Jogos Vorazes - Pesadelo E Sedução escrita por Kevin


Capítulo 12
Capitulo 12 - Paranoia


Notas iniciais do capítulo

Saga 2 Vidas



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/264928/chapter/12

Capitulo 12 – Paranoia: Canivete, Selena, Amber, Onix, Steven e Oliver do Distrito 8

Sessenta e Oito anos. Sessenta e Oito edições dos jogos. Sessenta e Oito massacres. Sessenta e Oito vitoriosos. E Panem ainda queria mais.

O que se esperar dos próximos tributos? Era a pergunta que nunca calava. A forma de suas mortes era uma bizarra atração aos telespectadores mais ávidos. Mas, para quem lutava na arena, apenas uma coisa interessava, sobreviver.

A ferramente de opressão de Snow alcançava a vida de qualquer ser humano. Os jovens nasciam sabendo que um dia iriam enfrentar seus destinos e que seus algozes, enviados dos mais profundos e perdidos cantos de Panem, estariam prontos para tirar suas vidas.



– Criar armas. Criar armas. - Balbuciava incansavelmente a jovem Canivete, tributa feminino do distrito 4.

– Acho que já sabemos que você sabe criar armas querida. - Uma mulher com a pele completamente laranja sorriu. - Venha, deram o sinal que é a vez da tributa feminina do quatro ser levada para a sala de espera próximo a arena. -



A mulher de pele laranja também trajava um vestido laranjo, que lembrava algo plastico. Seus cabelos completamente próxima, como se fosse uma tocha acesa, assim como sua sandália e alguns adereços. Tratava-se de Orange, a estilista de Canivete Suiço.



Era pouco mais de nove horas da manhã do dia em que os tributos entrariam na arena. Mentores já estavam apostos, com os acompanhantes, na sala reservada para os mesmos. Aguardando com nervosismo, o momento em que a vida de dois jovens dos seus distritos estariam dependendo de sua percepção para identificar o que mandar e de sua lábia para conseguir algo para mandar. Para os avox e pacificadores, assistir aos mentores no inicio dos jogos era um show de paranoia.

Todos os mentores começavam a tremer em seu lugares e normalmente ao escutarem o inicio dos jogos eles saltavam em seus lugares indo para cima um dos outros, até que depois de alguns segundos percebiam e pediam desculpas, sonoras ou silenciosas. Era nítido que reviviam seus momentos na arena.



– Criar... - Canivete teve sua boca tampada pela sua estilista, Orange.



– Escute querida, sei que está nervosa. Mas, dentro de algumas horas você vai realmente ter que fazer o que está dizendo... - Sorrindo para a tributa, que parecia não ter esboçado nenhuma reação quanto a nítida agressão da estilista, ela completou. - Não tem algo que gostaria de falar ou fazer antes de entrar na arena além de repetir sua habilidade? -

<><><><>

Não havia mais nada a fazer. Todos os mentores já estavam ali. Cada qual fazendo seu rito pessoal para inicio. O que variava entre beber, dormir, falar besteiras ou continuarem a fazer suas apostas para o inicio dos jogos.

No entanto, Selena estava a ponto de surrar a seu companheiro de distrito, que não parava de chorar desde que havia entrado naquela sala.



– Clark Silver.... Pare de chorar, pois temos que salvar Alex e Amabile. - Gritou Selena. - Não importa o que esses caras em nossa volta tenham planejado. - Ela Aproximou-se de Haymitch tomando sua garrafa de bebida. - Eles não podem contra Amabile e Alex. - De repente ela virava a garrafa de uma vez sua boca, absorvendo vorazmente o liquido.



O mentor do distrito 12 olhou incrédulo aquilo e olhou em volta. Todos pareciam resignados continuarem o que estavam fazendo. Mas, o pobre vitorioso estava a beber antes de ser interrompido.



– Escute aqui sua cafetina de luxo... - Haymitch segurou a garrafa, impedindo que sua bebida continuasse a ser consumida por outra pessoa. - Sei que está exultando pela sua capacidade de criar planos, seduzir e angariar patrocinadores. - Empurrando a mulher e recuperando a garrafa o mentor do distrito 12 apontou-lhe um dedo. - Mas, se tornar a pegar o que é meu, vou cortar a sua mão fora e patrocinar Jack do distrito 10 para estripar seus promíscuos tributos. -



De repente a sala parou voltando-se para eles. Haymitch saiu arrastando-se agarrado a sua garrafa, afim de que conseguisse alguém para trazer outra igual. No entanto, as atenções haviam ficado voltadas para Selena.



