Somebody That I Used To Know. escrita por CammisM


Capítulo 4
Quarto - Katniss.


Notas iniciais do capítulo

Oi, minhas lindas ~le autora se esconde das flechas, machados e todos os materias cortantes lançados por suas leitoras lindas e perfeitas~
Eu sei, vocês devem estar querendo me matar, mas eu tenho explicações. Tive simulado no sábado, minha escola é um lixo e nos tortura até de finais de semana, então tive que estudar o resto da semana passada inteira. Aí no sábado depois da prova, teve um churrasco do povo da minha sala e domingo estava de cama, morrendo de sono. Aí ontem eu simplesmente não tive tempo, me desculpem. E NÃO ME ABANDONEM ):
E gente, o que aconteceram com as minhas leitoras? Por que metade delas sumiram? Fiquei #xateada com isso, é çç
Enfim, aqui está o capítulo. Ele é beem tenso, mas ok SUHAUSH.
Conversamos lá em baixo
Enjoy!



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_ Isso é tão desnecessário. 

_ Não, isso é romântico, Kat. 

_ Como se você fosse uma pessoa romântica.

_ Pensei que a parte não-romântica desse relacionamento fosse você e não eu. 

Ela riu baixo, balançando a cabeça em uma negação. 

_ Eu sou pratica, é diferente, gatinho. 

Agora foi a vez dela escutar a risada do moreno em seu ouvido, enquanto sentia suas mãos quentes em seus braços desnudos, guiando-a em silencio pelo enorme parque. 

Gale havia vendado seus olhos no instante em que pisavam na grama fofa e levemente molhada, dizendo que fazia parte da surpresa. Ela havia bufado, reclamado diversas vezes antes de se deixar levar pelo momento. 

Tinha que admitir que era engraçado, ouvir seu namorando suspirando enquanto se perdida pela imensidão esverdeada, tentando encontrar o local onde ele, Cato e Marvel haviam arrumado para o piquenique. 

Ou pelo menos foi isso que ela deduziu, já que as palavras Central Park e jantar estavam juntas na mesma frase. 

Continuaram rindo baixo no caminho, graças aos milhares de tombos que Gale tomava e os comentários ridículos do mesmo sobre seus amigos ridículos. 

Ao pensar que ela já foi considerada, por Cato, sua melhor amiga. 

As vezes tinha vergonha da época em que vivia para cima e para baixo com o loiro, recebendo olhares de reprovação do namorado que não gostava nem um pouco da amizade que os dois mantinham. Era engraçado vê-lo, o armário-Cato, sofrendo por amor não correspondido. 

Katniss se perguntava se ela ainda reprimia sua paixão do Clove ou já havia caído nas graças de Glimmer, tal como todos os outros jogadores do time da escola. 

Balançou a cabeça, ignorando a linha de raciocínio um tanto quanto desnecessária assim que Gale murmurou um "pronto?" no seu ouvido. Ela balançou a cabeça em uma afirmação, antes de abrir a boca em um perfeito 'o' ao observar a cena em sua frente. 

Em uma das muitas mesas espalhadas pelo Central Park estava recheada de cupcakes das mais diversas cores, cercando um enorme Cozido de Carneiro e duas taças com um vinho branco do lado. 

Ela não pode deixar de sorrir. Até mesmo velas Gale havia espalhado, dando um ar ainda mais romântico para o lugar. 

_ Isso está

_ Incrível, eu sei. Fui eu quem planejou. - Ele a abraçou por trás, fazendo-a revirar os olhos cinzas. 

_ Convencido. 

_ Eu posso, linda. 

O jantar transcorreu mais rápido do que ela precisava. As risadas eram constantes, o que a fez se lembrar o porque de estar com Gale por tanto tempo. 

Por mais que as vezes ele fosse extremamente ridículo e ignorante, havia sido ele quem a animou por mais de uma vez e a fez inteira mais uma vez, tendo a força necessária para mandar todos para o inferno e ser ela mesma. 

