Checkmate escrita por BubblesChan


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Ok, eu sei que não é domingo, tá? HAUSHIAS
É que tipo assim... Eu estudo em escola técnica, sabe... Aí em todo outubro rola uma tal de "Semana Acadêmica" que envolve várias atividades, incluindo mostrar a instituição pra outros colégios, palestras, olimpíadas de programação, jogos e talz... Aí quem não é selecionado ou não se inscreve pra ser monitor pode ficar a semana toda em casa ratiando (gírias sulistas -q)
E digamos que a minha ratiação rendeu uns dois capítulos já! XD
Ah, esse capítulo é dedicado para a Nyaruko chan (que parece ser tão ansiosa quanto a autora HAIUSHIAHUS) e seu aegyo. u.u
Boa leitura que eu já tô falando demais aqui õ/



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– Não olhe agora.

– E por que não?

– Porque ela tá olhando pra cá agora, na verdade, olhando pra você. – Sunny não pôde conter um sorriso inesperado. Kyuhyun observava Sooyoung ao longe na fila do refeitório.

– Kyu, você tá encarando?

– Não. – Ele estava.

– Para com isso! – Ameaçou jogar comida nele, fazendo o mesmo se abaixar. – Vai assustar ela.

– Eu sei que sou assustador, obrigado por lembrar. – Sorriu fazendo a loira revirar os olhos. – Santo Deus, o que é aquilo?

– O quê? – Virou a cabeça lentamente.

– NÃO olhe! – Virou-se novamente para Kyuhyun, fechando os olhos e inflando as bochechas. – Você dá muita bandeira, Sunkyu.

– Mas o que foi que você viu?!

– Aquele prato dela. Céus, como ela consegue terminar aquilo? – Sunny riu imaginando a cena.

– Ela se alimenta bem, só isso.

– Há diferenças entre se alimentar bem e comer feito um estivador, Sunny. – Dessa vez não apenas ameaçou como jogou um pouco do purê de batatas em Kyuhyun, que desviou com maestria.

– Hey, sem agressões! Ela pode se tornar uma linda estivadora no futuro. – Disse em um tom divertido, contagiando a menor.

– Bom dia vocês dois! Como estão? – Disse Sungmin sentando-se ao lado de Sunny com sua bandeja. Deu-lhe um beijo na bochecha fazendo Kyuhyun se mexer desconfortável na cadeira.

– Estou ótima, Minnie. – Olhou disfarçadamente para Kyuhyun que olhava desinteressado para a comida no prato. – Bem, eu tenho que ir agora.

– Mesmo, Sunny-ah? – Usou de seu aegyo para que Sunny mudasse de ideia, Kyuhyun limpou a garganta no mesmo momento, chamando a atenção dos dois.

– Vai falar com sua nova aluna, não é mesmo? – Deu um meio sorriso fazendo Sunny concordar com a cabeça e sair logo depois.

– Kyu... – Disse observando a loira se afastar.

– Sim?

– Você me ajuda com algumas coisas? É que eu não consegui compilar nada ontem. – Coçou a cabeça. O mais novo bufou, sabia que não seria fácil explicar qualquer coisa à Sungmin.

– E sobre o que seria?

– Vetores e... Matrizes. – Kyuhyun soltou uma risada.

– Mesmo? Isso é o tipo de coisa que se aprende no maternal. – Zombou.

– Mas você me disse que os erros são comuns. – Pela primeira vez estabeleceu contato visual com Kyuhyun, fazendo o mesmo estremecer.

– Bom... Eu posso te ajudar depois da reunião de hoje à noite. – Sungmin sorriu animado. Kyuhyun também sorriu, internamente, é claro.

–---

– Tenho medo de algo dar errado. – Taeyeon cutucava a comida com o garfo.

– Algo dar errado? O que daria de errado, Taeyeon?! Você pelo menos sabe cozinhar, e eu que não sei dançar? – A loira massageava as têmporas.

– Vai dar tudo certo, Tae. – Sooyoung disse de boca cheia, recebendo um cutucão de Jessica logo em seguida.

– Hey, engole isso que vem vindo gente importante. – A shikshin olhou para frente e notou Sunny se aproximando. Rapidamente engoliu a comida, que desceu rasgando garganta abaixo pela falta de mastigação. Apertou os olhos ignorando a dor e limpou a boca rapidamente com um papel.

– Ok, olha pra mim. Smile! – Virou-se para a loira e sorriu. – Ótimo, tudo sob controle. – Taeyeon ria das duas. – Tá, agora finja que ainda está comendo. Mas APENAS finja! Não me responsabilizo por nada vergonhoso no seu dente. – Sooyoung cutucava os restos de comida no prato, praguejando-se mentalmente por não poder terminá-lo.

