A Viagem Dos Novos Argonautas escrita por O Coração Negro


Capítulo 29
Capítulo 29 A Garota que Espera – POV Jason


Notas iniciais do capítulo

Capítulo passado 5 reviews, tenho 42 leitores =(



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Capítulo 29 A Garota que Espera – POV Jason

Jason se sentia péssimo, primeiro havia sido a causa do dano no Argo, havia tido boa intenção, matar o Kraken, porém mesmo assim havia sido sua culpa; a culpa do filho de Jupiter apenas aumentou ao rever Calypso, tudo que havia acontecido na ilha espetou sua mente como um espinho, o jeito que Piper havia usado charme em Eric também o havia afetado, um sentimento de posse havia despertado nele, porém o que realmente havia inquietado sua mente foi Eros. Do momento que Jason havia posto seus olhos no homem, havia pensado ser o deus do amor e perdido a fala, se sentiu atraído por ele, era estranho um homem ser charmoso até para outro homem, porém o filho de Jupiter via Eros como um homem bonito e andrógeno, estranhamente parecido com Piper; quanto mais tempo passava mais Reina desaparecia de seu coração, como se ela não fosse a certa, isso lhe causava culpa, dor, afinal não era sua escolha, era como se o sentimento estivesse fugindo por conta própria.

Jason ficou olhando o horizonte em uma estranha imitação de Titanic, sua função naquele dia era manter o navio em curso, manter os ventos sob controle, porém aquilo era uma desculpa para ficar a sós com seus pensamentos; em determinados momentos olhava para traz discretamente na esperança de ver uma determinada filha de Afrodite, porém não teve sorte Piper preparava suas refeições naquele dia e isso era no geral uma má noticia.

O dia em si foi simples, desde que saíram do castelo de Eros haviam tido menos problemas com monstros, sem duvida haviam se deslocado uma grande distancia tornando impossível Gaia os localizar, porém na hora de dormir Jason teve um sonho inquieto.

Jason viu uma jovem mulher vestida com roupas antigas, devia ter entre 16 e 20 anos, sabia que estava sonhando com o passado, a mulher devia ser da década de cinqüenta, usava saia rodada e era rica, ele sabia poisa mesma usava uma enorme quantidade de jóias e suas roupas pareciam ser finas. A mulher tinha cabelos lisos e compridos, olhos igualmente negros, havia uma outra mulher mais velha que tinha suas mesmas feições e parecia dar uma péssima noticia a moça.

– A empresa do seu pai não tem ido bem depois da guerra – disse a mulher – você deve salvar a empresa da falência, eu e seu pai acertamos tudo.

– Mas mãe, eu não quero me casar! – disse a mulher.

– Mas quer continuar usando roupas caras, indo a festas? – disse a mãe com frieza – a família precisa de você, sei que fará a coisa certa.

A mãe saiu da sala deixando a filha perdida em pensamentos, ela olhava para as roupas e jóias avidamente; Jason podia dizer que aquela era uma mulher acostumada aos mais exuberantes confortos, a idéia de eventualmente perderem tudo parecia assombrá-la, sabia que ela aceitaria e se casaria por dinheiro, olhou ela se levantar e caminhar pelo jardim da casa e que Jardim. O jardim da casa era bem maior que a propriedade e tinha um toque inglês que fez o filho de Júpiter achar que estava na Inglaterra (e estava sim), bem cuidado, as cercas e arbustos eram cuidados e podados na forma de animais, haviam grandes arvores que deviam ser importadas, pois embora bonitas tinham um toque tropical que não combinava com o lugar; a moça caminhou pelos jardins e passou por uma bonita fonte com anjinhos que cuspiam agua e olhou para a mansão.

A mansão era grande e antiquada, dando a entender que aquela era uma família muito rica e nobre, as janelas, as portas tudo era feito com aquele toque requintado característico apenas de filmes, Jason olhou para a mulher que admirava seu lar chorosa.

– Não quero me casar, mas não quero viver na pobreza! – disse a jovem olhando para a mansão.

