O Circuito Do Rio escrita por LuluuhTeen, Luisa Druzik


Capítulo 8
Capítulo VII - 9º Portão


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é dessa semana, eu estou de castigo, então, vou postar o da semana que vem também. Postado o da semana que vem daqui a duas semanas eu volto com o Capítulo IX, depois o X e por último o Epílogo, Glossário e os Agradecimentos.
A segunda fic ainda está muito no início, nem o primeiro capítulo está feito, ou seja, vai demorar bastante para eu voltar a postar, sendo que termino a história antes de começar, então, vocês podem escolher se querem que eu poste mais devagar, para dar tempo de começar logo em seguida com o volume dois ou se vocês aguentam esperar um mês ou dois, lembrando que o final dessa é completamente sem fim, bem misterioso, digamos. Respondam lá embaixo.



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Capítulo VII

9º Portão

Andei pouco e logo cheguei a uma encruzilhada. Direita? Esquerda? Depois de pensar um pouco, fui pelo meu senso de direção, que apontava que se fosse para direita estaria mais perto da minha cidade, sendo que ela ficava, olhando no sentido norte-sul, do lado direito do Rio Amazonas.

Quanto mais andava mais sozinha me sentia. Fui olhando para as paredes, para trás, para frente. O sistema de iluminação era, literalmente, medieval. Várias... Tochas estavam presas nas paredes, mas em vez de fogo ali brilhavam lâmpadas.

O chão era de metal, igual às paredes e ao teto, o que fazia sentir-me em um imenso caixote metálico. Puxei do bolso o chocolate que minha avó havia feito e mastiguei um pedaço. A geléia grudou no céu da boca e eu a prendi com a minha língua, aproveitando o máximo possível do sabor frutífero.

O chocolate derretido mesclou-se com a fruta e senti a explosão de sabores com muito mais intensidade do que jamais havia sentido em minha vida. A falta dessa comida caseira, do toque especial que só minha avó dava aos sabores. Como eu sentia a falta dela.

Lembrei-me de tudo que passamos juntas, todas nossas brigas, nossos abraços, às vezes em que assistimos filmes juntas, que cozinhamos e fizemos guerra de farinha de arroz.

Minha mãe sempre quis ter essa ligação comigo, eu lia isso em seus olhos, mesmo ela nunca tendo dito. Eu sempre fui mais relacionada com nossa avó, meu irmão com nosso tio, mas não deixávamos de amar nossos pais mais que tudo. Ainda sentíamos falta deles quando íamos viajar ou nos separávamos por algum tempo.

Meu irmão também sempre esteve acima de tudo, ele me protegia sempre, me segurava sempre. Sentia que nunca iria acontecer nada comigo enquanto estivesse com ele, era uma proteção, uma segurança sem tamanho. Minha avó e meus pais me davam conforto e amor. Eu não tenho o que reclamar da minha família, sempre tive uma base muito boa. Não só familiar, mas tudo, nunca quis o avançado, como meu irmão, mas só o antigo, o velho. Quanto mais tempo tivesse passado desde que aquilo tivesse sido inventado, melhor. Livros, eletrônicos, objetos, tudo me encantava. “Eles realmente faziam isso?” “Conseguiam sobreviver usando isso?”. Isso era cativante! Uma viagem no tempo onde o que mais contava era a imaginação!

- Como assim eles não tinham Câmaras de Diagnóstico? – Perguntei certa vez à minha avó. Como era possível alguém não ter algo assim, tão básico?

- Naquela época – dizia minha avó. -, eles tinham seres humanos que deitavam os que precisavam de ajuda em camas, e lá eles faziam o possível para saber o que estava acontecendo para a pessoa se sentir mal.

- Isso quer dizer que eles não tinham visitas semanais às Centrais de Cura? – Questionei espantada.

- Não, eles visitavam essas pessoas, esses médicos, curandeiros, um pouco antes. Quando a pessoa, o doutor, que estudava anos e anos para ser profissional na cura, falava que a pessoa estava com um resfriado, receitava algo que curasse e ela voltava para casa.

- Então eles não tinham o gás? – Falei, cada vez mais boquiaberta. Por isso eles morriam tanto de doenças!

