Strange Love. escrita por Milena
Notas iniciais do capítulo
Vai ficar em três capítulos, porque esse é muito extenso :( Obrigada pelos reviews, vocês são pftas!!!! Boa leitura, espero que gostem ♥ PS: Usei o POV's Justin, falem o que acharam.
Justin dançou mais algumas músicas animadas antes de pedir uma pausa, ele parecia cansado, mas ao mesmo tempo acostumado com aquela rotina. Continuei sentada olhando pros lados e pude perceber falarem de mim, um outro cara muito alto e moreno estava a conversar com Justin e percebi os olhares disfarçados em minha direção. O sorriso na cara de Justin era evidente, só podia estar zombando de mim.
- Oi! – a mulher que parecia a mãe de Justin veio até mim, me cumprimentando. Acenei com a mão ignorando seu pedido pra um abraço – Você é a Sky? – ela sentou-se ao meu lado com a voz suave.
- Sim – falei mirando o chão – e você é a mãe do pirra... – pausei e dei um risinho nada convincente - Justin? – apontei pra Justin e ela riu.
- Sim – ela respondeu com um sorriso enorme que mais parecia iluminar toda aquela quadra.
Agora eu sei a quem Justin herdou tanta beleza.
- Ah – falei pra não soar como chata. Na verdade, eu já estava soando.
- Vocês se conheceram onde? – ela perguntou e eu a olhei. Ótimo, dizer que conheci Justin com ele me atropelando não é uma ótima forma de começar uma boa conversa.
- Hm... Eu não lembro – menti soltando um sorrisinho amarelo.
- Mas... – ela questionou e antes que continuasse, Justin apareceu.
- Mãe, eu disse que não – ele falou vindo até nós.
- Eu só estava conversando com ela – A mãe dele respondeu se levantando - Foi um prazer, Sky – ela estendeu a mão e eu a apertei – Meu nome é Pattie, qualquer coisa – ela assentiu sorrindo e se foi, deixando eu e Justin a sós.
- O que ela falou?
- Que você é um bebê – falei sorrindo – me contou toda a sua história, do seu primeiro dente, da dor de barriga – pausei – e ah, inclusive do seu primeiro beijo – continuei rindo.
- Isso é sério? – ele pareceu desanimado.
- Não – revirei os olhos – sua mãe é simpática e bonita – afirmei – por que você não é igual a ela?
- Você fala como se você fosse a miss simpatia – ele sentou-se ao meu lado.
- Como assim? Eu sou! – coloquei a mão no peito fingindo estar ofendida. Justin riu.
- Justin, vamos, só essa – o cara perto dos instrumentos o chamou e ele foi.
Estava tudo bem, até aquela vadia da enfermeira começar a tocar Justin. Me recusei a pensar que aquilo não fazia parte da coreografia e ela estava agindo de normal, sem nenhum interesse em me provocar. Mas, percebi que era aquilo quando Justin olhou estranho pra ela, porém, ela ignorou seu olhar e continuou. Havia uma parte da música em que ela ficava atrás de Justin e tinha que tocar seu peitoral, isso eu já havia entendido, mas ela estendeu as coisas e agora sua mão passeava por todo o seu corpo. Bufei tentando não parecer tão chateada quanto estava, era isso que ela queria, que eu ficasse brava, fizesse escândalo e todo mundo pensasse que eu era maluca. Sinto muito, mexeu com a pessoa errada. A música parou e ela abraçou Justin. Tanto faz. Por que eu me importaria? Não sei, mas eu estava... E pra aumentar minha tensão, adivinha?
Justin correspondeu.
Não quero ela o caralho. Ele é homem e homens são imprestáveis, todos iguais, vivos por hormônios.
- Sky – a mãe de Justin me chamou no meio de algumas pessoas – venha aqui – ela sorriu largamente, como sempre. Era quase como um pecado recusar seu pedido de tão doce que ela era, por algum motivo inexplicável ela me lembrou Bethy. Levantei e fui até ela, meio sem jeito. Eu não conhecia ninguém ali – essa é a amiga de Justin – ela me puxou pra o meio daquelas pessoas.
Odeio cerimônias, odeio, odeio e odeio.
- Hm, é – a olhei – Pattie, não...
- O que? – ela falou se auto interrompendo.
- Não precisa, eu... Eles sabem quem eu sou – falei – eu acho.