– Sempre soube que você era paranoica com os jogos... Mas, não creio que você esteja realmente pensando em tornar a arena um cabaré. - Diz Fred, mentor do distrito 10.



Selena nada respondeu. Riu da situação e voltou a sacudir Clark para que ele parasse de chorar. Depois de alguns instantes, tudo já estava esquecido, afinal. Era apenas um momento de paranoia que todos os anos aconteciam. Haymitch dizendo saber que sabia dos planos estratégicos de alguns distritos. Mentores chorando. Mentores que atacavam outros mentores. O nervosismo deixava-os paranoicos.



<><><><>

– Então esse é o traje para a arena? - Amber apenas com uma pequena peça intima que pouco lhe escondia as partes olhava para o conjunto de calça comprida beje escura, bota preta e blusa dourada colada ao corpo. - Eles não tem proteção alguma. -



– Teoricamente, todos vão usar algo parecido. - A estilista do tributo feminino do distrito 1 sentou-se na cadeira. - Fomos orientados apenas a mexer nas cores, como bem entendesse, mas que o material seria o mesmo para todos.



– Dourado? - Questionou Amber. - O que dourado significa? -



– Nada. - Disse a estilista. - Foi uma escolha aleatória, apesar de representar a riqueza do seu distrito. - A estilista ponderou. - Distrito 2 escolheu branco. O 4 escolheu um azul água. O Distrito 5 escolheu um rosa bebe muito esquisito. O distrito 6 escolheu um Cinza. O Distrito 12 escolheu o preto. O Distrito 7 escolheu um beje. - A estilista foi interrompida.



– Certo, queriam colocar uniformes em nós. - Gritou Amber impaciente. - Estão querendo nos matar com essas cores vivas? Vão nos identificar fácil em qualquer tentativa de ocultação que tentarmos... Se era aleatório escolhesse verde escuro, verde musco, verde alguma coisa. -



– Se a arena for um deserto seria melhor o dourado não? - Questionou a estilista.



Amber gritou alto irritada com a situação.

– Acalme-se. - Disse a estilista. - Está paranoica com a ideia de que queremos que morra logo. -

– E não é a intenção dos jogos? Que morramos? -

– Que eu saiba quanto mais vocês demorarem para morrer melhor. - Diz a Estilista. - Além disso... - A estilista levantou-se e foi até a roupa.



Virando a roupa pelas costas, mostrou que ela havia gravado a imagem do rosto da garota em relevo e tons de cinza na blusa.



– Ouro e prata. - A estilista ponderou. - Achei que poderia querer você mesma olhando suas costas. -



– Está mesmo querendo que eu morra logo. - Disse Amber.



<><><><>

Andando de um lado para o outro, era visível que o estilista do tributo masculino do distrito 1 não estava nada a vontade em ficar sozinho com Onix, a espera do momento em que ele seria mandado para a arena.



– Podemos almoçar. - Disse o Estilista.

– Esqueça o almoço. Não posso estar fadigado para o banho de sangue. -

– Que tal colocar suas roupas então? -

– Esqueça as roupas. Quero colocá-las apenas na hora, para que eu não esteja suado para o banho de sangue. -



O estilista tinha apenas uma certeza, qualquer pergunta seria respondida para esquecer sobre aquilo, pois iria atrapalhar o banho de sangue.



Se não fosse o tamanho do jovem a sua frente o estilista diria que o jovem estava temendo o confronto da cornucópia, mas tinha a certeza que com as mãos nuas ele poderia matar a qualquer um que estivesse na arena a sua frente.



– Sabe quantas vezes você respondeu a mesma coisa? - Questionou o estilista.

– Acho que você está paranoico com me fazer relaxar. Eu estou legal, qualquer coisa diferente vai atrapalhar no banho de sangue. -

<><><><><>



– Vou incomodar se eu puxar conversa? - Perguntou a estilista um pouco aérea naquele momento.



Era um momento muito difícil para qualquer tributo. Os mentores e acompanhantes confiavam aos estilistas a restauração da paz dos jovens nos momentos finais, antes de entrar na arena.



