Tai Pov’s

Abri os olhos e o quarto estava escuro, parecia estar com blecautes nas cortinas, cocei os olhos e olhei no relógio, estava tarde já eram 11:45. Fui pra cama das meninas acordar elas e comecei a puxar as cortinas das camas. A Ivone e a Letícia estavam dormindo, mas a Gabi não estava na cama dela, já devia ter se levantado.

–Ivone, Letícia acordem ta tarde...

–Bom dia – Letícia disse se levantando

–Bom dia meninas – Ivone bocejou e sorriu

–dormiram bem?

–Eu capotei

–muito bem – Riu Ivone

–posso perguntar uma coisa?

–Pode o que? – Letícia me encarou confusa

–A Gabi fala sozinha? – eu ri

–fala porque? – Ivone riu

–é que hoje eu ouvi a voz dela, mais tava com muita preguiça de abrir os olhos e acabei dormindo – Eu ri junto com as meninas

–Em vamos levantar, os meninos já devem estar la embaixo – Letícia disse e concordamos.

Colocamos uma roupa qualquer e descemos as escadas.

–Hum... que cheiro bom – sorri assim que entramos na cozinha e estavam todos la.

–Bom dia meninas – Max sorriu

–Bom dia, dormiram bem? – Nathan deu um beijo na Letícia.

–dormi sim e você? – ela sorriu maliciosa pra Ivone

–podia ter sido melhor... mais faltou uma coisa

–Falto oque?

–você – sorriu e a puxou e deu mais um selinho nela

–Oi Vone, senta aqui comigo – Tom sorriu pra ela

–Claro Tom – Suspirou e sorriu

–que barulho é esse? – perguntei

–ta chovendo – Siva sorriu

–a verdade – disfarcei

–cadê o Jay? – disse Ivone seria

–ta tomando banho, por que? – Nathan falou cínico

–num interessa – retrucou

–UUUUUUUUU – todos riram

–Cadê a Gabi – Perguntou Siva examinando o local

–não sei, eu achava que ela tava aqui com vocês...

–ela deve ter saído pra fazer uma caminhada – Ivone disse

–na chuva? – Zombei

–acho que sim, sei la – ela riu

–Bom dia – Jay apareceu

–bom dia – o encarei e nos sentamos pra tomar café

–gosta de croasan? – Nathan sorriu pra Letícia

–gosto sim, da um pra mim – sorriu e ele logo entregou um pra ela

–Nathan me passa um ai – Disse Ivone

–você tem mão, consegue muito bem pegar sozinha.

–idiota... – retrucou brava – Perdi o apetite – se levantou da mesa e foi pra sala.

–parabens Nathan – Max o encarou e foi atrás dela.

Ivone Pov’s

–o que você quer Max...

–vim conversar com você

–eu não quero conversar agora – bufou

–mais eu quero, vem Vone – me puxou pra cozinha

A hora que vi o Nathan com a Letícia, me deu uma raiva tão grande, que me fez correr pra cima.

–Ivone espera – Max quase gritou se tombando nos degraus da escada

Entrei correndo no quarto e bati a porta, mais ele a abriu e logo a trancou.

–Ivone se acalma – Max me segurou

–Me acalma? – ri cínica – só de olhar aqueles dois juntos, me da uma raiva... – me segurei e respirei fundo

–eu sei – riu – senta...

–ta fala

–Pensa comigo... você acha que se ele não gosta-se de você ainda, ia ta fazendo isso, de ficar dando cortadas e tudo mais?... eu acho que ele ainda gosta de você, eu já percebi que quando ele te olha, tem alguma coisa a mais nesse olhar...

–tipo oque?...pena? – eu ri

–não...tipo amor, saudade... essas coisas

–Max você acha oque? Que existe contos de fadas onde no final é todos felizes para sempre? – revirei os olhos – a me poupe

–Ivone, eu sei que você ainda gosta dele...

–eu não gosto dele – eu disse devagar, destacando cada palavra

–então, por que a hora que você vê os dois juntos, fica tão irritada?

