Anjos X Vampiros escrita por PBeatriz


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Oii,
Desculpem pelo tempo que passei sem postar, mas, para recompensar, esse capítulo é grande.
P.S.: DEIXEM REVIEWS!!!!!!!!!!!!



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Daniel parou o carro na praia, mas não estávamos na casa de praia dele, estávamos nas regiões montanhosas, onde tinham um monte de penhascos, ele desceu, fechou a porta e andou em direção a um deles. Instintivamente, eu desci do carro também, indo a sua direção.

-O que estamos fazendo aqui? – Ele fingiu que não me ouviu. Será que eu já comentei como eu odeio ser ignorada?

-Você me perguntou se eu era um anjo – Assenti – Eu não imaginava que você descobriria isso tão cedo, mas...

Ele tirou a jaqueta de couro e pediu pra eu segura-la, depois andou mais para a ponta de um dos penhascos.

-Ahnmm.. – O que aquele louco ia fazer?

-Relaxa, nada vai acontecer comigo – Ele me assegurou sorrindo –, embora eu deva dizer que fiquei feliz com a sua preocupação.

Sorri.

Ele abriu os braços e então, cuidadosamente e muito lentamente, como se para não me chocar, ele exalou profundamente e suas asas começaram a se desenrolar. Elas vieram gradualmente, começando na base dos seus ombros, dois brotos brancos estendendo-se desde as costas, crescendo mais alto, mais largo, mais espessa como elas se espalham para trás e para cima e para fora. O interior de suas asas começaram a brilhar com iridescência de veludo.

-Você é tão... lindo!  - Eu me aproximei mais ainda de Daniel – Quero dizer, você sempre foi lindo, mas isso..?

-Isso lhe assusta? – Ele perguntou hesitante – Dói olhar?

-Se dói? – Eu soltei uma risada – Dói não olhar.

Ele riu.

-Posso te fazer uma pergunta? – Ele me olhou e cruzou os braços.

Eu assenti.

-Tem medo de altura?

Estranhei a pergunta, mas mesmo assim respondi.

-Só um pouco, quando a altura é muito grande, mas, normalmente, não. – Ele sorriu. – Por quê?

-Curiosidade.

Então ele me virou de costas, agarrou a minha cintura e se jogou do penhasco comigo. Antes de der tempo para eu gritar, Daniel bateu as asas e nos manteve no ar.

-Você é louco!! – Eu gritei para ele poder ouvir.

-Por você – Ele acrescentou sussurrando no meu ouvido.

Ficamos mais um tempo no ar, depois voltamos para o caro. Estávamos muito sorridentes e de mãos dadas. Daniel dirigiu até a casa de praia dele que era a apenas alguns minutos dali.

-Porque você não me contou antes que era um anjo, Daniel? –Ele me olhou nervoso – Não, não estou com raiva, só perguntando.

-Eu não podia. Como eu já lhe disse, existem coisas que você terá de descobrir sozinha.

-Tipo, sobre os vampiros?

Ele olhou para baixo.

-Ok, ok, “existem coisas que você tem que descobrir sozinha” – Falei com uma péssima imitação de sua voz.

Ele riu.

-Eu falo mesmo assim?

-Não, essa é a minha voz genérica para homens.

Rimos.

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Depois de um tempo, eu disse a ele que já ia começar a escurecer e minha irmã teria um enfarte se eu não chegasse na hora.

Voltamos para casa e ele estacionou.

-Deixe sua janela destrancada, eu lhe farei uma visitinha.

Então ele me beijou, um beijo muito longo e muito bom.

-Ela estará destrancada, com certeza.

Entrei em casa e logo veio a minha irmã, histérica.

-Onde você esteve o dia todo? Júlia ligou perguntando o porquê de você não ter ido á escola hoje.

-Desculpe, eu tive uns problemas á caminho da escola e acabei perdendo a hora.

-Isso não é desculpa.

Minha raiva aumentou naquela hora. Ela estava tendo um ataque porque eu faltei um dia de aula, sendo que eu fui enganada durante a minha vida inteira achando que eu pertenci a aquela família. E, além disso, eu tinha quase certeza absoluta que ela sabia que eu era “adotada”.

-Não tô nem aí se é ou não uma boa desculpa. – Gritei isso e corri escada acima.

-Não fale dessa maneira comigo, sei que estava com aquele garoto, o vizinho, vi você saindo do carro dele. Sabe que pode me contar a verdade, achei que éramos mais próximas que isso.

Foi aí que minha raiva explodiu e eu perdi o controle. O interessante sobre mim, é que quando eu perco o controle, eu não fico histérica e faço um barraco, eu me torno fria e calculista.

-Então me deixe te fazer uma pergunta: Eu sou adotada?

Ela parou de repente e me olhou como quem assume a culpa por uma catástrofe, e, para mim, era uma catástrofe.

-Eu posso explicar...

-Não, não quero explicações, eu vou para o meu quarto, descansar, e você não vai me seguir.

Voltei para o meu quarto e uma lágrima escorreu pelo meu rosto, minha expressão era imparcial.

Daniel já estava sentado na minha cama, de cabeça baixa.

-Sinto muito.

Ele disse abrindo os braços. Fui até ele e o abrasei forte, ele retribuiu.

-Você ouviu? – Perguntei séria. Ele assentiu. 

-Vem, deite um pouco, teve um dia longo. – Ele me pegou no colo, com o esforço de quem levanta um travesseiro, e me deitou na cama com delicadeza. 

-Você é forte – Falei.

Ele riu.

-Mais um efeito colateral de vir do andar de cima – Ele sussurrou no meu ouvido. Eu ri.

Daniel me fez apoiar a cabeça no seu peito.

-Eu ainda tinha a esperança de que ela não soubesse, de que, pelo menos uma pessoa, uma das pessoas mais importantes no mundo pra mim, ainda não havia mentido para mim a minha vida inteira.

-Não deveria culpa-la de uma forma tão brusca, nós não sabemos os motivos dela.

-Ela era a minha irmã, isso já é motivo o suficiente.

Acabei dormindo daquele jeito e tendo uma noite sem sonhos ou pesadelos.  


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Notas finais do capítulo

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