Live And Let Die escrita por Charlie Carter


Capítulo 1
One-shot


Notas iniciais do capítulo

Resolvi desenterrar essa ideia, do fundo do meu baú:
Deve ter ficado uma ****, eu criei isso tão rapidamente...
Foi feita enquanto eu ouvia essa música e ao mesmo tempo, lendo PJ&O!
Efim...Guns'N Roses, muito obrigada por existirem, caso contrário, era fic jamais existiria, amo vcs!
Enjoy a lot, nos vemos lá embaixo



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Quando eu era mais jovem e meu coração era um livro aberto, eu costumava dizer “viva e deixe viver”, mas tudo isso mudou quando eles chegaram... Sim, eu ainda me lembro daquele dia. Eu estava perto de minha irmã, conversando com ela, quando eu os vi chegar, uma garota de olhos azuis-elétricos com uma boa camada preta em volta de seus olhos pegou um cara um pouco atrapalhado com os próprios pés pelo braço e os dois se puseram a dançar.

Um cara e uma loira ficaram conversando, eles pareciam se conhecer á anos e também pareciam ser muito amigos ou até mesmo algo além disso. A loira bateu no garoto e então eles também foram dançar. Eu só não me juntei á eles, pela música... Era horrível! Não havia algo mais... Rock?

E então algo que eu não reconheci apareceu do nada, ao nosso lado e então, Bianca logo me arrastou com ela para longe dali. Aquela coisa queria... Matar-nos? Eu não sei, estava assustado demais para ligar para o que aquela coisa queria. Mas eu sabia que estávamos em perigo e eu realmente queira proteger a minha irmã...

E depois disso, os fatos aconteceram rápidos demais para que eu pudesse acompanhá-los e processá-los corretamente sem perder nenhum deles. Muitas vezes, mas tarde, eu tentei explicar á mim mesmo o que foi que aconteceu e no final ficou tudo embaralhado e embaçado. Como se eu estivesse numa tempestade fria e esses fatos fossem vultos borrados na noite turvada de tons escuros e nauseantes.

Naqueles momentos eu não consegui distinguir a raiva da mágoa, eu não conseguia dizer á mim mesmo o que estava sentindo e doía... Era como se me rasgassem ou como se eu não soubesse mais como ser feliz. Lembro-me de ter queimado todas as peças daquele jogo, Mitomagia.

Nós fomos para o acampamento, Bianca entrou em uma missão louca, pedi a Percy que cuidasse dela e quando eles voltaram... Fico sabendo que minha irmã estava morta. Eu não conseguia chorar, a confusão dentro de mim não deixava. Eu queria liberar tudo o que eu sentia, mas algo dentro de mim não deixou e tudo o que eu pude fazer, foi... Correr.

Correr para longe de tudo aquilo, me afastar, não sei, mas... De algum jeito e acabei encontrando a mim mesmo, não aquela farsa que eu era, este... Que eu sou hoje, acho que eu sempre deveria ter encontrado este e não aquele, que eu costumava ser.

Mas este mundo, no qual vivemos, sempre está se transformando, renovando. Querendo que eu me renda e chore e eu quase cedi. Acabei encontrando a entrada para o labirinto e corri sem me importar com o que me esperaria enquanto eu corresse. Milhares de boas lembranças invadiram minha mente, feito uma enxurrada, que eu não pude controlar e foi então que eu chorei. Chorei ao lembrar de todos o momentos que passei ao lado de Bianca.

Mas eu não chorei por frustração ou... Ressentimento. Chorei por saudades, mesmo ela não estando lá, eu sentia sua presença, como se ela ainda estivesse me acompanhando. E por esse mesmo motivo, eu olhei para trás, esperando que ela estivesse lá, dizendo “não se preocupe, foi tudo um grande pesadelo, eu estou bem aqui, venha me dar um abraço!”.

E então eu encontrei aquele rancho sinistro, eu e aquela aberração fizemos um acordo, mas logo depois, ele veio para atrapalhar tudo! Porque Percy queria interromper? Eu traria Bianca de volta e tudo voltaria a ser como era antes, era o que eu pensava...

Lá estava eu sentado no alto na colina meio-sangue, lembrando de tudo isso e mais uma vez, tentando explicar a mim mesmo o que foi que acontecera naquele inverno. Para mim aquilo não passava de um filme, que teve algumas cenas deletadas, eu não conseguia me lembrar delas por mais que eu tentasse, elas nunca me vinham á mente e eu acabava ficando frustrado e irritado. Por que eu não poderia me lembrar desses fatos? Acho que foi a dor que eu sentia, ela sobrepôs tudo isso...

E então veio o fantasma, eu não o invocara, ele me procurara, até me serviu como mentor por algum tempo, mas eu não sabia sobre suas verdadeiras intenções. Ele fizera a minha cabeça e eu quase fora um peão de seu Xadrez doido.

Você tem que mandar todos os outros para o inferno – Dissera ele uma vez.

