Checkmate escrita por BubblesChan


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Heeey >.> *fogedaspedras*
Alguém ainda acompanha por aqui? Fiquei sabendo de algumas leitoras que já migraram pro Asian, mas eu vou continuar postando aqui, né... Enquanto ainda dá XD
Mil desculpas pela demora horrível, mas eu compensei e muito! É o segundo maior capítulo o/
Enfim, pra não perder o costume: Boa leitura!



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“Algum dia o amor, como um sonho, marcará o final do isolamento. Os dias que passei com você foram bons, apesar de tudo... Eu não entendo mais nada.”


Jiyoung acordou mais cedo do que de costume. Forçou-se a sair da cama por razões óbvias: quanto mais tempo ficasse parada, mais tempo iria pensar sobre ontem. Precisava manter sua mente ocupada, de nada lhe adiantaria ficar em casa.

Foi até o vazio centro da cidade, costumava ser sempre assim no domingo. A maioria das pessoas que deviam estar circulando por ali estavam com suas famílias. Às vezes Jiyoung se sentia solitária em Seul. A companhia de suas amigas era algo reconfortante, mas ainda sim sentia falta de seus pais. Saiu de casa muito jovem, meses atrás se sentia livre, confiante, aproveitava todos os sentimentos que a “liberdade” lhe dava.

Aos poucos foi se acostumando com a solidão. Morar sozinha nem sempre é como todos os adolescentes sonham, como ela mesma sonhava. Queria voltar no tempo, para o ano passado, em que apenas um abraço de sua mãe parecia resolver todas as suas angústias. Ficou ali sentada em um banco qualquer da praça central por um bom tempo, até que um lugar chamou sua atenção do outro lado da rua.

Parecia ser a única loja aberta dentre todas as outras. Estreitou os olhos e notou alguns instrumentos espalhados pelo lugar, seguiu sua curiosidade e atravessou a rua. A loja estava vazia, olhou em volta e não encontrou nenhum tipo de funcionário. Ficou ali apenas observando os instrumentos, vez ou outra também olhava os preços. Era tudo tão absurdamente barato em relação às outras lojas de música que Jiyoung cogitou estar num bazar.

Um violão branco lhe chamou a atenção dentre tantos outros. O preço também lhe bem razoável. Então se lembrou de que a música que escreveu na noite passada ainda não tinha melodia. Sorriu com a ideia.

– Jiyoung-ah? – Virou-se na direção da voz imediatamente, sentindo seu coração escapar uma batida. Encontrou um rosto conhecido e inesperado.

– Aish, Jungshin oppa! Não faça isso de novo. – Pôs a mão no peito tentando controlar sua respiração, arrancando risos do rapaz.

– Mianhae, mas... O que faz aqui Jiyoung-ah? – Jungshin foi uma das primeiras pessoas com quem fez contato ao se mudar para Seul, e uma das únicas que se ofereceu para orientá-la na faculdade, o que acabou os tornando bons amigos.

– O mesmo que você deve estar fazendo, babo. – O mais velho riu ajeitando os cabelos.

– Então também está cuidando da loja para o seu pai? – Jiyoung arregalou os olhos por um instante.

– Essa... Essa loja é sua? – Olhou em volta.

– É, em partes sim. Meu pai é o proprietário, eu só fico responsável por ela nos fins de semana. – Sorriu.

– Ah, entendo.

– Mas e então, no que posso ajudar, senhorita? – Curvou-se de repente provocando risos na mais nova.

– Bom, eu só estava dando uma olhada. É que eu fiquei curiosa...

– Sim, essa loja realmente chama muita atenção em um domingo. Meu pai pensa que isso é uma vantagem, mas na verdade não é. Quase ninguém vem aqui porque pensam que é só um bazar qualquer. – Jiyoung riu internamente. – Mas Jing... Eu vi você olhando aquele violão ali. Está pensando em levar, huh? – Sorriu e arqueou as sobrancelhas várias vezes.