– Ah... Oi. – Sunny curvou-se respeitosamente para as meninas na mesa.

– Oi, danshin. – Taeyeon mostrava a língua para a menor.

– Já que ninguém vai me apresentar eu faço isso. – Olhou para Sooyoung pelo canto dos olhos. – Jessica Jung, prazer! Você é a Sunny, não é?

– Sim. É um prazer, Jessica-ah. – Curvou-se novamente. De repente todos os olhares pairaram sob Sooyoung, que olhou para todas um tanto envergonhada.

– Ah, é... Bom, nós podemos ir? – Perguntou para a menor.

– C-claro, se você quiser. – Sooyoung despediu-se das amigas, seguindo seu caminho com Sunny ao seu lado.

– Eu tenho que admitir que isso é muito fofo. Olha, uma girafa e um esquilinho. – Jessica riu contagiando Taeyeon.

–---

Sooyoung’s POV

– Omo, vejo que preparou tudo. – Havia uma pequena mesa de xadrez com duas cadeiras no centro do quarto de Sunny.

– Claro! Mas não se preocupe, não precisamos começar nenhuma partida hoje. – Sentou-se em uma das cadeiras, fiz o mesmo.

– Mesmo?

– A menos que você queira.

– Vai acabar me mimando desse jeito, professora. – Rimos juntas.

– Mas então, branco ou preto? – Que fofo, ela comprou chocolate?

– Branco!

– Tem certeza? – Tá, eu sei que é calórico. Isso significa que ela se importa com a minha saúde?

– Sim...

– Ok. – Derrubou algumas peças no meio do tabuleiro. Ah, então era isso... – Então você começa.

– Ah... É por isso que perguntou se eu tinha certeza? – Riu.

– Foi sim. Mas tudo bem, não vamos começar imediatamente mesmo.

– Oh, eu gostei dessa. – Peguei o que parecia ser a peça mais alta. Todas as peças eram brilhantes e bem esculpidas.

– Essa é a mais “importante” – Fez aspas com os dedos.

– Por que “importante”? – Repeti seu gesto fazendo-a rir.

– É importante porque é o Rei, mas pelas regras do jogo a mais valiosa seria a Dama. – Colocou uma peça diferente na minha mão.

– Retiro o que disse, essa é mais bonita. – Larguei o tal do rei na mesma hora, ela gargalhou. – Mas qual é a diferença entre os dois?

– Bom, o rei é importante porque você tem que protegê-lo até o meio-jogo. Ele pode se mover em todas as direções, mas só uma casa de cada vez. – Pegou o rei das peças pretas e fez os movimentos. – Já a rainha – Trocou de peça. – Pode se mover quantas casas quiser, na horizontal, vertical ou diagonal. – Olhou para mim e sorriu.

– E essa? – Mostrei uma peça branca e ela pegou a mesma peça preta.

– Esse é o bispo. Ele se move assim. – Fez movimentos diagonais no tabuleiro. – Quantas casas quiser, mas apenas um sentido por jogada.

– O outro faz a mesma coisa? – Perguntei assim que notei as duas peças iguais.

– Sim, como pode ver existe o bispo da casa branca e o bispo da casa preta. – Colocou as peças em suas devidas casas. – E devido a esse movimento eles nunca trocam a cor da casa.

– Ah... E essa? – Lhe entreguei uma peça que parecia um castelinho.

– A torre – Droga, não é um castelinho. – se move na horizontal e na vertical. E também quantas casas quiser.

– Tá, se o nome dessa não for cavalo eu não sei mais o que é. – Ela riu olhando para a peça por alguns segundos.

– É sim, ele se move em forma de L. – Posicionou a peça duas casas na vertical e depois uma na horizontal. – Também é o único que pode pular sobre qualquer peça, seja do adversário ou não.

– Ele trota também? – Gargalhou. Eu e minhas perguntas ridículas...

– Não que eu saiba.

– Esse é o peão, né? – Isso Sooyoung, mostre que você não é tão burra quanto parece.

– Exatamente. Se move uma casa pra frente, mas pode se mover até duas casas da posição inicial. E só captura outras peças na diagonal. – Repetiu o movimento de captura no tabuleiro. – E se chegar até o final do tabuleiro pode ser promovido.

– Promovido? – É muita coisa pra aprender, meu deus.

– Sim, pode ser promovido a qualquer outra peça, menos o rei.