– Eu posso lhe ajudar nisso... – disse uma voz arrastada, Jason reconheceu a voz de imediato, era Gaia, o rosto de terra barroso se projetou no gramado como se feito de sujeira que se desfazia e completava de novo em um ciclo infinito.

– De onde vem essa voz? – perguntou a moça olhando em volta como se esperasse ver alguém sair da noite. Jason percebeu de subido que aquela era uma mulher mortal perfeitamente comum, claro haviam alguns que podiam ver através da nevoa, porém aquela era uma mulher perfeitamente normal.

– Ah minha jovem, eu sou apenas uma mãe também, a primeira mãe... – disse a voz de Gaia demonstrando uma satisfação cruel –eu vim lhe fazer uma proposta, posso fornecer o dinheiro que precisa, tenho riquezas inimagináveis e posso lhe dar o conforto que merece...

– Então neste momento de fraqueza um demônio vem para negociar minha alma?! – gritou a jovem – pois não a terá!

– Sua alma? Haha... que engraçado, afirmo não ter interesse em sua alma e que tão pouco sou um demônio, eu sou uma deusa, a deusa primordial da terra Gaia – disse o rosto lamacento de Gaia –, quero apenas um favor, que você beba algo e em troca te darei riquezas.

– Uma deusa? – disse a mulher em tom de riso – irmão pode sair já entendi seu truque.

Porem ninguém apareceu, Jason sabia que ela acreditava que fosse uma pegadinha, afinal que mortal acreditaria que deuses ainda existiam?

– Eu sou real minha criança – disse Gaia – e posso lhe dar jóias, ouro para você manter sua boa vida. – Jason viu jóias emergirem da terra, diamantes, rubis, a mulher saltou sobressaltada com as riquezas que Gaia a mostrava, ela estendeu a mão para tocar uma das pedras e examinou um rubi do tamanho de um punho.

– É real! – exclamou a mulher, Jason viu que ela entendia tanto de jóias que podia dizer só com o olhar o valor daquilo, porém ainda parecia incerta de aceitar, como se fosse bom demais para ser verdade e era, o filho de Jupiter sabia que tinha algo por traz daquilo –então você vai dar o dinheiro para reerguer o nome da família? Para eu e meus pais e irmãos vivermos no luxo a vida inteira? – a mulher parecia cética, porem o girar do rubi em sua mão a traia, seus olhos demonstravam cobiça.

– Para sua família? Eu prometo a riqueza para você e apenas para você Lanete! Se quiser dividir com os tolos que chama de pais já não irei me importar, porem o que ganha com isso? Quer ajudar um velho e uma velha tolos o bastante para arruinar a fortuna da família? O mesmo homem e mulher que planejam te forçar ao casamento com alguém que não ama apenas em beneficio próprio? Eu vim aqui ajudar você e não sua família, apenas você merece a riqueza que irei prover, pense bem, pode ter jantares caros, ser livre de um casamento forçado, farei de você a mulher mais rica que já andou pela terra, nem a rainha terá uma fortuna comparável a sua – disse Gaia fazendo jorrar mais jóias do chão, as pedras preciosas cintilavam a luz da lua -, tudo o que peço é que você beba um vinho, um vinho muito especial... assim poderá desfrutar do luxo e conforto que merece, jantares, roupas caras, jóias tudo será seu...

A mulher deixou o rubi cair, Jason achou que ela fosse dizer um não, porém...

– Eu aceito – disse Lanete.

– Então jure minha criança, jure pelo estige e irei te dar a riqueza para ser livre, para nunca mais ter uma preocupação na vida – disse Gaia – as jovens de Londres irão admirar suas jóias invejosas, todos os rapazes irão cortejá-la enquanto desfilar pelos salões de baile com suas roupas de luxo e jóias exuberantes!

– Eu juro – disse lanete, então Jason viu um raio cortar o céu, a terra tremer e sabia que a garota agora não tinha escolha alem de fazer a vontade de Gaia, pois o estige cobraria a divida, viu uma jovem de armadura sair da escuridão trazendo uma garrafa adornada com jóias que tinha um ar maligno e se aproximar da moça, sabia ser um dos arautos; Lanete hesitou, porém ela agarrou a garrafa e bebeu do vinho avidamente, o rosto lamacento de Gaia sorriu desaparecendo no chão, deixando para traz uma pilha de jóias prometidas, Lanete estava rica, Gaia sempre proveria as jóias que a moça tanto sonhava, porém que preço era este que ela havia pago?

