Arqueira perdida escrita por Clara Vorin


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoas, essa é minha primeira fic... Então espero que gostem e me perdoem alguns errinhos



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 Hanna

Eu e meu melhor amigo Sam, estávamos trabalhando na cozinha, o silêncio prevalecia. Ate que ele não aguentou e disse:

— Você estava lá ontem a noite não estava?

Eu olhei pra ele furiosa, apesar de quase nunca conseguir. Ele era alto, bem magro, mas com alguns músculos pequenos, por conta do excessivo trabalho na cozinha (o que fazíamos para não ficarmos a toa) e por que as vezes ele praticava esgrima escondido. Seu cabelo era preto meio raspado e seus olhos eram escuros e totalmente hipnotizantes. Ele sempre me animava nas horas difíceis. Meredith, uma de minhas amigas acha que eu gosto dele, mas, tento não pensar muito no assunto.

— Não é da sua conta. – Respondi ríspida.

— Hanna, você sabe muito bem que o Barão desaprova essa atitude, você pode acabar se metendo em uma grande encrenca se...

— Olha aqui Sam, eu não pedi sua opinião em nada, eu vou onde quiser na hora que eu quiser e ninguém vai me impedir.

Me arrependi no mesmo momento de ter usado aquele tom com ele, ele não tinha culpa se eu era burra o bastante pra fazer uma coisa que já fui proibida de fazer.

— Só que você está se esquecendo de um detalhe. – Disse ele logo após um grande suspiro. – O Barão Arald pode sim controlar tudo o que você faz. – Ele me olhou um uma cara de piedade e por fim falou. – Só tome cuidado está bem? Não quero que nada aconteça com você.

Ele quase continuou, mas Meredith entrou as pressas batendo as portas da cozinha e gritou meu nome. Meth era baixinha, olhos pretos, cabelos curtos e lisos, e era doce, mas muito estressada. Quase que sem ar conseguiu gaguejar algumas palavras:

— Hanna, o Barão Arald a está chamando em seus aposentos. – Disse ela por fim. – E acho melhor você andar rápido.

— Você pelo o menos poderia me dizer o motivo. Se você está assim tão afobada, deve de ser importante.

— Sabe o Barão não sai por ai contando assuntos particulares pra qualquer um não, sabia?!

— O.k, não precisava dessa resposta, já estou indo. Vejo vocês mais tarde.

Eu torcia para que não fosse sobre a noite anterior, eu e o Barão já haviamos conversado sobre isso e ele me disse que não seria mais tolerante na próxima vez que o fizesse! Mas o que posso fazer? É a unica coisa que me acalma, ele já havia me tirado o tempo de folga que eu tinha, agora isso?

Então eu fui andando pelos corredores do castelo. Já havia passado por lá muitas e muitas vezes (sim, por causa das minhas constantes confusões, o Barão sempre me chamava em seus aposentos.) e nunca ele me pareceu tão longo. O castelo era frio e tenebroso por fora, mas por dentro era calmo e aconchegante, nunca o considerei como casa não sei por que, só nunca consegui.

Quando entrei ouvi uma voz chamando o meu nome.

— Hanna, entre. Puxe uma cadeira e vamos conversar.

Não queria sentar, pois o Barão me encarava com aquela cara de decepção que me tirava do sério, mas alguma coisa pequena e forte me obrigou a isso. Eu quase nem havia reparado na criatura. Olhei avidamente pelo cômodo, mas não consegui enxergar ninguém.

— Creio que você já deve saber do que se trata a nossa conversinha. – começou ele – Estou preocupada com a sua segurança.

— Mas não precisa. – Disse apressadamente. – Já sou bem grandinha pra me cuidar sozinha

— Não é essa questão – Respondeu – Você corre grande perigo – indagou como se procurasse as palavras certas. – Bem, eu prometi a seus pais que tomaria conta de você com a mais cautela possível e...

— Você conheceu meus pais? – Disse interrompendo ele, a fumaça quase saindo das minhas orelhas. – E o senhor não me contou? Como ousa fazer isso?

— É muito complicado Hanna, eles...

— COMO ASSIM COMPLICADO? – Levantei-me da cadeira, mas logo me sentei e abaixei o tom de voz. – Como você pôde me esconder todos esses anos, uma coisa que poderia ter me poupado tanta dor e sofrimento, em?! Explique-me!

— Mesmo que eu quisesse você não entenderia, você iria precisar de muito mais tempo para absorver as coisas e você não tem esse tempo.

— Como assim? Por que todos vocês me tratam como criança? Eu sei muito bem cuidar de mim mesma.

Fiquei parada observando o Barão, sua expressão era séria e calma ao mesmo tempo, como ele conseguia fazer isso? Sempre que demonstrava minhas emoções fazia isso de uma vez. E por isso várias vezes, acabava me saindo mal. Mas não, eu não precisava que um homem tomasse minhas decisões, eu tinha o total direito de saber quem eram meus pais, mesmo eles tendo me abandonado do jeito que fizeram. Mas antes que pudesse falar alguma coisa a pequena criatura que me empurrara para a cadeira apareceu das sombras.

Ele aparentava ser bonito, não conseguia ver direito, pois ele usava um capuz que tampava sua face.

— Como ousa falar nesse tom com o barão garota?

A voz que ele usou me causou medo, mas como sempre nunca me calava nas horas oportunas, então falei:

— E quem é você pra falar desse jeito comigo?

— Will, deixe-a, ela não fez por mal, vamos Hanna vá para cama.

— Sim senhor.

Me levantei e sai, mesmo assim a raiva que sentia não foi embora.


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