Make Me Your Woman escrita por Lana


Capítulo 12
Getting A Job




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/263735/chapter/12

(POV Elena)

- Então como vai ser? – Damon perguntou-me.

- Não sei... Acho que quem te pediu ajuda aqui fui não?

- Sim, sim. – Ele sorria.

- Primeiro passo, arranjar um emprego. – Concordei com a cabeça. Por um segundo parei para pensar, aonde mesmo eu estava me enfiando? Damon aceitou me ajudar tão rapidamente, e ao pensar que ele poderia estar chateado comigo ou algo assim. Não sei...

Acontece que tudo mudou, estava me sentindo uma vadia com tudo que fiz, se alguém me chamar de vadia agora tenho certeza que irei me sentir muito mal, e antes eu simplesmente iria dar a pessoa um belo de um dedo e seguir em frente. Eu queria uma vida, mas é tão difícil largar uma vida que está acostumada há anos.

- Elena? – Voltei-me a atenção.

- Sim. – Respondi rapidamente.

- Só foi eu falar de emprego que já viaja assim, não é tão ruim. – Ele sorria.

- Não estava pensando sobre isto Damon. Estava pensando em outra coisa.

- E eu posso saber?

- Nada de importante. – Sorri sem animo.

- Bem, como eu estava dizendo o primeiro passo é arranjar um emprego, algo que te ocupe. Por isso já iniciei o processo.

- Espera, que processo? – Perguntei confusa. Do que diabos ele estava falando?

- Elena, você irá trabalhar na minha empresa.

- O que? Não, não, não. Muito Obrigada Damon, mas não. Não tenho experiência. Mal sei o que vou fazer ali.

- É apenas um trabalho de iniciação. Não precisará fazer tanta coisa.

- Não Damon, muito obrigada. Eu já pensei em algo, alias tinha alguma coisa em mente caso você falasse sobre o emprego. Por isso já tomei minhas iniciativas. Vou trabalhar na livraria, ao lado da padaria. Eu pelo menos sei o que fazer e ninguém ali me conhece.

- Tem certeza que é isso que quer? – Suas sobrancelhas estavam flexionadas e seu olhar era intenso.

- Sim. – Finalmente respondi.

-Ok, então amanhã iremos até a tal livraria. Já que agora já é tarde. Quer fazer alguma coisa?

- Como assim? – O perguntei.

- Bem... hoje mais cedo nós tomamos café, vimos filmes e almoçamos juntos. Quero saber se quer fazer mais alguma coisa.

- Não, obrigada. Estou cansada, vou para casa. – Respondi.

- Eu te levo. – Logo rebateu.

- Não precisa, eu mesma vou sozinha. – Sorri.

- Eu te levo Elena. Pode deixar, já me recusou o emprego, não vai recusar um simples carona, vai?

- Tudo bem.

Damon não tirava os olhos das ruas. Ouvia o som de Adele no fundo, a voz dela me confortava. Nós não trocamos uma palavra durante um longo percurso.

- Porque insiste me ajudar mais que peço? – Abria minha boca sem pensar.

- Como? – Finalmente retirou a atenção dos volantes.

- Nada. – Tentei concertar a merda que havia feito. Ele sorriu.

- Você me pediu ajuda, estou te ajudando. Sou seu amigo. – Não respondi nada, apenas fiquei quieta antes que pudesse falar outra coisa parecida.

Assim que chegamos, Damon estacionou o carro em frete do prédio. Quando estava abrindo o carro Damon me puxa.

- Não vai se despedir? – Nós estávamos muito próximos.

- Desculpe, boa noite Damon. – O respondi. Depositei dois beijos em sua bochecha e logo saí. Avistei seu carro sumir devagar. Tudo o que queria era tomar um longo banho e deitar em minha cama e repensar em tudo que fiz. Será que fiz a coisa certa? Será que isso vai dar certo?

E qual era o meu problema? Eu ficava me questionando o tempo inteiro sobre as mesmas coisas. Meu mesmo pensamento doentio e travesso. Damon vinha em minha cabeça e eu sabia como agir. Eu não o quero, eu apenas quero sua amizade. Estávamos indo tão bem, eu tinha que estranhar tudo com essa minha cabeça oca.

