(POV Elena)

Já era a decima chamada de Dan em meu celular e meus olhos rolavam a cada chamada. Pelo menos o som da televisão superava o tom irritante do meu telefone, caso Damon ouvisse tenho certeza que o tomaria de minha mão. Olho para o relogio e são poucas horas da madrugada, movo-me para pegar minha bolsa. Procuro o meu cigarro desesperadamente, onde diabos essa caixinha se enfiou?

– Procurando alguma coisa? - Damon sussurra atras de mim. Rolo os olhos frustrada.

– Meu cigarro. - Não paro de procurar. - Ele não está aqui. - Largo a bolsa a metros de mim.

– Eu sei. - Damon comenta, eu o olho rapidamente. - Eu peguei. - Ele não havia feito isso.

– Você não fez… - Fecho os olhos de raiva

– Fiz. - Damon senta ao meu lado e solta um leve sorriso. - Já foram três nas ultimas duas horas. Já chega. - O olho incrédula. Como ele pode me meter assim na minha vida?

– Devolva-me Damon. - O ameaço. - Agora.

– Não. - Ele diz com descaso e se vira para a televisão. Que diabos estava acontecendo? Ele não tem o direito de tirar isso de mim! O olho ameaçadoramente, e logo olho ao redor. Onde ele poderia ter escondido? Levanto-me rapidamente e sigo para a cozinha. - Aonde está indo? - Ele pergunta. Igonoro. Lavanto-me nas pontas dos pés e passo a mão por cima da geladeira, nada. Olho o pote que havia a cima, nada. Damon brota em meu lado

– O que está fazendo? - Ele pergunta novamente e novamente o ignoro. Sigo para a sala e olho dentro dos pequenos arranjos, nada. Olho por dentro do sofá, nada. Sigo para o seu quarto e Damon me segue. Olho em sua cabeceira, nada. Abro o seu guarda-roupa, Damon me segura. - Para com isso.

– Será que está aqui dentro? - Pergunto apontando com os olhos para o seu guarda-roupa. Damon me solta e volto ao guarda-roupa procurando, procurando e cada vez não achando nada. Droga. Fecho a porta.

– Para com isso Elena! - Damon grita. Eu corro em sua direção e começo a procurar por ele a minha caixinha.

– Será que esta aqui? - Coloco minha mão esquerda em seu bolso. - Ou então, aqui. - Movo minha mãe para seu bolso de trás. Damon me puxa.

– Elena, para! - Grita novamente. Fico imóvel. - Não vou te dar esse maldito cigarro, você não vai fumar isso.

– Você não manda em mim Damon! Eu não vou seguir suas regrinhas ridículas, me dê meu cigarro, eu quero fumar. - Desvincilho de seu toque.

– Não. - Damon dá meia volta e segue para fora. Preciso do meu cigarro, eu o quero agora! Damon tinha que ter pegado aquela porra! O sigo rapidamente. Damon senta no sofá e continua a ver o seu programa estupido. Vejo minha bolsa e a pego rapidamente junto a algumas coisa que caíram quando a joguei mais cedo. - Onde pensa que está indo, Elena?

– Embora. - Coloco os meus saltos e Damon me detém. Eu o empurro levemente. - Sai da minha frente Damon.

– Está viciada nisso Elena, só quero o seu bem. - Damon acaricia minha face, retiro sua mão de mim.

– Foda-se o meu bem Damon, sai eu quero passar. - Fujo de Damon e sigo para a porta, Damon me segura novamente. Rolo os olhos, sinto a parede fria atras de mim. Damon me beija violentamente, acostumo com a velocidade em segundos. Ele segura em minha cintura me erguendo colando mais o seu corpo no meu. Ele não deveria me provocar deste jeito. - Damon, para. - Digo quando ele move a sua boca para meu pescoço. Então ele mordisca meu seio por cima do meu vestido. Eu não consigo me controlar.

