Fall escrita por PrettyJullie


Capítulo 1
C1 - Lifesaver.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas



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First – Lifesaver.


Fiz uma trança de lado em meus cabelos, e coloquei a franja atrás da orelha. Fui até minha mesa de cabeceira, e tirei de umas das gavetas um exemplar de “Orgulho e Preconceito”. Sentei-me delicadamente na cama, abri na página marcada e comecei á lê-lo. Estava na reta final do livro. Gravei as palavras ali escritas em minha mente, e virei a página, assim repeti cinco vezes até que um barulho me tirou a atenção. Levantei a cabeça de imediato, encarando a janela de meu quarto. A mesma havia sido aberta.

Marquei a página onde parei e coloquei meu livro sobre a cama e fui até a janela, encostando-me no parapeito. Não havia nada ali, e aquilo era irracional. Lembro-me de ter fechado a trinca da janela.

Olhei para os dois lados da rua e fechei a janela. Voltei a minha cama, sentando na mesma e voltando a ler.

– Helena, o jantar está na mesa. – ouvi a voz de minha mãe ecoar pelos cômodos. Terminei de ler as últimas frases da página e fechei o livro, guardando-o novamente na mesa de cabeceira. Desci as escadas, e caminhei preguiçosamente em direção á cozinha, observei minha mãe colocar os talheres na mesa. Sorri ao vê-la a me observar e me sentei confortavelmente em uma cadeira.

– Como está com o livro? – ela perguntou secando sua mão no pano de prato.

– Estou indo bem, ele é interessante. – disse me servindo do jantar.

– Seu pai não chegará a tempo do jantar. – ela disse e se sentou ao meu lado.

Apenas assenti levemente e comemos em silêncio.

– Com licença, mãe. – disse ao terminar de comer e sorri pra ela, me levantando e subindo em direção ao meu quarto, entrei em meu pequeno banheiro e escovei meus dentes. Depois de minhas de ter feito minha higiene, voltei ao meu quarto, peguei meus cadernos e fui fazer meu dever.

Ouvi um barulho estranho e lá estava, novamente, a janela aberta, deixando uma leve brisa da cidade de Londres entrar pelo meu quarto.

Coloquei meu dever de lado e fui até a janela. Não havia nada, como antes. Suspirei e fiquei ali, olhando as luzes, tudo. Era lindo.

Ouvi um barulho estranho, de algo caindo no chão, e as luzes piscaram.

– Tem alguém ai? – perguntei me virando.

– Sim. – disse uma voz masculina, que mais soava como uma melodia sinfônica.

Me virei, lentamente.

Com certeza aquela era a visão do paraíso. Era um garoto. Alto, com os cabelos cor de amêndoa, arrepiados. Traços perfeitamente traçados.

– Quem é você? – perguntei, me aproximando dele, inconscientemente.

– Seu anjo. – ele disse e eu escancarei minha boca em um grande “o”

– Anjos não existem. – afirmei evacuando alguns centímetros.

Ele deu uma risada maravilhosa e se sentou na ponta da minha cama.

– Então acha que entrei aqui como? – ele perguntou.

– Você é um bruxo, isso sim. Chegou aqui aparatando. – disse e ele deu uma risada rouca. Sentei ao seu lado hesitante, e levantei minha mão em direção á sua face.

– Posso? – pedi ele assentiu, fechando os olhos.

Toquei seu rosto e aquilo era... Impossível. Ele era de verdade, mas não era como se eu tocasse-o, era como se minha alma tocasse a dele. Sorri maravilhada, e ele abriu os olhos.

– Por que você está usando esse tipo de roupa? – disse olhando seus trajes. Blusa branca, jaqueta de couro, calça de couro, supra.

– Tenho que me aparecer ao máximo com as pessoas humanas. Ordens Dele. – ele disse e deu de ombros.

– Deus? - perguntei e ele assentiu.

– Vim pra te ajudar. – ele disse e sorriu de canto, ajeitando sua blusa.

– Hmn, no que? – perguntei e ele riu.

– Em tudo. Tempos ruins viram. – ele disse e eu assenti.

Engatinhei até a mesa de cabeceira e peguei meu exemplar de Orgulho e Preconceito.

Comecei a lê-lo, porém era impossível, não com meu anjo ali.

– Só eu posso te ver? – perguntei fechando o livro.

