disso.

No final da noite quando já estávamos nos despedindo ele me entregou um lindo cartão e pediu que abrisse quando ele saísse. Nos despedimos e ele foi embora deixando eu e Edward de mãos dadas olhando o carro partir.

- Abre, estou curioso. – Disse Edward sorrindo.

“ Obrigado por me deixarem entrar na vida de vocês. J.B”

Naquela hora eu soube que ele iria se recuperar e um dia talvez conseguisse se abrir para outra pessoa. Jacob iria ser feliz.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Espero que não tenham ficado chateadas coma demora! Meninas lindas comentem por favor! Beijos lindas!