- Sky – Ryan estava no meio deles, e ele acenou ao me ver. Se eu não me engano, eu já havia visto outro Ryan... O da piscina, pensei. Mas, não era esse, claro que não. O outro parecia da idade de Justin, esse é mais velho, não um senhor, mais um adulto, e muito bonito por sinal.
P.O.V's Justin ON.
Antes que eu pudesse responder a Sky, Tay me interrompeu me fazendo voltar pra o meio da quadra. Algo incomodava Sky e isso de certo forma, acabava me incomodando também. A música começou e como sempre, comecei os passos. Algo que eu não consigo explicar fazia com que eu fixasse meus olhos em Sky. Aqui, agora, dançando e vendo seu jeito sem graça de menina sem confiança, acho que eu fiz o certo a protegendo esse tempo todo. Não que eu goste de ser herói da história, só gostava de ser o herói dela. Fui interrompido pelos toques das mãos de Aphrodite, a enfermeira que agora era minha dançarina que Sky tanto odiava. Fazia parte da coreografia ela me tocar, mas não tanto como o fazia.
- Vai com calma – sussurrei pra ela, mas ela ignorou sorrindo.
Não vou negar, eu estava gostando. Qual cara não gosta de ter uma gostosa passeando as mãos pelo seu corpo? A música parou e ela foi obrigada a parar, droga.
- Te vejo depois – suas palavras foram seguidas de um beijo despejado no canto de minha boca. Aquele “depois” era em breve, muito em breve. Ela saiu rebolando e eu não pude faltar a deixa, observei bem seu corpo, foda-se se eu havia falado que não a queria. Ela queria e era isso que importava.
Fui até a minha equipe querendo acabar logo com tudo aquilo e logo saciar minha carência. Havia terminado no mesmo dia que atropelei Sky e desde lá, nunca mais fiquei com ninguém, como consegui?
- Sky, vamos? – a chamei no meio de tantas pessoas, ela parecia estar perdida, pois assentiu tão rápido que mal vi. Me despedi e sai da quadra pensando em quanto aquela loira devia ser boa na cama.
- Nunca – Sky me interrompeu de minha safadeza interna – Está ouvindo, Justin? Nunca! Nunca mais ouse me trazer pros seus ensaios.
- Ow, que drama – retruquei entrando no carro – eles são legais e olha que não é todo mundo que eu acho legal.
- Se ser legal pra você é me encher de perguntas...
- Cala boca, Sky – a calei antes que continuasse, não estava com saco pra discutir, só queria deixar aquela pirralha em casa e partir pra... Espera, como eu vou encontrar Aphrodite se nem falei porra alguma? Justin, você é um idiota – Esqueci uma coisa, espera – sai disparado do carro voltando pra quadra. Os olhares sobre mim eram mais que esperados, diminui o passo ao ver ela ainda arrumando sua bolsa.
- Justin – ao me ver, seu sorriso foi malicioso – precisa de alguma coisa?
- do seu endereço – falei, sem delongas, papo não era comigo.
- Hm – ela sorriu mais ainda me entregando um papel – daqui a uma hora, a porta vai estar aberta.
Vadia. Pensei comigo mesmo. Uma vadia gostosa.
Andei até o carro calmo, ainda havia tempo de sobra, por mais que quisesse comer ela ali mesmo, era surreal e inapropriado. Entrei dentro carro dando a partida e pude perceber o olhar estranho de Sky sobre mim, ela não é boba e sabia o que estava acontecendo.
Xx
Entramos em seu apartamento ainda em silêncio, peguei minha mochila com algumas roupas que Kenny tinha trazido pra mim e joguei em cima do sofá.
- Eu vou sair – falei.
- Eu sei – ela sentou-se ao sofá, havia algo de errado em Sky, mas eu não sabia o que era e estava apressado de mais pra querer saber.
- Então... Tchau – fui até a porta a abrindo, mas antes de sair, fui interrompido por sua voz.
- Cuidado – ela falou e eu ignorei, ela me fazia não querer ir e eu não queria que isso acontecesse. Voltei pro carro apressado, faltavam meia hora, mas o caminho da casa de Aphrodite era distante.
Xx
Cheguei em frente a casa de Aphrodite e pela visão que tive, estava tudo escuro. Sai do carro o travando e indo até sua porta. Ia apertar a campainha, mas lembrei de sua voz falando que a porta estaria aberta. A abri devagar olhando pra dentro da casa e nada dela. A fechei e caminhei pela casa e quase cai duro no chão quando vi aquela paisagem a minha frente.