– Não vai. - Ele pede com olhos ansiosos. - Eu não quero que vá. - Tento não o olhar e manter a minha postura.

– Eu quero ir Damon, por favor, me coloque no chão. - Peço ainda encarando qualquer coisa menos ele. Ele solta e logo passo pela sua porta rapidamente olhar para trás.

Que infantilidade, Elena. Meu subconsciente latejava em minha cabeça. Afasto todos estes pensamentos inuteis, eu só queria o meu cigarro.

– Elena! - Ouço a voz de Damon atrás de mim. Viro-me a ele. Em sua mão estava minha caixinha, rolo os olhos. - Deixe-me te levar em casa. - Abaixo o olhar frustrada. Ele não deveria ter feito isso.

– Não acho que deva. - Aproximo-me para pegar meu cigarro. Ele afasta a caixa de mim.

– Elena, eu insisto. - Damon me puxa em seus braços, tento sair. - Não vou deixa-la sair.

– Me dê o meu cigarro Damon. - Digo ameaçadoramente. Damon sorri, aquele sorriso me deixa levemente abalada.

– Me deixa te levar. - Ele sussurra em meus ouvidos, arrepio-me.

– Sedutor barato. - Rolo os olhos então saio de seus braços dando as costas para ele já com o meu cigarro na mão. - Estou esperando.

Quando entramos no carro, Damon não troca uma palavra comigo apenas me olha varias vezes e aquilo estava começando a me irritar. Ajeito-me no banco, dobrando minha pernas e ligo o rádio. Uma musica lenta invade o espaço. Apoio-me na janela, olhando as ruas.

– Sabe que nesta posição você não me ajuda a dirigir. - Damon comenta após alguns segundos. Eu sorrio e logo o olho.

– Acho que essa proposta não vai dar certo. - Expresso a minha opinião. Damon me olha rapidamente.

– Do que está falando? - Damon parecia nervoso, volto minha atenção para a janela.

– De Nós. - Responde e ainda não o olho. Damon não me responde, então penso se o magoei, porém quando o olho ele estava sereno. O silencio segue no carro novamente, Damon estaciona o carro, mas não na minha casa. - Damon, onde estamos? - Pergunto tentando reconhecer o lugar.

– Vamos conversar. - Damon finalmente diz algo e fecha as janelas. Estamos apenas nós, sozinhos em pleno silencio, já que o radio foi desligado por Damon segundos atrás. Viro minha atenção a ele. - Eu estou disposto a ser seu cliente único cliente, e fixo. - Minha boca se abre diversas vezes e nada sai. - Nada de Royal, você é minha agora.

Aquelas palavras me estremessem, Damon me queria só para ele. Ele disse isso com todas as palavras, meu pensamento é positivo, mas as consequências não são agradáveis.

– Entendo o que diz. - Tento me recuperar de suas palavras. - Mas o que quis dizer foi quanto as suas paranoias. - Damon me olha confuso.

– Que paranoias? - Pausa. - Se for por causa do cigarro, eu não gosto que fume, faz mal e você é muito jovem e bonita para fazer isso com sua vida. - Damon me elogia.

– Não acho que seja da sua conta Damon. - Respondo. E realmente não era, a vida era minha, nossa relação seria apenas sexo e nada mais. Damon me pega de surpresa me colocando em seu colo, imobilizando-me. Ele não deveria fazer isso mais de uma vez no dia. Minha respiração fica escassa, porque esse homem me fazia arfar? Retiro esse pensamento de minha cabeça.

– É da minha conta. - Ele rosna em meus ouvidos. - Não me faça perder a paciência com você Elena. - Damon me ameaça, sorrio levemente.

– Ou então o que? - O provoco com um sorriso debochado no rosto. - Vai fazer o que Damon? - O provoco novamente. Damon me aperta em seu colo apertado, o ar estava pesado se o olhasse eu poderia perder o controle, aqueles braços me segurando forte contra o volante. Sua camisa meio aberta, expondo seu peitoral com ralos pelos. Droga, Damon, você poderia ser um velho nojento, xingo em minha mente. Minha respiração acelera. Damon percebe e sorri em meu pescoço.

