O Fantasma De Paradise Farm escrita por Maiumy hime


Capítulo 7
A verdade


Notas iniciais do capítulo

Tá, me matem. Eu demorei porque simplesmente não conseguia escrever essa fic!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/265227/chapter/7

Ágatha correu atrás dela, precisava tirar essa história a limpo de uma vez por todas. 

-Veri, espera! Você precisa me explicar o que está acontecendo!

-Eu não acho que você esteja pronta, Ágatha.

-Se eu não estiver, o que acontece?

-Você vai sofrer e eu não quero que isso aconteça.

-Se eu sofrer você vai estar comigo, não vai?

-Sempre!

-Então pode falar. Quem é o fantasma?

-Aqueles barulhos...aquilo não é um fantasma, mas todos nós aqui somos. Inclusive você.

-M-mas isso aqui não se parece nada com céu ou inferno.

-É porque você não está em nenhum deles, sua morte ainda não ocorreu no mundo humano. Quase todos aqui estão em estado vegetativo ou, como você, em coma.

-Você também?

-Não mais. Já fui, mas agora sou uma guia espiritual mandada para levá-la a um dos caminhos: céu, inferno ou a volta para o mundo humano. Mas deu tudo errado...acabei gostando de você e mentindo para que você voltasse a viver e ser feliz e não te deixei escolha.

-Como assim?

-Aqueles barulhos que você ouvia eram as pessoas em volta de você no hospital e eu te incentivei a procurá-los para que achasse o caminho de volta. Mas depois de perceber algo ruim que se passava lá você acabou caindo no rio, ou seja, sua alma passou um pouco mais para o lado espiritual. 

-E aqueles ossos, o túmulo?

-Todos que saem daqui para o mundo espiritual deixam uma espécie de lembrança.

-Aquele "sinal do que estava acontecendo no mundo humano" foi o telefonema da minha mãe?

-Você devia estar perto de descobrir sobre sua real condição e ouviu uma conversa dela.

-Então tudo isso é uma ilusão? Minha avó não é minha parente, não vou me casar com Abel e...você não existe?

-Eu existo. Só não sou humana como você pensava. Volte a viver, Ágatha!

-Não quero! Se eu for nunca mais vou te ver!

-Não posso mais interferir nas suas decisões, mas já fiz isso antes. Quanto mais você fica e não decide seu caminho, mais a situação se complica pra mim. Minha única missão era te guiar para onde quisesse ir mas eu deixei que meus sentimentos atrapalhassem. Agora quanto mais você fica indecisa, mais eu me complico. O que vai ser?

-O que vai acontecer com você quando eu for?

-Não sei.

Elas ficaram algum tempo em silêncio, apenas se olhando de modo saudoso.

-O que vai fazer, Ágatha?

-Vou voltar ao mundo humano. 

-Me promete três coisas?

-O que?

-Que você ai ser muito feliz, que nunca mais vai se arriscar como fez quando se envolveu num acidente e que nunca vai me esquecer.

-Prometo.

Elas se abraçaram longamente e depois Veridiana exerceu sua função, guiando-a de volta para o mundo humano. Ao lado da cama do hospital o pai de Ágatha chorava, havia largado tudo apenas para ficar ao lado la filha. A garota ruiva, que tinha a pele tão branca quanto o lençol sobre o qual estava, abriu os olhos lentamente e pôde ver a expressão de felicidade de seu pai que há tanto tempo não via. Médicos foram chamados e todos diziam ser um verdadeiro milagre ela ter voltado, mesmo que com algumas sequelas. Enquanto isso, uma guia espiritual se preparava para ter sua punição.

-Senhor, sei que não poderia ter interferido mas tudo o que fiz foi por amor!

-Não se preocupe, minha filha. Ágatha vai ficar bem agora, só trate de não repetir seu erro.

-Vai ficar bem?

-Sim, veja.

Veridiana pôde ver a ruiva fazendo fisioterapia, ela estava tendo um grande progresso. A guia espiritual sorriu alegremente, já que não podia derramar lágrimas nem mesmo de emoção.

Três anos depois, sentada na varanda de sua casa, apoiando os braços em sua cadeira de rodas, a jovem ruiva mantinha o pensamento distante.

-O que você tanto pensa, querida?

-Papai...existe uma pessoa da qual eu não lembro nem nome nem rosto, mas sei que foi alguém importante.

-Do que se lembra então?

-Lembro que ela possuía olhos azuis e um lindo sorriso, tão carinhoso...

-Você perdeu parte das memórias, é natural que não se lembre disso.

-Do que?

-Quando você era pequena teve uma grande amiga, daquelas amizades para a vida toda...mas ela acabou morrendo muito cedo.

-Como era o nome dessa amiga?

-Veridiana.

Ela sorriu. Aquele nome lhe acalentava o coração, mesmo sabendo que suas lembranças não eram de uma criança e sim de uma moça linda e de lábios amorosos. Como queria poder lembrar-se dela...

-Bom dia, Ágatha- uma moça de longos cabelos negros a saudou.

-Quem...é você?

-Vim cuidar de você.

A moça pousou sua mão sobre a de Ágatha e sorriu, recebendo algumas lágrimas de inexplicável felicidade em resposta.

-Vim cuidar de você outra vez.

Ela beijou carinhosamente as mãos de Ágatha, que apenas por intuição levantou seu rosto e encostou seus lábios nos da enfermeira à sua frente. Seja lá quem fosse, era ela.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Que lixo de capítulo final, né? Podem me matar, eu deixo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Fantasma De Paradise Farm" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.