Aquela era uma manhã que ninguém poderia colocar defeito. O sol iluminava Konoha, mas ainda nem era verão. A luz vinha para aquecer a vila em uma temperatura perfeita.

                Um ótimo dia para treinar.

                Rock Lee, porém, acordara como qualquer outro dia. Saíra de casa, indo direto ao seu treino matinal.

                Estava andando pelas ruas de Konoha, quando viu a tal placa.

                No tal cartaz, havia uma mensagem enigmática onde estava escrito: “Show de um grande cantor! Viva a Juventude! Sábado, às oito da noite. Preço: 15 yens.”.

                O jovem ninja coloca a mão no bolso. Nada. Gastara tudo em rámen no dia antepassado. Não tinha culpa se Naruto havia convidado-o para uma competição de quem comia mais rápido.

                Se arrumasse dinheiro poderia convidar Sakura-chan para ir com ele. Se for um grande cantor, a garota teria que aceitar. Perfeito.

                Rock Lee pensou em arrumar algum trabalho, vida de pobre era difícil. Talvez se pedisse o dinheiro emprestado...

                - Nem pensar Lee. – respondera Neji. – Só tenho alguns yens e os usarei para levar Hinata - sama a um treinamento nas cachoeiras.

                - Por que não a leva à cachoeira que joga água sanitária perto da minha casa? É de graça.

                - Aquilo não é uma cachoeira! – berrou TenTen com eles, a garota estava por perto, fazendo algo sem importância para essa história. – E depois, eu vi uma placa desse show, nem o nome do tal grande cantor falava lá.

                - Deve ser porque ele é tímido.

                - Não existem cantores tímidos!

                - Esse é o primeiro. O que o mostra original. Tenho certeza que não me arrependerei. Mas TenTen... Será que você teria...

                - Eu teria. Mas não darei dinheiro a você ou a esse cantor estúpido desconhecido.

                - Vai me ajudar no treino com a Hinata?

                 - Também não. Irei economiza-lo. Não sou obrigada a gastar meu dinheiro e... Olhe ali! – aponta para outra placa no meio da rua. – Aquela loja de shurikens está pela metade do preço! 15 yens só!

Em questões de segundos, a garota não estava mais lá.

                -... Bem, acho que vou ter de arrumar algum emprego... – murmurou Lee desanimado.

                - Por que não convida a Sakura primeiro? – sugere Neji. – Assim saberá se vale a pena mesmo arrumar esse dinheiro...

                - Está achando que ela vai dizer não? – disse Lee ofendido. – Puxa Neji, poderia acreditar mais em mim ás vezes...

                - Hã...

                - É má educação um homem não ter o dinheiro antes de convidar a mulher para um encontro. Isso foi Gai-sensei quem me ensinou. Primeiro devo arrumar 30 yens, já que serão dois ingressos. Vou ver se consigo alguma missão que pague pelo menos isso...

                - Se você quiser, minha prima de 4ºgrau precisa de uma babá por 60 yens... – sugeriu Neji depois de olhar no ninjabook pelo celular, que ninguém sabe o que estava fazendo nessa fanfic.

                - Feito! – disse Rock Lee roubando o telefone e entrando no próprio ninjabook para aceitar o trabalho. – Olha aqui, isso é fácil. Cuidar de duas crianças de três anos durante aproximadamente 6 horas. E ainda são seus parentes, Neji. Devem ser crianças calmas e quietas. Moleza.

                - Boa sorte então. – avisa Neji. – Vai precisar. – Mas o ninja já havia ido.

***

                No dia do trabalho...

                Rock Lee batera na porta da casa no horário em ponto. Não queria que a tal prima de Neji tivesse algum motivo para diminuir seu dinheiro.

                A tal mulher abrira a porta e Lee gritou surpreso:

                - Neji! O que está fazendo aqui?! Pensei que tivesse ido às cachoeiras treinar a Hinata...

                - Não sou o Neji. – disse a moça abrindo a porta, parecendo ofendida. – Somos parentes. Mas bem, aqui está a vassoura e a pá...

                - Ah, me desculpe. – corrigiu ele. – Mas não sou a faxineira, estou aqui como babá para seus filhos...

- Eu sei, a vassoura e a pá servem caso você queira deixa-los desmaiados até eu voltar. É difícil, mas funciona. Vou ao cinema, não saia da casa, não importa o que acontecer... Sua regra principal é...

                - É...

                - Jamais, em hipótese nenhuma, deixe-os tocar naquele vaso. – apontou o tal objeto. – Ele é muito precioso e vale mais de 50.000 yens. Se quebrar, você além de não receber seu pagamento, ainda me deverá... 49.600 yens.

                - Na verdade, são 49.640...

                - Isso mesmo. Já sabe então. Estou indo. – E a prima de Neji foi-se trancando a porta ao sair.

                Rock Lee se virou para a sala. Parecia um lugar vazio. Não havia sinal de ninguém no recinto. Na TV, passava Dragon Ball Z e havia uma tigela de pipoca na mesa do centro.

                O ninja se sentou no sofá pensando que aquele era o trabalho mais fácil do mundo, quando se virou para a esquerda e se deparou com dois mini-nejis o encarando.

