TREZE

O Preço

- Não estão muito longe. – Niall disse. Depois que Harry e Zayn explicarem a conclusão que haviam chegado, Niall se esforçou para tentar descobrir onde estavam as garotas. Todos os jovens estavm reunidos em uma mesma tenda.

- E quanto ao nosso treino? – Perguntou Liam.

- Não temos tempo para isso. Vamos aprender na prática. – Disse Zayn.

- Se já tomaram sua decisão, só o que tenho a dizer é boa sorte. – O Mestre adentrou a cabana onde estavam os rapazes.

- Podemos conseguir o resto das armas mesmo assim? – Perguntou Louis.

- Foram iniciados, então estarão em treinamento até que todos descubram seus dons e armas. – O Mestre chegou mais perto antes de dizer:

- Poderia ensiná-los a como usar as armas, mas nunca poderia ensiná-los a melhor maneia de colocá-los em prática. No final das contas, são suas escolhas que os guiarão. – O Mestre se virou e antes de sair da tenda disse – Salvem minha rainha.

{ ... }

Jass

“Me chamam de rainha da escuridão por um motivo. O último dos selvagens que ousou reclamar a magia, foi considerado insuficiente, e como castigo, teve de viver em companhia das sombras que enchiam seu coração. Dende então, chega a ser engraçado como um castigo se tornou motivo de honra. Na verdade, as sombras se tornaram nosso abrigo depois que fomos considerados selvagens que de alguma forma eram perigosos. Eu sabiaque se reclamasse a magia, deveria vir parar em um lugar como esse. É escuro e úmido, como a maior de todas as cavernas. Mas apesar de não haver nenhuma luz, eu consegui enxergar. Como se meus olhas tivessem a capacidade de se adaptar se qualquer espécie de claridade.”

                Jass mantinha a espada erguida, o olhar atento. Até me uma claridade apareceu no fundo da caverna. A rainha teve de levar a mão aos olhos, para se proteger da luz. Aos poucos a luz foi ganhando forma e chegando ainda mais perto da jovem.

                Quando os olhos de Jass voltaram a se acostuamar e ela pode enchergar com clareza, percebeu um homem que não deveria ter mais de 40 anos a sua frente.

- Papai? – Jass tinha os olhos fixos no homem a sua frente.

                Ele sorriu tranquilo e respondeu:

- Minha menina... Já está tão grande. É uma linda mulher. – Ele tinha o olhar carinhoso e examinava cada parte do rosto de Jass cuidadosamente.

- O senhor... O senhor está vivo? – Os olhos de Jass se encheram de água. Ela estendeu o braço para tocar a face de seu pai, mas seus dedos o atravessaram.

- Não, minha menina. São as surpresas que guardaram nossos ancestais... Sou apenas fruto da sua vontade de me ver, e a minha própria vontade de ajudá-la pelo menos uma vez. – Ele disse entristecido – Cuidei de um reino inteiro, mas não pude lhe mostrar que meu maior tesouro sempre foi você...

- Não diga isso meu pai. Sua influência sempre me ajudou... O Senhor foi o melhor que poderia ter sido. – Jass sorriu para o pai.

- Ficou tão linda... Boa e forte... – O Pai segurou o queixo da filha, erguendo sua cabeça – Se tornou uma rainha.

- Papai... – Jass olhou o pai por um minuto, até recobrar os sentidos – Disse que está aqui pra me ajudar... O que tenho que fazer?

                O fantasma do pai de Jass olhou fundo nos olhos da filha antes de dizer:

- Sabe que Karnos a marcou como um dos seus pedidos e sabe que ao reclamar a magia, você assumiu a responsabilidade de pagar um preço.

- Eu sei.

- Me responda filha, sabia que teria de ser você a pagar o preço? – O Pai perguntou curioso.

- Eu torcia para que fosse isso. – Jass respondeu sincera. – Quando Karnos me marcou, tive mais certeza sobre isso.  Ficando fora do caminho, eu dou a eles a vantagem. Um dos objetivos de Karnos se torna impossível... – Jass olhava para o chão.

- E acha que sozinhos eles poderam vencê-lo?

- Eles não estaram sozinhos. Eu vou estar sempre com eles.

{ ... }

                Kate acordou dentro da terra. Com um soco firme para o alto, abriu espaço até a superfície. Quando se levantou e voltou a encher os pulmões com ar, viu a figura de cada uma de suas amigas. Julie estava ajoelhada no chão, voltando ao seu estado normal. Claire voltava a subir a pedra, com as roupas molhadas e a respiração cansada. Lili foi a última a voltar. Voltou ao chão, polsando do meio da pedra, assustada.

- Jass? JASS? ONDE TÁ JASS? – Kate perguntava, olhando ao redor e com os olhos cheios de água.