Back To Baker escrita por Mel Devas


Capítulo 14
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Olá!!! Desculpa a demora!! Meu pc quebrou e só tenho o fim de semana para atualizar minhas fics, então acabei enrolando com essa Ç.Ç
Enfim, boa leitura!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/264416/chapter/14

                - Você fala como se fosse simples! – Reclamei.

                - Mas é simples! Vai dizer que nunca espionou alguém?

                - Não, nunca. Por que raios você espiona as pessoas? – Torci o nariz, como se estivesse com um misto de medo e nojo.

                - Err... – Ele olhou para o lado. Céus, por quê tiveram que transportar Will para Londres também? Não poderia ser alguém mais normal? Ou, sei lá, Chuck Norris? – Enfim, não importa! A questão é: Com certeza conseguiremos alguma informação se espionarmos!

                - Da onde tirou essa certeza? Da sua bunda? Eu acho arriscado demais, sendo que podemos nem conseguir nada! E se descobrirem a gente? Ferrou-se tudo!

                - Ma- O moreno tentou falar.

                - Ma-, nada! Deixe-me terminar de falar! – Estava quase gritando, era muita irresponsabilidade! – Você acha que o quê? Vamos simplesmente sair daqui falando: “Ah, vamos espionar nossos clientes e já voltamos” e Sherlock e Watson vão deixar, de boa? Claro que não!

                - Você está gritando, assim tudo vai por água abaixo sem nem mesmo pensarmos. – Will reclamou, me encarando profundamente com seus olhos cinzentos. – Onde fica seu botão de volume? – Começou a me cutucar, começando a rir. Não aguentei ficar séria e entrei na brincadeira também.

                - E o seu botão de “Fazer merda”? Sua mãe ligou quando nasceu e tá assim desde então. – Comecei a cutucar ele também.

                BAM.

                Minha porta é escancarada e de lá aparece Holmes com aquele ar de filho da mãe, mascarado pelo semblante sério e intelectual.

                - Hamsters – Proclamou, após nos observar com as sobrancelhas erguidas. – O jantar está pronto, a Sra. Hudson pediu para chamá-los enquanto fazia o chá. – Falou de um jeito superior, como se estivesse sendo extremamente humilde e esforçado ao nos chamar para jantar.

                Olhei para Will, como se dissesse: “E agora? Resolva com ele se quer espionar”. O mais alto me mandou um olhar de raiva nº56 de resposta, mas deu de ombros.

                Descemos para a mesa de jantar já posta, a comida era leve, Watson com seu espírito de médico e Holmes com suas pequenas manias odiavam comer muito antes de dormir.

                Mastigando um pão, observei o menino mirar os mais velhos enquanto tomava uma colherada da sopa, como se estivesse bolando um plano. Esperou que Holmes estivesse bem entretido com seu maldito jornal e Watson distraído conversando com a senhora Hudson.

                - Nós estamos planejando espionar a mansão, portanto, amanhã, vocês voltam sozinhos pra cá, o.k.? – Jogou, sem mais nem menos.

                A cara de espanto de Watson foi impagável, eu teria rido se a situação não fosse tão séria. Sherlock se limitou a erguer as sobrancelhas, naquela cara séria e calma de sempre.

                - Bem, não me espanto de uma ideia mirabolante dessas ter vindo de vocês, mas não. – O detetive respondeu, voltando a ler o jornal, Will ficou furioso.

                - Ah?? Mas é uma competição, certo? Cada um com seus planos. – O “poste” falou irritado.

                - Primeiro, não, não é uma competição. Se bem que talvez pra você seja, mas isso pra mim não passa de um joguinho bobo com umas crianças. Segundo, é o meu trabalho, e não deixa de ser, por mais que seja uma brincadeira para você, isso é real, e os meus métodos de trabalho não são esses. – Desconfiei levemente da última frase de Holmes, mas deixei quieto, a briga era de Will, não minha.

