4 ANOS DEPOIS.
Carol estava descansando no sofá, ou tentando, já que Alecorria pela sala atrás da pequena Sara, ele alcançou a garotinha de cabelos escuros ondulados e olhos verde-claros, pegou ela pela cintura e ergueu bem alto, a menina ria e ele ria junto dela.

– Quieta os dois, escutem... – Disse Carol - Barulhos debarco ecoavam de fora, seria o exercito que encontrara eles. Ale deixou Sara com Carol e pegou uma metralhadora e correu pra fora, o barulho vinha da parte de trás da casa, onde dava pra um pequeno banco de areia, ele deu a volta na área e se escondeu atrás de uma pilastra, onde dava pra ver o que se passava lá embaixo, viu um pequeno iate, mas não deu pra ver quem estava a bordo. Desceu um pouco mais e ficou atrás de uma arvore, ele via a embarcação de frente, mas não havia ninguém, mas ai reparou em pegadas na areia que ia em direção a onde ele estava, foi se virar pra tentar ver alguém, mas já era tarde, uma arma já estava apontada pra parte de trás de sua cabeça.

– Tem sorte Ale, de ser eu. – disse lhe uma voz de mulher

– Sabrina, sua filha da puta, você ta viva. – reconheceu a voz na mesma hora.

– Como sabia que estávamos aqui? - Google Ale, o sogro de Olhos Verdes era alguém importante. Lá diz que ele está desaparecido, perdido no mar. E também diz algo curioso, essa casa estava no nome da esposa dele, e foi deixada pra uma namorada de seu filho, seria Olhos Verdes?

– Não,Olhos Verdes não mais, seria Caroline. Quando chegamos aqui havia um envelope, com toda a documentação passando a casa em nome de Carol e um numero de conta, que quando verificamos, pra nossa supressa tinha uma quantia significativa.

– Quanto?

– O suficiente pra não trabalhar o resto da vida. Mas vamos entrar, Carol esta lá com a Sarinha.

– Sara ta viva?

– Não, é nossa filha, tem dois anos, e é linda como a mãe.

– 2 anos? Foram rápidos.

Entraram pela porta, Carol quando viu Sabrina deu um enorme sorriso e correu pra abraçá-la. Depois se sentaram a mesa e foram comer bolo de chocolate

– Como você sobreviveu? E Bruno, está bem? – perguntou Carol

– Eu apaguei com o impacto quando cai na água, só acordei na praia, Bruno estava lá também, mas já sem vida. Mas e vocês, como sobreviveram quatro anos?

– O estoque deu pra mais de um ano, depois fomos de barco até as outras ilhas que são habitadas, e compramos comida nos mercadinhos de lá, depois passamos a subir o litoral com o helicóptero, Recife e outras cidades estão inteiras. – respondeu Ale

– Como ta o Rio? – perguntou Carol enquanto dava um pedaço de bolo pra Sara.

– Recuperado, os zumbis não agüentaram muito, depois de uns dois meses eles foram morrendo, mas ta um caos de gente, virou mais turística do que antes. Tem até estatua de zumbi em praça, os fast-food dão zumbizinho pras crianças, o Flamengo tem um morto-vivo de mascote, já tem serie na Globo, Hollywood comprou os direitos de um livro pra fazer filme, Litoral dos Mortos chama, o escritor ta famoso,um tal de Renan Pacheco, já deu entrevista em um monte de canal. Algumas pessoas ganharam muito dinheiro com isso, eu mesmo, como também era enfermeira fui ajuda na recuperação dos feridos, e pagavam bem. – respondeu Sabrina – Mas foi algo muito traumático ficar no Rio vendo toda aquela farra é muito ruim.

– Então fica aqui com a gente por um tempo – disse Ale

– Se eu não incomodar, eu realmente gostaria de ficar aqui um período com antigos amigos.

– Não incomoda – disse-lhe Carol.