Para alguns estilistas, com personalidades completamente irreverentes e alheias a qualquer tipo de pressão, aquele trabalho fluía naturalmente, pois não havia tributo que não riria diante as pessoas multicoloridas, e até deformadas, da Capital. Para outros, a tarefa complexa devido aos fortes sentimentos que os tributos possuíam normalmente.



– Claro. Estou apenas matando tempo. Não estou realmente meditando. - Steven respondeu de forma calma.



A estilista de Steven deveria deixá-lo relaxado, e mantê-lo longe uma possível paranoia. No entanto, o papel começava a se inverter. Steven estava tão tranquilo e agia com tanta naturalidade que parecia que ele havia ido para arenas dezena de vezes.



– Achei que estivesse tentando se acalmar. - Comentou a estilista. - Mas, acho incrível que esteja tão tranquilo. Realmente não está nenhum pouco preocupado, ou você está escondendo e tentando se controlar? -



Steven começou a rir e logo foi seguido pela estilista.



– Escuta... - Coçando a cabeça o jovem oriental tentou controlar as risadas. - Desde que nascemos temos a possibilidade de vir para os jogos. Então, desde pequeno me ensinaram a abraçar meu destino e fazer o meu melhor. Me dediquei até hoje a não sofrer durante a colheita e nem em outras situações. -



– Entendo... Então você realmente abraçou os seu destino. Mas, essa calma é realmente incrível. - Comentava Estilista admirada. - Por sinal, não vi você revoltado com nada e incomodado com nada. Nem incomodado com as reclamações de Atalanta. -



– As coisas me incomodam. Mas, procuro desde o inicio entender a situação e me acalmar. Minha tempestividade não irá mudar muita coisa, só pioraria a situação. Ainda mais aqui nos jogos. - O rapaz que estava o tempo todo sentado na posição de flor de lótus levantou-se. - Mas, não sou tão paciente assim não. Normalmente eu levo um bom tempo para decidir não esganar a pessoa em minha frente. Mas, enfim... ficaria paranoico se desse vazão a todos os meus sentimento. - Sorrindo o oriental olhou o traje que deveria vestir. - Me ajuda? Acho que já está chegando a hora. -



<><><><><>

– Cobre? - A indagação demonstrava uma incredulidade grande por parte do tributo masculino do distrito 8. - Bom, não importa muito a cor se não durarei mais do que 12 horas na arena. -



O estilista resolveu ficar resignado ao seu silêncio. Não havia muito a se fazer quanto a Oliver. O jovem de cabelos pretos bagunçados que poderia se dizer que o que mais chamava a atenção nele era um grande nariz que possuía.



Oliver desde o dia de seu sorteio esperava a morte nas primeiras 12 horas. Com cerca de 15 anos, não possuía muitos músculos e tão pouco demonstrava aptidão para algo manual. Com um pensamento pessimista ele sempre fora tido como um peão na maioria das coisas que fazia.



– Acredito que morrerei na cornucópia, não por ser burro de lá ficar, mas por não conseguir sair a tempo. - Rindo de si mesmo o jovem do grande nariz olhou para seu reflexo em um espelho e viu como ele havia ficado trajado. Era uma vestimenta interessante e realmente destacava-se da maioria de suas roupas. - Estou vestido a caráter para ser bucha de canhão. -



– Como? - O estilista se agitou em sua cadeira, quase que caindo da mesma.



Sua pele era toda cor de cobre, e realmente aparentava que ele era feito de metal. Oliver ter perguntado sobre a escolha da cor realmente era irônico.



– Desde o nosso primeiro contato, você fala em morrer nas 12 primeiras horas. - O estilista olhou em volta suspirando. - Tenho certeza que este é o seu plano. Alguém apostou em sua morte neste tempo e de alguma forma alguém importante para ti ganhará junto. -



Oliver encarou o estilista naquele momento. Cruzando os braços, usando aquele uniforme, olhando de forma séria. Sim, ele parecia ser um verdadeiro tributo. Passava um ar tão imponente naquele momento que qualquer um sentiria medo de enfrentá-lo.



