Bom, seu caderno idiota! Dá pra ver que eu to com raiva, não é????

E to quase explodindo, como tudo pode dar errado em um dia??? Para uma pessoa só????

Começando, eu estava indo para o inferno (tradução: escola), primeiro dia de aula, para mim, já que estávamos em fevereiro.

Bem, eu acordei super tarde, já eram quase 7:30 e eu nem tinha me arrumado ainda, levantei, procurei no armário, peguei uma blusa qualquer uma, All Star, minha bolsa (os livros eu receberia hoje), uma pulseira e passei um gloss já que meus lábios estavam totalmente ressecados, e desatei a descer as escadas:

_ MÃE!!!! ME DÁ UMA CARONA, TÔ DUPER ATRASADA!!!! Gritei.

Minha mãe apareceu olhou pra mim. Falou:

_ Tá, mas é melhor você colocar uma calça, tá frio lá fora.

Olhei pra baixo! Estava só de calcinha (ainda bem que eu só uso Samba Canção, por mais que seja pequena)!!!!! Subi o mais rápido que pude, peguei uma calça de couro vermelha, que deu o maior trabalho pra vestir, já que eu tava de tênis e não quis tirar, desci e disse aquelas mesmas coisas para dona Sue: minha mãe.

Ela me levou o mais rápido possível, parece que estava em uma super corrida.

Quando a gente chegou, saí do carro, deu um beijo na minha mãe, e saí correndo, eu não sabia onde estava indo, pois não conhecia nada nem ninguém, eu ficava olhando as portas uma por uma para achar o nome “Diretoria” ou “Secretaria” ou “Cantina” (eu tava com fome).

Foi aí que eu vi o cara! Ele era loiro, olhos cinematograficamente azuis cintilantes, quando me viu e cochichou pro seu amigo, ele veio até mim, mas eu tava muito ocupada procurando as salas, que não o vi e esbarrei nele. Ele deixou cair seus “incríveis” óculos escuros.

_ Qual é garota, não olha por onde anda??? Falou ele recolhendo seus óculos.

_ Ah, eu não mandei você vir pra perto de mim.

Ele ficou sem graça.

_ Tá! Eu quero te dizer uma coisa, gatinha...

_ Gatinha é sua vó! O cortei, e saí andando!

Ele veio atrás de mim.

_ Você é nova, branquinha?

_ Já me viu por aqui? Não, então é, acho que eu sou! E não me chama de branquinha!

_ Calma nervosinha!

_ Bom, já que cê vai ficar no meu pé, sabe onde é a sala do diretor?

_ Claro! Vem. Ele puxou a minha mão, que eu imediatamente soltei.

Chegamos à frente de uma porta incrivelmente alta, em silêncio, isso já estava me incomodando, então eu falei.

_ Bom... Valeu!

_ Não quer que eu entre? Ele respondeu.

_ Pra que? Perguntei. Ele fez uma cara de “Quer ou não quer?” então eu disse: _ Tá, Pode ser.

_ Bom... Tá.

Ele bateu, e uma mulher loira (oxigenada), abriu:

_ Oi! Daniel, o que quer?

_ Ela quer saber onde é sala. Respondeu.

_ Tudo bem querido, qual o seu nome querida? Ela perguntou.

_ Sunny Burth! Falei, com um pouquinho de receio.

Logo depois que falei escutei um risinho do garoto, que pelo que a mulher disse, se chama Daniel.

Quando ela estava olhando alguns arquivos no computador, eu dei uma cotovelada nele e sussurrei:

_ Por que riu?

_ Seu sobrenome!!! Sussurrou ele ainda rindo.

_ Há há! Muito engraçado. Qual é o seu?

_ Não interessa! Falou parando de rir.

_ Não importa, eu vou descobrir.

_ Duvido! Falou ele cruzando os braços.

_ Não duvide de mim, garoto! Falei apontando o dedo bem na fuça dele.

[...]

Eu estava indo pra aula, o tal do Daniel já tinha ido conversar com seus amiguinhos, então a “Vitória”  chegou perto de mim, com suas escudeiras (falsas amigas) e me olhou de cima a baixo.

_ Essa escola proíbe usar calça, ainda mais de cores fortes.

_ Ah! Não pode usar calça??? Estranho, não pode usar uma roupa descente, mas pode usar roupa de puta? Falei apontando para o seu vestido, era muito curto, e deixava-a com a barriga ainda maior.

_ Quem aqui é puta???

_ Tem outra Vitória aqui?

_ Ah! Você já sabe meu nome? Isso é injusto, eu não sei o seu.

_ Há há! Nem precisa saber. Saí.

Chegando na minha classe, eu vi as duas garotas que eu tinha conhecido no shopping.

Olha! Oi Sunny. Disse a, se não me engano, Anne.

Oi! Disse eu.

Vai estudar com a gente? Falou a mesma menina.

Acho que sim! Respondi, colocando minhas coisas na única carteira vazia ao meu lado tinha as coisas de alguém. Não me incomodo, desde que não for alguém chato.

Poxa! Arrasou na roupa hein? Falou a... a... Clara!!!! É isso.

Não! Que isso? Você que arrasou.

E eu??? Falou Anne.

Você também! Dissemos, eu e a Clara.

Agora eu escrevo o motivo da minha raiva depois, o sinal tocou e eu tenho que voltar pra droga da aula com minha “dupla permanente” Daniel.

Quando chegar em casa eu escrevo o que me aconteceu.

Sunny Bunny♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