Ovelha Negra escrita por JoyceSW


Capítulo 49
Requiem




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Liberte um réquiem

Pelo abandonado

Por aquele que chora pelos próprios pecados

Pelas almas perdidas

Por aquele que sofre de vertigem

Por aquele que é vitima de mentiras

Por aquele que se guarda em sofrimento

Em decadência eu irei perecer

Chorando pelos dias passados

Levarei sorrisos cinzas ao meu epitáfio

E lá recebei o sono eterno

Exilada pela minha fé

Desprezível aos olhos santos de Deus

E de seus adoradores

Estou vivendo eternos dias de tristeza

Ouvindo cantos sombrios

Um inferno que eu criei

Faminta por um sopro de vida

Um réquiem pelo meu deserto

Ouvindo vozes espirituais e som de aguas

Meu espirito quer ficar

Não mereço tamanha glória

Indigna e suja como sou

Mais de 40 anos

Andando no meu deserto

Meu exilio, minha solidão

Alimente meu medo

Com vínculos de esperança

E assim andarei cega e sem rumo


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