– Se eu quiser transformar ele num cavalo, eu posso? – Claro, e num unicórnio também.

– Pode, aí ele passa a se mover em L.

– Isso é um pouco complicado. – Ela sorriu.

– Depois de um tempo se torna mais fácil.

– Você joga há muito tempo? – Perguntei enquanto observava alguns troféus na estante atrás dela.

– Desde os dez anos. – Coçou a nuca sem jeito.

– Participou de campeonatos? – Percebeu que eu estava olhando fixamente para trás e se virou.

– Ah, isso... É, digamos que sim. – Sorriu virando-se novamente para mim. – Mas os campeonatos são muito chatos...

– Por que chatos?

– Eles tem que anotar cada movimento seu, há várias pessoas te observando o tempo todo. E quase sempre o seu adversário é um velho caquético mal encarado. – Gargalhei. – Sério! Eram todos uns velhotes.

– Pelo menos eles ficavam felizes de jogar com uma adversária tão bonita...

– É, talvez... – CHOI SOOYOUNG, PARE DE PENSAR ALTO!

– Ér... Mas quais seriam as posições? – Perguntei olhando de volta para o tabuleiro.

– Ah, sim! Só tem que se certificar de que há uma casa branca no final, à sua direita. – Mexeu na franja.

– É... Aqui não tem. E aí? – Riu da minha pergunta.

– Também não, então nós viramos assim. – Virou o tabuleiro pra direita.
– É sempre assim?

– O quê? A casa branca? – Assenti com a cabeça.

– Ah, é que faz parte das regras. – Sorriu em resposta.

– Algo de errado acontece se jogar do outro jeito?

– Eu nunca tentei, mas deve ser estranho jogar do avesso. – Riu me contagiando. – Bom, você começa colocando as torres nas extremidades. – Repeti seu gesto com as peças brancas. – Depois do lado delas os dois cavalos, e em seguida os bispos. – Olhou para minhas mãos e sorriu vendo que eu imitava seus movimentos. – Já que a sua dama é branca, então ela fica na casa branca que sobrou.

– E o rei fica aqui? – Coloquei a peça ao lado da dama.

– Exatamente. – Finalmente acertando alguma coisa por aqui. – E os peões na segunda fileira.

– Qual é o objetivo?

– Dar xeque-mate no adversário. Isso acontece quando se captura o rei.

– Então eu ganho se eu comer o seu rei? – Não! Expressão errada, expressão errada! Droga, droga, droga...

– C-como?

– É que eu pensei que fosse parecido com damas... – Comer o rei... Mas que droga, Sooyoung!

– Ah, é bastante similar sim. – Riu. – Já jogou damas, Soo?

– Meu appa jogava, eu o enchia tanto quando estava jogando que ele acabou me ensinando a jogar também. E eu jogo muito bem, ok? – Cruzei os braços vitoriosa.

– Eu nunca fui muito boa em damas.

– Mesmo assim foi campeã de xadrez. – Ri fazendo-a rir também. – Mas qual é o próximo passo agora? – Perguntei já olhando para o tabuleiro.

– Próximo passo? Bom, o próximo passo depende de você. – Franzi a testa.

– Depende de mim?

– É, você pode recusar meu convite pra tomar sorvete ou aceitar. – Omo, isso é sério?!

– E-eu adoraria. – Ela sorriu de volta e sumiu quarto afora.

Sunny morava exatamente no centro da cidade, o que proporcionava uma ótima vista. Apoiei meus cotovelos no suporte da sacada e fiquei ali por alguns minutos apenas observando a cidade. De repente minha pele estremeceu pelo contato gelado de alguma coisa. Água. Olhei pra cima e notei apenas nuvens, o céu ficava cada vez mais cinzento enquanto gotas finas de água tocavam o chão da sacada.

– Que droga. – Sunny disse surgindo do meu lado, observando o céu como eu.

– Isso melou nosso sorvete. – Ela riu da minha piadinha sem graça. Escurecia cada vez mais até as gotas de águas se tornarem mais fortes.

– Vem. – Pegou minha mão e me puxou pra dentro de casa, fechando a porta de vidro logo em seguida.

– Tem medo de chuva? – Sorriu e balançou a cabeça.

– N-não, na verdade não.

– Eu também não, só não gosto de trovões. – Minha mãe sempre me dizia “Não fale tal coisa que atrai”, e foi exatamente isso que aconteceu. Um barulho estrondoso se fez presente. Senti uma pequena dor em meus ouvidos e um aperto no corpo. Peraí, o aperto no corpo não é normal não. Abaixei a cabeça e percebi que Sunny me abraçava. Com a mão direita toquei em seu cabelo e desci minha mão até seu rosto, o levantando para que me encarasse. Notei que tremia.

