7  anos atrás :

Era um dia ensolarado em Mullingar ,Irlanda.Tudo corria normalmente pelas ruas da cidade.Crianças brincando,pessoas correndo, pais cuidando de seus filhos....Mas uma coisa estava anormal , eram duas  meninas chorando , elas eram as gêmeas Bercard.Olivia e Violet , era o seus nomes.Elas eram brasileiras , mas se mudaram quando tinham 5 anos para a Irlanda.Elas eram muito bonitas ,Violet tinha cabelos loiros dourados, lisos, e olhos azuis elétricos e Olivia ,que era a mais velha das gêmeas ,tinha cabelos meio loiros meio escuros, cacheados e olhos azuis acinzentados .Elas não eram , fisicamente falando, parecidas .Elas tinham dois melhores amigos , que moravam na casa da frente,Niall e Liam.Liam era primo de Niall e estava morando com seus tios por um tempo.Eles eram muito amigos ,mas nenhum dos quatro sabiam que eles nutriam um amor pelos outros.Elas estavam chorando porque , seu pai conseguira uma promoção e elas voltariam para o Brasil.Elas queriam ficar, elas não queriam abandonar Niall e Liam.Elas não sabiam como iriam contar para eles.Esse era o penúltimo dia que elas ficariam na Irlanda , amanhã bem cedo elas iriam pegar o avião para  o Brasil.

-Violet!Olivia!-chamou a mãe delas - venham tomar café!- elas limparam as lagrimas uma das outras.

-Olivia, eu tenho uma ideia , porque não escrevemos uma carta cada uma para eles!Eu escrevo para Niall e você para Liam, esta bem?Ma nós falaremos que iremos tirar uma férias no Brasil,longas , até demais.-terminou Violeta , suspirando.

(...)Depois do café , elas subiram  para seus quartos e escreveram as cartas.Violet foi a primeira a escrever sua carta:

“Querido Duende,

Bem o que eu vou lhe contar é um pouco doloroso para mim,- Você não sabe quanto ,ela pensou – eu espero que não fique bravo comigo, eu achei que assim seria melhor te contar , porque ao vivo eu não seria capaz.Eu e Live vamos nos mudar para o Brasil hoje,Mas eu quero que você fique sabendo , que eu não vou me esquecer de você.NUNCA!NUNCA, Mesmo...-ela hesitou mas escreveu- eu te amo , como amigo , meu porto seguro,meu duende MEU DUENDE(OUVIU BEM!).Vamos sempre nos mandar cartas está bem?Não se esqueça de mim.Sempre me leve no coração e na lembrança.Te amo , Duende.

“Com Amor Violet”

Ela terminou de escrever a carta e lagrimas começaram a rolar de seu rosto.

(...)Olivia foi escrever a sua carta no quarto de sua irmã.Violeta leu tudo o que estava escrito :

Liam,

Nunca foi tão difícil escrever uma carta, eu vou ser bem rápida , não irei enrolar muito , eu e Violeta estamos nos mudando hoje de volta para o Brasil. Eu não queria, mas tenho que ir, sabe como é né?

Espero que compreenda, não se esqueça, eu vou estar sempre ao seu lado. Espero que não se esqueça de mim, assim como eu não vou me esquecer de você.

Eu e a Vi vamos manter contato com você e o Duende, está bem?

Eu te amo, meu melhor amigo.

Olivia.

O dia e a tarde passaram calmamente com as meninas arrumando suas malas e encaixotando algumas coisas que seriam despachadas um pouco antes do voo de volta para o Brasil.

 (…)

Faltava apenas algumas horas para o voo, as duas irmãs já se encontravam prontas, e estavam se despedindo da casa em que moravam há alguns anos.

As garotas foram juntas, a casa da frente, onde Niall e seu primo, que estava morando por lá temporariamente estavam.

Liam, que observava a janela viu as duas garotas se aproximando da casa em que ele ficaria por um bom tempo. Por um momento, Liam sentiu suas pernas fraquejarem ao ver Olivia se aproximando, alguns segundos depois ele ouviu o som da campainha.

- Niall, são as meninas! – Liam berrou no corredor preparado para descer as escadas.

Niall, que antes estava afinando seu violão, ao ouvir o berro de Liam pôs se de pé e foi correndo para o andar debaixo, assim como o primo.

Quando chegou ao andar debaixo, Liam já tinha aberto a porta e agora observava as duas garotas paradas em frente a porta, que estavam com os olhos vermelhos e pareciam ter chorado.

Niall não soube explicar o que deu nele, mas assim como Liam, por um momento sentiu suas pernas fraquejarem ao ver Vi parada na sua porta, e, um aperto no peito ao perceber que as irmãs tinham chorado.

- Oi meninos. – Violet disse, mais parecendo um sussurro. – Nós podemos conversar?

Violet ao perceber que Liam ia dar passagem para ela e a irmã entrarem, ela logo se adiantou:

- Pode ser lá fora? – perguntou. – Não temos muito tempo.

- Claro. – Liam concordou e foi saindo para fora.

- Você não vem Duende? – Violet perguntou e ele assentiu que sim com a cabeça.

O garoto não sabia explicar mas, ele sentia um aperto no peito, como se as duas garotas fossem dizer algo ruim a ele e a Liam.

Os quatro se sentaram no gramado verdinho da casa dos Horan, nenhuma das garotas sabiam como dizer aos garotos que elas iriam voltar ao Brasil.

- Bom, ahn… – Live tentou dizer alguma coisa, mas não sabia.

- Vi, Live, vamos garotas! – a mãe das duas chamou, elas se entreolharam.

- Onde vocês vão? – Niall perguntou todo curioso.

- Nós? Vamos ao… Ahn… – Vi também não sabia o que dizer.

- Apenas leiam essa carta, ok? – falou Olivia entregando a carta que a mesma tinha escrito ao Liam, Violet fizera a mesma coisa com Niall. – Agora nós temos que ir…

Violet não sabia o que dizer, por esse motivo apenas abraçou o loiro que estava em sua frente, ela sussurrou algo como “Você é o meu duende, não se esqueça disso”. Olivia também abraçou Liam, que sussurrou algo para o garoto que estava a abraçando a desculpá-la por não conseguir dizer nada, Liam sem entender nada apenas concordou. As irmãs se despediram dos dois meninos, elas ouviram a buzina soar do carro escuro que estava parado em frente a ex-casa delas. As duas garotas deram um beijo na bochecha de cada um e um abraço rápido.

- Vamos, Live. – Violet pegou na mão da irmã gêmea e as duas foram assim para o carro.

Elas entraram no banco de trás do carro, acenando para Niall e Liam que estavam do outro lado da rua segurando as cartas que elas tinham dado a segundo atrás para eles.

Quando viram o carro escuro virar a esquina e desaparecer, os dois sentiram um aperto no peito e entraram para dentro de casa e se sentaram no sofá, lendo a carta das meninas.