Without You! escrita por kaulitz girl


Capítulo 39
Capítulo 39




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Eu- Pelo menos vamos para o quarto!!- ele pega em mim e eu entrelaço as pernas na cintura dele, os beijos não tinham intervalo, o que nos estava a dar dificuldade em respirar, entramos no quarto e ele deita-me na cama, sem parar o contacto que tínhamos.

Tom- É melhor ir fechar a porta!!- ele levanta-se e eu puxo-o para mim, a minha camisola voou e a dele não demorou muito tempo, puxei-o pelo piercing, as mãos dele percorriam o meu corpo, os meus calções ganharam o mesmo destino que a camisola, procurei o botão das calças dele e acabei por tirar-lhe as calças, dei um volta na cama e fiquei eu por cima, depositando vários beijos no peito dele, ele faz-me virar outra vez.
Eu- Assim, não vale!!
Tom- Já devias saber- beijou-me o peito enquanto me tirava o sutian- que eu- a sua língua brincava no meu ventre - gosto de ficar por cima!!- disse com um sorriso malandro, eu puxei-o pelo pescoço e dei-lhe um beijo longo - Podíamos ter outro filho!!- percorreu com a mão o meu corpo.
Eu- oh não 2 já dão muito trabalho!!
Tom- Mas não custava nada!!- desceu com a mão até às minha cuecas.
- Pai que estás a fazer!?
Tom parou de me beijar e olhou para trás.
Tom – Ally? – Saiu de cima de mim e olhou-a.
Ally – O que é isso? – Apontou para as partes baixas de Tom. Ri-me.
Eu – Ally… - Tentei controlar o riso enquanto vestia a minha camisola.
Ally – Estavam a fazer o quê?
Tom – Eu vou à casa de banho. – Saiu do quarto atrapalhado.
Mika – Porque é que estavam naquele estado?
Eu – Porque… - Fiz sinal para ela sentar-se ao meu lado. Obedeceu. – Sabes que os pais costumam fazer amor não sabes?
Ally – Sei.
Eu – Então, nós estávamos a fazer amor. – Esclareci.
Tom saiu da casa de banho e levou a mão à cara enquanto olhava Ally.
Ally – Estavam a fazer amor pai?
Tom olhou para mim embaraçado.
Tom – Pois… er… estávamos. – Disse. – Porquê?
Ally – Eu também quero fazer amor. – Disse. – Eu sei que não sou mãe nem pai mas quero fazer amor.
Tom – Só podes ser mãe. – Disse. – E não podes fazer amor agora.
Ally – Porquê? – Perguntou indignada.
Eu – Porque és muito nova.
Tom – Quanto mais tempo estiveres longe de rapazes, melhor!
Ally- Para que quero rapazes?
Eu- Sabes, para fazer amor é preciso um rapaz e uma rapariga!!
Ally- É assim que se fazem os bebés?
Tom- Sim!- sentou-se à nossa beira- No futuro, os rapazes vão querer fazer isto contigo, ouve aquilo que o pai te diz, não deixes!!
Ally- Porquê!? Vocês gostam quer dizer que é bom!!- apetecia-me soltar uma gargalhada com a expressão que o Tom estava a fazer.
Tom- Ah... o pai e mãe fazem porque gostam um do outro e são casados!!
Ally- Então só faço quando eu gostar de um menino e o menino gostar de mim?
Tom- Sim, mas só daqui a muito tempo!!
Eu- Quando estiveres pronta, tu vais saber.
Ally- Já posso ter bebés?
Eu- Não, ainda não, mas daqui a pouco tempo, vai acontecer uma serie de transformações no teu corpo, e vai aparecer uma coisa que não é nada confortável!!
Ally- O quê!?
 Eu- O período, só quando isso acontecer podes ter bebés!!
Ally- Isso é deitar sangue daqui!!- diz a apontar para o meio das pernas dela.
Eu- Sim, mas não quer dizer que tenhas logo que fazer bebés!!
Ally- Eu sei, a Paula já tem e ainda não tem bebés!!
Eu- Mas a Paula é mais velha que tu!!
Ally- Mãe, o pai também tem o período?
Tom- Graças a deus não!!
Eu- Daqui a um ano eu volto a falar contigo com mais calma!!- ela dá-me um beijinho e sai.
Tom- Vou ter de andar de olho nela!!
Eu- Deixa-te de ser pai galinha, ela vai saber defender-se sozinha!!
Tom- Está tão grande!!
Eu- Cresceu!! Daqui a pouco tempo vai estar mais alta que eu!!- vesti os calções - Devias ver a tua cara quando ela apareceu!!