– Você sabe que é um péssimo vendedor, não é? – Disse aos risos.

– É, sim... – Fingiu estar triste, rindo logo depois. Aproximou-se do violão branco e o tirou do suporte, o colocando à frente de Jiyoung. – O que acha?

– É lindo.

– Ele é seu, pode levar. – Sorriu para a mais nova.

– Mas... Eu posso pagar por ele, Shin.

– Não, está tudo bem. É meu presente pra você, Jing. – Coçou a nuca um pouco envergonhado, Jiyoung sorriu em resposta.

– Obrigada, Jungshin. Eu não sei como lhe agradecer.

– Apenas me prometa que fará bom uso dele.

– Dae! – Abraçou o rapaz inesperadamente, o fazendo corar um pouco.

Despediu-se de Jungshin e foi para casa, visivelmente mais feliz do que antes.

–---

– Você não entendeu ainda? – Key tinha os braços cruzados, conversava com Onew no quarto do mesmo. O rapaz coçou a nuca.

– Na verdade não... – Key revirou os olhos com a resposta.

– Aish, Onew! Essa outra garota aí deve gostar dela. Isso não é óbvio?

– Mas é claro que elas se gostam, elas são muito amigas, oras. – Key riu da “inocência” de Onew. Não tinha certeza se ele era apenas inocente ou muito lerdo.

– Eu quis dizer gostar de outro jeito... Gostar como você gosta da Hyo. – Onew arregalou os olhos por um momento.

– M-mas... Eu nunca notei nada com Jiyoung-ssi. – Disse arrancando mais risos de Key.

– Eu também não, mas é única explicação lógica. Amigas que são “apenas amigas” – Fez aspas com os dedos. – não ficariam tão magoadas assim. É porque aí tem.

– Mas... Se for assim mesmo, não seria um pouco injusto? – Key tombou a cabeça.

– Injusto com quem?

– Com nós dois. Jiyoung-ssi está magoada com Hyoyeon-ah, talvez porque ela tenha lhe dado falsas esperanças. E... A mim também. – Encarou o chão, desolado.

– Talvez ela só esteja confusa, não é com qualquer que isso acontece, Onew. E aliás, pelo que sei, nenhum de vocês se declarou pra ela até hoje.

– Mas nossos convites ao cinema não foram meio... Óbvios? – Onew encarava o amigo à procura de respostas.

– É... Por esse lado eu diria que sim. – Colocou a mão no ombro de Onew, procurando confortá-lo. Onew sorriu com o gesto, fazendo Key sorrir de volta. – Só não quero que se machuque, hyung. Pense bem, escolha o que realmente vai te fazer feliz, com ou sem Hyoyeon. – Onew assentiu. Com isso, Key se retirou do quarto do mais velho, deixando-o refletir.

Com ou sem Hyoyeon... – Afundou a cabeça no travesseiro.

–---

– Mas e o que pretende fazer hoje? – Jungshin havia encontrado YongHwa no caminho pra casa.

– Eu pensei em ir ao parque com Seohyun. – YongHwa disse, recebendo um olhar desacreditado. – O que foi?

– Yong, por que insiste tanto? Quanto mais você tenta parece que cria um abismo cada vez maior entre você e Seohyun-ssi. – YongHwa franziu a testa.

– Aish, isso não é verdade. Seohyun só uma garota difícil... O que tem de mal em tentar me aproximar?

– Talvez porque você já saiba o que vai acontecer. “Oh, mianhae, Yong oppa. Eu tenho que estudar.” “Mianhae, oppa. Mamãe precisa de mim hoje.” “Mianhae, oppa! Eu estou tão cansada hoje.” – Imitou a voz de Seohyun, relembrando todas as desculpas que a menor havia dado para YongHwa.

– Yah! Pare de ser tão chato! E ela nem fala desse jeito irritante... – Sacudiu a cabeça em desaprovação, Jungshin revirou os olhos.

