Strange Love. escrita por Milena


Capítulo 17
Taste me


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem ♥



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Fechei meus olhos devagar e tentei dormir... Não deu certo.

Abri os olhos e olhei Sky, parecia tão pequena e frágil em meus braços que eu não sei se queria mesmo sair dali, mas tinha.

Levantei com todo o cuidado pegando meu celular e me dirigindo até o quarto, disquei o número que minha mãe havia colocado lá há poucos dias. Houve uma pequena demora até o outro lado da linha corresponder.

- Senhor Bieber?! – sua voz saiu cansada e totalmente exausta, me senti culpado por ligar àquela hora da noite.

- Sim – falei firme, não iria pedir desculpas, esse era o trabalho dele – Quero marcar uma consulta, você é o médico da família e conselheiro, vai me guiar até saber o que fazer.

- Pode falar – ele disse e logo após continuei.

- Então... Tem uma amiga minha, que sabe... – hesitei, era difícil falar – ela... se... se... drogava – falei e senti que o peso que sentia a segundos atrás havia fluído – eu preciso de ajuda, ela pode voltar a qualquer momento e eu realmente não quero isso, quero ajuda-la, mas sozinho...

- Tudo bem – ele me interrompeu – Vá em minha clinica amanhã com ela, que horas o senhor prefere?

- De tarde.

- Estarei esperando, prometo ajudar no que for possível – sua voz agora soava menos exausta.

- Obrigada – foi o suficiente pra desligar. Odiava conversar por telefone, mas não queria deixar ela sozinha, não queria ficar longe dela por um minuto que fosse.

Voltei pra sala olhando o seu jeito desembocado de dormir. A peguei no meu colo a levando pra cama, como de costume. A deitei e ela parecia em um sono profundo, pois nem se quer abriu a boca pra soltar um simples resmungo que fosse. Deitei ao seu lado a trazendo mais pra perto de mim, tentei novamente dormir e dessa vez, já com a cabeça leve, consegui.

Xx

Acordei com o desejo de voltar a dormir novamente, mas algo me dizia que tinha que acordar. E esse algo era Justin.

- Sai! – gritei pra ele puxando o cobertor.

- quer perder seu emprego, né? Tudo bem – entreabri meus olhos e vi-o dar de ombros e sair, mas antes de passar pela porta hesitou e olhou pra mim como “não vai mesmo levantar?”. Revirei os olhos e levantei bufando indo em direção ao banheiro que ficava dentro do quarto, tomei um banho rápido me vestindo com o meu uniforme. Nunca havia parado pra pensar o quanto ele é surrado e... Estranho. Fui até Justin que se encontrava na cozinha e fiquei surpresa ao ver o café da manhã todo já colocado – e muito bem, por sinal.

Olhei pra ele o interrogando.

- Tá, quem você chamou pra arrumar isso? – cruzei os braços fazendo sumir o silêncio que antes dominava.

- Eu, ué – ele se sentou – e come logo que eu tenho que sair e você também – interrompeu antes que eu questionasse.

- Não sabia que você tinha habilidade com isso – me sentei, zombando dele. Tentei não rir, mas foi impossível.

- Tem muitas coisas sobre mim que você não sabe – ele tentou soar sexy, mas ao mesmo tempo malvado. Ah, droga... Ele sabia fazer isso muito bem.

Terminamos de tomar café e partimos pro carro.

Por um impulso, liguei o rádio do carro luxuoso de Justin. E adivinha só quem estava tocando? Isso mesmo, ele. Subitamente tive uma vontade enorme de falar algo, mas não sei se deveria. Por fim, falei, antes que a coragem que tinha em mim naquele momento sumisse.

- Quando você percebeu que gostava de mim? – perguntei e vi que ele se incomodou, pois fez uma expressão estranha e logo após, pigarreou.

- Ahn... Eu... Não sei – ele sacudiu os ombros ainda olhando o trânsito.

- Como assim? Claro que sabe e é isso que estou perguntando, ande – soei mais corajosa, a seguir esse assunto do que realmente me sentia.

- Acho que... – ele hesitou e pareceu pensativo – no dia da festa, sabe, você me abraçando e pedindo pra eu cantar foi suspeito e me balançou um pouco, mas você ainda era desprezível pra mim.

