Rock And Roll! escrita por Lucyzia


Capítulo 1
We Will Rock You.


Notas iniciais do capítulo

Esse é o primeiro capítulo da fanfic! Foda, nénão? Espero que gostem e comentem, senão eu vou ficar triste, vou realmente deprimir.
Ah, antes que eu me esqueça, um aviso: Ao longo da fanfic, talvez eu vá precisar de namoradas ou esposas para os integrantes da banda, e para os irmãos da personagem principal. Não é agora, mas quando for, é melhor vocês ficarem ligadas nas notas do capítulo, ok? Ok.
Enfim... BOA LEITURA! S2 :3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/263568/chapter/1

O fim dos anos sessenta tinha chegado, e com ele, o fim da paz dos velhos rabugentos. Todo mundo dizia que os anos setenta seriam anos de mudança, e que o poder de liberdade iria florescer. Para mim isso era idiotice.

Já tinha liberdade demais no mundo. Na minha casa sim, pelo menos. Meus pais não eram tão liberais, mas eles não reclamavam dos tipos nojentos que tinham em nossa família.

Ronald era o filho mais velho. Ele era descolado e curtia o bom e velho rock, mas ao mesmo tempo era arrogante, metido a machão, drogado e cada dia transava com uma menina. Meu pai o adorava, tanto quanto odiava o nosso irmão caçula, Ziggy.

Ziggy com seis anos já era boiola. Eu o vi passar por todas as difíceis fases da vida, já que eu era três anos mais velha. Ele foi gay em todas essas fases, e mesmo tentando disfarçar e virar homem, continuava sendo fresquinho. A vergonha eterna da família.

Os gêmeos eram os mais legais e normais, e eram meus grandes amigos. John e Peter eram um ano mais velhos que eu, mas pareciam bem mais jovens. Não tinham muito tutano, só para esclarecer.

E eu, a aberração da família. Toda a minha família tinha cabelo preto e olhos verdes cor de jade, mas eu era muito diferente. Eu nasci ruiva do olho azul. Isso não é normal, obviamente, já que fugia completamente da aparência da família. Meu pai, achando que minha mãe tinha o traído, bateu muito nela no mesmo dia que eu nasci. Era um cafajeste.

A verdade é que eu era filha de outro homem, sim, e me orgulhava de não ser filha daquele cafajeste que bate em mulher.

Tanto que minha mãe colocou meu nome de Katrina, como se fosse um fenômeno ou uma coisa mortal, ou os dois ao mesmo tempo... Por causa de tudo isso, eu não fui aceita por ninguém durante infância e adolescência, nem por minha família, nem colegas de escola... A não ser por um menino. Meu antigo vizinho, James Patrick Page, mais conhecido como Jimmy P., era a pessoa que eu mais gostava no mundo! O meu melhor amigo de todos os tempos, sem sombra de dúvida. Sendo que ele era alguns anos mais velho que eu.

Mas agora eu já tinha vinte e dois anos, e já era uma perfeita mulher. Eu ainda morava na casa dos meus pai com os gêmeos e o gay, e a vida corria normal. Pessoas fumando, dividindo cigarros, usando a moda mais ridícula que surgisse pela frente, meninas deixando a escola com quinze anos para trabalhar de dançarina (o que era realmente vulgar. Pelo menos pra mim) e os mesmos feriados cheios de comida.

Dia nove de janeiro de 1968. Era um dia meio familiar a mim, mas eu não lembrava, já que era péssima em lembrar datas comemorativas.

Eu assistia TV, vendo um programa chato de desenho ao lado de Peter, que lia uma história em quadrinhos.

– Hoje é Dia de Ação de Graças? – perguntei a Peter, cujo óculos escorregava pelo nariz oleoso, enquanto comíamos pipoca.

– Não. – o garoto estava distraído, mas minha pergunta pareceu óbvia demais para ele.

– Hoje é a Páscoa? – perguntei novamente, nervosa, já que o dia estava na ponta da língua.

– Óbvio que não! – bufou Pet, virando a página do HQ com força.

– Natal?

– Por que quer saber? – o rapaz fechou a revistinha com força. – Você nem acredita em Deus, não é mesmo? Ou você não é mais Ateia?