– Só depois não me diga que não lhe avisei. – Deu de ombros.

– Você vive dizendo que eu corro atrás de coisas sem fundamento algum, como se você também não estivesse dando murro em ponta de faca. – YongHwa provocou.

– O que quer dizer com isso? – Franziu a testa.

– Jiyoung-ssi. – Jungshin prendeu uma risada.

– Oh, por favor. São duas situações completamente diferentes, eu me dou muito bem com Jiyoung, ao contrário de certas pessoas. – YongHwa deu um tapinha na nuca do amigo, fazendo o mesmo rir. – Yah! É a verdade... – Disse massageando o local.

– Babo. – Sacudiu a cabeça.

– Mas você vai mesmo então? – YongHwa assentiu, Jungshin já abria a porta de sua casa, morava na mesma rua. – Ok, então. “Hwaiting!!” – Disse com a mesma voz de antes. YongHwa ameaçou entrar, mas o novo foi mais rápido e fechou a porta.

– Aish... – Praquejou, voltando a caminhar em direção a casa da “namorada”, que ficava mais de uma quadra dali. Ao chegar, respirou fundo e tocou a campainha, ajeitando o cabelo enquanto esperava.

– Ah... YongHwa. – A porta se abriu revelando uma Seohyun desapontada. Não parecia tão alegre em lhe ver.

– Está esperando por alguém? – Ele franziu a testa.

– É... Na verdade, estava sim. – Ajeitou o cabelo atrás da orelha. Encarou o chão esperando que o rapaz dissesse por que viera.

– Quem seria? – Seohyun arregalou um pouco os olhos com a pergunta. Pensou por um momento se deveria contar ou não.

– Yoona unnie... – Sentiu um pequeno calor se formar em seu rosto. YongHwa franziu ainda mais a testa.

– Mas por quê? Hoje não é a reunião do clube do livro. A convidou para o quê? – Seohyun sentiu-se um pouco incomodada com a curiosidade extrema de YongHwa. Sentia que não lhe devia satisfações.

– Para dormirmos juntas. – Uma voz interrompeu Seohyun antes que ela pudesse responder. YongHwa olhou para trás e deu de cara com Yoona, com uma mochila nas costas e segurando uma mala. Sorriu para os dois que ainda a encaravam.

– D-dormir? – O rapaz perguntou, um pouco chocado. Seohyun abriu espaço para que Yoona entrasse.

– Nós temos um trabalho na faculdade, então eu sugeri que Yoona unnie dormisse aqui. – Disse naturalmente, um sorriso estranho se formou em seu rosto ao ver a expressão atordoada de YongHwa.

– Oh, sim... E-eu entendo. – Sorriu amarelo.

– Mas o que você queria antes mesmo, Yong? – YongHwa suspirou.

– Ah, não era nada. Faça um bom trabalho, Seohyun-ah... – Seohyun assentiu rapidamente e fechou a porta. YongHwa sentiu o sangue subir.

– Aish! – Praguejou, voltando para casa, pisando forte.

–---

– Cavaleiros, devemos dar início? – Todos responderam afirmativamente, exceto um deles. – O que foi, Sungmin? – Kyuhyun revirou os olhos.

– Eu não entendi, Kyu. Você é tipo um líder? Por que temos que te obedecer? Que graça tem se você comanda tudo? – Alguns dos participantes prenderam uma risada, Kyuhyun suspirou, procurava uma maneira de fazer Sungmin o entender.

– Não é isso, Sungmin. De certo modo eu mal participo do jogo em si, apenas guio vocês. É como se eu fosse um prompt de comando. – Disse divertido fazendo todos rirem, menos Sungmin que não entendeu a piada. – Enfim, caso você tenha alguma dúvida... – Mordeu o lábio hesitante, iria se arrepender de dizer isso. – Pode intervir. – Sungmin sorriu com a resposta, ele com certeza o faria no decorrer da partida. – Enfim, devemos começar?

