No dia seguinte cheguei á escola e lá estava a Debrah agarrada ao Castiel. Eu nem podia acreditar que essa tal Debrah era pior que a Ambre, eu nem sabia que era possível ser-se pior que a Ambre. Eu tentei passar despercebida mas tenho de reconhecer que eu não sei passar por despercebida. Acabei por deixar cair todos os meus livros no chão fazendo uma barulheira. O Castiel olhou para mim e depois dirigiu-se para perto de mim. Apanhou todos os meus livros e depois entregou-os. Eu e ele ficamos a olhar-nos nos olhos um do outro. Eu sentia saudades de estar com ele.

– Castiel crido, passa-se alguma coisa? – perguntou a víbora da Debrah agarrando-se ao Castiel.

– Eu tenho de ir andando. – disse saindo dali a correr.

Fui até ao meu cacifo para deixar lá todo o meu material. Não conseguia parar de pensar no Castiel, eu sei que é de loucos mas eu senti que o Castiel ainda gostava de mim, o seu olhar apaixonado dizia isso. Mas então porquê que ele está a namorar com outra? Eu tenho de esquecer o Castiel.

– Andava á tua procura.

– Ambre? O quê que tu queres?

– A serio? Tu dizes-te que me ajudavas a separar o meu Castiel da Debrah.

– Mas… ele é feliz com ela.

– Ele vai acabar por sofrer ao lado dela.

– Mas ele gosta dela, não podemos interferir no amor.

– Que amor? Não há amor entre ele. Custa-me disser isto mas… o Castiel… ama-te.

– Então porquê que me queres ajudar?

– Porquê tu estás mal… e não é por minha causa. E isso deixa-me chateada.

– Obrigado mesmo assim mas… se o Castiel gosta-se mesmo de mim… ele ficava comigo. 

– Tu é que sabes.

– Afinal não és assim tão má pessoa.

– Diz isso a alguém e eu mato-te.

– Afinal enganei-me, és muito má. – disse fugindo daquele local.

Fui para trás do ginásio para ver se conseguia meter as ideias em ordem. Mas não estava a conseguir, porquê que aquela miúda tinha de voltar? Eu não sabia o que fazer.

– Joanne.

– Castiel… o quê que estas aqui a fazer?

– Eu… eu… eu preciso de ti Joanne. – disse abraçado a mim com o cabeça sobre a minha barriga.  

– Mas Castiel… tu tens a…

– Não. Eu só te quero a ti. Eu não tenho nada a ver com a Debrah, eu amo-te.

– Castiel… não… não… não posso voltar a confiar em ti… eu não consigo.

– Joanne… por favor volta para mim.

– Não! Desculpa Castiel… deixa-me em paz… por favor.

Castiel POV

Ouvir aquele “não” partia-me o coração. Mas eu entendia a situação da Joanne. Eu tinha de resolver tudo aquilo de uma vez por todas. Levantei-me, sequei as lágrimas e fui até ao pátio ter com a Debrah.

– Castiel meu amor…

– Cala-te! Eu não quero que me chames mais de amor, nem que te agarres mais a mim. Eu não sou teu namorado e não quero ter nada a ver contigo.

– É por causa da Joanne?

– Eu amo-a.

– Tudo bem… quer disser eu peço desculpa. – eu estava chocado, ela estava a reagir bem – Não te posso obrigar a gostar de mim. Claro que isso me deixa triste mas se tu gostas dela. Quer disser eu vim para aqui para poder voltar a ver-te. Eu… deixei a minha carreira por ti.

– O quê? Tu deixas-te a tua carreira de cantora por mim.

– Claro Castiel, eu largo tudo por ti. – disse ela chorando.

– Eu não sabia disso…

– Eu deixei tudo para voltar para ti mas parece que tu gosta de outra rapariga. – eu não lhe podia partir o coração, não depois do que ela vez para poder estar comigo.

– Não… eu gosto muito de ti… - nem acredito que disse isto, só espero que a Joanne me perdoe.

– A serio Castiel? Tu amas-me?

– Sim…

– Eu amo-te tanto, eu sabia que valia a pena largar tudo por ti. 

Debrah POV

Eu estava a mentir é claro, a verdade é que a minha carreira como cantora… digamos que não deu muito resultado mas isso ninguém tem de saber. Mas agora tenho de me concentrar em tirar essa tal Joanne do meu caminho mas primeiro vou fazer uma visitinha ao meu crido Nathaniel.

– Castiel amor, eu tenho de ir ao meu cacifo buscar umas coisas, venho já.

– Ok.

Eu fui até á sala de representantes, era desta que ele não me escapava. Abri devagarinho a porta e vi-o de frente para a janela a ler um livro. Caminhei devagar até ele e depois abracei-o por trás.

– Olá meu amor. – sussurrei-lhe ao ouvido.

– Debrah… o que estas aqui a fazer? – disse meio nervoso e levantando-se da cadeira.

– Porquê que me tratas assim? Não percebes que eu te amo?

– Tu namoras com o Castiel.

– Tu não entendes… o Castiel é muito agarrado a mim, ele gosta muito de mim, não o posso deixar, ele ia ficar de coração partido.

– Então preferes trai-lo?

– Meu crido Nathaniel, eu larguei tudo para vir para ao pé de ti. Eu desisti da minha carreira de cantora por ti.

– O quê?

– Isso é uma prova do meu amor por ti, eu sou capaz de deixar tudo por ti. – tenho de admitir que sou muito boa a representar.

– Mesmo assim… eu não posso estar contigo. Eu gosto de outra rapariga.

– Tudo bem… quer disser eu peço desculpa. Não te posso obrigar a gostar de mim. Claro que isso me deixa triste mas se tu gostas de outra. Quer disser eu vim para aqui para poder voltar a ver-te. Eu… deixei a minha carreira por ti. Eu deixei tudo para voltar para ti mas parece que tu gosta de outra rapariga.

– Eu peço desculpa.

– Eu só te peço uma coisa… - aproximei-me dele e dei-lhe um beijo doce e quente. Finalmente o Nathaniel tinha caído na armadilha. Ele era meu!