Somebody That I Used To Know. escrita por CammisM


Capítulo 6
Sexto - Katniss.


Notas iniciais do capítulo

Eu voltei super rápido, não? :B Tive milhares de ideias ontem, durante a aula de literatura e não consegui me aguentar e tive que escrever SUHAUSHA. Anyway, conversamos lá em baixo.
Enjoy!



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Nenhuma daquelas sensações eram novidade. Ela detestava a ressaca tanto que as vezes pensava em parar de beber. 

Claro que os pensamentos duravam até algo que não lhe agradasse acontecesse e uma garrafa de qualquer tipo de bebida contendo álcool fosse colocada à sua frente. Sentia-se fraca. Não tinha orgulho em dizer que a bebida era sua válvula de escape. 

No começo, o gosto do álcool lhe incomodava. Agora, o ardor descendo por sua garganta era algo agradável. Espero. Desejado até. 

Katniss sentiu seu estômago revirando-se sem permissão alguma, fazendo-a se remexer desconfortável. Só o simples movimento fez com que sua cabeça começasse a latejar. 

Permitiu que um gemido baixo escapasse de seus lábios enquanto fechava ainda mais forte os olhos. Não queria e não iria acordar agora. Dava-lhe dores só em pensar na hipótese de levantar da cama.

Ajeitou-se um pouco mais… Espera, havia algo diferente ali. Não estava deitada com a cabeça em seu travesseiro, tampouco abraçava um outro e… Havia alguma coisa movendo-se em seus cabelos, dando-lhe uma sensação agradável de conforto. 

Não precisou de muito mais do que três segundos para lembra-se que Peeta havia dormido consigo. 

O perfume maravilhoso de colônia masculina que ele usava ainda pairava um pouco sobre o ar. Katniss sabia que estava deitada em cima de seu peito. 

Sentiu suas bochechas corarem por um instante. Peeta havia presenciado uma das deploráveis cenas, as quais ela tentava, a todo custo esconder de todos. 

Que sabiam sobre seu gosto particular por bebidas não era nenhuma novidade, mas ninguém, nem mesmo Gale havia a visto em tal estado. Não que se lembrasse, pelo menos. 

_ Vai fingir que está dormindo até quando? - Sua voz rouca, devido as horas de sono, não passavam de um sussurro baixo. 

Ela sentiu seus lábios se repuxarem em um sorriso, sem permissão alguma. 

Quantas vezes havia desejado acordar ao lado de Peeta mesmo? 

_ Até a minha dor de cabeça passar, talvez. - Ela suspirou. Falar fazia com que sua garganta raspasse, dolorosamente. 

Passou a língua sobre os lábios secos demais. Precisava de água. 

Mas, e a vontade de abrir os olhos? Onde estava?

Se pudesse, prolongaria aquele momento para sempre. Sentir os braços de Peeta ao redor de sua cintura e suas mãos passando delicadamente sobre seus cabelos era a melhor sensação do mundo. Seus sonhos não faziam jus àquele momento. 

_ Não acredito que vá passar tão rápido, Katniss. Temos aula, sabia? 

Ela suspirou baixinho, erguendo a cabeça e criando coragem para abrir os olhos. 

Não se arrependeu, ao encontrar o par azul perfeito de Peeta, a encarando com um sorriso quase que bobo nos lábios. Seus cabelos loiros caiam bagunçados sobre seus olhos, deixando-o ainda mais bonito. 

_ Não quero ir para a escola hoje. Tudo doí. 

_ Talvez sejam os tombos. Você tem que aprender a ficar um pouco mais em pé. 

Ela revirou os olhos, devido ao sorriso irônico de Peeta e voltou a abaixar o olhar. 

_ Posso fazer um café para você, se quiser. E pegar mais alguns remédios, não pode ficar faltando, Katniss. - Ela o apertou um pouco mais forte, quando o sentiu se remexendo em baixo dela.

_ Eu iria dizer para você pular a janela do meu quarto para minha mãe não te ver. - Murmurou pensativa, fazendo-o rir baixo. 

_ Vou me sentir aqueles amantes que tem de escapar rapidamente quando o marido chega. 

_ Poderia até ser isso, se tivesse acontecido alguma coisa. 

_ Acredite, tive um alto controle incrível na noite passada. - Seu tom divertido, só a fez corar ainda mais. 

_ Não estava em meu estado normal. 

_ Acho que não ligaria se você fizesse aquilo de novo, no seu estado normal. 

Ela riu, batendo em seu ombro com a mão livre a qual começou a arder com o toque. 

Encarou a palma avermelhada por vários instantes até se lembrar que havia caído em cima do vidro. 

Prim. 

Teve de morder o lábio inferior, enquanto sentia o familiar e desagradável aperto em seu coração. Seus olhos começaram a arder quase que de imediato. 

Respire fundo. Ordenou a si mesma. Chorar não traria sua patinho de volta. Ela já havia entendido e aprendido isso. 

_ Posso fazer nosso café? Panquecas é minha especialidade, lembra? 

Ela sorriu. Como não se lembrar? 

Quando tinham seus onze anos, Peeta adorava dar uma de cozinheiro, mostrando o quanto adulto ele era no fogão. 

Katniss adorava quando ele tinha esses momentos. Era, de fato, ótimo nos dotes culinários. 

_ Minha mãe deve estar em casa. Não quero ter que dar explicações sobre o fato de você ter dormido aqui, comigo, na minha cama. Não vai soar muito bem. 

_ Ela já saiu. Há horas atrás, diga-se de passagem. Não sabia que ela trabalhava tão cedo. 

_ Trabalha no hospital agora. Faz milhares de plantões, acho que gosta de se manter ocupada. - Katniss suspirou baixo. _ De qualquer forma, como você sabe? 