–a não sei, sei la

–você acha que ele não fica brava a hora que vê você com o Tom?... Ivone pensa

–eu já pensei – interrompi – ele só me usou, me iludiu

–se ele gosta-se mesmo de mim, não ia pedir pra mim provar

–claro você ta toda a hora com o Tom, queria o que? – ele riu

–o Tom é meu amigo, que saco, e eu já tinha falado pra ele que o amava, só que parece que não acredita.

–sabe o que eu to achando?... que ele ta usando a Letícia pra te fazer ciúmes – riu

–podia até ser no começo, mais agora eu já percebi, os dois se gostam

–eu só acho, que ainda não ta na hora de desistir um do outro – sorriu

–Max já passou da hora, chego a minha vez de seguir em frente.

–Você que sabe, mais pense no que eu te falei – depositou um beijo na minha testa e saiu do quarto.

O Max pode até estar certo, mais eu não vou mais me iludir com o Nathan, cansei de virar paginas, já ta na hora de trocar de livro.

Siva Pov’s

–Nath...

–que Seev? – sorriu

–vem, eu quero falar com você

–agora não...

–Nathan, agora – me levantei da mesa e o encarei que logo se levantou também

–vem vamos la pra cima

–ta – ele me seguiu

Chegamos no quarto e eu fechei a porta

–Eu achei muito imaturo da sua parte, esta tratando a Ivone desse jeito

–Siva, você não tem nada a ver com isso – fechou a cara

–Nath, você lembra no começo, da primeira vez que vocês se conheceram?

–lembro sim, eu estava fugindo de algumas fãs – sorriu

–Lembra também, quando você bateu a cabeça na parede? – eu ri – e ela te ajudou mesmo não sabendo quem você era?

–lembro, mais oque que tem?

–Ela podia ter te deixado la, mais não, ela te ajudou, ou melhor, dizendo... ajudou um estranho.

–eu ainda não estou entendendo – disse confuso

–Você não acha estranho, num certo dia, você esta andando pela cidade, quando do nada aparece um monte de fãs enlouquecidas e pra fugir você acaba tombando com uma garota, que te ajuda. Você não acha que isso tudo, não se chama destino? – sorriu

–Nada a vê Siva – ele riu

–nada a vê, seria se você e essa garota não estivessem juntos hoje.

–Siva...

–agora você acha certo fazer o que você esta fazendo, tratando ela mal, sendo ignorante... naquele dia ela podia ter te deixado la – o encarei serio

–Sim ela podia, e devia ter feito isso.

–não, ela não devia

–sim devia, se eu soube-se que ela ia ficar com o tom, num devíamos nem ter nos conhecido.

–Para de ser burro Nathan, Lembra ainda em New York, que o Tom já gostava dela, mais ela nunca deu uma chance pra ele, por que te amava, e agora que os dois só são amigos, você vai ficar de bobera?

–Siva para, eu não sei – Disse exasperado saindo irritado do quarto

Tom Pov’s

Já estava ficando tarde e nada da Gabi aparecer, ela não podia ter sumido assim, principalmente agora com esse temporal.

Estavam todos muito ocupados, como estava sem fazer nada vou procurar a menina.

Corri e abri a porta da dispensa, peguei meu guarda chuva, casacos e capas e fui a procura dela. Fechei a porta e sai caminhando, desviei de algumas poças, o vento estava muito forte, o guarda chuva estava quase voando, as gralhas estavam voando pelo céu, como se estivessem me cercando, mais ignorei.

O primeiro lugar, o mais obvio... a floresta, fui entrando mata a dentro, o chão todo eslamasado me fez escorregar uma ou duas vezes, mais por sorte pude me segurar nos galhos das arvores.

Tudo balançava, a tempestade só aumentara, os raios e trovoadas persistiam. Coloquei minha capa e segurei o casaco por dentro da mesma, para que não o molha-se

Olhei no meu relógio de pulso e já haviam se passado mais de dez minutos. Fui em direção ao lago, que já era caminho. Chegando la examinei tudo, mais não havia nada alem de algumas arvores e flores que balançavam muito.

Me senti estremecer, lembrando que havia mais um lugar... a mansão da Sra Taylor. Fui até o mesmo, parei em frete a entrada e bati na porta e sua serviçal logo a abriu.

