Cap 18

Hermione PDV:

- Rose. – Chamei baixinho entrando no quarto de minha filha. – Rose?

Olhei para baixo a cama que ela dividia com Scorpius de um jeito um tanto engraçado. O que aqueles dois tinham aprontado?

- Crianças. – Falei um pouco mais alto.

 -Hum? – Scorpius murmurou.

- Acordem.

- São 6h da manhã. – Rose resmungou olhando o relógio. – Nos acorde daqui a 4h.

- Bom... Se não querem abrir os presentes de natal, tudo bem.

- Presentes? – Os dois pares de olhos se abriram instantaneamente e eles se levantaram ao mesmo tempo, fazendo meu filho cair no chão.

- ei. – Falei antes que eles saíssem. – Escovem os dentes e arrumem os cabelos. Não estamos na nossa casa.

Eles obedeceram e passaram por mim correndo segundos depois.

Ri balançando a cabeça negativamente. Eles nunca iriam mudar.

- Cuidado para não cair da escada. – Avisei seguindo para a sala de estar, onde a estrondosa árvore de natal dos Malfoy fazia o lugar brilhar.

Os outros haviam acordado e as crianças corriam em direção à árvore.

- Rose, esse é seu. – Ted avisou. – Scorpius.

- Tem pra você aqui, Ted. – Alvo, um dos filhos de Harry pegou. Ele era uma gracinha.

As crianças foram empilhando e separando os presentes sem o menor cuidado, então levavam os seus pra longe. Rose e Scorpius haviam separado os nossos também, como dois maníacos por organização que eram.

Me abaixei até minha pequena pilha. O primeiro era de Draco. Encarei meu dito namorado e desembalei delicadamente. Era uma foto de quando éramos mais novos. Mas eu não me lembrava de tê-la tirado, parecia espontânea, e o lugar...

- É aquela loja. – Explicou. – ela me deu quando fomos lá com as crianças. Acho que se lembra daquele dia.

Confirmei com a cabeça.

- Muito bem. – Sorri.

Ele sorriu e me deu um selinho leve, então abri o de Harry. Era um álbum da época de Hogwarts.

Me dar foto agora é moda?

- Eu juntei todas as nossas fotos desde Hogwarts até a última vez que nos vimos. Tem uns 11 anos. E tem espaço pra você preencher com as que vamos tirar daqui pra frente. Só espero que não suma de novo.

- Não vou. – Prometi.

Os seguintes eram simples: botas, brincos e coisas que você ganha em qualquer Natal.

As crianças pareciam mais do que eufóricas abrindo seus brinquedos novos. Eram muitos pra uma casa só.

O próprio Ted havia ganhado uma vassoura. Espera aí, haviam mais duas vassouras.

Me virei e encarei Draco.

- Oh-oh. – Meus amigos murmuraram se distanciando.

- Draco. Lucius. Black. Malfoy. – Falei pausadamente.

- Em tese eu não tenho Black no nome. Esse sobrenome é da minha mãe e eu só uso o Malfoy.

Levantei uma sobrancelha e ele se encolheu.

- Lá fora. Agora. – Mandei.

Ele não esperou e seguiu para o quintal. Fechei a porta e lhe encarei.

- eu sou inocente?

- Quem te deu a autorização de pensar em que poderia dar vassoura para os meus filhos? – Berrei.

- Eu... Er... Achei...

- Você é louco? Não é seguro.

- são firebolsts 2012. – Falou com os olhos brilhantes. – Vêm com um campo de proteção de um metro de diâmetro, e alcançam 400 km a cada 5 segundos, além de alarme contra rouba e reconhecimento do dono. É a melhor vassoura do mundo.

Ignorei a vontade de sorrir ao ver seus olhos brilharem como os de uma criança.

- eu não quero que meus filhos voem a 80km por segundo. Faz ideia do que pode acontecer? Eles podem se machucar, perder um dente, quebrar um osso, fratura interna, bater a cabeça, fraturar a medula...

Scorpius PDV:

Tio Harry estava rindo enquanto ouvíamos os gritos de mamãe com Draco.

- Não vai fazer nada? – Lhe olhei.

- em briga de marido e mulher ninguém mete a colher. – Levantou as mãos em rendição.

Os gritos pararam abruptadamente e encarei minha irmã. Daniel, filho de Duda, estava com o nariz contra a janela. Fui até lá e fiz o mesmo. Ao que parecia, eles estavam se beijando.

- Ele a beijou enquanto ela gritava. – O menino explicou. – Cara, seus pais são loucos.

- Você não imagina o quanto...

Hermione PDV:

Draco me soltou e lhe encarei. Ele sorria levemente.

- Você estava gritando. Não tive outra opção.

Revirei os olhos.

 -Você sabe. Sempre funcionava quando éramos mais novos. – Se aproximou e abraçou minha cintura, ficando de frente pra mim. – Sei que se sente preocupada, mas tomei todas as providências possíveis para que eles ficassem seguros. As vassouras vieram com feitiços de proteção invisíveis para os donos. Também não quero que se machuquem.

- Um passo à frente de mim. – ri levemente.

- Não. Andando no mesmo caminho e nos mesmo ritmo. – Corrigiu. – Você sabe. Scorpius e Rose são como filhos pra mim. Também me preocupo com eles.

Encostei a cabeça em seu peito.

- Está sendo tão bom pra mim. – Confessei.

- Estou devolvendo o que fez por mim no passado. – Acariciou meu cabelo. – Se não fosse você eu não sei onde ou como estaria agora. Você me fez melhor.

Levantei a cabeça e segurei sua face, aproximando da minha.

- eu te amo. – Falei e o beijei em seguida, enquanto Draco me pegava no colo.

- eu também te amo. Muito.

Continua...