Um Glee Com Um Foco Diferente escrita por Just a Little Crazy Gleek


Capítulo 4
Capítulo 4 - Fluxo Perfeito


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é muito sem sentido, mas não se importem com a minha imaginação super fértil, porque esse capítulo ficou bem legal.



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POV Santana

-Parado aí, dentes de castor -disse eu, entrando com todo o pessoal de Lima Heights Adjacent e com o Blaine.

-Que porra é essa? O que tá acontecendo? -perguntou aquele cara com dentes de castor que eu sempre esqueço o nome, ai, como é mesmo, Sebastian, o nojento que fez eu e todos os meus "adoráveis amigos" virem até aqui.

-Simples, dentes de castor, nós viemos aqui pra te fazer algumas perguntinhas. Não vai ser na sua casa, é claro, vai ser em um lugar bem delinquente em Lima Heights Adjacent, já ouviu falar? -perguntei.

-Não, o que é Lima Heights Adjacent? -perguntou aquele cara com aqueles dentes horríveis que estavam me deixando aterrorizada de nojo, Sebastian.

-Acho que você nem vai querer saber... -respondi.

-Seja lá o que for, eu não vou ficar com medo, não tenho medo de nada -disse Sebastian. Primeira vez que eu chamo ele pelo nome correto.

-Ah é? Então, vamos ao trabalho gente, podem levá-lo para o carro. Calem a boca dele antes que a vizinhança ache que é um sequestro -disse eu.

-Blaine. Foi você que chamou toda essa gente, não foi? Seu miserável, você ainda vai comer na minha mão um dia -disse Sebastian.

-Cale a boca, idiota. Eu não dou a mínima pra você -disse Blaine, frio.

-Agora chega desta porra de briguinha. Nós viemos aqui por um motivo: Levar a vadia com dentes de castor, mais conhecida como Sebastian, para uma sala de torturamento, onde iremos fazer também um interrogatório e várias torturas. Blaine, fique na sua. E Sebastian... Escucha, soy de Lima Heights Adjacent y yo tengo orgullo! Sabes lo que pasa en Lima Heights Adjacent? Cosas malas! -disse eu, furiosa.
-Calma gente, segurem ela, rápido, antes que ela mate todos nós -disse um amigo de Lima Heights Adjacent.

-Cálmate Santana, debe tener modales! Esa no era la educación que tu madre te dio! Tal vez, pero usted debe tomarlo con calma. Vine aquí para ayudar, no para morir (Acalme-se Santana, você deve ter modos! Essa não foi a educação que sua mãe te deu! Talvez seja, mas você deve ter calma. Eu vim aqui para lhe ajudar, não para morrer) -disse uma de minhas amigas de Lima Heights Adjacent.

-Lo siento. Mi madre se enfadará si se entera de ello, no le digas nada (Desculpe. Minha mãe vai ficar irritada se ela souber disso, não conte nada a ela) -disse eu.

-Ei, vocês, será que dá pra falar uma língua que eu entenda? -perguntou Blaine.

-Desculpa Blaine, foi só uma pequena discussão -respondi.

-Pequena? Essa discussão estava longe de ser pequena -disse Blaine.

-Vamos logo levar a vadia Sebastian pro cativeiro -disse eu.

-Vamos! Se você não tivesse surtado, a gente já estaria lá! -disse Blaine.

-Foi uma afirmativa, não uma interrogativa -disse eu.

-Tanto faz -disse Blaine.

-Você tá ficando atrevidinho demais pro meu gosto -disse eu.

-Aprendi com você -disse Blaine.

-Agora quem cansou da briguinha fui eu -disse Sebastian.

-Não se intrometa, dentes de castor! -disse eu.

-Ele tem razão Santana, essa briguinha já está ficando chata -disse um dos meus amigos de Lima Heights Adjacent.

-Será que dá pra vocês dirigirem mais rápido? -perguntei.

-Estamos dirigindo em velocidade máxima. Já estou avisando Santana, quem vai pagar a multa vai ser você -respondeu uma das minhas amigas de Lima Heights Adjacent, aquela que me acalmou.

-O Blaine paga, a ideia foi dele -disse eu.

-O quê? Eu não vou pagar nada! -disse Blaine.