–Ola, meu garoto, o que faz nessa chuva? – Disse a mulher de cabelos pretos e olhos castanhos

–Oi, eu posso falar com a Taylor? – perguntei e a mulher enrijeceu mais logo abriu passagem para que pudesse entrar

–Por aqui – resmungou enquanto passávamos pelo salão principal e indo a sala de estar

–Sente-se eu irei a chamar – disse a criada e eu me sentei

Fiquei olhando aquilo tudo até que algo passa por mim, me virei rapidamente e era uma garota, na verdade uma criança de mais ou menos 12 anos, ela era bem bonita, tinha cabelos compridos ondulados e ruivos, pele clara, mais passa por mim sem a mínima atenção e sobe a escadaria com um livro na mão.

Após uns 20 minutos, ouso passos vindo do corredor e logo Taylor aparece e se senta a poltrona a frente de mim nos separando apenas de uma mesinha.

–Traga o chá, por favor – sugeriu e a mulher acentiu e logo voltou com uma bandeja – o que trás você aqui?

–Eu queria saber, se por acaso a senhora viu a Gabriela? – a encarei e ela me olhou com um ar confuso e tomou um gole de chá.

–Gabriela?

–Sim uma garota de pele clara, cabelos ondulados e escuro – a olhei nos olhos

–Ah sim, aquela moça que pediu que Tainá ficasse com vocês – sorriu em reconhecimento.

–ela mesma...

–Lamento, mais não a vi, na verdade, nesses últimos dias não tenho visto nem minha sobrinha – ela disse exibindo um sorriso educado.

–o brigado mesmo assim – sorri novamente e me levantei

–caso tenha noticias dela, me avise...

–digo o mesmo – sorri e fui em direção a porta onde a criada esperava.

Peguei meus pertences, sorri e sai porta a fora.

A chuva havia diminuído, então fechei o guarda chuva e fui caminhando até o lago. Não sei por que, mais assim que entrei no campo é como se alguma coisa fizesse com que eu olhasse dentro do lago, mesmo que seja impossível que ela esteja la. Parei em frente ao lago e olhei, parecia que havia algo dentro dele, parecia ser alguém, fiquei encarando o fundo e como o vento tinha parado, a água estava acalmando. Peguei minha lanterna e iluminei o fundo, sim eu estava certo, havia mesmo alguém, mais não foi possível identificar, pois na mesma hora que lancei a luz, o quer que fosse aquilo, saiu rapidamente nadando em direção ao sentido contrario de onde eu estava.

Guardei a lanterna no bolso e sai de perto do mesmo. Voltei correndo pra casa, pois estava quase todo molhado, deixei o guarda chuva na quina da porta e a abri.

–Tom onde você tava? – Ivone veio em minha direção com uma expressão preocupada e me ajudou com as coisas.

–Eu fui atrás de noticias da Gabi – sorri

–Descobriu alguma coisa? – Jay se aproximou

–Na verdade nenhuma – eu me interrompi sacudindo a cabeça e me sentei na escada

–Onde será que ela foi – disse Jay preocupado

–Eu não tenho a mínima idéia – Siva falou

–Ela pode estar em qualquer lugar – Zombou Tai, vindo da sala acompanhada de Letícia

–Amanhã vamos sair logo de manhã, para termos mais tempo – Disse Max entre dentes

–Tom, melhor você ir tomar banho e o resto vamos dormir – Nathan trancou os lábios e concordei

–Ta legal – me levantei e subi as escadas em direção as quarto.

Ivone Pov’s

Tom foi pro banho e o resto havia acabado de subir, enquanto eu tive que ficar pra guardar as coisas do garoto.

Recolhi tudo e fui para a dispensa. Abri a porta e coloquei cada objeto em seu devido lugar. Olhei no relógio que ficava entre as prateleiras e eram 23:45. Estava tudo estranhamente calmo, era possível se ouvir qualquer barulho que vinha da casa.

Deixei o guarda chuva do lado da porta e a abri para sair, mas um barulho de água vindo da piscina, me fez subitamente correr até a janela. A vidraçaria era alta e embasada, não consegui ver nada alem de um vulto próximo a piscina. Me afastei da mesma e corri pra fora da dispensa, me fazendo bater fortemente a porta.

Subi lentamente as escadas e fui direto ao quarto as meninas estavam dormindo, pelo menos é o que parecia. Deitei na cama e logo adormeci.