- Ah, senhor engraçado, você cantou, não foi? Cantou e me abraçou – retruquei – apesar disso, você prometeu que não jogaria esses atos no futuro.

- Não fiz nada, ué – ele deu de ombros com um sorriso dócil – Você me perguntou e eu respondi, não foi?

Revirei os olhos e vi que já estava perto do meu trabalho, me ajeitei e estava pronta pra sair, mas as palavras de Justin me fez parar.

- Naquele dia em que sai a noite, no dia do ensaio, tinha certeza do que sentia por você.

- O dia que você chegou bêbado? – tentei não rir, não tive sucesso.

- Sim – ele continua sério.

- E por isso bebeu?

- Também.

- E o outro motivo pra encher a cara foi ficar frustrado porque não conseguiu ficar com a enfermeira – soou mais como afirmação do que como uma pergunta – Que foi? Você me imaginou no lugar dela? – continuei rindo e Justin estava parecendo ficar irritado, mas ainda vi a calma em seus olhos.

- N-não...

- Tudo bem – abri a porta – broxa – provoquei saindo do carro e novamente ele me puxou pra dentro do carro, mas agora com seus braços. Fiquei tão perto dele que podia até ouvir sua respiração.

- Eu posso te provar, eu já disse – sua voz saiu rouca e completamente – completamente mesmo – provocadora.

- Você fala demais e nunca faz nada – retruquei em um mesmo tom de voz, qual balançou Justin.

Quando dei por mim, já estávamos nos beijando. Tá, admito, Justin sabia como provocar alguém. E esse alguém, sem duvida alguma, era eu.

- Eu tenho... que ir – parei o beijo o dando um selinho demorado, ele assentiu soltando meu braço e me deixando sair do carro.

Me virei pronta pra entrar, quando ouvi sua voz.

- Peça pra sair mais cedo, hoje nos vamos a clinica – sua voz foi seguida de um sorriso típico.

- Que clinica? – falei aos ventos, ele já devia estar longe. Ah, viado.

Entrei pensando em que clinica Justin me levaria e por que. Já imaginando o motivo disso tudo avisei Beth com seu sorriso de sempre.

- Bom dia, querida – ela falou vindo beijar meu rosto e me dar um abraço apertado – seu namorado? – disse, com toda certeza, se referindo a Justin.

- Ahn... Sim... Não! Sei lá – dei de ombros e pude ouvir seu riso logo atrás. Coloquei a mochila no lugar de sempre e me preparei pra atender algumas pessoas que já estavam ali e por sinal me olhando bastante estranho.

- Querida, conhece aquele homem? – ela me despertou fazendo eu virar meu rosto pro lado de fora do restaurante. Ah caralho, até aqui? Sai pisando fundo pro lado de fora e o senhor abaixou a câmera.

- Até aqui? – perguntei sem nenhum medo – Aqui é o meu trabalho!

- E esse também é o meu, senhorita.

- Eu sei disso, mas até aqui porra? Eu não sou famosa, não faço caralho nenhum da vida e você quer me encher tirando essas porcarias de fotos? – Estava mais nervosa de que devia estar, o que resultou em muitos palavrões e um tom de voz elevado.

- Sky... Deixe... Eu converso com ele – Beth segurou meu braço me olhando e logo após, olhando o senhor – Tantos famosos aqui e você vem incomodar logo a minha filha? – ela começou parecendo tão brava quanto eu, mas... filha? Eu não era filha dela.

- Sabe, se é disso que você vive, tudo bem, mas ela não merece ser incomodada até no trabalho. Aposto que o senhor tem filhos e mulher pra cuidar, gostaria que acontecesse isso com os seus? Que invadissem a privacidade deles assim? Não, senhor, você não gostaria, então, por favor – ela hesitou apontando pra rua – ou o jovem prefere que eu ligue pra policia? – foi o bastante pra ele ir embora e sem responder ou questionar qualquer coisa. Senti uma vontade enorme de abraçar Beth por longos minutos, mas não o fiz. Sorri pra ela voltando ao meu trabalho.

Xx


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Notas finais do capítulo

Vou viajar, não sei quando volto :-(
Obrigada pelos reviews, respondo eles no próximo!!!



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