Altas reações refletiam ao meu corpo, ultimamente nunca pensei que podia dizer estou livre, não quero mais me prostituir. Eu não preciso. Eu não quero. Hoje era um dia brilhante, o sol invadia o meu quarto. Meus olhos coçavam, estava leve, de bem com a vida. Acho acordei muito bem para alguém como eu.

Dirigi-me a sala e Carol estava deitada no sofá, havia uma garrafa de vodca ao seu lado. Ótimo. Estava caída na verdade, seu braço direito caía sobre o chão. Seus cabelos tampavam seu rosto. Oh não... Seu rosto estava inchado como se tivesse chorado a noite inteira. Estranhei por não a ouvir ontem.

A cutuquei cuidadosamente, ela se remexia e logo pulou do sofá e me olhou estranha. O que diabos havia acontecido com ela?

- Carol? Você está bem? – Ela olhava para todos os cantos, como se tivesse com medo. Logo se acalmou e finalmente me respondeu.

- Lena? – Coçou os olhos. – Oh Lena me desculpe! – Correu para os meus braços e me deu um abraço forte. Deus!

- Carol? O que aconteceu? Olhe para você. – Segurei sua face entre minhas mãos. – Está com o rosto inchado, estava chorando?

- Não. – Distanciou-se. – Não foi nada. – Seus dedos limpavam sua pele. Ela se escondia, estava virada contra mim.

- Carol? – Sussurrei. – O que foi? Fala-me. – A implorei.

- Já disse que não foi nada Elena! – Ela correu para o seu quarto e o trancou. Permaneci em silencio por alguns segundos. Olhei para o sofá e organizei as almofadas e retirei a garrafa do chão. O que havia acontecido com ela? Porque chorou? Ela havia chorado.

Dirigi-me para a cozinha e lavei as louças sujas. Joguei a garrafa fora e logo ouvi a companhia tocar. O que será agora? Olhei para o relógio marcava exatamente oito e trinta e duas da manhã. Abri a porta e me deparei com Klaus.

- Klaus?

- Oi Lena, desculpa por entrar assim. – Ele entrou apressado. – Carol está no quarto?

- Ei! Espera! O que está acontecendo com ela? Quando cheguei na sala mais cedo, me deparei com ela jogada no sofá e uma garrafa de vodca ao lado. Não vê-la enquanto não me explicar. – Ele suspirou fortemente.

- Carol não quer que você saia da casa. – Falou de olhos fechados, como se não quisesse ver minha expressão.

- Como? – Então a culpa era minha?

- Isso que ouviu. Ontem anoite ela me ligou chorando, eu não entendia o que ela me dizia. Eu queria vir aqui para saber como ela estava, mas era muito tarde. Quando ela me ligou estava na rua. Depois me enviou um torpedo para eu não a ver ontem, mas sim hoje. E aqui estou. Vocês não conversaram?

- Bem eu tentei, mas tudo que ela falava era que não estava ocorrendo nada.

- Estranho. Deve estar magoada.

- Desculpa, eh... quer falar com ela?

- Sim. Permita-me?

 - Tudo bem. – Respondi. Abracei-me forte. Eu sabia que eu iria causar isto nela, sabia que ela não iria aceitar isso. Era tudo minha culpa. Como eu queria falar com ela agora...

Avistei Carol nos braços de Klaus, ela olhava para o chão. Eu quero abraça-la.

- Carol... – Sussurrei.

- Lena. – Ela sorriu. Todos nós sentamos no sofá.

- Carol, Klaus me explicou porque está deste jeito. E quero te pedir desculpas, sei que nós passamos momentos juntas, somos como irmãs, mas eu precisava ter o meu espaço e não depender tanto de ti. Agora que estou reformando minha vida achei que este seria um bom passo, mas como vejo não é. Desculpa-me, por favor. – Ela me olhava com carinho. Sorriu e logo me deu um forte abraço.

