O Circuito Do Rio escrita por LuluuhTeen, Luisa Druzik


Capítulo 4
Capítulo III - 1º Portão


Notas iniciais do capítulo

Esse é o capítulo mais curto da fic, vou dar umas informações e novidades aí embaixo.



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Capítulo III

1º Portão

Do outro lado do portão nada mudava, era a mesma vista que eu podia observar da janela do meu quarto, mas a emoção, agora, era completamente diferente. Olhei para os outros participantes e vi que todos estavam tão envolvidos em seus pensamentos quanto eu, então me lembrei que aquilo era uma corrida, e que quanto mais vantagem eu tivesse melhor seria. Então eu saí correndo.

Não consegui andar mais de 20 metros antes que alguém percebesse e começasse a correr também, nesse momento aumentei a velocidade das minhas passadas, mantendo um ritmo para não cansar facilmente.

Todos já haviam começado a correr e só então vi meu erro de não ter trazido nada que pudesse ser usado como arma, trouxe minha mochila para a frente do meu corpo e abri o zíper, tentando achar algo para atrapalhar os meus concorrentes. Olhei para dentro e só consegui ver os eletrônicos, meu chocolate e algumas pílulas. Então me lembrei de que tinha posto uma corda no fundo, caso precisasse subir em árvores. Peguei a corda e fechei o zíper enquanto corria. Joguei a mochila em minhas costas e virei de frente para os meus concorrentes, usando a corda como um chicote contra os adversários, pude ver o número 18 caindo no chão asfaltado e a garota do 26 se ajoelhando para ajudá-lo a levantar, tive uma leve impressão de que sua coxa estava sangrando muito, mas não parei para ajudar, sabia que qualquer pausa ou desaceleração iria mudar drasticamente meu lugar na corrida, que até agora era o de primeiro lugar.

Tive um rápido vislumbre de Alex jogando algumas bolas pequenas, como as de ping-pong, em algumas pessoas, que tropeçaram ou se atrapalharam para se defender das bolinhas.

Beetee andava calmamente na beira da estrada e só se preocupava em não ficar entre os três últimos, que eram os números 18, 22 e 26. Nenhum de nós cinco, do grupo de Alex, estava entre os 20 últimos, todos, menos Beetee, que se encontrava em 14º lugar, estávamos nas primeiras 5 posições, comigo liderando.

Logo atrás de mim vinha Jimmy, que com seu físico forte corria muito rápido e havia sido o primeiro depois de mim a se recuperar do transe, Samantha corria no terceiro lugar, mantendo um ritmo contínuo e interrupto. Ela estava em ótima forma e vendo-a correr tão rápido e com tanta facilidade me deixou um pouco nervosa, fazendo com que corresse mais rápido. Giulia corria no 4º lugar com Alex em seu enlaço, eles pareciam estar cooperando para tirar Sam das primeiras posições, jogando objetos e tentando driblá-la, mesmo assim ela se mantinha firme.

Então, vi uma grande estrutura a pouco mais de 50 metros e imaginei o quanto tínhamos corrido até ali, e esse pensamento me deixou subitamente cansada, diminuindo minha velocidade e me deixando em 2º lugar. Pelo menos, Jimmy ainda estava ganhando, ou seja, teríamos prêmios, mas com a minha perda de posto Samantha tomou coragem para sair do ritmo e tentar ultrapassar-nos.

Quando vi que estava prestes a passar para a terceira posição senti uma onda de fôlego e corri um pouco mais devagar, deixando com que ela me ultrapassasse. Eu vi algo que ninguém mais tinha visto: O 1º Portão estava trancado.

****

Depois de perceber isso parei bruscamente e observei aquilo com atenção, seria algo proposital, para que tentássemos abri-lo? Não, era outro motivo. Quando vi, Beetee já tinha chegado e estava ao meu lado se alongando ela estralou os dedos e sorriu.

- Bem como eu imaginava… – Observei-a atravessando a multidão e dando uma última alongada, antes de chamar-nos com o olhar, Jim, Giu, Alex e eu para nos aproximarmos dela. Corremos até a frente e ela começou a escalar, no mesmo momento me juntei a ela, para que não perdêssemos nenhuma posição. Era óbvio. Escalar, uma atividade física que precisa de agilidade e é própria para aquele portão, que tinha lugares estratégicos para se por as mãos e os pés.

Todos nós cinco estávamos subindo, e os outros competidores vinham logo atrás, mas os três últimos não tiveram chance, e enquanto todos estavam descendo pelo outro lado, percebi que seríamos ultrapassados, então tive uma idéia que poderia acabar com a minha vida naquele momento, mas seria nossa maior chance de vencer. Eu pulei.