                - Oi! – cumprimentou. – Sou Rock Lee! E vocês...

                As duas crianças eram ambos garotos,  mas pelo cabelo comprido, Lee achava que eram garotas. De resto, eram como todo membro da família Hyuuga.

                - Ok. – disse ele. – Vou chama-las pirralha um e pirralha dois. A pirralha um é da esquerda... Fique longe da direita. O contrário para você pirralha dois.

                Eles trocam de lugar.

-... Ei! Devem obedecer ao seu sensei! Como sou babá, sou eu quem manda aqui! Troquem de lugar!

                Eles ficam parados.

                - Cadê a juventude de vocês?! Já sei o que podemos fazer... Vamos treinar! Cada um fazendo 100 flexões!

                Silêncio.

                - Então eu vou fazer para mostrar como é que se faz. – assim, começa. – Um... Dois...

                Depois...

                - Noventa e nove... Cem. – e se levanta. – Viram? É fácil! E... Cadê?!

                As crianças haviam sumido o mais rápido possível dali.

                “Sou um péssimo sensei” pensou Lee se deprimindo. “Gai-sensei estaria decepcionado agora.”

Então ouviu um barulho de algo se quebrando. Correu até o local.

                “O vaso não, o vaso não, o vaso não” pensava morrendo de medo. Mesmo se trabalhasse a vida toda, jamais ganharia todo esse dinheiro.

                Mas quando chegou lá era apenas uma caneca do Bob esponja.

                - Nããããããããoooo! Como ousam quebrar uma caneca do Bob?! Cadê o fogo da juventude de vocês?!

                Após fazer um enterro decente à pobre caneca... Outro barulho apareceu, parecia que outra coisa se quebrara.

                “Outra caneca não” pensa enquanto corre de volta à sala e se depara com um prato com biscoitos do frajola quebrados no chão.

                - Tão de sacanagem comigo?! Não tiveram juventude não?!

                E então, finalmente, depois de tristemente, jogar os biscoitos fora e limpar os cacos de vidro, outro barulho é ouvido.

                “O que será que foi agora?” imagina indo ao local, cansado daquele emprego chato. “O abajur do pica-pau?”

                E então, viu o tal vaso, caído no chão, os cacos quebrados e parecendo não haver concerto nenhum.

                Lee podia sentir o encontro com Sakura-chan sumir cada vez mais até desaparecer completamente.

6 Horas depois...

                A prima de Neji chega a casa, que estava toda desarrumada com pratos e copos quebrados por todo o caminho. Isso era bem normal em seu lar. Então viu sua preciosidade no mesmo lugar de sempre, como se não tivesse sido tocado. Impressionante.

                - Muito bem. – elogiou Rock Lee pelo trabalho bem-feito (e cansativo, ele mal reconhecia ele mesmo depois daquilo). – Aqui está seu dinheiro.

                - Obrigado. – respondeu segurando com força o superbonder que guardava no bolso, fora muita sorte dele ter achado em umas das gavetas na cozinha. Depois teria que voltar naquela casa para colocar um novo no lugar... Mas isso era apenas detalhe.

                Assim que saiu, foi procurar Sakura-chan. Quando a achou, estava na praça, lendo um livro, parecendo entretida e feliz.

                - Sakura-san! – gritou. – Foi bom te encontrar... Quer ir ao show que terá sábado... Comigo?

- Show? – perguntou confusa. – Esse sábado? Ah, me desculpe Lee, mas Naruto já me convidou para irmos juntos e ele disse que iria até mesmo arrumar um emprego cuidando de crianças para isso... Desculpe, mesmo. Tenho que ir. – E assim ela foi.

                Momento de silêncio. O barulho do vento era a única coisa que havia ali.

                Tudo que fez acabara sendo para nada... Não conseguia nem se mover depois daquela.

                - Lee! – ouviu alguém lhe chamando. Era TenTen e Neji. – Como foi?

                - Consegui o dinheiro. – respondeu. – Mas Sakura-chan não pode vir comigo...

                - Que pena. – responde Neji. – Pelo visto, você não vai ir ao show...

                - Quem disse?   - responde Lee com um sorriso Colgate no rosto. – Sakura-chan e eu teremos mais encontros depois... Não tem problema nenhum. Não quero mesmo perder esse show... Então podemos ir nós três o que acham? Eu pago os ingressos!

                - Bem. – murmurou TenTen. – Não pode ser tão ruim, não é?

                No show...

                Faltavam apenas cinco minutos para começar. Parecia que toda a Konoha viera ver o tal show.

                - Quem será o cantor? – perguntava o curioso Lee.

                - Vamos ver. – responde TenTen. Neji apenas coloca mais pipoca na boca.

                As cortinas se abrem... E apareceu Gai e Kakashi-sensei, ambos com chapéu de cowboy e viola na mão.

- Vamos lá! Com o fogo da juventude de vocês! – grita Gai-sensei no microfone. – Um, dois, três e “Eu quero Tchu...”.

                E assim foi até o final... Mas apenas Lee, Neji e TenTen ficaram até o final. O resto saíra na minha palavra da musica.

                Fim.