- O que que você fez? –A sua voz foi alterada, mas eu continuei brisando. Ele se sentou na cama aonde eu estava e tentava me acordar desse longo sonho... –Você está falando sério?

- Sim cara... Eu experimentei... –Eu falei calmamente com a voz baixa e doce. Eu finalmente abri o meu olho e eu estava fedendo maconha.

- VOCÊ FICOU MALUCA? IMAGINA O QUE SUA MÃE VAI FAZER QUANDO DESCOBRIR? –Ele começou a gritar e andar em círculos no quarto. Eu nem liguei.

- Relaxa cara... A vida é tão boa... –Falei totalmente calma, enquanto ele girava e girava. Eu já estava ficando zonza.

- Vai tomar um banho! As vezes assim o efeito passa. –Ele disse me levantando da cama. Eu me arrastei até o banheiro e tomei um longo banho.

Eu estava muito calma, até eu cair da banheira e bater a cabeça na mesma. Eu comecei a sangrar. Urrei de dor. Eu lavei o ferimento, com todo o custo, e terminei o meu banho. Sim, o efeito daquela droga havia passado.

Eu abri a porta do armário que tinha abaixo da pia e fiz um curativo. Eu peguei a minha roupa e me vesti.

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Mamãe já havia chegado, então eu dei-a um beijinho e ignorei os olhares de Day. Me sentei na mesa de jantar e os empregados trouxeram meu prato. Eu o devorei. Eu estava morrendo de fome.

Depois do jantar, eu dei uma encarada no Day e subi para o meu quarto, e voltei a pensar no que Justin havia feito. Um arrependimento de fumar maconha me veio ao coração, mas eu já fiz tanta coisa errada, que não preciso me preocupar.

Eu tirei as minhas botas e me cobri, na fria noite. Eu dormi ao som da chuva forte lá fora. E no dia seguinte eu já teria aula naquela escola nova. Bufei e virei para o outro lado.

Eu acordei com o despertador tocando e me levantei. Estava animada para hoje. Eu espero que pelo menos conheça pessoas legais naquele colégio, e não seja obrigada á atirar uma faca na cabeça de alguém.

Me vesti para o colégio :

Desci as escadas e fui até a cozinha tomar o café da manhã. Daylie já havia ido para escola... Que estranho.

- Bom dia mãe! –Falei com um sorriso no rosto.

- Bom dia! Eu tenho uma surpresa pra você! –Ela falou entusiasmada.

- Pode falar! –Eu sorri novamente.

- Você vai começar na auto-escola. E quando se formar, vou comprar um carro pra você!!! –Ela disse dando um sorriso maior que o mundo.

- Eba!!! Obrigada mãe! Te amo! –Eu falei e a abracei. Isso é realmente demais.

- Eu também te amo querida. –Ela se sentou na mesa e nós tomamos o nosso café.

Eu pedi para o motorista me deixar na escola pelo fato de estar chovendo bastante. Eu entrei na escola enorme, correndo com o meu livro de física na cabeça, continuava a chover muito forte.

Eu entrei na escola encharcada e fui até o banheiro. Meu cabelo estava todo molhado, e como esse era o primeiro dia de aula, eu queria causar uma boa impressão. Peguei uma escova da minha mochila e o penteei.

Saí do banheiro e deixei alguns livros dentro do meu armário. Fui caminhando até achar a minha sala. Como era esperado, eu não era da sala do Day, mas era da sala do Justin. Sentei-me no meu lugar, e quando o sinal bateu fui encarada por todos.

Não era bem assim que eu queria impressionar. O primeiro horário seria de Quimica. Depois Matemática e Filosofia. Eu abri meu livro e a professora começou o bla bla bla. Eu nunca prestei atenção nas aulas quando morava na casa do meu pai.

O que ela ensinasse não me daria futuro mesmo, então eu acabava dormindo. Como eu fiz, no meu primeiro dia de aula. Até eu passar a maior vergonha. A professora veio até a minha mesa e bateu o livro na carteira dando o maior barulhão, e eu levei um mega susto.

Eu tive que ficar quieta se não levaria uma advertência. A minha vontade era de xingar aquela vagabunda de todos os nomes.

Eu acertei minha coluna e fiquei olhando com cara de tédio para cara daquela professora explicando matéria. E eu fui salva pelo gongo. O sinal tocou para o próximo horário.

Eu já estava mais acordada, por isso não dormi na aula de matemática. Mas também não prestei atenção. Eu fiquei jogando no meu celular. Sim, eu estou virando uma patricinha.

Bufei enquanto ele passava matéria no quadro e exercícios também. Eu peguei o meu caderno e comecei a copiar.

[...]

- Ela ta morta? –Ouvi uma voz nojentinha falar.

- Sei lá! –Pegaram o meu braço e levantaram. Eu estava toda mole que o braço caiu.

- Cruzes! –A voz nojenta voltou a falar.

