Our Love Story escrita por Victória Bieber


Capítulo 1
Início de tudo.


Notas iniciais do capítulo

Olá a todas as leitoras! Bem, espero que vocês gostem da minha fanfic, e vocês vão entender tudo após lerem os primeiros capítulos, então, vamos lá! Espero que divirtam-se lendo, que gostem, e sempre acompanhem, ok? Beijinhos. ♥



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– Eu trouxe a garota. –O homem me empurrou para dentro da charmosa casa, assim que a porta se abriu. Olhei profundamente nos olhos da moça, de cabelos longos e ondulados, de cor preta e uma boa aparência. Pele limpa, bem cuidada.

– Então é assim? Você me cria e agora vai me jogar nos braços da vagabunda que me largou aos oito meses? Sendo que eu era apenas uma criança, um bebê, e não tinha nada a ver com a estúpida briga entre vocês? Pois fique sabendo, eu prefiro morar debaixo da ponte vendendo pulseirinha de reggae ao ficar ao lado dessa daí.

– Olha o respeito com a sua mãe! Você não pode chamá-la de vagabunda e achar que está tudo bem. Você anda muito alterada ultimamente Anabelle! Você tem que aprender a me respeitar, e principalmente agora, que você está indo morar com a sua mãe! Respeitá-la?

– Eu falo mesmo que ela é uma vagabunda! E os meus sentimentos, aonde foram parar? Aé, vocês não se importam com isso! Eu não gosto que me chamem de Anabelle! Eu detesto! E quando eu deveria aprender, era com 5 anos, enquanto você tinha o bem bom por causa do seu emprego, você viajava todos os dias, para diferentes lugares do mundo, e eu tinha que aprender a me virar sozinha.

– Não toque nesse assunto! Existem outros motivos pelo fato de sua mãe ter te abandonado, e você nem mesmo sabe, para julgar sobre isso! Você tem que se calar e subir para o seu novo quarto, está decidido, você não tem que voltar comigo! Eu vou embora, a partir de hoje você fica é com a sua mãe!

– Droga, eu te odeio! Depois você me pergunta por que eu me corto! É por isso, por que eu sempre fui criada sozinha, eu me dei educação, comida e coisas para vestir. Eu fui obrigada a isso, e você pensa que eu estou feliz? Não estou, e tudo que me resta é me cortar. Já que não tenho mais lágrimas para chorar.

– Você ainda está se cortando sua ingrata? –Ele me puxou bruscamente pelo braço, mostrando os pulsos a minha “mãe” e continuou. –Você tem que apanhar é muito mesmo! Você não sabe valorizar a vida que deus de teu! Você é uma ingrata!

– O que deus me deu? Uma mãe que me abandonou e um pai que sempre me maltratou, NUNCA se importou em me dar comida, roupas, ou como eu passava. Eu já fiquei a beira da morte, e você estava bebendo e aproveitando com seus amigos, no trabalho, não é papai? E você não pode me bater, com 17 anos. Deveria ter me corrigido quando eu tinha apenas 3, enquanto eu era criança. Talvez eu teria aprendido. Tudo que você faça agora, não vai mudar nada. Nada!

– CALADA! Você já está me tirando do sério! Nós já conversamos sobre isso e está decidido, você vai ficar aqui com a sua mãe! Você vai e ponto final, sua ingrata! Ingrata!!! –Ele me deu um tapa forte na cara.

– Obrigada por nada. –Foi a única coisa que eu consegui falar. A mulher assistia tudo, mas não muito surpresa. Eu não sentia nada por aquela vagabunda. Eu subi batendo os pés e bufando, e não tive tempo nem de reparar a decoração da casa. Subi as escadas com a cabeça em outro lugar, até esbarrar em um garoto que estava assustado pelos gritos.

– Ai! Não vê por onde anda? –Falei estressada.

– Ih, vai com calma aí loirinha! Só quero saber o que está havendo lá em baixo. Espera, é a minha nova irmãzinha pirralha? –Ele falou sorrindo malicioso.

– Olha, uma pessoa pra eu irritar! É bom saber que tenho um irmão, eu vou adorar de encher o saco! –Retribui o sorriso malicioso.

– Só por que chegou, e a mamãe não para de falar com você, não ache que vai mandar aqui em casa não ouviu garota?

– É, já vi que não vamos poder ter um bom relacionamento, você aparenta ser um grosso, mimado e ignorante. É igualzinho o papai.

– Não me compare a esse velho, acho que temos quase a mesma história!