- Não, isso foi inventado muito depois, por um desses doutores. Não me lembro ao certo, mas acho que veio do Brasil. – Certamente, tudo que era útil vinha do Brasil.

Quem diria que antes o Brasil não tinha tanto reconhecimento na área tecnológica... As Centrais de Cura eram lugares simples, geralmente de cores claras, como o branco e tons bebê, eles eram separados em 3 alas com duas salas grandes cada. Uma das alas era para crianças e bebês (até 13 anos) a outra para adultos e adolescentes (de 13 à 50 anos) a última para pessoas mais velhas (a partir de 50 anos).

Cada ala tinha uma sala para mulheres e outra para homens, e um imenso... Closet. Lá as pessoas tiravam as roupas e colocavam em um espaço reservado, como um guarda-volumes. Vestiam-se com um roupão e caminhavam até uma das Câmaras de Diagnóstico, onde se deitavam já completamente nus, sem nem mesmo o roupão. A câmara tinha alto-falantes que não agrediam aos ouvidos, e só permitiam músicas instrumentais, para evitar que o paciente abrisse a boca para cantar. A tampa era sensível ao toque, onde o paciente simplesmente pronunciava seu nome e o sistema verificava se o nome estava correto de acordo com a voz, já encontrando todos os dados e o histórico clínico do paciente. A máquina, através de luzes, verificava todo o corpo, por dentro e por fora e encontrava qualquer problema que estava acontecendo ou poderia vir a acontecer, soltando um gás inodoro e quase imperceptível, que a pessoa inalava e logo se sentia melhor, mais leve, mesmo se antes já estivesse bem.

Muita coisa foi inventada, acredito que demoraria anos para contar tudo, coisas continuam sendo criadas a cada dia, tanto que nem mesmo percebemos as mudanças, a coisas acontecem, aparecem, re-aparecem, nunca sabemos o que é novo, o que é velho ou o que nem existe. Às vezes tenho a impressão de que acabou, de que finalmente não tem mais nada para ser criado, mas nunca para, o Brasil simplesmente inventa, de dia em dia um projeto novo é apresentado e já nem nos surpreendemos mais, sabemos que todos esses avanços eram inevitáveis desde que o mundo é mundo, mas às vezes paro para pensar: “Será que, só talvez, não seria o momento para dar um tempo?”.

Não é como se alguém fosse ouvir uma garota da minha idade, mas eu tenho certeza que vamos acabar com o mundo se continuarmos dessa forma, e eventualmente, com os seres humanos.

Enquanto caminhava, chegava a mais e mais encruzilhadas, até que me toquei que se continuasse sempre andando à direita iria andar em círculos e me repreendi, começando assim a variar, jogando um cartão de memória no ar e o pegando logo em seguida, se caísse de um lado, era direita, do outro, esquerda.

Então, de repente tropecei e senti uma ardência muito forte na perna. Coloquei a mão na batata da perna e senti algo pegajoso, chegando mais perto de uma tocha percebi estar com a perna sangrando muito, por ter se cortado onde o metal terminou e pedras começaram a aparecer.

Em certo ponto as paredes começaram a mudar, ficando mais rústicas, de pedra e com musgo crescendo, o ar também ficou mais úmido e o chão irregular. A iluminação começou a ficar falhada e intercalada, vezes tochas com um fogo azulado, vezes lâmpadas. Andei muito pouco, dois ou três minutos, sempre mancando e com uma dor excruciante na perna, que parecia queimar até que de repente me vi em uma era medieval sem contato algum com a atualidade, então, comecei a ouvir passos e parei no lugar imediatamente.

****

Vi que tinha chegado onde, além do meu caminho, mais quatro apareciam, formando uma estrela, onde só um deles tinha o chão com pedras ainda mais irregulares e paredes praticamente decadentes. Apaguei uma das tochas ao meu lado e grudei na parede, ficando na escuridão, sendo que o espaço entre a iluminação era relativamente grande.

Vi uma mulher passando que só poderia ser Samantha, ela parecia estar com suspeita de algo, olhou para todos os corredores e seguiu em direção ao que era mais medieval. Me sentei, não iria deixá-la ganhar, mas não podia ir atrás dela de imediato, ela me ouviria ou iria parar para dormir, assim poderia fazer algo comigo.

