Menina Kawaii escrita por Jenix


Capítulo 5
O Tarado Louro


Notas iniciais do capítulo

os capítulos dessa fic estão ficando maiores...
aiai
Boa leitura



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                Pi pi pi  bibiiibiiiii!!!!!!!

                Soou o despertador assustando-a. Praguejou ao notar que não conseguira acordar na hora desejada.

-Ai minha nossa, vou me atrasar vou me atrasar. – Tirando as cobertas e saltando da cama esbaforida, tanto, que o pé enrolou num dos edredons e por conta disso tropeçou e deu de cara do chão.

-Ai! – gemeu com a cara no piso frio, começando por seguinte logo a sacolejar os pés na tentativa de se livrar das cobertas. Não teve muito êxito e desceu as escadas com algumas enroscadas nas suas pernas.

-Uma nova moda? – Nanao provocou vendo o estado em que se encontrava a morena pela manhã.

-que tal? Posso ser modelo em Paris?

-Claro que sim! O nome da coleção seria: O que não se vestir nunca. By Rukia.

-Hahaha engraçadinha... Bom dia para você também Bruxa Chata Resmungona.

-O que você disse?

-N-não nada. - Deu um sorriso revirando os olhos num claro deboche contra a mais velha.

                Finalmente conseguiu livrar-se das benditas cobertas e colocou-as todas em cima do balcão da cozinha. Correu os olhos e estranhou a falta dos tios.

-Ei Nanao, onde estão os tios?

-Numa viagem transcendente de suplícios e redenções.

-Quê?

-Hoje eles foram chamados à escola para conversarem a respeito do seu boletim.

-Q-q-qu-que como? Já está nessa época do ano? Ai meu Deus. Por que, ó céus, meu despertador não tocou antes?

-vai ver porque você não colocou para despertar mais cedo?

-Er-er – estava sem graça – vai ver foi por isso mesmo Hirri!. Agora eu entendi qual era do negócio de “suplícios de redenções...”.

-Isso mesmo! Eles vão implorar para que não te expulsem e certamente irão ouvir inúmeras broncas por serem tão displicentes contigo e estarão pagando todos os seus pecados na terra cuidando das besteiras que você faz.

-Ai credo! Exagerada. Minhas notas nem são tão ruins.

-Mesmo? E porque todo esse drama agora pouco?

-Bom é que o Tio... Bom eu não gosto quando o Tio louro vai a minha escola. Lembra-se do caso da Borboleta?

                Nanou teve o flash de quando Rukia teve uma peça de teatro na escola e por alguma razão não quis entrar. Urahara vestiu a fantasia de borboleta (extremamente menor que ele) e começou a dançar tentando encorajar a menina. Mas a fantasia começou a sufoca-lo e no desespero tentando retirá-la acabaram acionando o mecanismo que abria as cortinas, e todos na escola viram à cena patética. Sem contar que, ao invés, de sair do palco ele decidiu fazer a peça inteira.

-O show tem que continuar... Esse dia foi muito engraçado.

-Porque não foi com você! O tio tem que parar de levar tão a serio esses ditados.

-Falando nisso, porque você não quis entrar?

-Porque me aporrinhei com a Inoue. O tempo todo criticando. E sou da premissa que se for para opinar que seja alguma coisa que preste.

-Tão cabeça dura quanto ele. Mas essas coisas acontecem fazer o quê? Até imagino o que ele aprontará esse ano. ‘To louca para ver e depois postar no blog.

-É mesmo? Jura? Nanao, você lembra do seu primeiro ano no ensino médio, o caso da aula de educação sexual?

                Só em ouvir sobre o caso sobe um calafrio pela espinha de Nanao.

-C-como você sabe sobre isso?

-Tia Hana me contou e certo dia eu encontrei vestígios desse ma-ra-vi-lho-so dia.

-Impossível. Eu queimei todos os vídeos.

-Ah-rrá! Eu ainda tenho os negativos das fotos. Então você entendeu né. Ouse colocar no seu blog... Eu posto às fotos no Youtube.

-Chantagista.

-Me processe. Etto, mas você faz administração não direito. – deu uma tapinha no ombro e saiu antes que a outra tivesse alguma reação. – 1 2 3 – contou mentalmente - agora!