O sonho mudou e Jason se viu em um jardim mais exuberante do que podia imaginar, achou que veria uma Lanete mais velha, talvez pagando o preço de seu acordo impensado, porem o jardim não parecia pertencer a mortais, haviam plantas ali que havia visto apenas no olimpo, viu pessoas ali, homens e mulheres. O filho de júpiter observou melhor o lugar, havia casas e um grande Spa denominado “Jardins eternos de Afrodite”, ao ler o letreiro e observar melhor as pessoas soube que se tratavam todos de filhos e filhas da deusa do amor.

Giovanna – disse uma jovem que se aproximava dela, ambas vestiam roupas de marca; a garota chamada Giovanna era realmente linda, parecia com Piper, porém possuía cabelo loiro e liso que parecia refletir os raios do sol, a outra garota era morena e um pouco mais baixa e igualmente linda – até quando vai ficar ai olhando pro nada? Estamos preparando uma festa no salão para comemorar o aniversario da Angela e do Pedro.

– Estou esperando, Ana você já devia saber, estou sempre esperando – disse Giovanna olhando para o que parecia ser a entrada –, esperando as visitas que a mãe disse que receberíamos em breve.

– Vai ficar ai a tarde toda? A mãe disse faz um mês e até agora não veio ninguém, ela disse que uma de nós iria com eles, acha que é você? – perguntou Ana – eu não entendo você Giovanna! Os jardins de Afrodite são um paraíso tão maravilhoso quanto os Elísios, por que você ainda assim deseja partir? O que existe no mundo lá fora que você não pode ter aqui? Temos roupas maravilhosas, festas esplendidas e a companhia de nossos irmãos e irmãs, se precisamos de algo mais a mãe nos da! Por que você quer ir embora? Você não é feliz aqui?

– Você não entenderia, não você – disse Giovanna suspirando e jogando os cabelos dourados para traz, assim como toda filha de Afrodite a garota parecia uma princesa, Ana fez uma cara emburrada parecendo ofendida, então Giovanna acrescentou – não foi minha intenção te ofender, só quis dizer que você viveu no mundo exterior, você viu muito do que havia para ser visto antes da mãe te trazer aqui para descansar.

– Você também veio do mundo lá fora – disse Ana retrucando – me lembro quando você chegou aqui chorando, agora que penso nisso eu nunca perguntei, mas porque você chorava? Levou um pé do namorado? – Ana parecia debochar, porém Giovanna sorriu.

– Sim você nunca perguntou. – disse Giovanna – Afrodite deixa apenas uma pequena gama de seus filhos viver em seu jardim Ana, ela mesma me disse que traz aqui apenas aquelas escolhidas dentre suas crianças apenas em 3 situações, oferece ficar aqui para aquelas que cumpriram grandes papeis no mundo lá fora, deixa permanecer aqui as que sofreram grandes desilusões amorosas e as deixa livre quando já se curaram da dor do sofrimento, mas eu não me encaixo em nenhuma dessas, sou da terceira situação, a mãe traz forçadamente todas dentre suas filhas que estão destinadas a encontrar algo no futuro, pode ser alguém ou cumprir uma grande missão, eu pertenço a esta categoria, nunca foi me dado uma escolha se eu queria ou não vir para este lugar.

– Por isso você quer ir? – disse Ana debochando – por que a mãe te trouxe aqui contra sua vontade? Aqui não envelhecemos e ainda podemos ser visitadas por heróis de tempos em tempos e podemos partir com eles ou sozinhas quando quisermos, não que aconteça com freqüência, aqui é um paraíso.

– Sim é um paraíso – concordou Giovanna -, mas eu não posso sair Ana, a mãe me trouxe contra minha vontade e me obriga a ficar, não consigo dar mais do que dois passos em direção a saída, Afrodite me disse que eu poderia sair quando fosse a minha hora, quando finalmente fosse necessária para alguém no mundo lá fora, já estou aqui a duzentos anos.