De repente, de outro corredor surgiu Alex, o que me fez prender a respiração. Não sabia se ele estaria chateado comigo, não havia lido seu e-mail, e se estivesse furioso? Afinal, eu os abandonei, deixei-os a mercê quando tudo que fizeram foi me ajudar!

Alex virou-se na direção do meu corredor e franziu as sobrancelhas, só então percebi que parte da alça da minha mochila estava sendo iluminada por outra tocha, Samantha estava muito nervosa para notar um detalhe como esse, mas Alex era atento.

- Quem está aí? – Perguntou e eu não vi motivo para não responder, ele viria conferir ou roubar a mochila de qualquer forma.

- Deena, a traidora. – Soltei um riso fraco e puxei a mochila para pegar algo para estancar o sangue. O vi sorrir de canto e caminhar na minha direção calmamente, não estava mais receoso.

- Não foi uma traidora, foi esperta. Saiba que fiz o mesmo dois segundos depois, e só recebi seu e-mail quando estava na metade do caminho. - Ele se ajoelhou ao meu lado e então percebeu o machucado na minha panturrilha. – Alguém fez isso com você? – Perguntou preocupado.

- Não foi nada, só um arranhão, acho... – Olhei com atenção e senti um embrulho no estômago ao ver o machucado, estava infinitamente mais feio do que imaginava, ainda mais a luz branca de um eletrônico que Alex acendeu para examiná-lo.

- Deena, isso está horrível! – Ele suspirou e abriu sua mochila, tirando de lá uma bolsa um pouco menor, cortou um pedaço de tecido em rolo, um tipo especial para enfaixar machucados que tinha uma pomada para cicatrização infalível. Ele enrolou a parte machucada da perna no tecido e colou com um adesivo comum, passando a mão para verificar se estava bem colado logo em seguida. – Está doendo?

- Nada que seja muito ruim, consegui andar até aqui... – Sorri tímida e agradeci, ele se sentou do meu lado e suspirou, puxando minha mochila e abrindo-a. Nem me mexi para evitar. – Não trouxe nada de primeiros socorros, não achei que fosse necessário... Na verdade, nem mesmo pensei nessa possibilidade.

- Não estou procurando isso... Eu me esqueci de... Ah! – Então ele puxou uma barra de chocolate, cortou um pedaço e jogou na boca, guardando a barra na mochila novamente. Olhou pra mim e sorriu tímido, soltei uma risada e peguei o chocolate da minha avó, no meu bolso. – Não sei como pude esquecer...

- Sem problemas, mas acho que vai gostar mais desse. – Cortei um pedaço generoso, diga-se de passagem, e ofereci, melando minha mão e a dele com a geléia. Ele rodou o pedaço nos dedos e eu o olhei com a sobrancelha erguida e um sorriso. – Juro que não tem veneno, é da minha avó.

- Não é isso... – Ele jogou o pedaço inteiro na boca e esperou derreter. Vi seus olhos se arregalarem e logo depois se fecharem aos poucos de prazer. Quando o sabor saiu ele lambeu os dedos e eu soltei uma sonora gargalhada tapando minha boca depois.

- Tão bom assim? – Sorri. Ele assentiu e sorriu para mim.

- Você tem que me jurar que vai me dar uma barra inteira disso quando sairmos! – E sorriu ainda mais. – E a receita!

Ri mais baixo e só então notei em como nossos rostos estavam próximos. Não que eu ligasse! Não é como se estivesse inalando o cheiro do seu hálito quente e estivesse gostando disso, nem mesmo como se eu tivesse decido, involuntariamente, diga-se de passagem, o meu olhar para a sua boca. Não, não é como se... Ah, minha nossa! Ele já esteve tão próximo assim?

Então começamos a ouvir passos do terceiro corredor, Alex foi rápido e silencioso enquanto apagou outra tocha e puxou as duas mochilas para mais rente a parede e passou um de seus braços na frente da minha barriga, deixando-me colada na parede. Peter, o último que faltava dos finalistas, saiu de lá e nem mesmo olho para os outros lados, só caminhou em direção ao corredor de Alex e desapareceu.