Eu olhei pra ele com um olhar que significava: se-você-não-pagar-essa-porra-de-multa-eu-vou-te-matar-e-irei-ser-o-seu-maior-pesadelo-a-noite. E então Blaine disse:

-Tá bom, tá bom, eu pago.

-Chegamos -disse eu, comemorando e vitoriosa.

-Esse lugar é apavorante -disse Blaine.

-Nem é -disse eu.

O lugar era feio. Não, era horrível. Ok, era horroroso. Mas, não era apavorante. Esse lugar só dá medo em covardes. E, tenho certeza que Sebastian é um covarde. Mas, agora chegou minha parte favorita, que é torturá-lo e decidir só depois de algumas horas se eu devo libertá-lo ou não. Meus amigos amarraram ele bem forte com correntes e cadeados e depois acenderam aquela típica luz de cordinha que as pessoas só usam para dar suspense. A tortura e o interrogatório iriam começar naquela hora e naquele lugar. Eu estava tão empolgada. Mal posso acreditar que isso está acontecendo. Eu irei realizar a minha primeira cerimônia de tortura. Eu sempre treinei para isso, posso me lembrar como se fosse hoje.

FLASHBACK ON

-Donde estás, mi hija? (Onde está você, minha filha?) -disse Maribel, preocupada.

-Estóy aqui, mami (Estou aqui, mamãe) -disse Santana, parecendo estar fazendo algum tipo de voodo com a sua boneca.

-O que você está fazendo, querida? -perguntou Maribel.

-Estou treinando para a cerimônia de tortura. Eu quero fazer tudo perfeitamente. Sei como as pessoas aqui em Lima Heights Adjacent são. Quando eu precisar fazer algo contra elas, irei estar preparada. Não tem problema nenhum, tem mami? -perguntou Santana.

-Mas é claro que não, mi hija. Isso é adorável. Tenho certeza que você vai estar super preparada na sua primeira cerimônia de tortura -disse Maribel.

-Mas que porra Santana! Agora já é tarde da noite! Pare de fazer essa merda que você está fazendo e vá dormir caralho. Tenho uma canção de ninar não-educativa pra cantar pra você! Vai logo! -disse a abuelita de Santana.

-Não seja tão grosseira, mami -disse Maribel.

-Cale a boca Maribel, eu estou falando com a minha nieta, não com você. Depois eu falo com você, mi hija. Você não aprendeu nenhum dos maus modos que eu te ensinei, não foi? Você sempre quis ser certinha, igual a seu papi, não é mesmo? -perguntou a abuela.

-Mami, vamos esquecer isso. Pensar no papi me dói muito. Sempre que eu penso na morte dele, isso só me faz sofrer. E Santana está aqui agora, ela não precisa ser lembrada disso -respondeu Maribel.

-Era o seu pai, não o dela. O dela está bem vivo, ela irá compreender -disse a abuela.

-Mas era o abuelito dela. Você é muito sem coração, mamãe -disse Maribel.

-Eu sou assim porque o mundo me fez ser assim. As pessoas são assim. Você deveria se acostumar. E eu vou educar a sua filha pra ser exatamente como eu, quer você querendo ou não -disse a abuela.

-Eu não... Eu não vou ficar aqui escutando isso. Eu vou para o meu quarto, dormir. Não precisa se preocupar abuelita, eu irei realmente dormir. E mami, não fique triste. Agora, se vocês me dão licença, eu estou indo -disse Santana, com a cabeça baixa.

FLASHBACK OFF

Minha abuela era fria e sem coração desde o começo. Foi por isso que ela não me aceitou. Mas, eu ainda tenho esperanças de que algum dia ela vai me aceitar de volta. Mas, meu treinamento valeu a pena e um dia eu ainda vou mostrar pra ela que eu sou a mesma Santana de sempre. E enquanto esse dia não chega, vou fazer a minha primeira cerimônia de tortura, sem a ajuda dela. Eu estava muito nervosa, mas eu peguei o estilete. Eu pressionei o estilete no pescoço de Sebastian e eu conseguia ver o medo nos olhos dele. Eu não senti pena. Eu sentia... nervosismo. Era a hora do interrogatório.

-Então, dentes de castor, quais eram as suas intenções com o Blaine? -perguntei.

-Más intenções -respondeu Sebastian, sorrindo maliciosamente.

-Poupe-me de sua mente suja, eu quero saber quais eram as maldades, só que não nesse sentido -disse eu.

