Without You! escrita por kaulitz girl


Capítulo 63
Capítulo 62




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/26371/chapter/63

Tom – Pensava que era da empresa, por isso é que não atendi. – Desculpou-se. – Onde é que ele está?
Eu – No quarto! – Apontei – Mas graças ao Bill, o problema está resolvido.
Tom – Não! Este vem para aqui, e já pensa que ocupa o meu lugar como pai? – Levantou o tom de voz.
Bill – Não estou aqui para ocupar o lugar de ninguém!
Tom – Não é o que parece!
Eu – Por favor. – Cerrei o punho. – Tom Kaulitz! – Gritei-lhe – Pára de agir como puto que eu conheci há não sei quantos anos atrás! – Pedi. – Vai para o banho imediatamente e vai falar com o teu filho! – Ordenei.
Tom – Eu já não sou o puto que tu conheceste! – Levou aos mesmos termos.
Eu – Tom… - Bufei. Ele olhou-me ainda colérico e cerrou o punho – Desculpa. – Ele descontraiu.
Tom – Vou tomar banho. – Avisou indo e direcção ao quarto.
Bill – Er –
Eu – Tens de resolver as coisas com o teu irmão. – Olhei-o – Por favor.
Bill – Ele não me suporta. – Encolheu os ombros.
Eu – Porque talvez tu e ele nunca tenha conversado a sério.
Bill – E não me parece que isso venha a acontecer.
Eu – Não sabes. – Tentei animar.
*
Tom – Sara! – Gritou da sala. Corri até ao seu encontro, beijei-lhe as faces rosadas e sorri. – O que foi? – Arqueou o sobrolho.
Eu – O meu pai veio passar os últimos dias cá a casa.
Tom – Ah! – Exclamou.
Eu – Ele está mesmo a chegar, foi só comprar umas coisas.
Tom – Tudo bem. – Concordou – O Jonh?
Eu – Está no quarto.
Tom – Eu vou ter um bocadinho com ele.
Eu – Muito bem. – Vi-o entrar no quarto de Jonh.
Passado pouco tempo o toque da campainha soou, levantei-me de sobressalto do sofá e fui até à porta.
João – Sara. – Abraçou-me.
Eu – Como vais? – Ajudei a pegar na mala que ele tinha e fechei a porta.
João – Óptimo – Sorriu amavelmente – Como está o Tom? Os meus netos?
Tom – Nós estamos aqui. – Apareceu com Jonh. – Como vai? – Estendeu a mão.
João – Bem, e tu, rapaz?
Tom – Também. – Gracejou olhando-me de seguida.
Jonh – Olá avô – Abraçou-o.
João – Como vais, criança?
Jonh – Criança? – Rimo-nos.
João – Estava a ver a tua reacção. – Provocou.
Jonh – E que reacção. – Bufou entre dentes.
João – Então e quando é que se mudam para Berlim?
Eu – Em breve.
João – E tu Tom, como vai ser?
Jonh olhou-o e esperou por uma resposta breve e concisa.
Tom – Vou-me mudar para uma casa que faz parte de uma herança de família.
João – Vais viver com a Marisa?
Tom – Vou.
João – Era assim que cada um devia ter vivido desde que vos conheço como casais.
Jonh – Ou não. – Replicou.
João – Bem, Sara, preciso que hoje à noite vás a um restaurante.
Eu – Fazer o quê? – A minha expressão mudou para algo curioso.
João – Hm… preciso que me vás buscar umas coisas antes de eu partir para Portugal, uma velha amiga minha vai-te dar uma coisa para mim.
Eu – Porquê que não podes ir tu?
Tom – Deixa de ser assim, Sara. – Riu-se.
Eu – Eu só não estou a ver porquê que tenho de ir.
João – Deixa a curiosidade de lado, faz lá este favor ao teu velho pai que está prestes a voltar para a sua terra natal.
Eu – Sim, tudo bem. Eu vou.
João – Não esperava outra resposta.
Tom – Nem eu.
Eu – Mas o que é que tu tens a ver com isto?
Tom – Eu? Eu nada, acabei de chegar a casa, achas que sei?
Eu – Hm… - olhei-o de lado.
João – Muito bem, onde é que eu vou dormir, esta noite?
Tom – Eu levo-o lá. – Fez sinal e seguiram pelo corredor.
Jonh – O avô estava estranho. Muito misterioso.
Eu – Também acho.
Sentei-me no sofá e Jonh imitou-me, ficámos a ver um filme até que o meu pai se juntou a nós. Tom foi para o escritório trabalhar enquanto nós convivíamos. Passamos umas horas assim até que o Tom saiu do escritório.
Tom – Vou sair. – Vestiu o casaco.
Eu – Divirtam-se – Continuei a olhar a televisão.