-Sua monstraaaaaaaaaaaaaaah! – não conteve as gargalhadas. Eram ótimas as brigas rotineiras com Nanao. Andou duas casas depois da sua quando se lembrou de algo. Saiu da calçada e começou a girar com os braços abertos e a cabeça apontada para o céu.

-Ups! – já estava meio tonta. Respirou fundo e prosseguiu – BOM DIA MUNDOOOOO!

E seguiu seu caminho, que não era o da escola, pois não se atreveria a aparecer por lá com aquele louco maluco por perto.

(...)

                Ichigo andava com os braços cruzados atrás da cabeça. Era cedo demais para está de pé, mas não estava a fim de ouvir mais um dos sermões do pai. Saco terem que se intrometerem na vida dele como estavam fazendo. Onde já se viu um cara nessa idade ter uma espécie de babá? E ainda por cima maluca...

                Tinha um lado bom em sair tão cedo, certamente nenhum dos desocupados que cismas com ele estariam de pé agora e poderia aproveitar para fazer o que gostava em paz, mesmo que o que gostasse não fosse nada. Todo esse tempo ocioso seria proveitoso para pensar numa forma de livrar-se da “caxias¹” que arranjaram para si.

                Subiu num muro baixo e aproveitou a sombra de uma mangueira para relaxar. Coisa que não demorou muito tempo até porque um louco com as causas baixas passou a mil gritando: “eu sou inocente, sou inocente!”. – Essa era nova... Todos os culpados falam isso – e logo atrás do maluco uma multidão de pessoas e alguns policiais. – Bem, pelo menos dessa vez a policia não estava atrás dele.

-Ei o que está acontecendo? – perguntou a um retardatário que tentava inutilmente seguir o grupo.

-É que é – tentava recuperar o fôlego. – estou achando que aquele cara é um pedófilo.

-nossa! Então, logo teremos um linchamento.

-E por isso que estou seguindo. Quero evitar uma injustiça. Sabe eu sou diretor de uma escola aqui perto e aquele era o responsável de uma das alunas. Não sei explicar bem, mas ele tentava ajudar um aluno que não conseguia ir ao banheiro na escola a fazer xixi e num instante em que me distrai todos já estavam querendo mata-lo.

-Coisa inusitada.

-Nem tanto. Contando com essa, já estamos na 12º confusão envolvendo-o. O pobre deve ter alguma maldição com a escola. Bom, deixa-me indo antes que o capturem.

-Ah sim. Vai lá.

                O homem tomou um pouco mais de ar antes de dar o Sprint de largada. Enquanto corria dificultosamente tentava-se lembrar de onde já vira esse rapaz de cabelos estranhamente avermelhados; Ichigo se cansou de ficar sentado e equilibrou o corpo de modo a ficar deitado no muro. O braço direito cobrindo os olhos e a perna esquerda pendurada. Até que não era tão desconfortável e a sombra da mangueira estava muito boa.

-Que coisa... 12 vezes que esse cara se mete em algo do tipo. Mais um pouco e ele quem sabe não me alcança? – riu da própria sorte.

                Enquanto isso uma figura desolada andava sem rumo a procura de alguma coisa para fazer.

 - Ir a escola nem pensar. - Talvez não fosse seguro ir até lá por uns dias. - Os vôs do asilo estavam a passeio. A loja de animais estava fechada e o meu “bebê” ainda deve está dormindo. – atravessou a rua e na esquina com a rua das árvores virou a esquerda. Quando...

iii! O bebê não está dormindo! – avistou Ichigo deitado no muro – como será que ele consegue em? pensava enquanto se aproximava.

-Hum! Diretor de escola é? Aquele cara nem fuma e está em piores condições que as minhas.

-O que você faz ai hem?

BOING BIM CABEMG!

                Foi mais ou menos esse o som que foi ouvido quando o ruivo caiu do muro.

-O que você pensa que está fazendo? – ele gritou irritadiço.

-Nossa! Você deveria tomar mais cuidado.

-Mas do que você está falando? Se não tivesse gritado no meu ouvido isso não teria acontecido.