****

Por um momento pensei que tudo iria acabar ali, a queda parecia nunca acabar, afinal, eram 7 metros até o chão. Tirei minha mochila das costas em tempo recorde e coloquei-a em frente ao meu corpo, juntamente com as mãos. Encostei minha cabeça no peito e então senti o baque. Todo meu corpo doía, mas a sensação de alivio, de vencer, era maior que tudo isso. Com muita dificuldade virei meu corpo com a barriga para cima, e pude ouvir outras pessoas se jogando, não de uma altura tão alta quanto eu, mas de alturas consideráveis, como 3 ou 4 metros. Senti um arrepio cruzar minha espinha e imaginei o que minha família estaria pensando sobre mim, de olhos fechados, estirada no asfalto depois de cair de uma altura gigantesca. Senti duas mãos geladas na minha nuca e percebi que alguém estava molhando meu rosto e meu pescoço. Abri com dificuldade os olhos e pude ver Beetee me encarando preocupada.

- Você foi espetacular! Seu tombo foi hilário! – Nada de “Você está bem?” ou “Pensei que tivesse morrido!”. Só risos. Suspirei e sorri, concordando. Com a ajuda de Beetee e Giulia me levantei e recebi os cumprimentos de um Richard animado.

- Meus parabéns, 27! Aquele salto foi… Uau! – Ele riu e pegou uma mochila de acampamento, grande e pesada, da mão de um de seus seguranças. – Seu presente: suplementos para uma semana, no mínimo para 10 pessoas. Aqui dentro têm também outras coisas que podem ser úteis, inclusive um canivete para prováveis pegadinhas da mata. – Jimmy pegou a mochila e jogou sobre o ombro, então Richard se virou para as pessoas que foram impedidas de passar para o outro lado do portão. – Sinto muito, gente, vocês não estão em forma, podem voltar para casa agora…

Olhei para meus amigos e Alex foi na nossa frente, enquanto Rick caminhava em direção à um grande edifício no lado direito da estrada, provavelmente onde ele estaria durante o curto período dessa passagem de portões.

- Venham, vamos encontrar uma clareira onde possamos passar a noite, e depois analisamos o estado das nossas mochilas e do prêmio da nossa mergulhadora, aqui. – Alex me olhou com um olhar de aprovação e então nos embrenhamos no meio da mata, cansados e com fome.

Jimmy colocou a mochila na sua frente, com as alças ainda nos braços e abriu-a, examinando o conteúdo. Ele pegou algumas cápsulas de vitaminas e leu os rótulos, quando achou uma que o agradasse comeu duas pastilhas coloridas com algo gravado de um dos lados, guardando o frasco e abrindo um pouco mais o zíper, ele tirou uma corda vermelha e aparentemente muito forte, colocando-a sobre o ombro, tirou alguns sacos fechados a vácuo e então chegamos em um espaço vazio, no meio das árvores.

- Bem, vai ter que ser aqui, não podemos nos afastar muito dos portões. – Então ele encarou Jimmy que estava com a cara enfiada dentro da mochila. – Jim, jogue tudo que está aí no chão, vamos ver o que a Deena ganhou.

Jimmy colocou a mochila, estávamos todos cansados de mais para conversar. Nos sentamos e Beetee, como sempre, era a mais animada de todos.

- Eu tinha certeza de que eles iriam trancar o portão, da minha janela tinha uma vista muito boa da ponte. Então aproximei a visão com um binóculos e pude ver que o primeiro estava trancado e fixado no chão.

- Você viu o que tinha no próximo? – Perguntou Giulia extremamente esperançosa.

- Não, as árvores cobriam a parte inferior de baixo, mas ele é dourado, acho. Pelo menos parecia, a luz do sol. – Ela então olhou para Jimmy que observava de testa franzida o interior da bolsa. – Vamos, nos mostre o que têm aí dentro!

- É muito estranho, tem comida. Do tipo comida, de verdade. – Então ele jogou o conteúdo da mochila no chão. A corda vermelha, alguns sacos de dormir fechado a vácuo para economizar espaço e vários pacotes estavam ali. Alguns dos pacotes tinham rótulos antigos, como um de chocolate e esses foram os que mais chamaram nossa atenção. Mas então, quando íamos nos banquetear com comida de verdade, ouvimos passos atrás de nós.


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Notas finais do capítulo

Então, primeiro: A fic tem 10 capítulos, o prólogo, o epílogo e o glossário. Todas essas partes serão postadas aqui porque são de extrema importância, então serão "13" capítulos, estamos no "4º".
Eu não estou recebendo muitas reviews :(
Vou igualar as postagens aqui e no blog, para não ter desculpas para não pedir mais capítulos, então, vou postar o Capítulo IV - Maratona daqui a pouco.
Esse IV é o mais legal na minha opinião, melhor até que os últimos, porque ficaram melosos de mais...



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