– Por favor... – Taemin respondeu rindo.

– Apresentem seus guerreiros. – Kyuhyun cruzou os braços com um sorriso satisfeito no rosto.

Taemin parecia ser o mais empolgado dos cinco.

– Cavaleiro Love Rain (N/A: desculpem a falta de criatividade :s) em prontidão, mestre! – Disse posicionando sua miniatura no tabuleiro.

– Paladino Invincible Youth, senhor! – Onew fez o mesmo, colocando sua miniatura ao lado do cavaleiro de Taemin.

– Caçador Wild Romance (N/A: não, o próximo não vai ser “the 3rd hospital” lol) ao seu dispor. – Disse Eunhyuk.

Kyuhyun apenas observava Sungmin enquanto o loiro fazia careta para sua ficha de personagem.

– Sungmin? – Disse capturando a atenção do mesmo. – Gostaria de apresentar o seu?

– Ah, sim... Tem que ter um nome, né?

– Dae.

– Eu que invento isso?

– Dae... – Sungmin coçou a nuca.

– Bo, então... – Leu sua ficha mais uma vez. – Ladrão Fashion King se apresentando. – Os outros rapazes começaram a rir no exato momento em que Sungmin colocou sua figura no tabuleiro.

– Ladrão?? – Disse Onew.

– King?! – Eunhyuk tentava conter os risos.

– O que tem de mais? – Sungmin parecia confuso.

– Mas hyung, essa é uma miniatura feminina. – Taemin coçou a cabeça.

– E daí? – Kyuhyun se pronunciou por Sungmin.

– Tem milhares de outras figuras naquela caixa. – Eunhyuk apontou.

– Mas são todas feias. – Sungmin inflou as bochechas.

– Como se levássemos esse negócio de figuras muito a serio. E aliás, eu gostei da sua figura, Sungmin. – Elogiou fazendo o loiro sorrir.

– Então, vamos começar? – Onew perguntou.

– Preparados? – Todos responderam afirmativamente ao “mestre”, Sungmin apenas sorriu de canto. Kyuhyun limpou a garganta e deu início à partida. Tudo correu perfeitamente no decorrer da história – saída da cabeça de Kyuhyun – apesar de Sungmin vez ou outra fazer alguma careta.

– Bom, agora decidam quem começa.

– Sungmin começa. – Eunhyuk disse com um sorriso travesso no rosto. Kyuhyun arqueou as sobrancelhas, surpreso.

– Acho que seria melhor alguém mais experiente começar, já que essa é a primeira vez dele no jogo. Só pra servir como exemplo.

– Pra mim não tem problema nenhum, Kyu. – O loiro interrompeu. – Desde que você me ajude. – Kyuhyun sentiu suas bochechas esquentarem.

– T-tudo bem então... Sorriu de canto.

– Tá, e o que eu faço agora? – Alguns dos presentes riram.

– Ele não leu nem as regras? – Eunhyuk perguntou visivelmente espantado.

– É que... Eu preferi não levar as regras tão a sério. – Agora todos o olhavam boquiabertos. – É a primeira vez dele, oras! – Os três trocaram olhares entre si, tentando decidir se deviam continuar ou não.

– O-okay, hyung... Pode continuar. – Taemin coçou a nuca.

– Bom, primeiro você escolhe o que deseja fazer, Sungmin.

– Ah... E o que eu posso fazer? – Onew já estava roxo por prender o riso por tanto tempo. Disfarçou ao receber um olhar mortal de Kyuhyun.

– Pode fazer várias coisas. Pode seguir caminhos pela floresta – Apontou para o tabuleiro muito bem montado. – pode comprar itens quando encontrar um mercador, pode se esconder em um arbusto, pode fazer infinitas coisas...

– Eu posso voar?

Onew não conseguiu segurar a gargalhada, contagiando Eunhyuk. Taemin também queria rir, mas se conteve para não envergonhar seu mais novo hyung.