João – Tom, sei que não tenho nada a ver, mas vais onde? – Tom olhou ainda atordoado para o meu pai e abanou a cabeça.
Tom – Eu vou ter com a Marisa. – Disse confuso.
João – Não! – Levantou-se – Eu estive a pensar se podíamos fazer alguma coisa, os três. – Apontou para ele e para o Jonh. – Os três homens, o Jonh já tem idade para sair à noite para um bar e assim e mantemos a conversa em dia.
Tom olhou o telemóvel. Depois voltou a encarar o meu pai e levou a mão ao bolso do casaco.
Jonh – Era genial! – Levantou-se também.
Tom – Ela tem coisas para fazer. – Encolheu os ombros – Por mim, tudo bem.
Eu – Óptimo, então eu vou-me embora. – Peguei na mala.
João – O restaurante é aquele que fica junto do lago.
Eu – Lago?
João – Aquele onde eu e a tua mãe te levámos uma vez.
Eu – Ah! – Agasalhei-me – Até logo então.
Jonh - Até logo – Deu-me um beijo na testa.
Acenei e saí de casa. Caminhei até ao local indicado pelo meu pai. Segundo ele, seria loira. Sentei-me numa das mesas e aguardei que alguém viesse ao meu encontro. Mas nada.
- Desculpe o atraso, mas está um bocado de trânsito e eu – Calou-se ao pousar a mala em cima da mesa.
Eu – Marisa? – Levantei-me.
Marisa – Enganei-me na mesa. – Voltou a pegar na mala e virou costas.
Eu – Não. – Alertei, ela voltou-se e fixou o olhar no meu com uma certa repulsa. – Eu já entendi tudo.
Marisa – Tudo? – Franziu a testa – Tudo como? – Olhámo-nos – Não… - Murmurou – O teu pai não era capaz.
Eu – Eu sabia. Acabaste de me dar as certezas das certezas.
Marisa – Ele não me faria isso!
Eu - Também me enganou. Agora percebo porque é que ele não queria que o Tom fosse ter contigo. – Voltei a sentar-me – Senta-te – Pedi.
Marisa – Não. – Contrariou mantendo-se no mesmo sítio.
Eu – Temos de falar. Agora sim, temos de esclarecer tudo. – Ela sentou-se.
Marisa – O que é que queres falar?
Eu – Sobre todos estes anos. Eu não percebo porque é que te foste embora, sem mais nem menos.
Marisa – Nem eu sei… - Murmurou roucamente – Simplesmente fui invadida pelo ódio e depois, o Bill ouviu uma conversa contigo e com o Tom e fomos embora.
Eu – Mas naquela conversa, eu –
Marisa – Eu já sei tudo, escusas de te explicar.
Eu – Sabes que eu te teria ajudado a criar a criança, não sabes?
Marisa – Sei. – Concordou cruzando os braços enquanto me observava.
Eu – Eu era a tua melhor amiga, caramba, porque é que me abandonaste? Fizeste-me demasiada falta e tenho a certeza que a minha ausência também não te foi indiferente.
Marisa – Sabes bem o quanto eras importante para mim.
Eu – E morreu assim?
Marisa – Aconteceu… - Encolheu os ombros.
- O que desejam para jantar?- um rapaz com um guardanapo branco no braço perguntou.
Eu- Nada, traga só a conta da garrafa de água!- disse e mostrei a garrafa, ele anuiu com a cabeça e saiu.
Marisa- Não iamos jantar?
Eu- E vamos!- o rapaz trás a conta e pago e saimos.
Marisa- E onde?
Eu- Já vais ver, é aqui perto!- andamos um pouco e entramos num Macdonald's.
Marisa- Vamos comer um hamburguer?
Eu- Claro, hoje vamos recuperar o que eramos!- Marisa olha para mim e fica no mesmo sitio.
Marisa- Não me parece!
Eu- Deixa-te de ser nojenta, tu não eras assim!- arrastei-a até ao balcão e fizemos os nossos pedidos.
Marisa- E posso saber qual é o teu plano?- pomos os tabuleiros numa mesa.
Eu- Depois daqui vamos a um bar!
Marisa- Andas empenhada!
Eu- E tu tambem por isso, para te fingires de desinteressada!- ela elevou o sobrolho eu olhei-a seria e depois desatamos a rir.
Marisa- Vamos para aquela janela!- aponta para uma mesa à beira da janela que dava visão para o campo de futebol.
Eu- Tu queres é ver os treinos!- levantamo-nos e fomos para as tais mesas.
Marisa- Daqui tens uma vista muito melhor!
Eu- Eu sei, quando costumava vir para aqui com o Tom e o Jonh eles viam os treinos e eu apreciava!- olhavamos as duas pela janela.
Marisa- Viste bem o traseiro daquele!