– Não devia me provocar desse jeito aqui dentro, ninguém pode te ouvir Eleninha. - Damon devolve a provocação. Eu penso em mil e uma formas que ele poderia me punir ali dentro.

– Ainda bem, assim eu posso gemer o mais alto possível. - Sorrio satisfeita com o que provoquei a baixo de mim. Damon estava excitado. Sorrio e passo a mão pelos os seus cabelos grossos e negros. Que homem, penso quando olho para ele novamente. - Me beija. - Mando.

– Não. - Damon nega, o olho nervosa. Como assim não? Damon passa as mãos por minha cintura e puxa a minha saia rapidamente. Merda, estou totalmente molhada. Seus dedos localizam a minha entrada e logo entram dentro de mim. Gemo alto, os lábios de Damon tomam o meu, me beijando violentamente. Seus dedos em movimentos de vai e vem, eu acompanho. - Deixa-me te ver. - Damon puxa os meus cabelos me expondo.

Estou totalmente suada, meus cabelos grudavam em minha pele. Concentro em seus dedos dentro de mim, aquilo era uma das melhores sensações. Puxo Damon e o beijo novamente, sua outra mão se move para abaixo de minhas costas forçando movimentos mais profundos, fazendo-me gemer mais alto ainda. Queria gritar para o mundo todas as minhas sensações. Em uma puxada forte, eu me derramo contra seus dedos inteligentes, apoiando-me com uma mão na janela, deixando as marcas da minhas digitais devido ao calor do espaço.

Damon levanta a minha cintura, retirando os seus dedos, movendo-os para sua calça, desabotoando-a. Penso no que está por vir, e quando menos penso ele está dentro de mim, grudo os meus dentes em seu pescoço, chupando-o com força para não me deixar entregar tão rápido. Damon me guiava com seus movimentos violentos e fortes. E cada vez sentia que não podia aguentar por tanto tempo. Ele estremesse junto a mim, liberando seu líquido.

Caio em no volante, recuperando o ar. Damon liga o carro e abre as janelas, sinto o vento gelado nos meus pulmões.

– Como não daremos certo? - Foi sua ultima pergunta antes de me deixar em casa.

Um barulho irritante invade minha cabeça, abro os olhos rapidamente. Droga, despertador. São seis horas e devo ir trabalhar. Levanto-me e faço minha higiene. Ouço pessoas conversarem na cozinha e deduzo que seja Caroline e Klaus. Troco de roupa e sigo para tomar meu café da manhã.

– Bom dia. - Desejo quando vejo Caroline e Klaus trocando carinhos.

– Bom dia Lena. - Caroline responde. - Deixei um suco para você ali na mesa. - Ela ponta rapidamente e logo sorri.

– Olha só quem acordou de bom humor e voltou a falar comigo? - Sorrio satisfeita, Caroline rola os olhos.

– Para Lena, eu não aguento ficar tanto tempo sem falar com você. - Caroline comenta com seu tom meigo de ser. Tomo o meu suco em segundos. - Para que essa pressa? - Ela me segue.

– Vou trabalhar, e estou atrasada. - Dou um beijo nela e um leve aceno para Klaus. - Beijos.

Sigo meu caminho para a biblioteca pensando na noite anterior, Damon havia abusado da minha satisfação. E aquele pensamento me fez rir, não era novidade que a cada dia que passava Damon conseguia me surpreender mais com suas palavras, claro que a sua teimosia não ajuda, porém acho talvez possa sim dar certo.

Quando chego na biblioteca, Senhora Winslet me cumprimenta, sigo para a sala onde pego meu crachá porém vejo quem não devia encostado na porta.

– Bom dia, Lena, lembra de mim?

– Dan. - Sussurro com um nó em minha garganta. E a porta se fecha.