– Depende. Quer dizer, em público, posso fazer as pessoas me verem. Mas como anjo, só você me vê. – ele disse e eu sorri com isso.

– Como assim como anjo? – perguntei e ele se levantou.

Meu anjo abaixou a cabeça e vi duas grandes asas aparecer em suas costas. Aquilo parecia doer.

– Uau... – disse e fui até ele, toquei sua asa direita. – Qual o seu nome?

– Justin. – ele disse e eu olhei em seus olhos.

Fiquei presa neles. Parecia que eu os conhecia, parecia que eu vivi com ele, parecia que... eu o amava.

– Quem é você? – perguntei colocando a mão em minha cabeça e abaixando a mesma.

– O que? Você se lembrou? – ele disse me olhando incrédulo.

– Não, eu... – disse e balancei minha cabeça.

– Filha? – disse minha mãe aparecendo na porta do quarto. Olhei Jus, mas ele murmurou um “Confia em mim“.

– Sim, mãe. – disse fitando-a.

– Não se esqueça que amanhã terá o passeio do Museu ok? – ela disse e eu assenti.

– Obrigada. Irei dormir. – disse e ela assentiu.

– Boa noite – ela disse apenas e fechou a porta.

– Ela não te viu? – perguntei e ele sorriu, balançando a cabeça negativamente. – Não estou acostumada com isso. – disse e ele soltou uma risada.

Peguei meu pijama e acenei pra ele, indo ao banheiro. Me troquei rapidamente, e me olhei no espelho. Voltei ao quarto e ele não estava mais lá. Suspirei e me joguei na cama, minutos depois caindo no sono.


Picture.


Acordei, eram 5 horas da manhã. Fiz minha higiene e coloquei uma roupa confortável. Peguei minhas chaves reserva, um dinheiro e desci as escadas.

– Bom dia. – disse minha mãe, me fitando. – dormiu bem? – perguntou ela.

– Sim, muito bem. – dei um meio sorriso e peguei uma maça verde em cima da mesa. – vou indo. Estou atrasada. – disse e corria até a mesma, dando-lhe um rápido beijo na bochecha e saindo antes que ela pudesse falar algo. Caminhei apressadamente pelas ruas de Londres, afim de chegar á tempo na rua 6 para poder pegar o ônibus em direção ao museu.

Em meu trajeto, um garoto loiro dos olhos cara melados passou bem ao meu lado, quase esbarrando em mim.

– Justin. – disse correndo até ele.

Cheguei ofegante ao seu lado e pousei minha mão em seu ombro. Ele sorriu por um momento, me arrancando um pequeno sorriso. Olhei para frente e ali havia um poste. Desviei do poste e quando olhei ao lado á sua procura, ele havia desaparecido. Vi o ônibus quase saindo do ponto, e corria até lá.

– Atrasada novamente, Senhorita Hills? – disse Carlos, o motorista. Dei um meio sorriso e entrei no ônibus em que a escola estava bancando.

Estava uma completa bagunça. Sentei nos primeiros bancos, onde a coisa estava mais tranqüilas, e fiquei ali, observando o trajeto.

– Museum of London, museu de Londres onde documenta a história da capital britânica. – disse o guia, mas não me interessei muito. – Estou guiando-os, porem, quem preferir pode ir andando a vontade.- ele disse e deu um sorriso de boas vindas.

Assenti levemente e caminhei até os quadros. Estava vendo um por um. Guerras, condes, reis... Tudo o que se pode imaginar.

Parei em frente á um quadro. 1803. Olhei os olhos do homem, cara melados. A moça era linda. Cabelos pretos, com alguns fios em dourados. O rosto do garoto era angelical. Porém, me parecia terrivelmente familiar.

– Lindo, não? – disse uma voz ao meu lado. Justin.

– É você... – disse, cobrindo a boca aberta, aquilo era impossível...

– E você – ele disse e me olhou. Olhei-o.

– Isso é impossível. 1803! – disse olhando a data da obra. – Não posso acreditar.

– Bem... Não é você. Uma de suas gerações. – ele disse e eu levei a mão em direção ao rosto de... Justin. Na obra.

– Ei, garotos, não pode tocar! – um guarda me advertiu.

Balancei a cabeça, recuando. Aquilo era impossível

Caminhei observando os quadros. Peguei meu bloquinho de notas e comecei a anotar a ficha técnica de cada quadro.




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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado (:
Reviews ? eu mereço poxa DD:
Beijos



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