Por Catherine...

Estava chorando no meu quarto, simplesmente meu mundo havia acabado em um só dia. Queria acordar perceber que tudo foi um sonho, que não teria que ir embora deixar tudo e afinal que canalha... Como pode nunca ligou para mim, agora decidi que tenho que ter uma vida melhor e minha mãe não tem condições para me proporcionar isso.

– Oi – disse uma voz que já conhecia muito bem

– Vai embora, não estou a fim de discutir – suspirei

– Quem disse que estou aqui para discutir – ele respondeu

Virei-me surpresa o encarando, então Lou abriu os braços e veio em minha direção com um abraço caloroso. Confesso que por mais estranho que aquilo pareça, foi tão bom e era tudo que mais precisava naquele momento... Um abraço.

Não palavras que tentasse me confortar, mas, sim um gesto que me fizesse sentir segura por um só momento.

Por Lou...

Porque eu estava lá? Ainda por cima tão preocupado, eu e a Cate nunca nos demos bem, mas, no fundo eu não a odiava. Apenas não gostamos um do outro, agora estou aqui a abraçando e ela está chorando nos meus braços.

E não quero a soltar mais, até conseguir colocar um sorriso em seu rosto e não estou entendendo mais nada.

Por Catherine...

Chorei por tanto tempo nos braços dele, que não sabia explicar, mas, aquilo me fez um bem.

Vocês devem estar me achando louca de chamar o Rogério de canalha, porém, é a verdade até posso entender que ele teve motivos para me abandonar e só o porquê nunca me procurou antes? Nunca quis dinheiro, preferia um pai do qualquer outra coisa material e enfim esse não é maior problema.

Sabe qual é o maior motivo dele ser canalha, é que ele se aproximou de mim, me fez simpatizar e gostar dele. Agora quer me levar embora para o país dele, vou ter que mudar minha vida toda e me afastar de todos meus amigos.

Não era justo, sabia que não estava fazendo tempestade em copo d’água e sei de uma coisa não vou viajar de jeito nenhum. Nem por um por ano, muito menos um por só mês e daqui não saio.

- Está melhor? – ele perguntou

- Obrigada Lou – forcei um sorriso – Precisava de um abraço, se quiser já pode ir

- Não – ele disse – Eu sei que você não está bem, quer desabafar?

- Com você? – eu o olhei – Não vou te encher de problemas, deixa agüento até a Charlotte chegar

- Que isso – ele respondeu – Sei que não é algo bobo, afinal da para ver nos seus olhos o quanto está triste e nunca te vi chorar tanto. Não somos melhores amigos, mas, te conheço desde pequena e seria injusto te deixar sozinha nesse momento

- Nossa – respondi – Ok já que se quer me escutar, senta que é uma longa história

Contei exatamente tudo desde quando descobri sobre o Rogério, o dia que ele veio aqui em casa, a primeira vez que sai com ele, porque fui abandonada por ele e meus avôs. Voltei a chorar no meio da história, aquilo ainda me deixava abalada e juro que quase vi o Louis chorar também o que seria muito estranho.

Depois expliquei o que minha mãe havia me contando hoje que eles decidiram que vou para o Brasil, ficar durante um ano e se depois eu quiser posso voltar.

- É – ele disse – Não sei nem o que te dizer. Mas, concordo com você não é justo te tirarem daqui

- Verdade – suspirei – Eu sei que minha mãe não pode me dar tudo...

- Mas, meus pais te dão – ele sorriu – Na boa se sabe que sempre te irritei, porém, meus pais te amam como filha e te ajudam, pois, você merece. Se sempre trabalhou para conquistar tudo o que teve, admiro isso

- Esse é o mesmo Louis Tomlinson que eu conheço? – disse

- Viu – ele riu – Eu surpreendo as pessoas

 -Realmente – ri com ele

- Olha como sou de mais – ele sorriu

- Ai meu Deus começou – rolei os olhos – Porque você é demais Tomlinson?

- Pois, eu te fiz rir – ele sorriu – E não começa a rolar os olhos ou me chamar pelo sobrenome, por favor, vamos pelo menos tentar não brincar

- Tudo que eu menos quero é brigar com você agora – suspirei – Não estou com animo nem para isso

***

Quando vi estava deitada na cama com a cabeça no colo do Louis, enquanto ele fazia carinho no meu cabelo e falava bobagens enquanto riamos.