Com diversas modificações, era bem verdade. 

O fato era que, o tempo mudava as pessoas. E as experiências moldavam, transformando e caracterizando. A enxurrada de momentos um tanto quanto deploráveis a fizeram naquela maneira que era hoje. 

Tão mais forte e ao mesmo tempo tão mais frágil para o mundo. 

Gale havia terminado de molda-la, deixando-a exatamente como era hoje. Trazendo à ela os vícios que adquirira. 

E Elizabeth ainda tinha a doce ilusão que Gale só fazia bem para a sua delicada filha depressiva. 

Katniss devorou todos os cupcakes em cima da mesa, antes de se deitarem em cima da grama, observando o luar que deixava tudo ainda mais belo. 

Ela se acomodou nos braços fortes, permitindo-se esquecer do mundo por mais alguns segundos. 

Sentia-se bem em estar ali, segura até. 

Embora quisesse muito mais estar nos braços de um certo loiro de olhos azuis. 

Balançou a cabeça, tirando Peeta de seus pensamentos. Não era justo com Gale ficar pensando em outro enquanto estava em um momento tão… romântico. 

Assim que sentiu os lábios de Gale tocando sua testa, ergueu a cabeça antes de traze-lo para si. 

Fazia um bom tempo que o beijo dos dois não trazia mais aquelas sensações de borboletas na barriga ou um calafrio percorrendo-lhe a espinha. Na verdade, fazia algum tempo que não sabia nada, a não ser o lábios quentes de Gale junto aos seus, enquanto cada um explorava a boca do parceiro sem muita dificuldade. 

Talvez fosse o tempo, que mudou não só ela mas também todo aquele turbilhão de sensações que costumava ter. 

Ou talvez fosse porque fazia tempo que sua cabeça não relacionava mais as palavras namoro e Gale em uma mesma frase. 

Sentia falta de sua amizade e não se seus carinhos um tanto quanto mais pessoais. 

Gale a abraçou pela cintura, puxando-a ainda para mais perto de si, fazendo sua perna tocar na ereção dele enquanto descia seus beijos pelo queixo e pescoço. 

Merda, isso nunca era um bom sinal. 

Agradeceu a Deus quando o telefone de Gale começou a tocar a suave e irritante melodia, fazendo-o bufar alto e se separar da namorada.

_ Já venho. - Ele murmurou, dando-lhe mais um beijo na testa e levantando dali, deixando-a sozinha. 

Passaram-se dez, quinze minutos talvez, ela não sabia ao certo e nada do moreno voltar. Perguntou-se por um segundo se Gale havia se perdido no meio do caminho de volta para o lugar onde estavam. 

O fato era que, não estava gostando nada de ficar em um lugar tão solitário e escuro. Ainda mais no meio de milhares de arvores. Não era nada agradável. 

Levantou-se do chão, deixando um suspiro baixo escapar dos lábios já sem o batom que havia passado mais cedo, pegando a bolsa em cima da mesa e encontrando seu celular. 

Discou rapidamente o numero do namorado, o qual chamou uma, duas… Seis vezes e nada dele atender. 

Katniss já planejava os palavrões que iria falar para ele assim que o encontrasse. Provavelmente iria acabar impossibilitando Gale de ter filhos num futuro. Detestava, com todas as suas forças, quando ele fazia isso. 

Ela sentia que, sabia muito bem onde ele havia se metido. E alguma coisa lhe dizia que envolvia Cato, Marvel e algumas piranhas do time de futebol americano que Cato jogava. 

Depois de várias ligações, ele finalmente atendeu, comprovando suas suspeitas. 

Risadas altas ao fundo, vozes de mulher e principalmente a música alta soava, fazendo-a revirar os olhos para o céu estrelado. 

Não sabia quem castrava primeiro. Se era Gale por tê-la deixado sozinha ou Cato por ter buscado seu namorado. 