-Ah sei agora a culpa é minha... E então?

-Então?

-Tu é lento viu! Então a minha pergunta. O que você faz aqui?

-Estava tentando “relaxar”. – falou irônico.

-Legal. Mas tipo, tirando a sua ironia, muito sem graça por sinal, você não acha melhor se levantar não?

                Rukia o estressou tanto que até tinha esquecido que estava caído no chão.

-Garota, isso não vai prestar. Você me irrita. – falou limpando as roupas.

-Jura? Eu gosto de você.

-Sua ironia também é muito sem graça sabia?

-Am? Onde eu fui irônica?

-Ah-rrá! – na parte de gostar de mim – dãn!

-você está errado. Eu estou apaixonada por você! – Rukia disse firme. Parou a frente de Ichigo fazendo biquinho. O garoto no susto deu um passo para trás, mas foi impedido de prosseguir pelo muro. Os músculos relaxaram depois da surpresa e quando ela ficou a centímetros do seu lábio...

-KKKKKKKKKK! – ela não segurava o riso. – olha a sua cara de assustado. Pode deixar que eu jamais assediaria o meu bebê  kkkkkkk- e continuou a rir. – Vem que eu te pago um sorvete.

-Ah sim, com certeza você vai me pagar.

-Como?

                A pergunta veio tardia e ele concluiu a brincadeira que ela começou.

-I-ichigo – falava entre o beijo – você vai?

-Am – ele tentava entender as palavras dela.

-Você vai ou não querer o sorvete porcaria?

                A não! Isso já era demais. A garota o faz cair do muro tirando do seu momento de descontração. O chama de bebê, que conseguiu ser pior do que “cabelinho”, finge que vai beijá-lo e quando ele a beija para fazê-la ficar envergonhada ela não se importa e pergunta do bendito sorvete. Qual o problema dessa maluca?

-Claro que eu não vou querer um sorvete! – falou cruzando os braços e ficando com a cara de quem chupou limão azedo.

-você quem sabe. Tá calor... E eu ia pagar... E... Ah! Falando nisso, você beija bem hem..!

-Hum! – ele resmungou e não respondeu o elogio dela. Até porque não tinha como ter certeza se realmente se tratava de um elogio vindo dela.

-Ah já chega. – enlaçou o braço direito no esquerdo dele. – Vamos logo à sorveteria. – ela não tinha certeza, mas pôde jurar que houvera um sorriso por de trás daquele “hum”.

(...)

                Ela pegou por ultimo, mas o sorvete o seu sorvete já havia derretido. E estava todo lambuzada.

-Você fica me chamando de bebê, mas quem parece um é você. Pelo tamanho e pela atitude.

-Vou ignorar o seu comentário. E não se esqueça você vai pagar.

-Quê? Mas você quem me convidou.

-Isso foi de primeira, mas você não aceitou. E eu sou a garota aqui. É uma vergonha eu ter que pagar.

-Você é a maior oportunista você sabe.

-Tão gentil... É por isso que te amo.

-É eu sei.

-Ichigo, nem adianta. Você vai pagar por ter me beijado sem permissão.

-Até parece que não gostou... Vai esperando que eu vá pagar.

(...)

                E depois de duas rodadas de sorvete ele pagou a conta...

Claro, que antes disso, ele esfregou o especial de chocolate com morango na cara dela depois de uma discursão sobre os apelidos que andava recebendo. Ela simplesmente sorriu deixando-o confuso.

-Isso vai ser divertido, Kurosaki.  – ele realmente não entendia aquela garota.

                E estaria longe o dia de entender.

(...)

                Depois de uma hora de corrida conseguiu chegar em casa.

-Feche as postas e as janelas. E se perguntarem eu não moro aqui.

-Tio o que você aprontou dessa vez?

-Nanao, eu juro que não fiz nada. Mas só relembrando. Se perguntarem se aqui mora um louro tarado, você nunca me viu e okay.


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Notas finais do capítulo

Na boa, Urahara só se mete em encrenca...
Imaginem o Ichigo já que o Kisuke ainda está chegando no nível dele. Se bem que a maior encrenca dele parece mesmo ser a Rukia