Eu- Não, os peitorais do loiro é que matam uma pessoa!- olhamo-nos e voltamos a rir. Peguei na coca-cola e bebi.
Marisa – Matam… - Repetiu fitando-me seriamente.
Ficámos novamente em silêncio. Ela desviou o olhar e começou a comer sem fazer qualquer tipo de som. Um ardor apoderou-se de mim. Sentia-me como que nervosa e com vontade de ter a amizade que tínhamos de novo, sem qualquer tipo de rodeios. Mas, neste momento, parecia algo difícil.
Eu – Como vão as coisas com o Tom? – Perguntei tentando ter algum tema de conversa.
Marisa – Boas. – Encolheu os ombros. – A tua filha já apareceu? – Trincou o pão.
Eu – Não… - Baixei o olhar.
Marisa – Lamento. – Levou uma batata frita à boca – Mas ela vai aparecer, de certo que sim. – Olhou para o tabuleiro – Não puseram molhos –‘
Eu – Lá se vai a dieta. – Soei algo divertido.
Marisa – E que dieta. – Riu levantando-se.
Procurou algo num outro tabuleiro e voltou a sentar-se à minha frente.
Marisa – Toma. – Deu-mo. Agradeci continuando a comer. – Sabes… acho que o Ryan começou a esquecer a Allyson…
Eu - Isso é óptimo. – Sorri forçadamente.
Marisa – Já não sei. – Acabou o hambúrguer – Ele não está feliz. – Bebeu a Coca-Cola – Não comes – Riu – E eu estou aqui a comer que nem uma fobada. Desculpa, mas estava cheia de fome
Eu – Não há problema, eu é que não estou com muito apetite.
Marisa – Pois… - Olhou para o meu tabuleiro.
Eu – Podes comer. – Ofereci.
Marisa – Obrigada - Começou a comer – Não te importas? – Falou de boca cheia.
Eu – De certeza que cresceste? – Ri-mos as duas.
Marisa – O meu gosto pelo MacDonald’s nunca muda. – Gabou.
Ri-me. Ao fim de algum tempo, caminhamos até um bar próximo. O ambiente era algo tranquilo, música dos anos 80, estilo antigo e acolhedor.
Pedimos dois cafés e continuámos sentadas junto ao balcão.
Eu – Ainda me lembro desta música. – Comentei. – Passámos muitas vezes a cantá-la em cima da minha cama. – Bufei.
Marisa – Sara… - Chamou-me. – Obrigada por tudo o que fizeste por mim. – Sorriu e deu um gole no café.
Eu – E eu agradeço-te pelo mesmo. – Retribuí.
Marisa – E desculpa-me… - Murmurou.
Eu – Se eu não tivesse ficado com o Tom, isto seria muito mais fácil, não era?
Marisa – Não! – Quase gritou – Claro que não. – Falou roucamente.
Eu – Sim… - Assenti.
Marisa – Então e como vão ser as tuas coisas com o Bill? – Mudou de assunto.
Eu – Vamos para a casa do meu pai, ele vai para Portugal, como tu sabes, e depois, vamos abrir um atelier.
Marisa – Ena! – Exclamou – Muito bom, sempre foi o teu sonho. – Congratulou. – É…óptimo para vocês.
Eu – É… - Sorri orgulhosa – As coisas não foram resolvidas a tempo. Acho que foi o problema desta troca.
Marisa – Sim. – Concordou – Nenhum de nós agiu como correcto, se repensares bem.
Eu- Bem, passado é passado, e por mais voltas que dermos, nunca o vamos mudar. Agora é pensar no futuro!
Marisa- Oh rapazinho!- chamou o rapaz que andava a servir às mesas.
- Deseja mais alguma coisa?
Marisa- Dois licores Beirão com gelo!
Eu- Se houver cá licor português!
-Por acaso temos!
Marisa- Então era isso!- o rapaz volta a afastar-se e depressa volta com o nosso pedido.
Eu- Isto faz-nos lembrar quando andavamos a roubar licor aos nossos pais!
Marisa- Vamos brindar ao nosso futuro!- pegamos nos copos.
Eu- E lembra-te, brindar sem beber são-
Marisa- Cem anos sem fuder!- bebemos o conteudo dos nossos copos.
Eu- Então já soube que tu e Tom recuperaram a quinta antiga!
Marisa- Sim, está a casa dos meus sonhos!
Eu- E do Tom também!
Marisa- Talvez o proximo natal seja lá, como nós gostariamos que fosse já à muito tempo!
Eu-Todos juntos, mas para isso os gemeos têm que se entender!



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

QUERO MUITOS REWIES PLEASEEE :(



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Without You!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.