                - Não é uma brincadeira para gente! Sabemos que é real! Você pode odiar admitir, mas não está melhor do que a gente nas investigações para dar uma de maioral, certo? – As últimas palavras do moreno fizeram o mais velho dilatar levemente as narinas, mas logo se recompôs.

                - Está certo. – Concordou o detetive com calma, fazendo seu colega de trabalho ficar espantada. – Façam o que quiser, meus peões, mas coloco mais uma regra no jogo: Se algum de vocês fizer uma besteira, eu não me responsabilizarei, direi que não os conheço e vocês estarão na rua! – Sorriu de leve, como se achasse divertido.

                - Holmes! – Exclamou Watson. – Isso não parece certo! Vocês dois estão loucos. – Ele olhou para mim procurando apoio em vão, olhei descaradamente para o lado, fingindo que nada acontecia.

                O outro ignorou o amigo e acendeu seu cachimbo.

                - Que os jogos comecem.

                Estremeci.

                Me virei para Will.

                - Parece frase de filmes de terror de sobrevivência. – Comentei, baixinho, o mais alto riu.

                --x—

                No dia seguinte, de manhã, descemos as escadas para tomar o café da manhã; hoje era o dia que nos infiltraríamos na grande mansão.

                Sra. Hudson parecia preocupada, mas caprichou na comida, como um jeito de dizer “Boa sorte”, uma jarra grande de suco de laranja descansava no meio da mesa, pequenos croissants de chocolate se empilhavam em um prato ao lado, manteiga e pães quentinho e, para completar, um bolo de cenoura de aparência esplêndida. A governanta nos mandou um sorrisinho de cumplicidade, que logo foi retribuído.

                Atrás de mim, Will observava a mesa com água na boca, mas quando os olhos pousaram no bolo de cenoura, eu ouvi-o engolir em seco. Virei para trás preocupada, percebi que a mão estava fechada e tremia. Me aproximei dele para perguntar o que havia de errado, mas quando ele percebeu o movimento se afastou, mordendo os lábios. Forçou um sorriso e sentou no canto da mesa, o mais distante o possível do bolo.

                Raios! Aquele menino era muito doido! Me fazia preocupar a cada segundo! Primeiro espionagem, e agora medo de um bolo de cenoura! Mas algo, lá no fundo, me dava uma sensação estranha, aquela sensação horrível de que tem algo errado. Sentei ao seu lado e pousei de leve minha mão em cima da sua, ele pareceu relaxar.

                Indaguei o que acontecia com os olhos, Will apenas deu de ombros, como se não tivesse nada de mais. Torci minha boca. É claro que tinha!

                Nossa discussão ocular – o.k., isso foi estranho – interrompeu-se quando os dois adultos desceram.

                - Ansiosos? – Perguntou Holmes, com um sorrisinho cínico.

                - Estaria mais se tivesse conseguido dormir. Alguém tocou infernalmente um maldito violino. – Reclamei.

                - Esses jovens do futuro... Sempre reclamando de boca cheia...

                Depois do café da manhã, onde predominou o silêncio após o doce comentário de Sherlock, nos arrumamos para sair.

                Quando desci do meu quarto, com mochila em mãos, percebi que o detetive e o médico já esperavam do lado de fora, em frente ao meio de transporte demoníaco – o coche. Procurei Will, esse estava se despedindo de Sra. Hudson, que nos deu marmitas.

                - Pelo menos fome vocês não vão passar, se depender de mim. – A gentil governanta abriu um sorriso. Abracei ela brevemente, seus patrões já ficavam impacientes.

                Passando pelo umbral da porta me virei para Will.

                - Você me deve explicações. – Cochichei.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Como vocês viram (avá), esse capítulo não teve nada realmente de importante, mas próximo capítulo promete X3
Enfim, o que acharam?? MUAAHAHAHAHAHA O que o Will está escondendo dessa vez? (cara, agora é sempre o Will que tá aprontando nos finais dos capítulos)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Back To Baker" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.