Anjos X Vampiros escrita por PBeatriz


Capítulo 1
Capítulo 1POV.:Angelina


Notas iniciais do capítulo

Oiee.
Ai vai o primeiro capítulo dessa fic. Deixem comentários, faz bem pra autora.
=);0
XOXO



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Todos os dias, eu acordo ás 05h50min, crio coragem para levantar, tomo banho e visto o uniforme para mais um dia de aula. Em geral, eu adoro a escola, é uma oportunidade de ver meus amigos todos os dias. Eu até que me divirto lá, principalmente porque encontro com certo garoto que eu acho muito bonitinho em algumas aulas. Quero muito que um dia ele me note, pelo menos que um dia ele fale comigo, né? Bom, eu não sou tão ignorada assim, só estou exagerando, um pouco... E não é para tanto, aqueles profundos olhos castanhos me deixam doidinha.

Sempre imaginei que os olhos eram a porta para a alma, que se uma pessoa mentisse os olhos a entregariam. Mas os olhos dele são apenas olhos, onde ele enxerga os outros, mas os outros não conseguem enxergá-lo. Não sei explicar direito, é como se seus olhos não falassem nada a seu respeito. Aliás, ninguém sabe muito sobre ele, mesmo. Tudo oque eu sei é que ele começou a estudar na minha sala dês de o começo do ano letivo, e também que possuí olhos castanhos, que não respondem nada sobre a sua personalidade verdadeira. Seu nome é Lucas. Ele tem um ar misterioso, quase assustador. Quase. Possui cabelos loiros e pele clara, da minha altura, e é o cara mais bonito da minha sala.

Acabara as férias do meio do ano letivo havia pouco tempo, estamos entrando no mês de setembro, ou seja, mais um dia de aula. O único problema da escola é, pra falar a verdade, a parte do estudo, onde eu praticamente durmo em quase todas as aulas, não me levem a mal, mas acordar todos os dias ás 05h50min não é nem um pingo divertido, principalmente quando você só dorme de madrugada, como eu.

Hoje, na verdade, nem fui acordada pelo despertador. Minha melhor amiga, Júlia Molina, que quase sempre se esquece de anotar o horário da escola (que muda toda semana) me fez o favor de me acordar. É muito irritante, mas ela é minha amiga, então...

–Oi – Disse ela, com um tom alegre e bem-humorado.

–Oi – Disse sonolenta

–Pode me dar o horário de hoje? Eu me esqueci de anotar.

–Nossa, que surpresa! – Falei com tom de ironia.

–Pois é, foi mal ter te ligado há essa hora, sei que você só acorda mais tarde, e ainda é 05h30min, desculpa – Disse ela em um tom de voz melodramático. Geralmente ela usa essa voz para tentar me imitar e fazer-se de fofa.

–Não precisa se fazer de santa. Toma, o horário é: Biologia, Matemática II, Física, Geometria, Geografia e história da arte.

–Ah! Obrigada. Te vejo na escola, desculpa de novo.

–Até lá. Beijinho – Me despedi.

–Beijinho! – Respondeu ela, retribuindo a despedida carinhosa.

Quando ela desligou, percebi que já era tarde demais para voltar a dormir. Então tomei banho e vesti a farda da escola. Quando terminei, escovei os dentes e meu cabelo mais uma vez, não demorou que eu fizesse isso, já que meu cabelo é naturalmente liso. Exatamente quando termino de me arrumar, minha irmã acorda. Ela é três anos mais velha que eu, e já está na faculdade, tem cabelos pretos, só alguns poucos centímetros mais alta que eu. Ela é um pouco acima do peso, mas não é gorda, e ela ague como se fosse o fim do mundo ter uns quilinhos a mais.

–Já está pronta? – Perguntou ela, com uma voz sonolenta.

–Estou, vamos tomar logo o café da manhã. Depois me deixa na escola?

–Claro. Vamos logo. O quanto mais cedo nós sairmos, mais cedo voltarei para casa.

Geralmente, minha mãe me levava para a escola. Mas isso foi muito antes de minha irmã, Ever Bloom, aprender a dirigir. Minha irmã é daquele tipo que tem preguiça de fazer tudo, até quando o assunto diz respeito a ela mesma. E, por sinal, muito parecida com minha mãe, Nora Bloom, que é tão desastrada quanto Ever. Ela é superdivertida. O problema é que viaja muito, e eu e minha irmã passamos a maior parte do tempo juntas. Meu pai é professor de história em algumas faculdades, e passa o dia inteiro em seu escritório, que fica do outro lado da cidade, o que ás vezes é uma coisa boa, porque assim tenho mais privacidade. Eu sou do tipo que chora com facilidade e sofre calada, o que significa que o trabalho de meu pai é muito bom para mim, posso ficar sozinha sem me importar com que ele vê ou com que não vê. Meu pai respeita isso, porque ele e eu não temos muito oque conversar mesmo, então nossa conversa não é nem um pingo interessante.