Lembrei na minha faca na hora. Ela estava debaixo da mesa pelo fato de eu estar afiando-a no período de filosofia. Eu a peguei e abri um pouco os olhos e vi a garota de cabelos loiros e com a voz nojenta com a mão em cima da mesa.

Eu peguei a faca e acertei entre os seus dedos na mesa. Ela deu um grito de desespero e os 2 meninos que estavam do seu lado se afastaram.

- E aê? Não tem mais o que fazer não? –Falei erguendo a sobrancelha para todos eles que me olhavam com medo.

- Cruzes. Você está ficando doida? –Falou a garota loira com voz de nojentinha toda nojentinha. Vou espancar essa menina.

- Não! Você que ficou doida entrando no meu caminho. –Eu saí andando, nem sei por que. Eu tinha dormido metade do recreio e saí fuzilando todo mundo pelo corredor.

Elas não tinham nada a ver com isso, mas eu tinha raiva de cada um que me olhava com cara feia. Até um bater em um menino gigante e cair no chão.

- Ai. –Murmurei.

- Me desculpe! –Ele disse todo gentil e estendeu seu braço para me ajudar a levantar. –Realmente eu sinto muito.

- Não... Está tudfo bem. –Eu falei extremamente nervosa. Que garoto era aquele?! Era alto, a pele um pouco morena, os cabelos pretos e espetados, e um corpo de deixar qualquer mulher maluca. Ele soltou uma risada pelo jeito que eu respondi, e eu corei. –Tudo... –Concertei e novamente ele riu.

- Tudfo bem! Eu entendi. –Ele falou e eu acabei rindo. –Você é nova aqui não é?

- Sim... Eu vim do Canadá. –Eu respondi.

- Interessante. Tá afim de ir numa festa na minha casa hoje a noite? –Ele disse se encostando nos armários.

- Seria ótimo! –Eu respondi sem mesmo pensar.

- Te vejo ás 23h. –Ele disse e saiu andando com um sorriso de lado.

- Espera! –Exclamei. –Qual o seu nome?

- Taylor! Taylor Jones. Me adiciona no facebook e te passo o endereço! Beijos. –Ele saiu andando novamente e eu sorri.

Eu me desmanchei e peguei os livros das ultimas aulas, que seriam biologia e espanhol. Que droga! Bufei e marchei até a sala. Eu me sentei e minha faca ainda estava encaixada na mesa. Eu a retirei e a professora entrou. Eu coloquei a faca dentro da mochila.

Tive as duas aulas que foram tédio total, o sinal bateu e eu peguei meu material e fui até o estacionamento. O motorista da mamãe já estava me esperando, então eu entrei no carro e ele me deixou em casa.

Eu subi para o meu quarto correndo e minha mãe veio atrás. Ela abriu a porta do quarto e logo foi falando :

- O que houve filha? –Ela perguntou.

- Nada mãe! Hoje eu tenho um monte de coisas para fazer. Na verdade, será que você poderia me dar um dinheiro... –Ela me interrompeu.

- Aqui está! Acabei de fazer seu cartão de crédito! Divirta-se! –Ela falou animada saindo do quarto. Cara, eu tenho um cartão de crédito!!!

Eu liguei o meu computador e fui logo procurar no face o tal garoto da festa de hoje a noite. Eu logo o achei e por sorte ele estava online.

- Oi!!

- Oi!

- O endereço é (...............................................)

- Ah sim! Está anotado!

- Te espero hoje á noite.

- Vou estar lá.

Eu fui avisada sobre o almoço, então desci até a cozinha e me sentei na mesa para almoçar. Os empregados trouxeram minha comida e eu a devorei. Estou ficando mal acostumada, haha.

Eu voltei para o meu quarto e me vesti. Hoje eu daria um trato no meu visual.

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Eu corri para o carro de Affonso, o nosso motorista, e ele me levou até o cabeleireiro.

Logo quando terminei, nós fomos até o Plazza Shopping, e eu iria comprar uma roupa para a festa na casa de Taylor.

[...]

Cheguei em casa atrasada, Já eram 9 horas. Eu iria me atrasar. Eu não sabia que ter um cartão de crédito fosse tão bom assim.

Eu entrei no banho e fiquei lá por uns 30 minutos. Quando saí me sequei e olhei o resultado do cabeleireiro e gostei. Peguei a minha roupa nova e fui logo me vestir.

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E arrumei o meu cabelo e minha maquiagem :

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Terminei com todos os preparativos, dei tchau pra minha mãe e fui até a garagem e Affonso dirigiu até a casa de Taylor. Chegando lá, eu bati o interfone e ele abriu. Ele desceu até o portão para me receber.

Ele me cumprimentou com um beijo no rosto e um abraço. Seu perfume era forte e gostoso, do jeito que eu gosto. A casa era enorme, linda, exibia um jardim maravilhoso com uma piscina.

Continuei a observar o local até que dei por mim de quem estava praticamente do meu lado.