– Nada comparado a minha. O papai não te abandonou, eu fui praticamente abandonada pelos dois, eu tive que me virar sozinha na mata, colhendo frutos e aprendendo a me virar sozinha, sozinha.

– É, eu tive uma vida boa até hoje, já vi que você vai complicar a minha vida, toda a minha vida.

– Pode ter certeza que sim! Eu vim para atazanar você até você explodir de tanta raiva. Eu cresci assim, sou feita de ironia, sou a ironia em pessoa.

– Oh, que ótimo! Você me irrita sem querer me irritar.

– É o tempo que eu passei sozinha. Aprendi a não ter sentimentos, e muito menos a não demonstrá-los.

– Bom pra você! Agora vai pro seu quarto. É o ultimo á direta, com a suíte.

– ótimo!

Entrei no quarto, larguei minha mala pelo chão. Eu nunca imaginaria que teria aquilo só pra mim. Eu fixei meu olhar na janela, e o céu não estava nada bem hoje. Sua cor cinza e sem vida predominava o ambiente, folhas e poeira iam e vinham do meu quarto. O vento estava forte e rápido.

Sentei-me na cama, e abri a minha mala. Peguei uma das minhas relíquias, uma foto minha e de minha mãe quando eu era pequena. Eu ainda tinha uma esperança de que Pattie não fosse a minha mãe verdadeira.

Eu pegava aquela foto e aproveitava para refletir. A mulher me segurando no colo á direta, não parecia nem um pouco com a Pattie. O que me emocionava muito, me davam esperança de que a minha mãe era uma pessoa melhor. Mas a pessoa á esquerda é totalmente parecido com o meu pai. Infelizmente, eu tinha um pai daqueles.

Olhava a foto e refletia. Pude perceber a alteração no vento, e logo os pingos de chuva caíam do céu, trazendo as minhas lágrimas juntos. Quando completei cinco anos, meu pai começou a viajar freqüentemente á serviço, e falou que quando voltasse, traria me brinquedos e comida. Nós vivamos num lugar extremamente frio, e pouquíssimas pessoas moravam lá. Por isso eu ficava sozinha. Havia muita mata e floresta perto das casas da pequena cidade. Eu toda tarde caminhava uma certa parte da floresta a procura de comida e frutos para me alimentar. Sempre tive que me virar sozinha, sem ninguém por mim. Eu não alcançava os armários que haviam pelo menos um pouco de comida, e eu não sabia usar o fogão. Quando completei dez anos de idade, eu já tinha experiência na cozinha.

Eu saía quase todos os dias em busca de comida, e vagava horas e horas pelas florestas. Eu subia muito em árvores para pegar comidas, o que me geravam freqüentes dores musculares ao cair de algumas, e picadas de abelhas, marimbondos e vespas. Sempre tive que arcar com as conseqüências que a vida me deu, mas nunca reclamei de nada.

Aos doze anos de idade eu descobri o que era cortar pulsos. O tempo sozinha me fez muito bem para enxergar e refletir sobre a vida real. Eu aprendi a disfarçar os meus sentimentos, e aprendi a não ter-los. Enquanto vagava pela floresta, sem nenhuma viva alma, sempre tentava me machucar, com o propósito de esquecer os meus problemas e me concentrar em apenas me curar.

Todos pensam que é fácil passar por isso, mas só quem vive a pobreza e o que eu passei, me entende. Ficar no lugar como esse após viver anos na floresta, vai ser difícil. Eu tomava banho raramente pelo fato do chuveiro sair água fria, e como o lugar quase sempre estava frio e gélido, eu era obrigada a tentar me aquecer.

Continuava á chorar, me lembrando da minha infância traumática, e como minha vida fosse diferente se eu estivesse com minha “mãe original” quando ouvi a porta se abrir.

– Você está chorando? –Escutei a voz de Justin e avistei-o abrindo a porta.

– Quê? Não! –Falei logo limpando as lágrimas e tentando esconder as minhas fotos de bebê.

– Qual é! Você sabe que pode contar comigo, mesmo sendo chato e irritante as vezes. E eu ainda não sei o seu nome! Diga-me!

– Meu nome é Anabelle, mas eu o odeio! Por isso, me chame de “Elle”. Todos os meus... quer dizer, o meu amigo me chamava assim e eu adorava. –Indaguei.

– Sim senhora Elle! Agora venha cá, e me dê um abraço! Dê um abraço no seu irmão mais velho.

Me aproximei erguendo minha sobrancelha e o abracei.



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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam?
Espero que tenham gostado, com certeza! Um beijo a todas as leitoras!
Mereço reviews lindinhas?
Obrigada por acompanharem! Beijos. ♥