–Então – Disse ele para evitar o silêncio constrangedor, como faz em toda manhã – Quando vai para a escola, Angelina?

–06h40min. Como sempre!

–Que bom isso é muito bom.

Longa pausa.

– Notícias de Mamãe? – Pergunto, para que o clima não ficasse estranho, silencioso.

–As mesmas. O trabalho vai bem, mas está morrendo de saudade de todos nós! – Depois mostrou um sorriso que confunde alegria com tristeza e pena, e voltou à atenção rapidamente para sua xícara de café e encerrando a conversa. Eu e Ever nus olhamos rapidamente, desconfiadas daquele sorriso.

Terminado o café da manhã, Ever me levou para a escola, indo pelo caminho mais longo possível, o que era estranho, pois ela geralmente ia pelo mais curto, porque quer voltar logo para casa.

–Eu fui a única a notar o sorrisinho do papai? – Perguntou ela, na esperança que eu dissesse que notei, e é exatamente oque faço.

–Eu notei também. Oque você acha que foi?

–Não faço a mínima ideia – Falou ela com uma expressão pensativa.

–È, muito menos eu.

Como o carro ficou silencioso de repente, Ever ligou o som no volume máximo. Quando ela ficava sem assunto, ela preferia ligar o som e escutar música ao ficar no silencio. E isso é uma das muitas coisas que tenho em comum com ela.

–Te pego que horas? – Pergunta enquanto estaciona o carro para eu sair.

–A mesma de sempre, 15h – Digo, saindo do carro e andando na direção dos portões da escola.

Durante o caminho do estacionamento até a sala de aula, pensei em como eu e minha irmã somos diferentes uma da outra, ela tem cabelo preto, levemente cacheado, eu tenho cabelo castanho claro, liso e um pouco ondulado nas pontas, eu sou muito, mas muito branca, e tenho bochechas rosadas, já ela tem a pele um pouco mais escura que a minha. Mas apesar disso, nós somos muito parecidas por dentro, gostamos do mesmo estilo de música, adoramos nossos cabelos longos, gostamos dos mesmos pratos de comida, nosso jeito de falar e de agir é quase o mesmo, e muitas outras coisas.

–Não fala mais comigo não, é? – Disse Júlia, que estava andando ao meu lado, e eu nem havia percebido.

–Desculpe, estava pensando numas coisas...

–Tudo bem, como foi o final de semana?

–Normal.

–Por normal você quer dizer: “Passei o dia inteiro dormindo”?

–Foi. Mas também fiz a tarefa de casa.

–Que bom. Porque eu não fiz. Me empresta?

Assim que entramos na sala de aula, devo admitir que fiquei deprimida, pois esperava vê-lo, Lucas. Mas ele não estava lá, oque é meio estranho porque ele nunca falta. Então me sentei na cadeira, abri a mochila e entreguei a Júlia meu caderno.

–Preciso dele de volta no segundo tempo.

–Você o terá antes disso – Disse ela, caminhando em direção á sua cadeira, que era longe demais da minha, mas não era nossa culpa, a culpa era da diretora que inventava em fazer lugares permanentes.

O primeiro horário era biologia, o único horário de segunda que temos aula em salas de outro andar, no laboratório. Lá, as mesas são de dois lugares, feita de granito e possuía duas cadeiras altas. O único problema dessa aula, é que todos tem um parceiro, menos eu. Isso não me incomoda muito, porque me concentro mais quando estou sozinha.

Enquanto eu me abaixava para pegar o caderno que estava na minha mochila, a porta da sala se abre e a voz da diretora toma conta da sala inteira, deixando os alunos quietos.

–Com licença professor Fizth, gostaria de falar com eles um instantinho.

O professor fez um sinal positivo com a cabeça, sentando-se logo depois e dando total atenção a diretora. Eu voltei minha concentração para meu caderno. Senti que a diretora entrava na sala, então todas as meninas começaram a se entreolhar. Não entendi o porquê, mais não tive curiosidade o bastante para levantar meu olhar em direção ao da diretora.

–Esse é Daniel, aluno novo na escola. Espero que o recebam com todo carinho possível – Mesmo com essas palavras, que com toda certeza despertou suspiros da sala inteira, não ergui meu olhar.

–Bem-vindo Daniel. Sente-se ao lado de Angelina – Quando o senhor Fizth disse isso, minha atenção saiu de meu caderno e voltou para o professor, e depois para o aluno novo.



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Notas finais do capítulo

Então, oque acharam?
Sejam verdadeiros e deixem reviews.
PS.: Próximo capítulo será como o ponto de vista de Daniel.
PS2.: Eu costumo postar ás 18:30, por aí. Até lá.
XOXO



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