– Aish... – Kyuhyun esfregou a testa, acalmando-se. Afinal, seria uma longa noite.

–---

– Quando vai me apresentar? – Yuri aninhou-se no ombro de Jessica.

– Apresentar? Como assim? – A loira franziu a testa.

– Me apresentar, você sabe, pras suas amigas.

– Mas elas já te conhecem. – Riu, recebendo um tapinha no ombro.

– Eu sei, babo! Digo me apresentar como... Namorada. – Corou na última palavra.

– Namorada? – Recebeu um gemido como resposta.

– É, nós estamos... Namorando, oras.

– Namorando? – Fingiu estar confusa para irritar Yuri. Com êxito.

– Yah! Sica-ah, não se faça de desentendida! – Tentou se levantar, mas os braços da loira a impediram.

– Babo... É brincadeira. – Envolveu a cintura da morena por trás em um abraço confortável, pousando seu queixo no ombro da mesma. Aproximou o rosto do pescoço de Yuri, inalando seu perfume. Um leve arrepio percorreu as costas da mesma.

– Sica-ah. – Yuri rompeu o abraço, ficando de frente para a namorada.

– Diga. – Envolveu os braços no pescoço da mais alta, tentando voltar ao abraço.

– Parece cansada. – Yuri tinha razão, Jessica estava com os olhos pesados. A loira sempre sentia sono, mas agora o cansaço estava mais aparente.

– Eu estou um pouco.

– Um pouco?

– Um pouquinho.

– Você pode dormir no meu quarto, se quiser. – Yuri acariciava os cabelos de Jessica, fazendo-a fechar os olhos levemente.

– Eu até aceitaria. – Abriu os olhos rapidamente, controlando-se para não adormecer com o carinho.

– E por que não aceita? – A morena tombou a cabeça para o lado.

– Porque acho que não vou conseguir levantar. – Disse, rindo da própria resposta. Yuri deu de ombros e, em questão de segundos, Jessica estava sendo carregada pela morena.

– Yah... Yuri-ah... Eu sou pesada. – Jessica reclamou em um tom cansado. Yuri abriu a porta de quarto com o pé direito, chutando-a cuidadosamente logo depois. Deitou Jessica na cama e a cobriu, fazendo a loira sorrir com o gesto.

– Me chame se precisar de mim. – Yuri piscou, indo em direção a porta.

– Yuri-ah. – A morena se virou, com a mão na maçaneta.

– Sim?

– Mas eu sempre preciso de você... – Jessica disse de olhos fechados. Yuri sorriu com isso, aproximou-se da loira novamente e selou seus lábios por alguns segundos. Acariciou os cabelos de Jessica pela última vez e ajeitou o cobertor.

– Eu também preciso de você. – Sussurrou, retirando-se do quarto logo depois. Fechou a porta com cuidado e voltou para a sala de estar.

Jessica já estava adormecida a mais ou menos uma hora. Despertou com um estrondo de repente, abriu os olhos procurando a origem do barulho. Virou o rosto na direção do armário e encontrou Yuri sussurrando algum resmungo. Seus olhos arregalaram ao notar o corpo desnudo da morena.

Yuri parecia procurar por alguma roupa. Olhou para trás e viu Jessica ainda de olhos fechados, a loira fingia dormir. A mais alta virou-se e Jessica pôde continuar admirando o corpo da namorada sem que a mesma percebesse.

Depois de pegar algumas peças de roupa e fechar o armário, Yuri se aproximou da cama, procurando algo na parte de cima da prateleira ao lado. A morena estava de costas para Jessica. A loira imaginava por quanto tempo poderia ficar apenas admirando a beleza estonteante da namorada. Seu corpo era perfeitamente esculpido, Jessica já começava a sentir pequenos formigamentos apenas a observando.

– S-Sica-ah!! – Exclamou ao notar um par de braços enlaçando sua cintura.

