(^^^^ LEIAM AS NOTAS DO CAPÍTULO^^^^)

Alice’s POV

            Essas semanas que eu estou passando aqui sozinha estão me ajudando muito. Eu precisava pensar no que vai ser daqui pra frente, já que a minha tentativa de me matar foi por água abaixo. O Josh estava certo, têm muitas pessoas que dariam tudo pra ter os meus problemas. Há pessoas com fome, sem casa, sem família...

            Decidi que eu nunca mais vou me cortar, daqui pra frente. E se eu tiver vontade, eu vou procurar alguém que me ajude a tirar essa idéia da cabeça. Afinal, eu tenho muitos amigos, que realmente se preocupam comigo. Amigos de verdade.

            E eu também decidi uma coisa muito importante. Eu vou passar uns meses na França, onde eu fui criada. É, isso é uma coisa que eu acho que nem os meninos sabem sobre mim. Eu nasci em Paris, e fiquei lá até meus 15 anos, mas minha mãe quis vir morar em Londres quando meus pais se divorciaram.

            Eu preciso muito de um tempo pra mim, só pra mim. Longe de todo mundo. O Zayn não vai aceitar fácil essa idéia, mas eu espero que ele entenda. Eu não pretendo ficar mais de 3 meses lá, e quando eu voltar eu tenho certeza que eu vou estar feliz e com a cabeça no lugar pra finalmente ter um relacionamento normal. Com Zayn Malik, claro.

            Eu amo o Zayn de verdade, como eu nunca amei ninguém. Eu quero muito ficar com ele, namorar com ele, e até quem sabe um dia ter uma família com ele. Mas isso é realmente muito cedo pra pensar, até porque a gente se conhece a tão pouco tempo. Eu não sou do tipo de menininha iludida que fica pensando em se casar, tem 5 filhos, morar em uma casa no interior da Itália e ser feliz pra sempre. Eu tenho noção do que é conto de fadas e do que é realidade.

            E quando eu for pra França, eu vou deixar ele livre aqui, pra ele ter certeza que sou eu mesmo quem ele quer. Eu não queria que ele se arrependesse depois que a gente começasse a namorar. Ele precisa também desse tempo pra saber se isso que ele sente por mim é real mesmo.

            Falando em Zayn, eu consegui falar com ele por mensagem. Ele teve que fazer uma viagem de última hora pra New York e não vai poder me visitar aqui no hospital, porque talvez eu leve alta hoje, e ele chega amanhã de manhã.

Quando eu sair daqui, a primeira coisa que eu vou fazer vai ser ir pra MINHA casa, onde eu não vou faz quase um mês. É, eu sou aquele tipo de visita que se enforna na casa dos outros e não vai embora nunca. Mas meus babies gostam de mim, eu não sou uma visita eu sou de casa, desculpa. Haters gonna hate.

Eu preciso conversar com a Em, porque eu queria que ela fosse pra Paris comigo. Sabe, pra eu não ficar totalmente sozinha lá naquele país de meu Deus. Faz tempo que eu não vou lá, perdi o contato com todos os meus amigos de lá.

Fiquei mais um tempo me afundando nos meus pensamentos e dormi, pra esperar o medico vir me dar alta. Não agüento mais esse cheiro de hospital.

[ ... ]

- ... E você vai ter que trocar os curativos todos os dias. Você não pode carregar peso por dois meses, se não quiser que os cortes abram. Muito cuidado porque a região vai ficar muito sensível, e...

- “E por favor não tente se matar de novo, porque você tem uma vida ótima e um namorado perfeito” – eu disse imitando o que ele já tinha falado umas 35 vezes. Eu não contei pra ele sobre o fato de Zayn não ser meu namorado, porque ele falava aquilo com tanta animação, e eu gostava que achassem que ele era meu namorado – Acho que eu já ouvi isso, Dr. Christian.

- Ah, eu já falei? – ele perguntou coçando a cabeça

- Já, várias vezes. – ele disse e nós começamos a rir – Posso ir pra casa agora?

- Pode, mas quem vai te levar?

- Eu pego um taxi. – eu dei de ombros – Tchau Dr. Christian. – eu disse e dei um abraço nele

Quando eu finalmente consegui sair daquele hospital e consegui respirar um pouco de ar puro, eu percebi como eu gostava daquilo. Eu gosto de viver, não sei da onde saiu a brilhante idéia de me matar. Na verdade, eu sei sim, mas eu não vou ficar pensando nisso agora.

Peguei um taxi e fui direto pra minha casa, precisava falar com a minha irmã tipo agora. Eu quero ir pra Paris o mais rápido possível. Eu pretendo ir tipo, depois de amanhã. A gente ainda tem a nossa casa lá, e como eu não vou ficar muito tempo, dá pra pegar ônibus ou taxi. Não preciso de um carro.

Cheguei em casa e toquei a campainha. É, eu perdi a chave da minha própria casa. Emily abriu a porta e ficou muito feliz em me ver. De verdade. Fazia mais de um mês que a gente não se via, eu nunca fiquei tanto tempo assim longe de casa. A casa dos meninos é muito aconchegante, e eu levei muuuuuitas roupas pra lá, tipo uma mala mesmo. E apesar de eu não ter um quarto lá, cada dia eu durmo com um dos meninos (no sentido puro da palavra).

- Em, minha linda, que saudade. – eu disse abraçando ela – Eu tenho uma coisa muito importante pra falar com você.

- O que você aprontou, Lis? – ela disse desconfiada

- Relaxa, eu não aprontei nada. Quer dizer, não é exatamente sobre isso que eu preciso falar com você. – eu disse e ela começou a rir

- Fala, então.

- A gente vai passar uns meses em Paris. – eu disse e ela sorriu

- Jura? – ela falou com os olhos brilhando

- Sim, e pode começar a arrumar as suas coisas. A gente vai depois de amanhã.

- Você é louca. – ela disse rindo – Mas por que tanta pressa?

- Não te interessa, mocinha. – eu disse tocando a ponta do nariz dela

- Nossa, ta bom então. Obrigada por ser uma ótima irmã.

- De nada. – eu disse – Agora sobe pra arrumar suas coisas, que eu vou comprar nossas passagens.

(vvvvv LEIAM AS NOTAS FINAIS vvvvv)