– Não o denunciei e ninguém desconfia de tal coisa. Mas sei que é essa a verdade. - O estilista aproximou-se dele encarando-o face a face. - Agora, intitular-se de bucha de canhão? -



– Vamos aos fatos. Seis carreiristas bem treinados. Os distritos 5 e 10 encontraram formas de sobreviverem na arena. Tem então 10 pessoas perigosas naquela arena, fora os que se ocultaram até agora e aqueles que darão um pouco de sorte. - Oliver continuou a falar sem desviar o olhar de seu estilista. - No entanto, algumas pessoas morrerão pela falta de preparo ou pela prepotência. Dependendo de como as coisas sejam dispostas, morrerei na cornucópia, ou morrerei nas primeiras horas, quando os carreiristas começarem suas perseguições. Sou apenas alguém que será abatido, pois não terei coragem o suficiente de matar alguém a sangue frio. -



– Ah tá! - Sorriu o estilista voltando a sentar-se em sua cadeira, olhando para os restos do almoço. - Isso eu não havia realmente identificado em ti. Que você não teria coragem de matar alguém. Realmente isso até faz sentido. Você não querer lutar e matar alguém. Bucha de canhão nesse caso é um bom nome. -



– Eu realmente não tenho coragem de matar alguém. Posso lutar e me defender. Talvez eu pudesse vencer a pessoa na luta, mas não terei coragem de matá-la, ou mesmo feri-la para valer. - Suspirando Oliver sentou-se também. - A muitos que morrem na arena justamente por isso. Por não terem coragem de tirar a vida de outra pessoa, daquela forma. As vezes acontecerá de alguém matar um no calor da batalha, mas ficará tão perturbado ao perceber o que fez, que simplesmente se entregará a morte na primeira oportunidade. -



O estilista já não dizia mais nada. Era nítido que ele evitava falar e emitir sua opinião. Talvez fosse um dos poucos habitantes da capital que se limitava a escutar e não dar sua opinião. Era evidente que o sentimento de morte de Oliver incomodava-o.



– Talvez eu sobreviva mais de doze horas. Talvez eu mate alguém no calor da batalha, talvez eu enlouqueça ao matar o primeiro e traumatizado vire um louco. - Oliver suspirou. - Mas, qualquer mudança no meu comportamento e princípios de agora, será mudado dentro da arena e não fora. -



– Que a sorte esteja a seu favor para você se tornar um sanguinário. - Diz o estilista.



<><><><>

Era um local cheio de flores. Muitas mudas, com muitas cores diferentes. Era nítido que quem recebia mais atenção eram as rosas brancas. Quem se aproximasse poderia sentir o cheio de sangue que tais rosas exalavam, e entendiam a rosa tinha sido alterada.



– Sempre fiquei curioso para saber porque suas rosas tinham cheiro de sangue. - Bem arrumado, como se estivesse pronto para estar de frente para as câmeras, Caesar mantinha o sorriso e sua irreverencia diante ao presidente Snow.



– Não te chamei aqui para me entrevistar. - Disse o presidente que cuidava das flores do local, e assim pouco dava atenção ao apresentador.



O local florido tratava-se de uma estufa que ficava dentro da casa de Snow. O presidente Snow havia chamado Caesar para conversar, momentos antes da entrada dos tributos na arena.



– Bem... - O apresentador tentou ponderar. Ele sabia que as entrevistas haviam sido um pouco mais demoradas e que nitidamente ele teria ajudado o pessoal do distrito 5 e do 10. Com o crescente apelo por Jack e Amabile, ele temia ser o primeiro a ser retaliado.




– Vou perguntar uma única vez. Então quero um única resposta. - O presidente Snow encarou Caesar durante algum tempo. - Selena e Fred estão fazendo uma teatralidade infeliz, ou Jack e Amabile estão a fazendo. Mentores ou tributos? -



Não precisava de muito para Caesar entender aquilo. O apelo do distrito 5 no drama do pai mentor ter que ajudar a filha tributa estava manchando a imagem da Capital, do presidente e da organização dos jogos. Como obrigar a um pai a mandar sua filha para dentro da arena e tentar tirá-la a custa dos demais. Quem faria uma barbaria como aquela?

O apelo do distrito 10 no entanto, parecia mais leve. Sempre havia o tributo salvador da família e dos demais. Mas, pela primeira vez o tributo queria realmente comandar a massa com uma estratégia de dar o que eles queriam.



Em ambos os casos, do distrito 10 e do distrito 5, havia uma ameaça de levante. Não precisaria nem deles ganharem, bastaria conseguirem sobreviver muito tempo na arena para que o povo os visse como mártires.



Caesar conhecia tudo aquilo de muitas outras edições dos jogos. Então a pergunta do presidente era afinal uma definição de alvo. Se ele atacaria os tributos ou atacaria aos mentores. O presidente Snow queria saber para quem focar o seu controle de terror.