Ele tirou o braço da minha barriga e virou com as sobrancelhas juntas.

- E Samantha? – Perguntou.

- Ela saiu um pouco antes que você, e foi pelo corredor certo, evitei segui-la, já que não sei do que é capaz para vencer... Então você chegou e agora ele, não falta mais ninguém. – Ele assentiu preocupado e puxou sua mochila, tirando de lá um colchonete para dormir.

- Trouxe um? – Perguntou e eu assenti, pegando o meu e entregando. – Ele esticou um ao lado do outro, ficando praticamente um em cima do outro, sendo o corredor muito estreito.

- Ah... – Deixei escapar. – Vamos dormir aí? – Vi que ele me olhou confuso.

- Sim, por quê? – Perguntou sinceramente confuso.

- Tão... Grudados? – Falei sem querer ser grossa. – Não que eu tenha algo contra você, mas os colchonetes estão... Sei lá... Tão juntos.

Ele levantou uma sobrancelha e soltou um riso tímido. Alex Ramiro estava ficando vermelho?

- Eu posso colocar o meu mais para trás, mas achei que seria... – Tentou buscar as palavras certas. - Ah, eu não achei nada, simplesmente coloquei! – Soltei um riso baixo para não chamar a atenção de Peter e me inclinei para dar um beijo em sua bochecha, deixando-o ainda mais vermelho. Não acredito que eu estava mesmo tendo essa coragem!

- Tudo bem, sem stress! – Puxei minha mochila e tirei um pacote de bolacha salgada. Ele ainda estava parado no lugar olhando para a parede enquanto eu abria o pacote, enfiava uma bolacha na boca e ofereci a ele, que despertou do transe e aceitou ainda um pouco distante, mordendo o lábio inferior e me olhando desconfiada.

- O que mais você trouxe? – Perguntou baixo.

- O quê? – Não estava esperando que ele falasse tão cedo, do jeito com que se sentou afastado de mim no colchonete... – Ah, eu trouxe muita coisa... Comida principalmente... Acho que acertei na escolha. – Ele sorriu tímido e assentiu, abrindo a sua e jogando tudo no chão. Tinha pouca coisa, alguns eletrônicos, várias caixas com pílulas com sabor e um carregador a manivela.

- Nem mesmo pensei no chocolate... – Soltei um riso abafado e puxei uma barra meio a meio da mochila, cortando um pedaço e oferecendo, ele aceitou e sentou de frente para mim, assim como eu.

- E então, fala mais sobre você, nem li o seu e-mail, não faço a mínima ideia da sua reação sobre a minha traição... – Ele olhou para mim de olhos arregalados.

- Não leu? – Neguei com a cabeça mastigando mais um pedaço do chocolate. – Nossa! Bem... Nem precisa ler! – Falou depressa.

- Por quê? – Falei já suspeitando de algo.

- Nada, nada... Só que não tem nada de interessante, quero dizer, nada que eu não possa dizer agora. – Ele estava mentindo, mas se não queria que eu lesse, eu não leria.

- Tudo bem, então vai falando. – Falei sorrindo e jogando a barra para ele, que cortou uma tira e me devolveu.

- Ok. Eu primeiro me surpreendi, sabendo que você entrou antes de mim, mesmo que tenho sido no máximo alguns minutos. – Sorri vitoriosa. – Pode tirar esse sorriso, não pense que me desanimei! – Soltei uma risada junto com ele. – Depois eu comecei a andar mais e mais rápido, até esbarrei com Samantha que me olhou assustada e saiu correndo.

- Ela deve ter medo de você! – Falei sorrindo.

- Medo de você, isso sim!

- Por que teria, posso saber?

- Ah... – Tenho certeza que inventou algo naquele segundo, mas tudo bem, veremos aonde essas mentiras levam... – Uma das mais novas avançando todo mundo, e ainda uma retardatária! – Exclamou.

- Falou Alex Ramiro, o cara com 16 anos! – Disse sorrindo.

- Ah, cale a boca! – Riu me jogando um pedaço do chocolate que peguei e comi.

- Ei! Olha o desperdício! E não fuja do assunto, pode continuar!