– Não é isso... – falei, revirando os olhos. – É que eu acho que tem algo errado com esse dia. Existe alguma data comemorativa que eu não sei qual é?

– Nenhuma data comemorativa. – Peter pegou novamente sua HQ.

– Estranho,...

Mas antes que eu pudesse acabar a frase, Ziggy aparece na sala, se sentando ao meu lado.

– Telefone do seu namorado, Katrina! – ele cantarolou, enquanto colocava os pés na mesinha na frente do sofá.

–Eu não tenho namorado, florzinha. – respondi, secamente, acompanhando o cantarolar chato de Ziggy.

– Atenda o telefone, então. – o gay pegou a pipoca de mim e começou a comer. Fui até o telefone no corredor e o puxei de cima da mesa, com certo receio.

– Alô? – sussurrei.

– Katrina! – gritou uma voz rouca e meio nóia do outro lado da linha. – Há quanto tempo!

De repente a data comemorativa de hoje veio à tona na minha cabeça. O aniversário de Jimmy Page!

– James! –berrei. – Por que deixou de me ligar? Por que só ligou agora? Aconteceu algo? Quantas saudades! Feliz aniversário de... Quantos anos mesmo?

– Vinte e nove aninhos! – Jimmy falou, rindo. – Eu ainda lembro quando eu fiz o meu aniversário de vinte anos...

– Você ficou nove anos sem falar comigo, seu malvado! – eu fiquei nervosa. – Por que não me ligou nem nada?

– Eu esqueci seu telefone, e quando estava arrumando a casa, achei a minha antiga agenda onde estava seu telefone. Rezei para que não tivesse mudado.

– Só você, mesmo. – falei, rindo. – Está perdoado. E aí, novidades?

– Meu sonho se realizou! Eu tenho uma banda! – James gritou do outro lado da linha, morrendo de felicidade.

– Aí, que maneiro! – gritei de volta, feliz pelo meu amigo. – Ela já é famosa?

– Ainda não fizemos contrato com a gravadora. Não estamos bem preparados ainda. Mas isso é por tempo limitado!

– Puxa, isso é muito bom. Pena que não posso estar aí... – falei, ficando triste de repente. Eu comecei a brincar distraída com o fio do telefone.

– É sobre isso que quero falar... Você trabalha ou faz faculdade?

– Não... – diminuí meu tom de voz. – O cafajeste do meu pai não quer pagar faculdade, e eu não tenho vocação para trabalhar em nada sem um preparo.

– Mas isso é perfeito! – ele explodiu de felicidade mais uma vez, e eu entrei em um silêncio confuso. – Eu juntei dinheiro para uma passagem de avião até Londres, e eu vou dá-lo a você!

– Tem dois problemas, James: O primeiro é que eu não sei se meu pai e minha mãe vão deixar. E segundo, você ficou louco? Dar o seu dinheiro a mim?

– Se eles não deixarem, você foge. Ah, qual é, Katrina? Você tem vinte e dois anos, e não doze! É bem capaz de fugir. E eu também não preciso desse dinheiro. Estou morando na casa de um amigo, e a casa tem vários quartos. É só eu te mandar o dinheiro por correio que você pode vir aqui tranquila. E aí, posso mandar o dinheiro para você vir aqui ou não?

Eu entrei em um silêncio profundo. Eu, Katrina Davies, a garota mais idiota do mundo, que tem uma família só de lixos, mora na pacata cidade de Heston, vai a Londres? James Page, meu antigo melhor amigo agora tem uma banda, e está me chamando para morar em Londres?

– Isso é sério? – consegui perguntar, meio indecisa.

– Não, não é! Primeiro de abril, Katrina! – percebi que ele estava sendo sarcástico. – Eu estou morrendo de saudades, Katrina! Por favor!

– Mas eu nunca viajei de avião! Eu sou caipira, como vou fazer isso?

– Se eu viajei de avião, você também pode, entendeu?

– Tá. Manda esse dinheiro por correio que eu vou então. Só preciso avisar os meus pais, e se eles não deixarem...?

– Você foge, sacou? – James ficou com a voz cansada.