– Dae? – Disse com o rosto a centímetros de distância das costas de Yuri, sua respiração causando leves arrepios na mesma.

– V-você acordou há muito tempo? – A morena permanecia estática. Um pouco envergonhada por ainda estar despida.

– Yup... – Passou a língua levemente pela curva da coluna vertebral de Yuri. A morena mordia o lábio inferior, segurando um suspiro. Sacudiu a cabeça tentando se controlar.

– É... Sica-ah, eu tenho que me ves... – Tentou se desvencilhar de Jessica sem muito sucesso. A loira a puxou fazendo com que caíssem na cama. Aproveitando a posição, Jessica enlaçou as pernas no quadril de Yuri a impedindo de sair. Atacou os lábios da morena a puxando ferozmente pelos cabelos negros.

Enquanto dominava o beijo, deslizava a mão direita pelo corpo de Yuri, apertava e arranhava toda a extensão de suas cochas. As mãos da morena permaneciam hesitantes, repousadas nos ombros de Jessica.

O que foi? Tá com medo? – Sussurrou no ouvido de Yuri, contribuindo ainda mais com a leve onda de arrepios que tomava conta de seu corpo.

– Eu deveria? Você tem alguma doença? – Respondeu rindo.

– Yuri-ah! – Jessica a fuzilou com os olhos. Cruzou os braços e inflou as bochechas. Yuri riu mais ainda. Ajeitou-se por cima da loira, sentando em seu colo. Jessica automaticamente esqueceu-se de ficar chateada ao descer os olhos pelo busto da morena. Yuri fez um sinal com o dedo, indicando que se aproximasse. Jessica ergueu o corpo no mesmo momento, mordendo o lábio inferior de Yuri. Em nenhum momento seus olhares se desencontraram, mantinham-se fixos, como se estivessem disputando por quanto tempo conseguiriam permanecer assim.

Jessica colocou as mãos nas nádegas de Yuri, aproximando seu quadril do dela. A morena gemeu baixo. A loira mexia-se lentamente por baixo da namorada, provocando-a com o tecido de sua roupa. Yuri tirou a blusa de Jessica afoitamente, seguido pelos shorts, revelando a lingerie rosa da loira. Ainda por cima, Yuri começou a friccionar os quadris perto da intimidade de Jessica, coberta apenas pela fina peça de roupa.

Yuri-ah... – Disse trêmula. Fechou os olhos e sentiu um par de mãos deslizar por suas costas, notou o fecho de seu sutiã sendo aberto. Ao sentir os dedos quentes de Yuri sob seus seios não pensou duas vezes em fazer o mesmo com a morena. Beijavam-se lentamente, as mãos em ritmos acelerados. Yuri abraçou-se à cintura de Jessica, deitando a loira sobre a cama.

Yuri dava leves chupões no pescoço de Jessica. Arranhava seu abdômen, deixando várias marcas em sua pele alva. Desceu até o busto da loira, abocanhando o seio esquerdo. Os puxões em seu cabelo se tornavam mais fortes, podia escutar o barulho das unhas de Jessica contra o lençol. O corpo de Yuri ardia, o calor no quarto era tão grande ao ponto da morena duvidar da potência de seu ar-condicionado.

O joelho de Yuri encontrava-se entre as pernas de Jessica. A loira movia os quadris em torno dele, queria sentir a namorada. Seus gemidos agora escapavam de sua boca involuntariamente. Yuri passou a movimentar seu joelho e sua língua em sincronia, Jessica arfava.

– Droga, Yuri... Chega... De... Provocar... – A loira pedia, praticamente implorando. Yuri sorriu internamente.