– Por isso você sempre assume a liderança para assuntos triviais com esta atitude superior e esnobe? Por isso você sempre fica ajudando todos os heróis feridos que nos visitam como se fosse seu trabalho? Na esperança de que seja um deles o destinado a te libertar? – disse Ana como se tocasse em um ponto que não gostava, como se a atitude de Giovanna causasse um nó em sua garganta, provavelmente despeito – ainda não entendo o que acha que vai conseguir lá fora!? Lembra o que aconteceu com todas as nossas irmãs que saíram? Todas sofreram! Helena se casou com Agamenon e depois se apaixonou por Páris dando inicio a uma guerra! Cassiopéia, Ariadna, não consigo me lembrar de nenhum caso em que tenha havido um final feliz.

– Dessa vez Afrodite me disse que receberíamos a visita de sete meio-sangues trazendo um filho de Hades ferido e que depois de cuidar de seus machucados eu poderia ser livre, então você não precisará aturar minha atitude esnobe e superior, quanto ao que encontrareilá fora irei descobrir quando sair – disse Giovanna com desdém.

– Eu não quis dizer isso – disse Ana escolhendo as palavras, então lagrimas começaram a brotar em seus pequenos olhos que mudavam de cor – por que você não fica? Vamos curtir a festa, dormir até tarde e fazer tranças no cabelo uma da outra como quando éramos pequenas! Por quê Giovanna?! Por quê você não pode ser feliz aqui?! Eu não quero que você vá! Você não quer mais ficar comigo? Eu vou ficar sozinha sem você!

Ana eu sou feliz aqui, nunca disse que não era – disse Giovanna no mesmo que sua meia irmã lhe abraçou, a loira afagou os cabelos da irmã – eu amo você maninha, você vai ficar com nossos irmãos e irmãs como era antes de nos conhecermos, você não é o problema apenas falta algo, tenho um sonho que nunca pude realizar que sou incapaz de cumprir aqui. Um dia você irá querer sair daqui para cumprir este mesmo sonho.

– Que sonho é esse? – perguntou Ana olhando para cima e para o rosto da irmã, ainda chorosa.

– Sabia que você não entendia Ana, você ainda é muito criança – disse Giovanna sorrindo –meu sonho é mais importante do que festas ou roupas bonitas, acima de tudo eu quero me apaixonar.

N/A: os jardins de Afrodite realmente existem na mitologia, porém não consegui achar muito sobre eles, sei que heróis realmente eram permitidos visitar os jardins e desfrutar de determinadas coisas, porém como não sabia as regras para viver no jardim nem para sair dele decidi inventar essa parte e mais alguns detalhes; quanto a Giovanna e Ana, a Ana chegou primeiro no jardim, porém como ela não envelhece e a Giovanna chegou depois tecnicamente a Giovanna é mais alta e mais velha, só que devido a não envelhecer a Ana ainda é a “irmã menor e mais inexperiente”. A Giovanna tem 16 e a Ana 10. Elas são mais maduras devido a terem vivido muitos anos no jardim sem envelhecer, porém Ana ainda é uma criança.


O filho de Jupiter teria adorado saber mais sobre a situação pela qual visitariam o jardim de Afrodite ou sobre Lanete, ambos pareciam ser eventos que estariam nos caminhos dos argonautas, provavelmente Lanete havia desencadeado algum monstro que viria tentar matá-los ou alguma maldição, e Giovanna teria informações sobre o futuro deles, que parecia eventualmente passar pelo jardim, porém Jason não tinha controle sobre isso e acordou quando algo colidiu com o Argo.

Jason levantou de salto enquanto seus amigos gritavam, sentiu o chão do navio quente sob seus pés enquanto o navio inclinava para cair, se agarrou como pode enquanto o Argo caiu e ricocheteou na água; o filho de júpiter se levantou e foi para fora como pode, os outros pareciam bem, porém seus olhos buscavam Piper que parecia abalada e ainda vestia os pijamas de coelhinho, que o fez sorrir.