Tom- Não estava à espera!!- beijou-me.
Eu- A tua sorte foi ela não perguntar o que foste fazer à casa de banho e em não insistir no " o que é isso?"- imitei a voz dela.
Tom- Vez que piada!!- fez-me cócegas.
Eu- Pára Tom!!- disse a rir.
Jonh- Mãe, tenho fome!!
Eu- Os teus filhos não me dão descanso!!
Tom – Como é que a Ally está?
Eu – Mal. – Respondi dando um gole na água. – Não aguento vê-la assim. – Admiti. – Temos de fazer alguma coisa Tom, eu não quero ficar assim com a Ally.
Tom – Eu sei. Podemos tentar fazê-la entender que –
Eu – Já falei com ela. Ela está decidida Tom. – Interrompi olhando-o estarrecida. – Como é que correu o trabalho? – Mudei de assunto tentando animá-lo.
Tom – Mal. O Ryan… - Tentou controlar o seu ardor – Ele… nunca se deu lá muito bem comigo em termos profissionais, mas… desta vez estava no extremo. – Bufou – Mas soube separar as coisas.
Eu – Ao menos isso. – Tirei a mala de cima da bancada e verifiquei se tinha tudo lá dentro.
Tom – Às vezes… - Olhei-o, estava encostado à ombreira da porta, mantinha os braços cruzados e o olhar vazio. – O Ryan é o filho que eu reneguei. – Admitiu cabisbaixo. – O Ryan… é o meu filho e o dela. O filho que sempre apareceu nos meus remorsos. – Tentei conter as lágrimas. – E agora… encontro-o, como namorado da minha filha. – Sorriu de raiva – Já viste a minha sorte?
Eu – Tom …- Abracei-o. Ele passou as mãos pelos meus cabelos tentando reconfortar-me. Mas na verdade, era ele quem estava pior nisto tudo. Era ele quem sofria em silêncio. – Será que valerá mesmo a pena continuarmos nesta mentira? – Ele elevou o meu queixo e fixou o olhar no meu.
Tom – Desde que vocês estejam bem. – Sorriu-me. – Eu aprendo a estar bem. – Desviou-me o cabelo da cara. – Não te preocupes comigo. – Sorriu-me forçadamente.
Eu – Tu –
Tom interrompeu-me tirando as chaves de cima do móvel.
Tom – Queres que te leve ao trabalho?
Eu – Não é preciso. Podes ficar aqui. – Abanei a cabeça.
Tom – Tudo bem. – Encolheu os ombros. – Eu tenho de… rever uns casos e –
Beijei-o.
Eu – Até logo. – Saí indo em direcção à garagem. Entrei no carro e conduzi até ao atlier. Até lá. Tinha muito que chorar. Lágrimas de pânico. Lágrimas que absorvi ao entrar pelas portas do meu escritório.
-Tudo bem Sara? - cumprimentou-me a recepcionista.
Eu- Tudo!!
-Não parece!!- continuei a andar até à minha porta, respirei fundo e entrei.
Eu- Boa tarde!!- saudei com má cara, pus o casaco em cima da cadeira.
Bill- Só se for para ti!!- pus a mala em cima da mesa e fui buscar um copo de agua, para me acalmar.
Eu- Não estou com a mínima disposição para te aturar!!- deixei-me sentar na minha cadeira.
Bill- O arrependimento custa!!
Eu- Se tu o dizes quem sou eu para duvidar? - tirei os esboços da pasta.
Bill- Senão tivesses ficado com aquele traste, nada disto estaria acontecer!!- bati com as mãos em cima da mesa e levantei-me.
Eu- Queres letra, é letra que vais ter!!- sai do meu lugar, e encarei-o frente a frente. - Diz-me que mais pensas de mim!?
Bill-...
Eu- Anda Bill, fala agora tudo, sê homem uma vez na vida e encara-me!!
Bill- O que queres que te diga?
Eu- Então Bill, estás a perder qualidades!!
Bill- Desde quando te tornas-te tão cínica?
Eu- Quem mudou não fui eu, quem fingiu ser o que não era não fui eu!!
Bill- Porque não desapareces da minha vida!?
Eu- Tu é que tens o dom de entrar e sair da minha vida quando bem queres e te apetece, volta para o sitio de onde vieste, deixa a minha família em paz!!- ele levanta-se e fica mais alto que eu.
Bill- Queres que eu diga o que tu és?
Eu- Estou à espera!!