-Eu não pretendia fazer nada. Só usá-lo e largá-lo. Posso ir agora? -perguntou Sebastian.

-Ok, se não vai me contar a verdade, então vou torturar você um pouco -respondi.

Eu peguei uma faca e um estilete. Eu estava muito indecisa sobre qual dos dois eu deveria usar. A tortura não se trata do que se usa, se trata de quanto tempo você faz uma pessoa sofrer e sentir dor. Então eu só tinha uma coisa a fazer.

-Dentes de castor, eu irei te deixar escolher. Faca ou estilete? -perguntei.

-Tudo bem eu irei te contar a verdade. A verdade é que eu estava cansado do seu querido Blaine ficar me dando foras. Então eu disse que eu iria matá-lo e matar o namorado dele. Mas, eu ainda não o matei. E se você quiser impedir isso, vai ter que me matar. Mas, se você me matar, você pode ir para a prisão, o que não seria nada bom pra você. Então, acho que você tem que fazer uma escolha -respondeu Sebastian.

-E você iria para a prisão se você matasse Blaine e K...Kevin -disse eu, percebendo a burrada que eu fiz em quase falar o nome de Kurt.

-Kevin? Ah, Blaine, então seu namorado se chama Kevin? -perguntou Sebastian.

-É... Sim, ele se chama Kevin -respondeu Blaine. -Santana, eu posso falar com você por um minutinho? -perguntou Blaine.

-Claro, Blaine, vamos a um lugar com mais privacidade, para que o seu amiguinho não escute mais nada -respondi.

-Eu já lhe disse várias vezes que eu não sou mais amigo dele -disse Blaine.

-Enfim, vamos logo Blaine -disse eu.

Nós saímos andando e fomos para uma sala ao lado, uma sala mais bonitinha, digamos, para que Blaine não ficasse reclamando da feiura do ambiente.

-Santana, que história é essa de quase revelar o nome do meu namorado para o Sebastian? -perguntou Blaine.

-Me desculpa Blaine, eu esqueci completamente... Mas pelo menos eu encontrei um nome novo à tempo -respondi.

-Tudo bem, mas se ele achar algum Kevin ele vai ficar colocando a culpa no moço! Nós temos que cuidar dessa história para que nenhuma pessoa inocente se machuque! -disse Blaine.

-Nós? Que eu saiba isso é problema seu, meu querido -disse eu.

-Santana, eu preciso da sua ajuda -disse Blaine.

-Jura? Eu preciso de tanta gente... Tipo da minha abuela -disse eu em tom triste.

-Você sente falta dela, não é mesmo? -perguntou Blaine.

-Sim, ela era tão legal comigo... e agora ela mudou -respondi.

-Eu sinto falta do meu pai... ele mudou muito quando eu resolvi me assumir -disse Blaine.

-Sinto muito Blaine -disse eu.

-Não precisa, você deve sentir o mesmo pela sua abuelita -disse Blaine.

-Eu me lembro que ela prometeu me ajudar na minha primeira cerimônia de tortura. Sabe, eu queria que ela estivesse aqui me ajudando e me dizendo o que eu deveria fazer. Que ela quissese me olhar nos olhos novamente. Que ela voltasse a me amar -disse eu.

-Santana, eu irei trazer a sua abuelita de volta. Mas, por favor, me ajude -disse Blaine.

-Eu irei te ajudar. Mas você tem que me prometer que vai fazer a minha abuela me amar como ela sempre me amou antes -disse eu.

-E eu irei. Isso é uma promessa -disse Blaine.

-Ok, agora vamos voltar para lá e torturar Sebastian -disse eu.

Então, nós saímos da sala bonitinha e no caminho Blaine já estava reclamando em ter que voltar para aquela sala feia.

-Voltamos Sebastian -disse eu.

-Ótimo, bom saber que a psicopata e o playboyzinho estão de volta -disse Sebastian.

Eu peguei o estilete. A faca iria doer bem mais, mas eu fiquei com um pouquinho de pena dele. Eu fiz um pequeno corte no braço dele. Ele gritou, mas havia um pano na boca dele, para que ninguém conseguisse escutar. Eu estava tremendo e eu comecei a ficar pálida. Então tudo ficou escuro e eu não enxergava mais nada.

POV Blaine

-Santana, acorda! -disse eu, em pânico.