– O que foi que aconteceu? – perguntou ele para Frank que havia sido o vigia daquela noite.

– Fomos atingidos por uma luz branca – disse Frank – foi tudo muito rápido.

– Por que sempre o Argo?! Por que sempre o Argo?! – perguntava Leo exasperado olhando os estragos e tentando por o navio para flutuar de novo, o Argo se ergueu no ar de maneira frágil, não parecia adequado para seguir viajem, precisaria novamente de reparos. Talvez tenha sido uma sorte o navio se erguer, pois puderam o mover com facilidade para a floresta, usaram a mesma estratégia de o esconder entre as árvores em um novo lago, porém este parecia turbulento e água era suja, Percy não pareceu feliz.

– Vocês demoraram, porém sabia que os encontraria aqui – disse uma voz feminina, sua dona sai do meio da arvores; Jason institivamente jogou sua moeda para cima e a pegou, a mesma se transformou em sua gladius de ouro imperial.

– Calma Jason, não sou sua inimiga – disse a jovem sorrindo, ela devia ter dezoito anos, cabelos cacheados compridos e usava uma roupa antiga que lembrava as togas romanas e uma coroa feita de ramos dourados. – sou Cassandra.

– Eros nos mandou te encontrar – disse Piper.

– Sim eu sei – disse Cassandra se aproximando do Argo sem medo.

– Ele te disse que viríamos? – perguntou Leo.

Não jovem filho de Hefesto, eu vi, eu sou uma filha de Apolo, sou a vidente Cassandra, eu vejo tudo e sei de tudo – disse Cassandra – sei até mesmo o motivo de vocês estarem aqui, mesmo que vocês mesmos não saibam e irei dizer tudo com uma condição, quero que vocês afundem uma filha, esta ilha.

– Afundar a ilha? Está louca? – perguntou Jason – se afundarmos a ilha morreremos todos, o Argo não tem condições de navegar!

– Eu sei – suspirou Cassandra – como eu disse eu sei tudo, mas não queria que vocês afundassem a ilha, não agora, primeiro o navio deve ser consertado e vocês devem salvar o amigo de vocês, ele está no calabouço da cidade, o filho de Hades Nico Di Angelo.

– Nico está aqui? – perguntou Hazel.

– Foi o que eu disse – disse Cassandra – ele está aqui, assim como um gigante e uma parte das forças de Gaia que ela chama de Arautos.

– Por isso você quer afundar a ilha? Ainda acho absurdo, não podemos afundar a ilha, nem mesmo os terremotos de Percy podem fazer tanto – disse Jason, embora ele achava que com a ajuda do tridente e Eric passando sua força pudesse haver uma chance, porém mesmo assim era demais.

– Jovem Jason, esta é Atlantida – disse Cassandra – Gaia fez a ilha emergir do fundo do oceano e trouxe os habitantes de volta pelas portas da morte, prometeu a meu pai vingança contra os deuses, meu pai acha que eles são os causadores da ruína da cidade e se juntou a Gaia para destronar os deuses, eu sou obrigada a ver minha cidade ser condenada a ruína de novo.

– De novo? – perguntou Hazel.

– Quando Atlântida afundou da primeira vez eu vi tudo acontecer e disse para os cidadãos, apelei a meu pai, porém minha voz não foi ouvida – disse Cassandra parecendo magoada –, meu pai negou os deuses entende? Atlântida sempre foi uma cidade altamente tecnológica e prospera, tiramos as fonte de energia de cristais e o povo não ora aos deuses, então ninguém quis acreditar em algo tão incerto como visões ou profecias.

– Os deuses afundaram Atlântida? – perguntou Percy.

– A não, a causa de nossa ruína foi a extração dos cristais, os túneis escavados por toda a ilha enfraqueceram as fundações, a água do mar penetrou e os túneis ruíram como efeito dominó – disse Cassandra – porém Gaia disse e meu pai acreditou, ele culpa os olimpianos pela queda do maior reino do mundo e está ajudando Gaia, a cidade agora não tem nada de sua antiga gloria, não passa de uma base do exercito gigante.