_ Kat, amor! - Sua voz era lenta. 

Drogas. Ela identificou rapidamente. Não adiantaria de nada falar com Gale agora. Ele provavelmente nem saberia qual era seu nome. 

_ Cade o Cato? - Respirou fundo, tentando manter a voz controlada. Não podia mandar ninguém ir a merda, pelo menos não agora. 

_ Ele está… Sei lá onde ele está. - Ele riu alto. 

Respire, inspire, respire, inspire. 

_ Deve estar comendo a Glimmer ou qualquer coisa do tipo. Eles sumiram há alguns minutos. Vem para cá, gatinha, está do jeito que você gosta. - Ele completou, antes de rir mais uma vez. 

Ela sabia que esse ultimo comentário não havia sido dirigido para ela. 

Desligou o celular, jogando-o na bolsa mais uma vez, enquanto sentia o sangue fervendo dentro de si. 

Não sabia porque sentia tanta raiva disso, já deveria estar acostumada, afinal deixa-la sozinha era algo que Gale mais fazia nos últimos seis meses. 

Desperdiçar a noite que estava começando agora seria burrice, ainda mais quando sua mãe estava em plantão e provavelmente não chegaria tão cedo em casa. Porém, estava sem companhia para qualquer coisa. 

Katniss balançou a cabeça, colocando a bolsa no ombro e pegando a meia garrafa do vinho que jazia em cima da mesa. Nunca precisou de companhia para encher a cara. 

***

Haviam duas sensações na vida, que ela conhecia, e eram inexplicáveis. O efeito do álcool no sistema, desligando sua mente e tirando-a de orbita e quando essa era misturada com qualquer tipo de pílula que encontrasse dentro de sua bolsa. 

Assim que saiu do Central Park, rapidamente encontrou um pequeno mercado para comprar a primeira garrafa de vodka que viu pela frente. Terminou seu vinho, antes de misturar dois anti depressivos que tinha em sua bolsa com a vodka barata. 

O efeito levou um pouco mais de cinco minutos e meia garrafa para subir e deixa-la um tanto quanto agitada demais. 

Desligar-se do mundo era algo que tinha experiência de fazer. Sempre que se sentia nervosa ou depressiva demais, bebia. Bebia para esquecer, para se sentir melhor, para ficar com uma enorme ressaca no dia seguinte que a impedisse de pensar em qualquer coisa se não passar a dor de cabeça. 

Ah, como era adorável aquelas sensações. 

No começo, sentia-se mal por isso. Fugir do mundo parecia covarde mais para ela, alguém que sempre foi tão forte e determinada a passar por cima de qualquer coisa. 

Depois, com o tempo, começou a apreciar aquelas sensações, vivendo - como Gale adorava dizer - cada dia como se fosse o último. 

Cambaleava pelas ruas movimentadas, hora ou outra virando a garrafa, fazendo com que o liquido translúcido descesse ardendo por sua garganta. Permitia-se fazer algumas caretas, antes de rir baixinho. 

Parou no meio da rua, forçando sua visão assim que viu um loiro e uma morena baixinha saindo de um dos estabelecimentos iluminados e cheios de adolescentes que curtiam a noite quente e agradável. 

Não precisou de mais do que cinco segundos para identificar quem estava ali: Peeta e Clove. 

Seus olhos lagrimejaram sem permissão, enquanto observava os dois conversando próximo demais para o seu gosto. 

Ciúmes. 

Esse queimava em seu peito enquanto via os dois, sozinhos, virando a esquina. 

Balançou a cabeça por um instante, antes de voltar a andar sem rumo. 

Mais alguns passos antes de parar mais uma vez assim que viu uma garotinha loira, com duas trancinhas de cada lado saltitando solitária pela rua escura. A observou, escutando sua risada tão familiar que a fez arrepiar por vários segundos. 

Ela parou, encarando Katniss com seus dois grandes olhos azuis-esverdeados transbordando uma enorme ingenuidade que a fez sorrir. 