– O que foi? – Mais um barulho. O abraço então se tornou mais apertado, Sunny apertava os olhos com força. Retribui o abraço pela primeira vez. Meus braços longos cobriam toda a extensão de seu corpo, enquanto eu acariciava sua nuca buscando lhe trazer conforto.

– Mianhae. – Levantou a cabeça, seu olhar era de cortar o coração.

– Tudo bem. – Sem partir o abraço fechei a cortina que dava para a porta de vidro, torcendo para que a tempestade passasse logo.

–---

– E aí, vai fazer algo hoje à noite?

– Vou pra casa da Tiff. Por quê? – Donghae e Eunhyuk caminhavam rapidamente pela rua, encapuzados por causa da chuva.

– Ah, por nada. É que pensei que não fosse fazer nada de mais. Eu tenho reunião do clube hoje, poderíamos ir juntos se você já não tivesse planos. – O loiro coçou a nuca.

– Eu não sei jogar, Hyuk. Você sabe disso, eu seria um estorvo. Além do mais, não vou com a cara daquele tal de Kyuhyun. – Donghae ajeitava o casaco pelo reflexo de algumas vitrines.

– Falando nisso, já entrou pra algum clube?

– O Taeyang me convidou pro time de basquete dele. Talvez eu entre.

– A Tiffany já escolheu um? – Donghae suspirou.

– Nossa, nem me fale. Ela me ligou ontem super animada. Entrou pro clube de culinária. – Fez uma pausa olhando para Eunhyuk, os dois gargalharam.

– Sério? A Tiff? Ela não sabe nem fazer arroz...

– Me disse que vai receber “ajuda” – Fez aspas com os dedos. – de uma amiga nova, uma tal de Taeyeon. Aliás, ela anda muito grudada com essa menina.

Em compensação... – Eunhyuk sussurrou, mas acabou sendo ouvido.

– Lá vem você de novo. – Donghae olhou para cima e revirou os olhos.

– Sabe que eu não estou mentindo.

– Hyuk, agora eu tô namorando. O que você queria eu fizesse?! Eu não tenho tempo, cara!

– É, você não tem tempo pra nada. Se for comigo então, você não tem tempo nenhum. Desde que começou a namorar essa garota você se afastou. Eu nunca posso conversar com você, Donghae. Parece que eu tenho que marcar horário pra pelo menos falar por dois minutos!

– A questão é que você devia estar pouco se lixando pra isso tudo. As coisas mudaram? Sim, mudaram. Mas eu sempre fui o mesmo com você, cara! – Donghae parou, fazendo Eunhyuk olhar para trás. – Por que você quer tanta atenção de mim, Hyuk? Por que isso te afeta tanto? Por que os meus outros amigos não reclamam disso?!

Eunhyuk engoliu em seco. Seus olhos ardiam, evitava contato visual com Donghae. Sempre soube que teria de responder aquilo, mais cedo ou mais tarde. E essa hora tinha chegado. Apertou os punhos, tomando coragem, ficou de frente com Donghae para finalmente o encarar. Aproximou-se mais um pouco, ficando apenas centímetros de distância do moreno, que o olhava com uma expressão confusa.

– Porque eu não sou que nem os seus outros amigos. – Puxou Donghae pela gola da camisa, encostando seus lábios nos dele, causando um pequeno impacto pela força e rapidez do movimento. Apertava os olhos tentando conter qualquer lágrima que pudesse se formar, enquanto o corpo de Donghae parecia paralisado, assim como sua mente, que procurava entender aquela ação inesperada.

Sem dizer mais nada o empurrou contra a parede, indo embora pelo caminho contrário ao que estavam caminhando antes.

M-meu Deus... – Colocou as mãos no rosto, observando o loiro se afastar. Não tinha forças para lhe chamar de volta, nem coragem de encará-lo.





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Notas finais do capítulo

"I'm so cool, I'm so cool... Party like a superstar" ♫
Ai gente, desculpa mas eu TINHA que pôr esse gif HAIUSHAHUISHUHAS
Não se preocupem, vai ter capítulo no domingo, ok? ^^
Creio que vai ser beem difícil me dar uma louca dessas novamente, até porque Semana Acadêmica é só uma vez por ano, né gente e.e
E o que falar do próximo capítulo? Olha, só digo uma coisa: Vai ter gente triiiste ;_; (E não é a Yoona dessa vez -q HAIUSHIAHISA)
Até domingo, seus mordíveis õ/



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