{... ~~~~~~~ 8 meses depois...~~~~~~~... }

Duda

Eu acordei e... porra aquela barriga estava enorme! Mas eu sabia que aquela menininha seria especial.

– Pai eterno. – eu disse pra mim mesma e sem querer acordei o Zayn.

– O QUE FOI? É O BEBÊ? VAMOS PRO MÉDICO. – Ele disse caindo da cama e eu não me aguentei e gargalhei.

– Não, Zayn, do que você tá falando? – eu disse rindo ainda mais.

– Ué, você falou “Pai eterno” achei que você estava em trabalho de parto... – ele disse se sentando na cama, ofegante e com a mão em seu peito.

– Não, é que essa barriga tá enorme, me assusta. – eu disse me sentando ao lado dele e fazendo carinho em seu rosto.

– Ah tá. Quase me matou do coração mulher. – ele disse.

Nós sorrimos e ele me beijou, eu gemi entre o beijo e ele se assustou.

– O que foi? – ele perguntou sério e preocupado.

– Nada, é que eu senti ela chutar. – eu disse sorrindo e pus a mão em minha barriga.

Zayn sorriu e pois a mão em minha barriga também.

– Nossa, como ela chuta. – Zayn disse e riu.

– Ela vai ser levada igual o pai, aposto. – eu disse rindo.

– Com os pais que tem, será mesmo. – ele disse e me beijou.

– Eu te amo. – Zayn e eu falamos ao mesmo tempo e sorrimos.

Ele passou a mão em minha barriga eu disse:

– E eu também te amo, minha pequena. Eu sorri.

– Eu vou escovar meus dentes. – eu disse me levantando da cama.

– Tudo bem, eu vou ao mercado, tá? – ele disse beijando o meu pescoço.

– Tá bom. – eu disse dei um selinho nele e fui ao banheiro.

Escovei meus dentes e desci para me sentar no sofá da sala. Peguei meu iPhone e olhei as horas. Eram 11h40. Eu comecei a sentir uma dor terrível, inclusive de cabeça. Comecei a passar mal e minha barriga doía muito. A única coisa que me passou pela mente foi “o bebê vai nascer.” Peguei meu iPhone e liguei, com muita dificuldade, para o Zayn.

– Alô? Amor? – ele perguntou calmo do outro lado da linha. – Eu já estou indo pro carro, se você precisa de alguma coisa fala ago... – ele fala e eu o interrompi.

– ZAYN, VEM PRA CASA LOGO, O BEBÊ VAI NASCER. – eu gritei, bem rápido e desesperadamente, para ele.

– AI MEU DEUS, EU TÔ INDO. – ele disse e desligou.

Eu estava com dificuldades para respirar e sentia uma dor terrível.

– Calma, pequena, tudo vai ficar bem, seu pai já está vindo. – eu dizia para ela.

Então tudo começou a apagar, mas eu continuei sentindo as terríveis dores.

Zayn

Corri pra casa o mais rápido que pude.

– DUDA? AMOR? ONDE VOCÊ ESTÁ? – Eu perguntei.

Me deparei com a Duda deitada, gemendo baixo, no sofá. Eu larguei as sacolas no chão peguei ela no colo e fomos para o carro.

– Zayn? – ela dizia em um gemido – Já estamos chegando? – ela perguntava com dificuldade.

– Sim, meu amor, aguenta mais um pouco. – eu disse para ela.

Chegamos no médico e eles nos atenderam na hora.

Eu quis ir para a sala parto mas os médicos disseram que fariam o parto cesárea e era melhor que eu ficasse na sala de espera.

Eu fiquei desesperado andando de um lado para o outro, então eu ouvi um médico gritar: “PARADA CARDÍACA!” Eu entrei em desespero e perguntei a todos os enfermeiros o que havia acontecido. Eles não me falaram nada o que me preocupou mais ainda. Avisei ao Liam, Gih, Ágatha e Matt que estávamos no hospital. Quando desliguei o telefone comecei a chorar, pensando que podia perder uma das minhas duas pequenas.

– Sr. Malik? – Um médico me chamou.

– Sim! Sou eu. – eu levantei e fui até ele. – Como elas estão? – eu perguntei chorando mais ainda.

– A filha de vocês está bem... – ele dizia – Mas a Duda teve uma parada cardíaca e ainda estão tentando reanima-la. – ele disse e eu entrei em desespero.

– E-eu posso ver ela? – eu perguntei chorando.

– Pode, claro. – ele disse.

– Ainda tem alguma possibilidade de ela viver? – eu perguntei limpando as lágrimas.

– Tem. – ele disse.

Entramos na sala e Duda estava deitada de olhos fechados e imóvel. Eu chorei mais ainda. As enfermeiras estavam tomando os cuidados médicos com a minha pequenina e eu fui até a Duda.

– Pequena? – eu a chamei e mais lágrimas caíram do meu rosto.

Ela não se mexia, não falava nada, eu comecei a chorar mais ainda até que eu senti um aperto na mão.

– PEQUENA? – eu olhei para ela e ela se mexia devagar.

Eu chamei o médico imediatamente e me afastei dela. Vários médicos se voltaram ao redor dela, e pela ultima vez tentaram reanima-la, e a tentativa deu certo.

– Ela está viva. – o médico me disse com um sorriso no rosto.

Meus olhos se encheram de lágrimas de novo, mas lágrimas de felicidade. Eu corri até ela e ela abria os olhos devagar.

– Zayn... – ela disse sorrindo com os olhos entre abertos.

– Eu estou aqui, pequena. – eu disse.

A mulher trouxe nossa filha e colocou no colo da Duda. A pequenina ainda chorava então Duda abraçou ela e algumas lágrimas caíram do seu rosto.

– Então... como ela vai chamar? – eu perguntei me sentando na cadeira que havia ao lado de sua cama.

– Tiffany. – ela disse olhando pra mim e sorrindo.

Ela amamentou a Tiffany e eu fui até a sala de espera e encontrei o pessoal.

– Cadê ela? Ela tá bem? – Liam perguntou preocupado.

Eu contei tudo a eles.

Fomos todos até a sala onde Duda estava e ela estava conversando com a Tiffany.

– Você é muito linda, puxou pro seu pai. E pensar que você criou essa confusão toda, né? Eu falei que você seria levada igual seu pai, vou cobrar o dinheiro da nossa aposta. Mas mesmo depois de tudo isso valeu a pena. – ela disse com os olhos brilhando.

Tiffany pegou no dedo de Duda, e ela sorriu com isso. Nós chegamos perto das duas e Duda sorriu.

– Oi gente. – ela disse.

– Amor, eu nem segurei minha princesinha ainda. – eu disse para a Duda fazendo bico e todos riram.

– Toma, Malik. – ela disse e eu peguei a Tiffany no colo.

– Ela chama Tiffany, né? – Liam perguntou.

– Sim, chamem ela de “Tiff”. – Duda disse sorrindo.

A enfermeira levou Tiffany para o berçário e deixamos Duda descansando.

No dia seguinte ela já teve alta e fomos para casa com nossa pequena.

– Enfim, em casa. – Duda disse com a Tiffany no colo.

– Finalmente. – eu disse beijando a Duda.

Subimos e colocamos Tiffany, que estava dormindo, em seu berço e fomos para o quarto.

– Eu PRECISO dormir. – ela disse se jogando na cama.

– Eu também. – eu disse me jogando ao seu lado.

Nós deitamos, nos cobrimos, eu a abracei e nós dormimos.