Bill- Falsa, Traidora, Cabra!!- soletrou a ultima palavra, a raiva apoderou-se de mim mas controlei as lágrimas de caírem naquele exacto momento.
Eu- O Tom tem razão, tu morreste, nunca devias ser desenterrado, tu morreste no dia em que me deixaste, morreste naquele rio, onde prometi que nunca mais ia chorar por ti, morreste junto com parte de mim, a parte frágil, a parte inocente, a parte burra!!
Bill- Não, eu estou bem vivo, mesmo à tua frente!!- o seu olhar atingiu o meu como de duas flechas se tratassem.
Eu- Tens razão, se calhar quem está morta sou eu, a única coisa que me mantém aqui é a minha família, que tu fazes questão de destruir, tu fazes de tudo para me matar, que mal te fiz eu!? Eu sim tinha motivos para te odiar, mas nem isso sou capaz de fazer, por favor Bill, só te peço isto, se te lembras do que já fomos, deixa-me em paz, devolve-me a minha filha, vai embora!!
Bill- Tu não entendes!? Não sou eu o culpado disto, a culpa foi do teu marido, e tua!!
Eu- O Tom pode ter errado naquele dia, mas ele foi o homem que eu sempre precisei, ele esteve ao meu lado para tudo, ele sim protegeu-me de tudo, ele faz de tudo para proteger a família, até sofre em silêncio com isso, mas estás enganado, a culpa não é nossa ou melhor a culpa não é só nossa a culpa é de todos, nunca devíamos ter alimentado uma mentira, mesmo que fosse para proteger os nossos filhos, essa mentira vai-nos fazer perde-los! - Não aguentei mais aquela troca de olhares, virei-me e fui à casa de banho onde chorei o que tinha para chorar.
[ Isa]
“ – Vais ver que vai tudo passar. – Olga tentava reconfortar-me. – Estás sozinha?
Eu – Estou à espera da minha mãe. – Levei a mão à testa. – Ela cismou que tinha de vir para cá.
- Ao menos não ficas sozinha.
Eu – Neste momento, é mesmo isso que me apetece. – Soprei.
- Estou a tentar sair daqui o mais rápido que possa. Mas, Estados Unidos, são Estados Unidos. Vi-te nos piores momentos.
Eu – Não quero falar sobre isso. – Arrumei a almofada.
- Tudo bem. Tenta dar-te bem com a Dona Julia. – Riu-se. – Ela está preocupada.
Eu – Não há motivo.
- O que estás a passar. É mais que um motivo para te acontecer alguma coisa. – Suspirou. – Já alguma vez te perguntaram o que realmente estavas a sentir ou que sempre sentiste nestes últimos 20 anos?
Silêncio. Olhei em frente ao espelho do quarto e vi o meu reflexo. Notei os arranhões. Os olhos vermelhos. O cabelo loiro. Já nada estava igual. As pernas fraquejaram. Caí no chão chorando enquanto agarrava o telefone.
- O que é que sentiste nestes últimos 20 anos Rita? – Solucei – Responde. – Suplicou. – Por favor.
Eu – Não senti. – Respondi fungando. – Eu não senti, nem sinto. – Levei a mão trémula à testa. – Eu não aguento mais isto. Eu não consigo mais. Eu não quero.
- Já falaste com alguém sobre o que estás a sentir?
Eu – Não. – Limpei as lágrimas.
- Se calhar… o melhor é falares com alguém. Psicólogo.
Eu – Não enlouqueci ao ponto de andar num psicólogo.
- Não são só os loucos que andam nisso. – Ripostou. – Fazia-te bem.
Eu – Contar a minha vida a um desconhecido? Não me parece.
- A um desconhecido. – Concordou. – É o melhor. Faz isso. Eu vou ligar para a minha amiga, ela trabalha junto do aeroporto de Hamburg. Ela liga-te assim que puder.
Eu – Mas –
- Está feito e vais comparecer às consultas. – Tocaram à campainha.
Eu – Deve ser a minha mãe. – Disse aborrecida.
- Boa sorte. – Riu-se. – Até amanhã. – Despediu-se.
Eu – Até amanhã. – Desliguei.”
Caminhei até à entrada. Limpei as lágrimas uma vez mais e abri a porta.
Mãe – Finalmente. – Pôs as malas no chão e agarrou o meu rosto. – Estás pálida. – Entrelaçou os dedos no meu cabelo. – Fraca e sobretudo desgastada.
Eu – Oh mãe. – Afastei a sua mão da minha cara e ajudei-a a levar as coisas para dentro de casa. – Quanto tempo pensas ficar aqui? – Fechei a porta.

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