Eu queria muito tornar isso realidade, afinal foram eles quem fizeram o mesmo com Bianca, eu trocaria todas as suas almas pela a de Bianca. Nossa... Como eu era idiota! Só agora eu percebo o quanto isso soa ridículo e... Inutilmente impossível! Isso agora não me faria mais feliz, sei que Bianca escolheu seu destino e não sou eu quem vou interferir, fiz amigos, bons amigos...e agora eu sei: eles sempre estarão ao meu lado, mesmo se eu mesmo não me escolhesse para apoiar.

Mas o que é isso? Auto piedade? Que coisa ridícula, eu sou filho de Hades, eu não preciso desse tipo de coisa! Resolvi esquecer todos esses pensamentos e jogá-los no lixo, antes que eu me tornasse um daqueles emos que vivem dizendo que vão se suicidar...

Talvez agora, no máximo, eu quisesse mandar um ou dois para... O Elísio, sim, eles merecem uma morte de herói, merecem alcançarem todas as suas metas e serem levados por Macária, a deusa da boa morte. Antes eu não pensaria assim, mas o mundo está em constante mudança... Assim como eu.

O que é problema para você? Quando você tem que fazer algo, fazer bem feito? – Perguntou-me meu pai uma vez

Acho que eu entendi o que ele quis dizer. Será que tem algum problema em tudo o que você faz, fazer bem feito? É... Foi isso o que eu fiz no labirinto e na guerra.

Eu me lembro... Foi naquele momento que eu realmente me dei conta do que eu era, de quem eu sou!

“- Você não tem poder sobre mim –Minos riu – Eu sou o senhor dos espíritos! O rei fantasma!”

“- Não – Falei puxando minha espada – Eu sou.”

E depois eu o mandei para o lugar do qual jamais deveria ter saído: campos de punição. Saltamos com aquelas asas feitas por Dédalo e pensar que eu queria mesmo trocar sua alma pela a de Bianca. É, acho que não teria dado muito certo...

E na guerra, eu consegui fazer com que meu pai lutasse ao meu lado, ao nosso lado, até eu mesmo fiquei um pouco desacreditado, jamais imaginei que meu pai cederia á isso...

Sorri com esse pensamento

E meu coração começou a bater loucamente mais forte, devido ao susto que eu levara. Será que aquilo era real ou era só algo criado pela minha mente, pois estou pensando demais sobre este assunto? E vi... Bianca ainda vestida como uma caçadora, acenando para mim e depois se virou e correu em direção do horizonte, como se ainda estivesse caçando algo. Presumi que ela estivesse caçando sua felicidade. Viu? Ela é o meu exemplo até hoje, eu também tenho que seguir a minha felicidade.

Ainda me lembro de uma frase de Bianca (é uma de minhas favoritas):

Não importa para onde nossos destinos nos levem, não importa se eu e você ficaremos juntos ou separados, sei que, de alguma forma, podemos fazer com que essa estrada nos leve á um lugar bom. Mas para isso, eu e você temos que acreditar que isso é possível e de algum jeito, não sei qual, fazer com que nossos sonhos e metas se tornem realidade!

Bianca, eu sinto sua falta. Mas sei que você tem o seu destino e eu tenho o meu. Nunca te esquecerei e sempre me lembrarei desta sua fala! Farei isso... De alguma forma, eu farei!

E então eu sinto alguém colocar sua mão sobre meu ombro: era Percy.

– Ei, o jantar é daqui á pouco – Disse ele – Você não vem?

– Pode deixar – Falei – Já estou indo.

Levantei-me e olhei para o horizonte. Bianca ainda acenava para mim, sorrindo da mesma forma que ela sempre fez.

– O que você está olhando, cara? – Perguntou Percy

– Acho que estou vendo coisas – Falei – Pensei ter visto Bianca logo ali.

E apontei para o tal lugar.

– Eu não vejo nada – Disse ele – Mas Nico... Quer saber? Viva e deixe morrer.

– Bom conselho – Disse eu – Acho que vou seguí-lo.

Uma vez jurei nunca mais lhe dar ouvidos, mas como eu disse, o mundo e eu estamos em constante mudança...

– Viva e deixe morrer – Repeti a frase.

E então nos pusemos a caminhar para o refeitório. Mas eu não podia deixar de fazer aquilo, então eu me virei e acenei e volta, mesmo sem saber se era real ou não, o que importava era que eu estava acenando para Bianca e me senti bem ao fazer isso. Ela novamente correu para o horizonte e com uma pequena explosão de luz, ela despareceu.

Como que era mesmo aquele ditado? Ah, lembrei: se ama algo, liberte! Faz pouco tempo que eu aprendi como fazer isso, sem sentir aquela dor insuportável, que eu achava incurável!

Bianca, eu finalmente lhe deixei partir para a morte. E pode ter certeza de que eu viverei e... a partir daquele momento eu sempre gostei de olhar para o pôr-do-sol, sempre me fazia lembrar de Bianca...

– Vamos, Nico – Disse Percy – A comida vai esfriar!

– A comida nunca esfria aqui – Falei

– é, mas... Eu estou com fome – Disse ele.

Eu ri

 E então começamos á correr para o refeitório.


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Notas finais do capítulo

E então? Como eu me sai? Ficou bom, ficou uma merda?
Me diga o que achou...
A kiss for you e até a next fic!!!!!



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