- Não irei a lugar nenhum, por enquanto, o que acha?

- Se é o que quer. – Sorriu. A abracei novamente. Ouvi o meu celular tocar. Logo corri para atendê-lo. Vi que era Damon. Oh droga... Esqueci-me deste detalhe.

- Alô.

- Elena?

- Sim.

- Estou aqui em baixo do seu prédio, está pronta? – Definitivamente não.

- Sim, am... espere só alguns minutinhos, já vou descer.

- Tudo bem. – Logo desligou.

- Carol, Damon está me esperando lá em baixo, eu já volto em algumas horas. Klaus, pode ficar com ela?

- Sim, claro. – Sorriu.

- Obrigada. – Corri para o meu quarto e peguei um vestido qualquer formal. Coloquei sandálias e fiz um coque alto no cabelo. Peguei minha bolsa e desci.

Damon estava parado em frente ao carro conversando com uma moça dos cabelos morenos e ondulados, não muito longos. Era se não me engano a moça que se encontrava na casa de Damon quando o procurei. O que ela estava fazendo aqui? Aproximei-me e logo os dois olharam para mim.

- Olá. – Cumprimentei-os.

- Elena. – Damon se aproximou e me deu um beijo na bochecha.

- Olá, eu sou Mila. Prazer. – Ela sorria abertamente. Segurei sua mão e logo respondi.

- O prazer é todo meu. – Sorri.

- Então... eu já estava de saída, foi ótimo falar com você Damon. E Elena, foi um prazer conhece-la. – Apenas sorri. Damon abriu a porta do carro para mim.

- Ela era a moça que estava na sua casa há um tempo não é?

- É sim. Ela é uma boa pessoa.

- Percebi. – Murmurei.

- O que foi? Estava tão calada. – O olhei com desaprovação.

- Calada? Acho que hoje foi o dia em que mais conversamos aqui. – Ri abertamente.

- Realmente. – Concordou.

- O que foi Damon? Não espera que eu esteja com ciúmes, certo?

- Não sei. – Deu de ombros.

- Damon eu não estou com ciúmes. Não mesmo. – Sorri.

- Entendo.

- Entende o que?

- O que diz.

- Você é tão confuso às vezes. – Sorri.

Nunca havia entrado naquela livraria, ela era bastante grande. Quantos livros! Assim que entramos fomos recepcionados por uma moça ruiva dos olhos claros. Ela usava óculos vermelhos e seu cabelo estava preso em um rabo-de-cavalo.

- Posso ajuda-los?

- Pode sim, estou em busca de um emprego e quero saber se há vagas.

- Bem, eu não posso te dar esta informação, mas a Sra. Winslet pode. Ela é dona da livraria. Por favor, me acompanhe. – A seguimos passando por um longo corredor aonde era rodeados de livros, todos os móveis eram feitos de madeira e parecia uma madeira antiga. Os livros eram bastante antigos também.

- Posso ajuda-los? – Tomei um susto, estava tão focada em essa brilhante livraria.

- Olá, sou Elena Gilbert, estou a procura de um emprego e gostaria de saber se aqui há vagas disponíveis.

- Há sim minha querida. – Ela sorriu. Sra. Winslet era fina e muito bonita. Claro, era de idade, mas muito sorridente, era impossível não se encantar.

- Ah, que ótimo. – Sorri.

- Bem, temos vagas como uma ajudante.

- Tudo bem, eu aceito.

- Amanhã poderá vir aqui trazer seus documentos e bater um pequeno papinho comigo. – Ela sorriu.

- Tudo bem, foi um prazer conhece-la Sra. Winslet.

- O prazer foi meu, querida.

Assim que saímos era visível o sorriso no rosto de Damon.

- O que foi? – O perguntei.

- Nada. – Ele respondeu ainda sorrindo.

- Fala! – Insisti.

- Bem, já conseguimos a primeira missão, agora vamos para a segunda.

- Que segunda? O que é?

- Você verá.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

pov totalmente da Elena, gostaram? Sim? Não? Até beijos