– Não é você que adora provocar? – Jessica não tinha condições de responder. Yuri havia descido uma das mãos até a intimidade da loira, apertando-a forte por cima da calcinha. Um grito abafado saiu de sua garganta. Procurando acabar com todo o sofrimento, Yuri tirou-lhe a última peça íntima que lhe restava. Sentou-se novamente no colo de Jessica, a loira permaneceu deitada. Ficou alguns segundos observando a namorada ofegante. Jessica abriu os olhos lentamente ao perceber o silêncio de Yuri. A morena sorriu, como se estivesse prestes a aprontar algo. Saiu de seu colo e levantou-se da cama.

– Yuri-ah? O que vai fazer? – Franziu a testa observando Yuri de costas, mexendo no armário novamente.

– Nada de mais, apenas feche os olhos. – Olhou para trás certificando-se de que Jessica havia a obedecido.

Jessica lentamente posicionou sua mão direita entre suas pernas, estimulando-se.

– Yah, Jessica! Não seja tão apressada assim. – A loira podia ouvir alguns barulhos, como se estivessem prendendo algo. Mesmo assim, não abriu os olhos.

– Eu não sou apressada, você que tá demorando dem... YURI-AH!! – Jessica abriu os olhos ao sentir algo gelado em sua entrada. Recebeu um cutucão na testa fazendo com que se deitasse novamente.

– Calma, impaciente. – Yuri ria da afobação de Jessica.

– M-mas, o quê... O que é isso que você tem aí?! – A loira tentava olhar, erguendo o pescoço. Yuri abaixou-se um pouco e capturou os lábios de Jessica em um beijo terno. Depois de algum tempo, no meio do beijo, começou a mexer os quadris. A loira gemeu na boca de Yuri ao sentir algo entrando em si. O “objeto” parecia não ter fim, Jessica apertou os olhos enquanto arranhava os ombros da morena. Ao sentir as coxas de Yuri perto de sua virilha, Jessica finalmente expirou o ar de seus pulmões.

– Doeu? – Yuri perguntou, dando-lhe alguns selinhos.

– Não é como se doesse, foi só um incômodo... – Sorriu de canto. Com isso, Yuri continuou suas investidas no pescoço esguio de Jessica, vez ou outra mexendo o quadril levemente. Depois de alguns segundos a loira já pressionava o quadril de Yuri com força.

– Eu posso ir rápido? – Jessica assentiu rapidamente, deixando um gemido alto escapar. Yuri firmou um de seus braços na barra da cama, enquanto movimentava-se pra frente e pra trás. Jessica sentia algo acertar seu ponto sensível várias vezes, a sensação incômoda já havia sumido. Arranhava as costas de Yuri constantemente, deixando diversas marcas vermelhas no local. Cada arranhão da loira era como uma descarga elétrica no corpo de Yuri, a morena gemia a cada investida de Jessica.

– Yul... Yu-Yuri-ah... Yuri-i-aaah... – Com a mão livre, Yuri pressionava o clitóris de Jessica com o polegar. Os gemidos de ambas ecoavam pelo quarto, junto com o som de líquidos colidindo. Yuri já podia sentir algo quente escorrer por suas cochas, a entrada de Jessica se estreitava cada vez mais. – Y-Yuri... Eu... – Yuri a calou com um beijo, abafando seu último gemido. Jessica estava exausta, descansou os braços ao redor do pescoço de Yuri.

Apesar disso, a morena continuou a estimular o clitóris de Jessica.

– Hey, Yuri-ah... Eu já... – Tentava se afastar das mãos se Yuri, sem muito sucesso. A morena mais uma vez a calou, fazendo com que Jessica correspondesse ao beijo. Yuri calmamente retirou o dildo de dentro de Jessica, retornando aos seios da loira. Jessica começou a sentir a sensação de calor voltar, os arrepios e o formigamento contribuíram novamente. Puxou Yuri para que a beijasse de novo. Com a namorada distraída em sua boca, a morena posicionou-se mais abaixo da entrada de Jessica.

– Ouch! Hey, hey, hey! O que você vai fazer aí, Yuri-ah?!

– Calma, você vai gostar. – Yuri sorria com a maior naturalidade. Jessica tinha receio, principalmente por causa da dor que poderia sentir.