– Por isso quer a ilha no fundo do mar? Achei que você queria salvar as pessoas – disse Percy.

– Antes eu queria, porém somos apenas mortos trazidos a vida de forma profana, errada, não temos mais vez nessa época, não é certo ficarmos vivos – disse Cassandra – é pegar ou largar, vocês podem me ajudar e conseguir as peças para o Argo além de informações sobre como derrotar os gigantes e salvar Nico ou simplesmente ficar aqui incapazes de seguir viajem.

Jason instintivamente olhou para Piper, era tudo bom demais para ser verdade, assim que precisavam de ajuda do nada aparece uma filha de Apolo com ajuda além de informações preciosas pronta para ajudar.

– Ela diz a verdade – disse Piper, era útil a garota conseguir ver quando alguém mentia. Jason tomou a frente e aceitou, passaram cinco minutos decidindo quem vigiaria o navio, porém tiraram na sorte, os sortudos foram Eric (de novo não!!! - Palavras de Eric) e Piper. Jason ficava feliz de Piper não se arriscar e poder tentar tirar mais informações de Eric, mas não queria deixar a garota sozinha, se despediram com um aceno de mão, ambos vermelhos e envergonhados.









Andaram durante minutos, antes de chegarem em algum lugar no meio da floresta, Cassandra parou perto de uma arvore, e mexeu nos ramos de um arbusto próximo procurando algo.

– Por que paramos aqui? Nem podemos ver a cidade ainda – disse Leo.

– Não podemos simplesmente entrar quebrando tudo, conheço uma passagem secreta, daqui entraremos diretamente no castelo, vocês salvam Nico e roubaram as peças que precisam, depois sua amiga Hazel afunda a ilha – disse Cassandra.

– É um plano simples, um bom plano, fácil de entender – disse Leo.

– Eu não posso afundar a ilha – rebateu Hazel.

– Você pode e fará, acredite eu vi, eu sei – disse Cassandra – vamos.

Atravessar a passagem foi fácil, porém Jason não era um fã de lugares apertados, não era claustrofobia, algo mais como uma sensação de incomodo, acreditava que isso se devia ao fato de ser filho do senhor do céu.

Quando saíram do túnel se depararam com uma sala oval, a passagem se fechou logo depois de eles saírem, olharam em volta, a sala não tinha portas ou janelas, mas ainda tinha uma corrente de ar.

– Por onde nós vamos agora? – perguntou ele para Cassandra, porém a garota estava perto de uma pilastra, estranhamente distante deles.

– Nós não vamos a lugar nenhum, vocês vão para o calabouço – disse Cassandra puxando uma alavanca, portas se abriram nas paredes e de lá saiu um pequeno exercito de meio-sangues, Jason sabia que eram os arautos.

– Você nos traiu? Como enganou Piper? – perguntou ele.

– Eu não enganei – disse Cassandra maliciosa –tudo que eu disse foi a mais pura verdade, acredite.

– Rendam-se – disse Bianca di Ângelo tomando a frente.

Estavam cercados, mas se render era algo que não fariam, pois Jason sabia que a rendição levaria a morte, duvidava que teriam clemência com cinco dos sete meio sangues que estavam no caminho de Gaia e dos gigantes. Jason se sentiu assustado, se Cassandra os havia levado a uma armadilha em que situação ela havia deixado Piper?


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Notas finais do capítulo

Espero que todos tenham gostado, eu particularmente adorei (mas eu sou o autor ne?), em todo o caso comentem! Ontem aconteceu algo maravilhoso no capítulo passado, uma das leitoras disse nos comentários que tiriu um print da fanfic e postou no face! Então fui correndo olhar a história e ganhei 3 leitores novos! Espero saber logo o que eles acharam, afinal com mais de 40 leitores eu devia ter 10 comentários por cap no mínimo, mas fazer o que né? E ontem também o comentário de uma das leitoras me inspirou a acrescentar algo em um cap, mas não vou dizer o que é rsrsrs (estou vigrando)
Até o próximo. Por favor comentem!
AMANHÃ SE EU POSTAR VAI SER A NOITE, POIS ESTOU COM PROBLEMAS NA NET.



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