_ Digamos que sua mãe não é a pessoa mais discreta do mundo. Tentou entrar no quarto hoje de manhã e reclamou alto, dizendo que já havia lhe avisado mais de uma vez que detestava a porta trancada e saiu batendo os pés. Lembro-me de Elizabeth sendo extremamente a favor da sua privacidade. O que aconteceu? 

Katniss engoliu a cedo, remexendo-se desconfortável na cama. Não era algo que ela gostava de se lembrar. 

_ Ela se preocupa demais comigo, só isso. 

_ Não está sóbria o suficiente? 

Claro, nunca iria conseguir mentir para alguém que a conhece melhor do que ela própria. Era algo inútil. 

_ Talvez outro dia. 

Livrou-se do abraço de Peeta, sentando-se na cama e passando a mão pelos cabelos. Ardia, qualquer simples movimento, mas não podia simplesmente ficar deitada ali. 

Não que não quisesse, mas Peeta jamais a deixaria em paz. 

Prendeu os cabelos em um coque solto, jogando as cobertas para o lado e pulando da cama a tempo de cair para trás novamente. 

Tontura. Detestava ela mais do que qualquer outra sensação. Peeta sentou-se ao seu lado, passando a mão delicadamente sobre suas bochechas. 

_ Rápido demais. 

Ele se levantou, estendendo a mão para ela. Ajudou-a a se levantar, antes de envolver sua cintura com os braços musculosos e depositar um beijo na testa de Katniss. 

_ Não sabia que você era assim de manhã. É quase engraçado. 

Katniss bufou uma risada baixa, balançando a cabeça. 

_ Normalmente, sou um pouco melhor. Se quiser tomar um banho, fique a vontade. 

_ Com você? 

_ Se quiser. 

Ele riu baixo, soltando sua cintura. 

_ Vou fazer nosso café, desça rápido. 

*** 

De banho tomado, cabelos presos em uma trança solta e roupa colocada, Katniss pegou sua bolsa, jogando o celular e a carteira, os quais estavam na bolsa que havia saído com Gale e desceu as escadas rapidamente. 

Chegar na escola era a coisa que menos queria fazer. Ter que encarar Gale e suas desculpas mirabolantes embrulhava-lhe o estômago, ainda mais. 

O cheiro delicado de panquecas enchia a casa e, por mais enjoada que estivesse, seu paladar pedia pelas panquecas. 

Peeta causa-lhe as mais diversas sensações. 

Sorriu assim que entrou na cozinha e o encontrou concentrado no fogão. Panquecas voavam da frigideira para o prato em cima da bancada, fazendo com que seu estômago pedisse por comida. 

_ Pode sentar e parar de me observar, eu deixo. 

_ Como você sabia que eu estava aqui? 

_ Seu perfume. - Ele virou para encara-la, com um sorriso lindos nos lábios. 

Ela deu de ombros, antes de adentrar a cozinha e caminhar diretamente para a água. Bebeu vários copos até que finalmente sua garganta parasse de reclamar e pegou a caixa do suco de laranja de dentro da geladeira, dividindo-o em dois copos. 

Finalmente sentou-se na cadeira ao mesmo tempo de Peeta colocar o prato de panquecas a sua frente e uma aspirina logo ao lado do prato. 

_ Primeiro você come, depois toma o remédio. 

_ Desse jeito vou passar na sua casa todas as vezes que estiver mal para ter tal tratamento de manhã. 

_ Não precisa ficar mal para isso. Basta me chamar que eu venho fazer seu café. Seu cozinheiro, lembra? 

Katniss riu, balançando a cabeça em uma afirmação. Da primeira fez que provara as panquecas de Peeta, havia o entregado o cargo de cozinheiro. 

_ Vou para casa, te encontro na escola? 

_ Não vai tomar café comigo? 

Ele balançou a cabeça, negando, antes de se levantar da cadeira. 

_ Preciso de um banho e roupas limpas. 

_ Tenho chuveiro aqui, sabe? 

_ Não precisa morrer de saudades, a gente vai se ver daqui a pouco. 

Ela riu, enquanto Peeta dava-lhe mais um beijo na testa. 

_ Preciso te levar até a porta? 

_ Acho que consigo me virar. Nem pense em faltar, Katniss Everdeen. Se não te ver na escola em vinte minutos, venho aqui te buscar. 

Katniss cogitou, por vários minutos, a ideia de faltar só para passar mais um dia com Peeta enquanto comia as panquecas. 

Não podia, porém. Tinha que se resolver com Gale o quanto antes. Só em pensar na hipótese dele aparecendo na sua porta a noite não lhe agradava nem um pouco. 


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Notas finais do capítulo

Antes de tudo e mais nada: Qualquer erro de português, por favor, me avisem. Não consegui revirar esse devido a vontade de postar e deu nisso.
E, onde estão minhas leitoras? ): Algumas de vocês, que comentavam, simplesmente pararam. O que aconteceu? Não está mais agradando? Se não tiver, avisem. Eu dou um jeito de tornar mais interessante. Eu sei que várias de vocês querem que o Gale e a Katniss terminem logo, mas não parem de comentar só por causa disso, sim? Isso não vai demorar muito para acontecer e eu já pensei em milhares de cenas Peeniss lindas.
Vamos a minhas ideias: EU PENSEI EM MAIS DUAS TEMPORADAS INTEIRAS KKKKKKKKKKKKKK. Sim, em temporadas. E só depende de vocês. Comentem, recomendem. Leitores fantasmas, apareçam. Eu tenho 50 leitoras e nem a metade comenta. Fico #xatiada com isso -qq.
Anyway, vou tentar voltar rápido de novo, só depende de vocês.
Beijos :*