_ Katniss. - A menina gritou alto. 

Assim que ela ouviu a voz, observou mais atentamente as feições da menina. 

_ Primmie! - Katniss mordeu o lábio inferior, enquanto sentia as lágrimas quentes descendo por suas bochechas. 

Sua pequena estava ali, a sua frente, com o mesmo vestido azul claro que usava há quatro anos atrás. O mesmo sorriso delicado e as bochechas coradas. 

_ Patinho! - Ela gritou mais alto, assim que a loirinha virou os calcanhares, voltando a saltitar. 

Katniss atravessou a rua correndo, aos tropeços, enquanto a seguia. Tentava ser rápida, sem nenhum sucesso. 

Tropeçava nos próprios pés, caindo de joelhos no chão. 

Prim parou, a encarou mais uma vez. Dessa vez seus olhos não sorriam mais. Estavam tristes, avermelhados e chorosos. 

Ela sentiu uma enorme vontade de avançar sua irmãzinha a toma-la nos braços, abraçando-a forte. Mas, por alguma razão, não podia. 

_ Você fez isso comigo, Katniss. Foi tudo culpa sua. - Prim gritou, enquanto ficava cada vez mais vermelha. 

Chamas. Sua irmã estava sendo dominada pelas chamas, mais uma vez. 

_ Culpa sua, Katniss. Você e esse seu egoísmo enorme. Só pensa em si própria. - Katniss largou a garrafa, pressionando as mãos nos ouvidos. 

_ Não! Não é minha culpa, não é minha culpa. - Agora era a vez de Katniss gritar. Caiu de joelhos, colocando a cabeça entre as pernas, enquanto repetia essas palavras. _ Não quis isso, Prim, eu não quis. Me perdoa, me perdoa, por favor. - Murmurava para si mesma.

As lágrimas já haviam tomado conta de seu rosto, molhando a barra do seu vestido claro. 

Suas mãos, tal como seus joelhos sangravam devido os tombos na rua e o vidro da garrafa que se espalhou pelo chão, no exato lugar onde ela caiu de joelhos. 

Porém, não sabia nada. Só ouvia os gritos de sua irmã, implorando por ajuda, enquanto via as cenas que tentava esquecer todos os anos. 

Sentiu uma mão gelada em seu ombro, fazendo-a sobressaltar. 

_ Me deixe em paz. Eu juro que não quis isso. - Ela gritou, sem erguer os olhos. A culpa coisa que precisava era ver Prim toda ensangüentada mais uma vez. 

_ Katniss? Olha para mim. - Não era a voz de sua irmã, porém. 

Era um tom muito mais gentil e completamente preocupado. Era impossível não atender a voz. 

Ergueu os olhos vermelhos, encarando os olhos azuis claros de Peeta. 

Sem pensar duas vezes, jogou-se em seus braços, enterrando sua cabeça no peito musculoso do menino. 


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Notas finais do capítulo

Então, o que vocês acharam? Criticas, sugestões, elogios, é tudo muito bem vindo.
Vocês viram que agora dá para ver quem favoritiza a fic? ENTÃO LINDAS, POR QUE VOCÊS NÃO COMENTAM PARA DEIXAR-ME FELIZ E ALEGRE? U_U SUAHSUAH. Apareçam, eu quero a opinião de todas vocês
Será que, mesmo com a minha demora, eu posso pedir recomendações? ~le carinha de cachorro que caiu da mudança~ Vamos, faça a alegria de uma autora que ama muito vocês *u*
Seguinte, próximo capítulo eu prevejo vocês surtando de felicidade. Cenas Peeniss lindas, eu amei muito escreve-lo. Está confuso esse? ~pens.
Dialogos do próximo capítulo:
"_ Fica aqui comigo, só essa noite.
_ Mas e se sua mãe chegar e...
_ Por favor, Peeta, não quero dormir sozinha. Fica comigo?
_ Sempre"