Aphrodite estava de lingerie roxa. Roxa! Minha cor favorita. Puta merda, que mulher gostosa do caralho.
- Achei que não viria – ela ousou chegar mais perto, me fazendo sentir o cheiro do seu hálito fresco.
- Você é louca? – cheguei mais perto dela, encostando meus lábios no dela.
Passei a mão pelo seu corpo definido sentindo sua pele macia.
- Louca por você – ela falou unindo nossos lábios tão calmamente que eu achei que fosse durar uma eternidade. A puxei pra perto de mim com força, mostrando a ela que calma não era meu forte.
Ela sentou em meu colo no sofá balançando em cima de meu membro. Arfei, ela sabia como provocar. Tirei o fecho de seu sutiã o jogando longe e tendo mais uma visão desejada. Como senti falta disso, desci minha boca pelo seu pescoço enquanto minhas mãos se direcionaram para seus seios, os apertando. Aphrodite abriu meu zíper e antes que ela continuasse, eu a parei.
- Eu fiz algo? – ela perguntou preocupada. A tirei de cima de mim a olhando.
- Não... – falei rápido.
- Justin, o que foi? – ela veio em minha direção, mas eu desviei.
- O problema não é você... – tentei justificar – você... não... você não vai... eu não entendo... – tentei unir todas as palavras que vagavam na minha mente.
- Você vai parar logo agora? – ela parecia irritada.
- Não... Sim... Eu... Desculpa – falei pegando minha camisa e saindo apressadamente.
- Viado! – ouvi Aphrodite gritar assim que fechei a porta.
Eu não acredito no que acabei de fazer, não acredito que dispensei uma gostosa assim, porra! E o pior, o motivo era sem coerência e tão difícil de aceitar que me recusei a pensar que deixei Aphrodite por ela. Eu estava furioso comigo mesmo, que porra, Justin! Que merda aconteceu com você? O que tá acontecendo, seu otário?
Entrei no carro socando o volante, eu queria bater, bater em mim mesmo por ser tão broxa! Liguei o carro e sai em disparada até um bar, eu precisava beber, precisava encher a cara e esquecer o quão idiota eu havia sido. Parei no mais próximo e vesti minha camisa. Eu não ia me perdoar por essa noite tão fácil.
Entrei no bar e pedi ao garçom a mais forte que ele tivesse, ele me reconheceu - o que eu já esperava - e disse que tudo era por conta da casa, grande merda, isso não ia fazer falta. Bebi, mas bebi tanto que mal conseguia ficar em pé. Foda-se minha vida, o que eu fiz ou deixei de fazer, aquela porra não fazia sentido nenhum. Fui cambaleando até o carro e assim que entrei, acelerei. Eu não sei, não sei como consegui, mas cheguei até o apartamento de Sky sem bater em ninguém. E o mais surpreendente, ainda estava vivo.
- Sky – bati na porta com força, minha voz saia mais rouca que de costume – Sky, caralho – a chamei novamente e nada.
Porra, Justin! Você esqueceu? Dylan!
Tentei abrir a porta, mas estava trancada e mesmo que não, meu estado não me ajudava a conseguir. Passei a mão pelos meus bolsos e senti o molho de chaves. Eu havia colocado a chave que o porteiro me deu ali, eu sei que sim. Tentei todas as chaves e antes que perdesse a esperança, consegui abrir a porta. Entrei cambaleando mais uma vez e procurei por Sky pela sala, nada. Eu já estava desesperado.
Um desesperado bêbado.
Corri – tentei - até seu quarto na esperança de a encontrar ali e quase senti meu coração parar quando a vi deitada em sua cama. Ela estava bem.
De certa forma, aquilo me tranqüilizou... Me tranqüilizou o bastante pra minha visão escurecer. Senti meus joelhos fraquejarem e quando percebi, meu corpo já estava no chão.
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Eaí, gostaram? Não esqueçam dos reviews!!!
Então, tenho que falar uma coisa, essa semana vai ser de provas e eu vou entrar menos e escrever também :( Mas, eu não vou ficar sem postar a semana toda, que fique bem claro. Vou postar sim, mas com menos frequência. Enfim, obrigada e espero que tenham gostado ♥