- Se só viaja menino – disse – Mas, então não vai sair com a Eleanor hoje?

- Éer...

- Pode ir – eu o interrompi – Se já me ajudou muito por hoje

- Não – ele respondeu – Já mandei uma mensagem pra ela, falando que estaria ocupado. Vou sair com outra pessoa.

- Ah – respondi – Então é melhor você ir se arrumar

- Ok – ele disse se levantando – Estou aqui daqui 5 minutos, não demora e nem precisa se arrumar muito vamos a um lugar simples

-Vamos? – eu o olhei – Não, desculpa Lou não estou afim de sair

- Não te perguntei nada – ele sorriu – Vai, por favor, eu te escutei a tarde inteira e agora cadê minha recompensa

- Não estou com animo pra sair – respondi

***

Por Louis...

Vê-la chorar me deixava mal, não sei o motivo só que queria transformar aquela noite a mais agradável possível para ela e se pudesse mudaria tudo. É tão triste a historia de ela ser abandona pelo pai, pelos avôs também e viu sabia que aquela cara não era boa pessoa... Porque, ela não pode escolher ficar e pronto.

- Parque de diversões? – ela me olhou – Tomlinson

- Não me chama pelo meu sobrenome Cate – respondi

- Por quê? – ela disse

- Pois, você só me chama quando está brava comigo – respondi sendo sincero – E parque de diversões é lugar legal

- Eu gosto do seu sobrenome – ela riu – É essa a verdade, só não conta para ninguém. Parque de diversões é para crianças

- Então vamos nos divertir criança – eu a puxei pela mão sai correndo para fila da montanha russa

Por Catherine...

Então o Lou pegou na minha saiu correndo me puxando para fila da montanha russa, que a propósito era enorme e confesso que não sou muito fã de montanha russa.

- Boo Bear – sussurrei

- Ta pode voltar a me chamar de Tomlisnon – ele riu

- Eu prefiro assim – respondi sorrindo – Tem certeza que quer ir na montanha russa?

- Claro – ele sorriu – A menos que Catherine você tem medo?

- Eu? – olhei pra ele – Medo até parece

- Tem uma vaga nesse vagão – disse o moço que controlava o brinquedo, acho que é instrutor

- Pode ir à senhora – o Lou olhou pra mulher de trás

- O casal vai junto? – o moço que controla o brinquedo perguntou  

- Vamos – ele respondeu

- A propósito não somos um casal – respondi e vi o moço rir

Qual é a graça esse cara ta querendo é apanhar, antes de eu arranjar um barraco e descontar tudo em cima desse fulano, já estava em cima da montanha russa com o Lou.

Por Louis...

Era evidente que a teimosia tinha medo, só não queria admitir e como queria estava certo aquele é o modo. Quando a montanha russa começou a andar ela se agarrou na barra de segurança, logo depois quando vi estava agarrada em mim e passei meu braço na sua cintura... Até que aquilo estava estranhamente muito confortável.

- Ta com medo? – sussurrei

- To – ela disse

- Calma já ta acabando é só mais volta – sorri - To aqui do seu lado, qualquer me abraça apertado e fecha os olhos

Dito e feito ela me abraçou, fechou os olhos. Quando a montanha russa parou eu a cutuquei, a Cate abriu os olhos e o cara abriu a barra de segurança. Eu levantei, depois a ajudei e saímos.

- Depois ainda fala que não são um casal – ouvi o moço do brinquedo falar com a Cate

- Pode pensar o que tu quiser seu idiota – a ouvi responder – Não me importo com que tu acha e nem te perguntei

Tive que me agüentar para não rir...

***

Por Cate...

- HAHAHA – eu ri – Eu ganhei

- Isso é injusto – ele fez bico

- Que dó Lou – eu apertei suas bochechas – Olha que lindo meu ursinho morra de inveja. Quer pra você?

- Eu quero – ele disse

- Mas, não vou te dar – disse sorrindo – Sou malvada

- Feia – ele disse e nós rimos

Ele pegou minha mão, uma segurava o ursinho e outra ele segurava nos guiando.

- Sabe o que foi – ele respondeu – Sinceramente aquele homem não foi com a minha cara, naquela barraca vou tirar um ursão grande e se vai morrer de inveja

- Duvido que seja mais lindo que a Cher – respondi

- Cher? – ele me olhou

- É a minha ursinha linda – sorri