-Se alguma coisa tiver acontecido com ela, o seu amiguinho não vai ser o único a morrer -disse uma amiga de Santana, parecendo estar muito irritada.

-Vamos acabar logo com isso -disse um amigo de Santana.
-Sim, e depois vamos levar Santana para um hospital -concordou a amiga de Santana.

A amiga de Santana pegou uma faca e cortou o pescoço de Sebastian e depois enfiou a faca no coração dele. Sem remorso nenhum. Essa garota é realmente da pesada. Santana não queria matar Sebastian, eu vi aquilo nos olhos dela, ela sentiu remorso e provavelmente teve uma queda de pressão. Essa minha ideia foi ridícula. Agora eu me sinto culpado. Nós deixamos Sebastian morto na cadeira todo amarrado. Eu senti... pena. Eu senti que quem virou o vilão fui eu. Mas eu tenho que esquecer isso, vai me trazer muitos problemas se eu ficar pensando nisso. E eu não posso falar disso para ninguém, nem mesmo para Kurt. Nós estamos indo para o hospital agora e eu estou torcendo para que Santana fique bem. Ela estava coberta do sangue de Sebastian, que caiu um pouco nela quando ela fez o corte no braço dele. Nós limpamos o sangue dele para que o médico não fizesse perguntas. Foi uma viagem bem rápida até o hospital. Os amigos de Santana conseguiram um médico muito rápido, apesar da grande quantidade de pessoas que tinha para ser atendida.

-Sua amiga teve uma pequena queda de pressão. Ela vai precisar de alguns medicamentos mas vai ficar bem -disse o médico.

-Ela vai precisar ficar internada? -perguntei.

-Sim, mas só por algumas horas. Há a possibilidade de ela poder sair do hospital ainda hoje -respondeu o médico.

-Nós podemos ficar no quarto que ela vai ficar internada? -perguntou a amiga de Santana.

-Não, mas quando ela acordar eu posso chamar vocês -respondeu o médico.

-Ela vai ficar bem? -perguntei, preocupado.

-Sim, senhor, ela vai ficar ótima, não precisa se preocupar -respondeu o médico.

-Onde nós podemos ficar? -perguntei.

-Se quiserem ficar aqui esperando, podem esperar na recepção -respondeu o médico.

-Ok, nós estaremos lá. Procure nos dar notícias dela -disse eu.

-Irei dar todas as informações possíveis, senhor. Você é o namorado dela? -perguntou o médico.

-Não, eu sou só um amigo -respondi.

Agora que eu percebi, essa é uma ótima oportunidade de trazer a abuelita de Santana de volta pra ela. Eu tenho que procurar a abuela dela antes que ela acorde. Tenho que ir até Lima Heights Adjacent e procurar a abuela dela. Eu preciso fazer isso. Eu saí correndo e peguei um ônibus. Eu andei pelas ruas de Lima Heights Adjacent e procurei a casa da mãe de Santana.

-Dona Maribel Lopez? -perguntei.

-Quem é você? -perguntou a mãe de Santana.

-Eu sou um amigo da sua filha. Meu nome é Blaine Anderson -respondi.

-Ah, sim. Eu sei quem você é. Mas, Santana não está em casa -disse ela.

-Eu sei disso. É que eu quero saber onde é a residência da avó dela -disse eu.

-Ela te pediu pra você ir atrás da abuela dela? Por favor, não faça isso. O que ela disse pra você? -perguntou a mãe de Santana, estressada.

-Eu prometi a ela que eu iria fazer a abuela dela amá-la como sempre a amou, e eu não vou desistir -respondi.

-Tudo bem. A casa da avó dela é a 6 quarteirões daqui. Tenha cuidado -disse Maribel.

Eu corri muito. Então eu vi uma placa escrita: Residência dos Lopez. Era a antiga residência dos Lopez. Provavelmente Maribel e Santana foram expulsas. É a hora da verdade.

-Você é a abuela da Santana, certo? -perguntei.

-Eu não sou mais nada dela -respondeu ela, fria.

-Por favor, você tem que parar de ser assim com ela. Ela é uma pessoa muito boa, eu simplesmente não entendo a sua maldade -disse eu.

-Espera, ela nunca me falou de você. Ela voltou a gostar de garotos? Você é o novo namorado dela? -perguntou a abuela de Santana, ficando animada.