– Tá, tchau. – falei, colocando o telefone no gancho. Passei alguns minutos com a mão sobre o telefone, até eu avistar que minha mãe estava descendo pelas escadas e corri de volta a sala.


Uma semana depois, o dinheiro veio pelo correio, e junto com ele, uma longa carta de James, explicando como funcionava o sistema do aeroporto. A carta acabou me deixando assustada, mas dois dias depois, eu estava com as malas prontas e me vestindo para sair, o nervosismo tomando conta de mim a cada segundo.

Quando cheguei na sala, todos, até meu irmão Ronald que não morava mais conosco, estava lá. Todos com a expressão preocupada e feliz ao mesmo tempo.

– Então... – comecei, indo até eles e me sentando do lado de John. – Eu fui até a agência de voos aqui do lado e ela me falou que tinha um voo para hoje à noite, para poder chegar lá de manhã cedo. O voo sai daqui a três horas, então, pai – olhei para o homem que eu tanto desprezava cujo estava sentado na poltrona, descansando as mãos sobre a barriga gigante. – Se você puder me levar até lá...

– Eu te levo. – Ronald falou, e eu me surpreendi. Olhei o homem de braços musculosos cobertos de tatuagens, surpresa. – Ele está bêbado. Vamos no seu carro, tá pai? – ele olhou para o pai, mas antes que o pai respondesse, Ronald pegou minhas malas, as quatro caixas de cigarro e deu uma para mim, já que eu também fumava, e depois foi em direção a garagem, eu em seu encalço.

Eu esqueci de me despedir da minha família, sim, mas logo eu voltaria mesmo. Então eu nem perdi tempo me despedindo fervorosamente do Ronald. Só um tchau e um beijo na bochecha já foi o suficiente. Eu sentia até um pouco de amor pelo Ziggy, mas dele e do meu pai eu sentia meio que nojo.

Além do mais, eu iria guardar essa saudade de minha família para o avião, para distrair um pouco o meu cérebro do nervoso. Mas não adiantou porra nenhuma, já que eu dormi a viajem inteira mesmo.

Ao chegar ao aeroporto de Londres, eu fiquei parada ao lado da fila para pegar os taxis esperando ver James. Eu esperei o retardado por mais ou menos vinte minutos, até que eu senti alguém me abraçar por trás com força.

Quando virei um pouco a cabeça, vi que James que estava me abraçando.

– Jimmy! – gritei e o abracei. Sua jaqueta de couro tinha cheiro de cigarro. – Há quanto tempo! Como está diferente!

Eu o olhei de cima a baixo. James tinha deixado o cabelo crescer, e estava com a cara mais nóia impossível. Ele parecia ter crescido um pouco mais e parecia estar um pouco mais descolado.

– Eu me embelezei. – ele parecia orgulhoso. – Agora estou mais sexy.

– Com certeza. – eu tentei segurar minha risada, e quando fui abraçá-lo mais uma vez, percebi três homens atrás dele, todos com uma expressão relaxada.

O mais forte, que também era o mais alto, tinha os cabelos negros e compridos, um bigode engraçado e os olhos escuros. O do meio era o mais baixinho comparado aos outros, mas ainda era alto, e tinha o cabelo caramelo, os olhos claros e um sorriso inocente no rosto. O último era magro como o do meio, e me chamou mais atenção, pois ele parecia uma menina bonitinha. Ele tinha o cabelo curto na altura dos ombros, loiros, e bem cacheadinhos. Tinha olhos claros e sexys, assim como seus lábios.

– Quem são esses? – perguntei, parando de abraçar Jimmy.

– Katrina, eu lhe apresento aqui e agora, a futura banda de todos os tempos: Led Zeppelin!



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Não? Comentem, de maneira educada, mais comentem. Sim? Comentem de forma mais fofa possível, e comentem! Tipo... Eu não sei se gostei ou não? Comentem, pessoas indecisas. Eu, isso tá errado sobre a história da Led Zeppelin ou erro ou erro ortográfico? Dale comentário!
Mas eu espero que tenham gostado! Se tiverem comentários legais e construtivos, eu prometo que amanhã ou hoje a noite eu posto outro!
Beijos e até a próxima!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Rock And Roll!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.