– Yuri, eu nunca fiz isso. Vai doer pra burro.

– Eu não vou te machucar, eu prometo. – O sorriso de Yuri era de fato convincente. Jessica não podia negar que sentia uma certa curiosidade, mas o medo ainda era grande.

– Ok... Mas se eu não gostar, você trate de tirar isso daí. – Yuri assentiu com a cabeça. Jessica a puxou, selando seus lábios. Sem aviso prévio, Yuri penetrou até a metade do dildo rapidamente. – YURI-AAAH!! – Jessica arranhou as costas de Yuri rapidamente tentando externar sua dor, rasgando um pouco da pele da morena.

Desculpe, desculpe, desculpe... – Yuri murmurava entre os lábios da loira.

P-pare de se desculpar... Apenas... Mexa-se, droga. – A morena deu leves beijos pelo pescoço de Jessica, para que ela pudesse relaxar. Acariciou os cabelos da loira com uma mão e deslizou a outra até sua intimidade. Jessica estremeceu um pouco ao sentir os toques em seu clitóris, com isso Yuri pôde se movimentar melhor dentro da loira.

Jessica sentiu algo a preenchendo devagar, o que lhe dava uma sensação prazerosa.

– Yuri-ah...

– Jessica? – Yuri vigiava seus movimentos cuidadosamente.

– Mais... Rápido. – A morena sorriu.

– Dae... – Aumentou a velocidade de seu quadril gradativamente. Os gemidos de Jessica agora eram mais intensos e frequentes. Observando as reações da loira, Yuri tomou a liberdade de introduzir seus dedos na entrada de Jessica.

– Aahhh... Yuri-ah. – A cabeça de Jessica pendia para trás, afundando no travesseiro. Segurava-se no lençol para não ferir a namorada novamente. Yuri movimentava seus quadris e dedos em ritmo, ora indo mais devagar com um ou mais rápido com outro. Cada movimento trazia novas sensações para Jessica e, como Yuri dissera, ela estava adorando tudo aquilo.

– Y-yuri... Eu acho que eu vou... – Ao ouvir isso Yuri aumentou o ritmo de suas mãos, até o líquido de Jessica jorrar entre seus dedos. Jessica suspirou, tentando controlar a própria respiração. Yuri abaixou-se e lhe deu um selinho, fazendo a loira sorrir de leve.

– Jess? – Recebeu um gemido cansado como resposta. – Eu... Tenho que tirar isso daqui.

A loira abriu espaço para que Yuri pudesse retirar “aquilo” de dentro dela. Ofegante, ergueu a cabeça e franziu a testa para o dildo de plástico.

– Yuri-ah...

– Dae? – Respondeu, ocupada com as alças presas em sua cintura.

– Por que você esconde um pênis de mim? – Perguntou fazendo a morena rir.

– Eu não escondi, oras. Aqui está. – Disse apontando. Ver a namorada com um pênis de borracha à sua frente era realmente uma situação um tanto inesperada.

– E por que você tem isso? – Parecia extremamente curiosa.

– É... Digamos que o voyeurismo não fosse o único fetiche do Minho... – A loira não pôde se conter com a informação.

– Oh God... Eu... Eu nunca imaginaria isso! – Disse em meio aos risos. Depois de se livrar do dildo, Yuri deitou-se ao lado de Jessica, também visivelmente exausta. Jessica virou-se para a morena, a abraçando. – Yuri-ah... – Passou os dedos levemente pela cintura da namorada, marcada pelas alças.

– Diga.

– Saranghae. – Disse aconchegando-se no pescoço da mais alta.

– Saranghae, Sica-ah. – Beijou a testa da loira e fechou os olhos.



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Notas finais do capítulo

Não vou prometer nada porque né, eu prometi muitas coisas nos outros capítulos e não cumpri quase nenhuma HUAIHSIAHIUS
Enfim, espero que tenham gostado e.e



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