O que Bella tinha acabado de falar?Ela tinha ingerido álcool? O que... Bom, ela tinha me convidado para o cinema, ela estava mais próxima... Bom, eu queria. Eu realmente queria. Olhei para Marta na cozinha e ela somente foi para onde Charlotte estava e eu subi as escadas devagar, estava nervoso. O que íamos fazer? Um passo de cada vez, a porta estava mesmo aberta e vi Bella olhando para cama. E o clima mudou, era a cama deles. Ela não tinha previsto aquilo eu tinha certeza e eu fiquei do seu lado, de frente para a cama, os dois olhando para ela. Ela pegou a minha mão.

- Vem. – ela disse e pegou sua bolsa que estava em cima da cama. E me puxou até a garagem e acionou um carro. O mais simples dentre todos.  – Edward está querendo mesmo fazer isso?

- Sim. – eu disse e sorri para ela. Ela só sorriu e me entregou as chaves. – Para onde?

- Bom, eu vou dar as coordenadas para o GPS.

E assim que entramos ela o fez e segui as instruções, dirigindo e olhando de relance para ela. Tranqüila, ela estava tranqüila. Chegamos a um prédio grande, com muitos apartamentos na periferia. Era um bairro modesto e bem familiar. Ela sorriu quando viu e eu estacionei numa garagem próxima. Atravessamos a rua e ela me deu sua mão e me guiou até o quinto andar. Ela me deu um sorriso antes de abrir a porta e pegou um molho de chave que tinha um bichinho da Disney e achei engraçado. Ela abriu e contemplei o apartamento simples e pequeno. Assim que entramos vi um banheiro e um quarto e a cozinha. Uma sala que tinha o exato tamanho de um quarto da casa de Bella e Michael.

-  O que é isso?

- Meu apartamento. Eu morava aqui antes de tudo.

- Tudo?

- Sim. – ela sorriu.

- Sem passado? – perguntei indo para o sofá que ficava no fundo e me atirei nele. Ela sorriu com minha atitude e veio até mim.

- Sem nada.

- Eu queria te conhecer melhor. – falei e ela se aninhou em meus braços e fiquei tenso com a atitude dela.

- Meu pai me deu esse apartamento eu fiz o ensino médio numa escola para meninas perto daqui. Morei aqui com uma amiga anos antes de entrar para a faculdade.

- Hum... foi antes de tudo.

- Eu disse. Sem passado.

- E está arrumado, quem limpa?

- Uma menina vem toda semana. Não me desfiz dele porque tinha boas lembranças de adolescentes aqui.  

Eu sorri imaginando Bella adolescentes.

- Festas e bebidas?

- Clube do livro e xadrez.

- Joga xadrez?

- Sim, meu pai adorava. Sua fez.

- Hum... estudei na Inglaterra durante muitos anos, meus pais me ajudara a montar a empresa e eu a dirijo desde então. Amo o que faço e sou bem sucedido nisso acho que porque gosto.

- Foi menino problemático? – ela perguntou divertida.

- Festas e bebidas.

- Nada de livros?

- Gosto de piano, toco e musica clássica e de boa qualidade. Nada de barulhos.

- Nos entendemos nisso.

- Gosto de teatro e ópera.

- Ópera seria uma experiência nova... gosto de artes também.

- Você pinta.

- Desde pequena, minha mãe me ensinou a pintar. Bom, meu pai bancou cursos e depois você sabe.

- Bella nunca via suas pinturas e aquelas lá em casa são mais de Charlotte do que suas. Não tinha muitas na sua casa.

- O atelier, precisa ir lá. Colocamos tudo lá quando ele me deu. Por isso.

- Não colocaram nada em sua casa, nada seu?

- Tenho vergonha. – ela corou.

- Bom, eu quero colocar uma na minha casa. Podemos pegar algo depois?

- Sim. – ela abriu um grande sorriso para mim, mas ainda tinha uma timidez que me fez me render a ela. Bella era linda em todas as suas formas e jeitos.

- Outra duvida, seus pais...

- Minha mãe vive no Arizona e está colocando o FBI atrás de mim. – ela soltou uma gargalhada linda.

- Preciso conhecer ela.

- Ela mora lá com o novo marido Phill, ele é legal, faz bem a ela.

- Ela trabalha?

- Ela é artista e vende seus quadros em exposições e Phill trabalha numa escola como treinador. Ele jogou quando mais novo. Numa liga pequena.

    - Por que não a vê mais? Foge dela.

- Ela ficava me pressionando a fazer coisas que na época eu não queria, ela tentava me ajudar e acaba me sufocando. Por isso fui para Paris.

- Ela quase morreu não?

- Sim. – ela ficou pensativa – Estou devendo uma ligação antes da visita.

- Preciso saber... Jacob?

- Namoramos durante um tempo, ele.. ele é estranho. Ele acha e sempre achou que eu era um prêmio... algo que se tem, uma propriedade e nunca uma pessoa. Não gostei dele depois de alguns meses de namoro, demorei para terminar porque ele era bem insistente. Só que ele viajou... alguém adoeceu e quando voltou eu estava com Michael.