Caesa respirou fundo. Agora ele estava em uma situação difícil. Ele não sabia quem teria criado as teatralidades, se seriam os mentores, ou os tributos. Mas, ele teria de dizer o que ele imaginava.



– Vamos por distritos. - Diz Caesar caminhando em um curto espaço, de um lado para o outro. - Começando pelo 10. -



O presidente permaneceu olhando para o senhor apresentador.



– Trata-se de um apelo bem comum. Pessoas pobres, a margem da sociedade, que resolvem arriscar suas vidas quando estão prestes a morrer. - Caesar parou. - Todos os anos temos aqueles que falam que pensam em usar o dinheiro para dar conforto a suas famílias. Todos os anos temos quem quer mexer com a simpatia do publico. -



Caesar viu o presidente apenas menear com a cabeça, mostrando que estava ouvindo-o, mas que queria logo a resposta.



– Posso dizer que a estratégia é apenas casual. Está tomando proporções porque eles estão se aproveitando. Mas, não é nada realmente planejado a longo prazo. - Caesa suspirou. - Não acredito que o John Jack tenha vindo com um plano como esse. Mas, também não creio que Fred tenha criado, já que nunca o fez anteriormente. -



– Então está me dizendo que toda a teatralidade do 10 é apenas um fator de coincidências, onde as coisas conhecidas pelo tributo e pelo mentor é que estão dando este efeito? -



Caesa acenou positivamente com a cabeça temeroso de sua resposta, evasiva não ser bem aceita.



– Então... Só me resta fazer Fred lembrar-se de quem está no comando. - Snow ponderou. - E assistir ao jovem John Jack acender para que eu o torne exemplo. -



– E como pensa em fazer isso? - Perguntou Caesar.



– Isso não é de sua conta. - Disse o presidente. - Agora o distrito 5. -



Caesa suou frio. Ele poderia não saber quem criou aquilo, mas se fosse evasivo todos pagariam novamente. Tentou não acusar nem o tributo, nem o mentor e os dois pagariam na arena, de alguma forma.



Caesar sabia que parte do que John tinha de habilidades vinha do treinamento que recebera, da própria capital, para controlar as bestantes. Sabia também que o boato que circulava não vinha da boca de John, mas de outro. Então se havia alguém que precisava ser parado seria a capital e o mentor. Mas, iria dizer isso a Snow? O apresentador realmente diria ao presidente que quem criou John Jack para ser quem ele estava sendo, fora ele próprio? Que o mentor estava fazendo o que fora ensinado todos esses anos, pegar as habilidades dos tributos e mostrar ao publico da melhor maneira possível.



Caesar fugiu da responsabilidade de acusar o mentor e a própria capital. E agora mentor e tributos iriam pagar por isso. E havia certo sentido. Mentor por ser quem criava tudo para o publico e John criava esperança as pessoas. Os jogos deveriam criar o terror e não esperança.




– Essa é uma pergunta retórica, certo? - Caesar deu um sorriso zombeteiro. - Acredito que todos os anos que Selena vem como mentora, nós temos dor de cabeça com ela. -



Aquela fala de Caesar pareceu iluminar Snow.



– Veja bem... Não sei o que estão tramando. Mas, todos os vídeos que vimos temos um Clark Silver derrotado este ano. E ele nunca foi exatamente um gênio. Corre um boato que patrocinadores já estão prontos para tirar Amabile lá de dentro da arena, intacta. - Caesar parou. - Quando Selena está nos jogos sempre temos um pouco de dor de cabeça, como no canibalismo, no fingir-se de morto, e até mesmo na não luta dos tributos. -



Snow fechou os olhos e pode relembrar todas as edições dos jogos onde eles tiveram algum problema. Selena sempre criava uma estratégia louca o suficiente para que o seu tributo conseguisse ir para a final. Ele não gostava do rodizio que o distrito 5 fazia entre os mentores, mas de certo que agradecia ter que lidar com a campão poucas vezes. Ela realmente era muito paranoica com os jogos.



– Mentora então. - Disse Snow voltando-se para suas flores. - Está dispensado. -



Caesa olhou para os lados, sentindo que aquela conversa parecia nunca ter acontecido. Afinal tamanho foi a velocidade com que tudo se esqueceu.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Jogos Vorazes - Pesadelo E Sedução" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.