- Sim senhora! – Falou batendo continência e sorrindo. – Depois disso só tive tempo pra responder e-mails de gente querendo ser meu patrocinador e da nossa ex-equipe...

- Aceitou alguma parceria? – Perguntei curiosa.

- Survivors. – Claro, quem não aceitaria? Ele estavam na internet há mais de 100 anos e sobreviveram a tudo, mudanças de servidores, cancelamentos, tiroteio na sede do site e tudo que se possa imaginar, mas no máximo ficavam algum tempo sem aparecer e logo voltavam.

- Também. – De repente tudo ficou silencioso, um silêncio incômodo.

- E você? Agora é a sua vez! – Disse sorrindo e eu assenti, também sorrindo. Porque estávamos tão sorridentes?

- Então, eu encontrei uma porta de ferro embaixo da minha cama por acidente, já que derrubei sem querer a chave de Beetee e ela se magnetizou na porta. Então decidi que iria contar para vocês na manhã seguinte e fui dormir. – Hesitei antes de falar sobre o sonho, achei importante dizer sobre ele, mas resolvi ocultar o nome de Alex, ocultar a identidade da pessoa. – Tive um sonho de que alguém estava correndo na minha frente, e o corredor ficava cada vez mais estreito, tanto que precisei me agachar, e a pessoa à minha frente ficava cada vez mais perto do fim. – Senti que as lágrimas começavam a arder em meus olhos, mas segurei firme. – Eu corria, mas ela era mais rápida, seria impossível ultrapassá-la no local apertado em que estávamos. Então chegamos ao fim e ele ganhou o Circuito, eu perdi, e ele ainda disse que eu não tinha chance, que nunca tive. – Comecei a secar as lágrimas.

- Ei... – Ele chegou mais perto de mim e abraçou-me, aconchegando-me em seu peito e me envolvendo com seus braços. – Isso não vai acontecer. – Olhei para cima levantando a sobrancelha. – Tudo bem. Eu vou tentar ganhar, mas se for para perder, espero que seja para você. – Sorri com o rosto em seu peito e ele começou a passar as mãos nos meus cabelos, me aconchegando cada vez mais. Quando percebi já estávamos deitados e abraçados, praticamente pegando no sono.

- E agora, somos uma dupla? – Perguntou.

- Espertinho com o truque do abraço... – Ri um pouco. – Acho que sim, mas infelizmente não vai durar muito, certo?

- O suficiente. – Falou e beijou minha testa. Fiquei vermelha e me escondi no seu peito novamente. Ele riu baixo e levantou meu rosto chegando cada vez mais perto. Meus batimentos aceleraram e a expectativa aumentou, ele iria me beijar? Seus olhos foram ficando semicerrados e praticamente fechados a cada centímetro que desaparecia entre a nosso meio, quando vi estava de olhos fechados sentindo o toque da mão no meu queixo e algo macio e úmido em meus lábios.

Ele abriu levemente a boca colocando meu lábio inferior entre os seus e eu deixei. Senti minhas mãos involuntariamente se dirigirem ao seu pescoço descendo e subindo pelo seu cabelo. Ele fez o mesmo com uma das suas, deixando a outra na minha face esquerda, fazendo com que nossos rostos não ficassem longe um do outro. Quando finalmente precisamos de ar ele encerrou o beijo com dois selinhos carinhosos, enquanto acariciava minha bochecha.

Ele olhou para mim e sorriu de canto mordendo o lábio inferior, retribuí o sorriso e depois de muito tempo ele resolveu falar algo.

- Boa noite. – Falou e me deu mais um selinho.

- Boa noite. – Disse me aconchegando em seu peito e pegando no sono logo em seguida.


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Notas finais do capítulo

Bem, a feira de literatura já passou, foi semana passada, se não me engano, então, tenho o exemplar em mãos. Estava esperando a feira para registrá-lo, então, vou no cartório assim que possível e então a história vai ser legalmente um livro (eba!).
O capítulo é o mais ridículo, mas eu tinha que achar um jeito de terminar com essa lenga-lenga, então... O próximo vai ser rápido e depois, chegamos à finalização, pra voltar a entrar no enredo no Epílogo.



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