- Como não soube que eram irmãos.

- Jacob Black e Michael Martin. Como diabos eu ia saber?

Ela falou um pouco irritada.

- Sobrenomes diferentes?

- Michael era só um primos distante... os pais morreram e foram criados juntos. Só que sempre houve uma rivalidade muito grande entre os dois, muita insegurança de Jacob quanto ao seu lugar na vida dos próprios pais. Michael era o menino de ouro e ele uma criança esperta, palavras da maluca da mãe dele. – ela falava muito segura – Imagina quando fui jantar e vi Jacob, foi uma noite horrível, eles brigaram, a mãe deles me culpou... o pai me expulsou da casa deles e Michael saiu comigo. Nunca mais colocou o pé até o nascimento de Brian. Foi um choque para eles saber que era menino, eles valorizam muito isso. Nunca entendi como eles puderam simplesmente virar as costa quando soubemos da doença.

- Rejeitaram Brian?

- Sim, mas o que doeu foi ela me culpar por não terem o herdeiro perfeito. Eu já me sentia culpada o suficiente.

- Bella ele foi uma menino brilhante, como pode se sentir culpada por isso?

- Foi o que na época me corroeu, mas passamos bem por isso também. Algumas brigas, desentendimentos, mas no final. O carro dele estava na garagem.

- Só um louco te deixaria. – disse cheirando seus cabelos, que cheiro maravilhoso. E ele virou e ficamos com as nossas bocas clamando uma aproximação. – Agora é a minha vez de perguntar. É isso mesmo que você quer?

- Sim, eu tenho.

E a beijei delicadamente, os dois procurando o jeito certo de se encaixar. De deixar as referencias anteriores para trás e nos encontrarmos naquele beijo e nos acertamos com a certeza de que chegaríamos lá. Coloquei minhas mãos na sua face delicada e me deliciei com sua boca e tudo que ela poderia me oferecer. Ela colocou as mãos em meus cabelos e cheguei ela mais perto de mim. Os beijos estavam se intensificando e ela sentou no meu colo. Dois adolescentes de amassos no sofá da casa dela. Isso me fez sorrir enquanto nos beijávamos e ela acompanhou meu sorriso.

- Eu te amo, amo tudo que a levou até a mim. Amo cada parte da sua história e da minha porque elas nos juntaram. Amo saber que ninguém te machucou e que foi amada ao extremo e que hoje eu posso dar continuidade, porque é isso que pretendo. Te proteger. Te amar. Te fazer completa. Não vou transar com você, eu vou te amar da forma como um homem ama uma mulher e da forma como você merece.

Ela tinha algumas lágrimas nos olhos e eu a coloquei de pé e a conduzi para o quarto. Fiquei atrás dela, tirei seu vestido devagar. Beijando suas costas, sentido sua pele macia na minha boca e nas minhas mãos. A virei para mim e ela tirou a camisa, suas mãos tremiam um pouco e eu ajudei e ela sorriu tímida. Corou e eu sabia que ela queria me ver sem nada, seus pensamentos deveriam estar levando ela longe. Tirei toda nossa roupa e deitamos na cama.

- Feche os olhos. – disse no seu ouvido e comecei a  passar as mãos pelo corpo dela e arranquei alguns gemidos tímidos. Beijei seu pescoço e deixei as mãos dela passearem pelo meu corpo sentindo todo o prazer que aquele gesto me dava. Cheguei até sua barriga e ela agarrou meus cabelos gemendo e eu sabia que podia continuar. Cheguei até sua intimidade e estava molhada, fiquei exitado e ansioso para fazer dela minha. E tomei tudo delicadamente na minha boca e ela gemeu mais, eu passei minha língua pelo seu clitóris e seu corpo arquejou de prazer. Bella queria mais e mais e eu dava boas chupadas em todo o seu sexo.

- Vem... eu quero você... – ela disse meio sem fôlego quase chegando ao ápice.

-Sim...

E me coloquei em cima dela e ela abriu os olhos. Nosso olhos conectados e eu lembrei...

- Bella eu não tenho...

- Eu tomo remédio. Tenho alguns problemas... depois eu te explico. Vem...

E entrei devagar e ela gemeu mais. Senti-la sem nada que nos impedisse era algo maravilhoso e comecei devagar mas ela queria mais e se movimentava e eu acompanhei o ritmo que ela ditava e de repente ela me parou. Olhei para ela procurando resposta e ela sorriu. Se ajeitou e sentou em mim, de frente para mim e recomeçou sentando em mim. Seus seios expostos e um prazer enchendo cada célula de nossos corpo. Ela aumentou o ritmo e seus cabelos soltou balançavam numa visão linda de amor e prazer. Ela olhava para dentro dos meus olhos me deixando ver todo o seu prazer e minhas mãos ajudavam a sua cintura a chegar no auge do nosso prazer e deitamos suados e cansados. Foi intenso a nossa maneira, porque havia ali muitos sentimentos envolvidos e prazer, todo prazer que um poderia proporcionar para o outro.

- Eu te amo. – disse no seu ouvido e vi seu sorriso lindo e aberto de satisfação.