Não podia acreditar o que estava diante dos meus olhos. Me senti nauseada por ter beijado aquela criatura repugnante á minha frente. Ela era e não era o meu anjo ao mesmo tempo. Estava tão confusa!

Precisa de um tempo para assimilar as informações que haviam me bombardeado.

Senti-me encurralada, e terrivelmente fascinada pelos olhos vermelhos sangue a me fitar. Ele gostava do que via? Parecia entretido! Respirei fundo calmamente e tentei firmar minhas pernas no chão, as mesmas estavam trêmulas e eu tinha a impressão de que iria cair a qualquer momento.

Minha garganta estava seca, e eu precisava desesperadamente de algo que me auxiliasse a falar.

– Quem é você? – finalmente, consegui pronunciar tais palavras mesmo de uma forma baixa.

– Sou eu. – o ser disse, olhando-me maniacamente. O que havia naqueles olhos? Ele teria piedade?

– O que é você? – corrigi-me imediatamente, corando sem seguida.

– Depende. – ele sorriu sínico. – posso ser seu pesadelo, posso ser aquilo que você teme. Posso ser perigoso, afiado como uma faca. Posso ser fatal, como a linamarina. Provaria de meu veneno? – o mesmo indagou-me, dando um passo para frente, fazendo-me por impulso dar um para trás. Choquei-me contra algo gelado e gemi de medo. Justin, cadê você?

– Lhe fiz uma pergunta! – o mesmo exclamou furioso.

E era possível sentir a adrenalina. Seus olhos queimavam minha alma pela intensidade na qual ele me fitava. Socorro? Eu realmente precisava de socorro?

Estava totalmente presa a ele, e não sentia medo. Não, medo não.

Pois ele poderia ver o sopro da vida deixar meus olhos, mas escolheu por oferecer-me a opção.

– Provaria. – respondi convicta.

– Então, nos encontraremos lá em baixo. – o mesmo deu um sorriso maníaco e pegou minhas mãos delicadamente. Estava hipnotizada. Ele andou, guiando-me, e era impossível desviar meus olhos dos seus. Os passos tornaram-se automáticos, eu conhecia aquilo.

E de repente, estava caindo de queda livre. Sem salvações, sem problemas, apenas caindo do topo do Big Bang.

Sentia-me bem. Estava em êxtase, e aqueles segundos de queda fez-me pensar o quão tranqüila seria minha morte.

Mas talvez ela não acontecesse agora.

Senti algo gelado enrolar em meu pescoço e de repente, estava parada no ar. Minhas costas doeram, doeram muito e eu gemi de dor. Ouvi um grito de dor vindo de outra pessoa e reconheci ser do caído. Sim, a versão caído de Justin,

Minhas costas estavam sendo rasgadas, sentia isso, e me contorcia de dor.

O objeto que se enrolara em meu pescoço queimava, e levei minha mão até ele tentando arrancá-lo.

Uma voz feminina.

– NÃO, HELENA!

Parei de súbito, entorpecida pela voz de sino da garota. Seria inveja?

A dor cessou. Senti necessidade de movimentar meus músculos e ossos.

Estava voando.

Asas? Em mim? Como?

Quero voltar pra casa.

POV Justin (anjo).

Meu corpo estava vacilante. Sentia-me mal por causa da dor.

Todas as dores.

Ele havia a pego. Vi ela caindo do Big Bang.

Depois de confessar meu amor ao único ser terrestre no qual eu realmente amo com todas as minhas forças, a perdi .

Para os meus pecados. Meus pecados á levou, determinou o que fazer com o pequeno corpo daquela adolescente com um futuro brilhante.

Ela não merecia.

O que os caídos iram fazer com meu corpo? Deus permitira?

Justin (imaginem com asas negras, olhos vermelhos e dentes caninos grandes) a pegou, o lado mal de mim a roubou de meu lado bom, o lado no qual ela deve ficar.

Precisava dela urgentemente.

– JUSTIN!

Uma voz feminina. Helena? Não, era muita sinfônica, não era Helena.

Demetria! Demetria veio me salvar.

– Demetria. – sussurrei sem forças.

– Justin, eu a salvei. Ela é temporariamente um anjo. JUSTIN EU SALVEI HELENA! – disse Demi em um tom exageradamente alto.

– Não, ela morreu, Eu vi. – disse derrotado. Já não estava mais preso.

– Precisamos ir. – disse a pequena anjo.

E fomos nós, infiltrar-nos no reino dos infernos.

POV Helena.

Não me deixe. Não, não me deixe.

Justin bom, Justin mal. Continuem comigo. Preciso de vocês. Justins, meus amores, continuem comigo. Vocês são lindos. Não fujam de mim. Eu preciso de vocês.

Um baque surdo. Estava voltando á realidade aos poucos. Podia sentir as asas ali, comigo. Como se sempre estiveram ali.

Seria eu um anjo?

Abri meus olhos. Estava limpa, cheirosa e em uma cama macia.

– Olá? – perguntei inutilmente, ouvindo minha voz ecoar.

– Querida, deite-se. – disse uma voz, linda, como se fosse sinos. Sinos ritmados.

– Vovó? – perguntei arregalando os olhos.

E definitivamente era ela: em uma versão mais nova. Respirei fundo e abri meus braços, envolvendo-a em um abraço.

– Minha querida, continue firma. Olhe, você precisa salvar o seu amado. – disse ela docilmente. Sorri amável.

– Vovó, ele está bem. Nós nos amamos. – sorri feliz.

– Minha querida, tempos ruins estão para vir. Mantenha-se firme. – ela disse e eu assenti.

– Mãe? – disse uma voz feminina. Olhei para a porta do quarto simples.

– Mãe? – repeti incrédula.

– Você...Morreu? – minha mãe perguntou equivocada. Balancei minha cabeça negativamente.

– AI meu Deus....!

A situação não era a mesma. Magicamente, fui transportada para a minha cama, na minha residência em Londres,

– JUSTIN! – gritei, encarando-me em um espelho.

Havia... algo de diferente em mim. Um colar. Ele estava ali no meu pescoço.

– Você corre perigo. – ouvi alguma voz dizer, mas não identifiquei.

– Eu vou te pegar. – foi um barulho alto. A voz era rude e sínica. Me assustei e lagrimas caiam de meus olhos.

– Shhh. – era ele.

Uma voz fina e maravilhosa no meio de vozes malvadas.

Justin estava comigo.

O que aconteceu?!

Sim, o capitulo está meio confuso mas faz parte da história. Deixem reviews, me esforcei muito (:

A anjo Demi foi dedicada á uma leitora minha, BiebsOurPride que listou essa história como favorita que eu vi!

Sigam o exemplo da nossa anjinha(:

Até segunda ou terça.