-Eu não sou o novo namorado dela. Eu sou gay. E ela ainda gosta de garotas -respondi.

-Você tem uma doença. A mesma doença que ela. Saia de perto de mim -disse a abuela de Santana, ficando fria novamente.

-Me escute. Você pode até tentar me matar, mas não vou sair até você me escutar -disse eu.

-Você tem 10 minutos. Depois saia da minha frente -disse ela, fria.

-Meu pai era a melhor pessoa do mundo comigo. Eu tinha o melhor tipo de convívio com ele. Nós saíamos e ele me apresentava para os amigos dele como o melhor filho que alguém pode ter. Ele tinha orgulho de mim. E isso durou, durante anos e anos. Então, chegou a hora em que eu percebi que algo tinha mudado em mim e que eu gostava de garotos. Eu achei ser algo passageiro, mas esse sentimento me dominou por todos os dias da minha vida. E eu resolvi falar isso para o meu pai. Eu posso me lembrar que ele me encarou com a pior expressão que eu já vi ele fazendo em toda a minha vida. Ele sentia desgosto e nojo. Ele me expulsou de casa por um tempo, mas minha mãe conseguiu fazer com que eu ficasse em casa depois de ela insistir muito para meu pai deixar eu continuar morando na minha casa. Todo o dia em que eu piso naquela casa, ele me olha sempre com a mesma expressão de desgosto e nojo e isso é como uma facada no meu coração. Você se sente assim em relação a Santana. Você sente desgosto e nojo. E ela se sente excluída, triste e ela se sente mal. Ela já foi uma pessoa melhor e isso era porque ela tinha você com ela. Mas agora ela não tem mais você. E isso machuca muito ela. E pensar que tudo isso é só por causa de uma opção sexual. É a felicidade dela. Isso deveria importar pra você -disse eu, lembrando de cada momento em que meu pai me despreza e tentando juntar a minha situação com a situação de Santana.

 -Eu amo a minha nieta. Ela é uma das poucas pessoas boas que existem nesse mundo. E eu sei que eu não devo tratar ela do jeito que eu trato -disse a abuela de Santana, com uma expressão triste.

-Então por que trata? -perguntei.

-Eu... eu não sei. Mas, eu vou parar com isso. Eu sinto falta da minha nieta, você não faz ideia do quanto eu sinto falta dela -respondeu ela.

-Então eu acho que você deveria visitá-la no hospital... -disse eu.

-Santana está no hospital? O que aconteceu? -perguntou a abuela de Santana, desesperada.

-Ela sofreu uma queda de pressão. Ela está internada e está desacordada, mas tenho certeza de que ela irá amar quando ela acordar e ver você lá -respondi.

-Então vamos antes que minha nieta acorde, quero fazer uma surpresa para ela -disse a abuela de Santana.

E nós fomos até o hospital e ficamos esperando Santana acordar.

POV Rachel

É hoje. Finalmente irei poder me abrir com alguém. Tenho certeza que Quinn vai entender. A mesa está linda, com velas e com comida vegetariana, afinal, eu sou vegetariana. Eu sei que é um jantar especial para Quinn, mas, eu não iria suportar comer algo que não seja a minha comida vegetariana. Há um rádio lindo com uma música clássica e calma para deixar a noite melhor. Eu só espero que eu não desabe em lágrimas dessa vez. Porque quando eu falei esse segredo para Finn, eu desabei em lágrimas. Mas com Quinn tem que ser diferente, não quero que ela me veja chorando pois eu sei que isso deixa ela muito triste. A campainha tocou. Estranho, ainda são 16:10. Ah, ela deve ter chegado mais cedo por causa do segredo. Sorte que eu já deixei tudo preparado. É agora ou nunca.

-Quem é? -perguntei, só para ter certeza.

-Sou eu, a Quinn. Abra logo, minha princesa -respondeu Quinn.

Eu abri a porta e vi uma Quinn maravilhosa na minha frente. Ela estava usando um salto alto preto e um vestido preto decotado. Ela usava também um lápis preto nos olhos e um batom rosa claro nos lábios. Ela estava com um brinco de argolas e o cabelo dela estava preso. Ela estava simplesmente divina. Essa era a visão mais linda que eu já tive em toda a minha vida.

-Não vai me convidar para entrar? -perguntou Quinn.

-Mas é claro que vou. Pode entrar, minha linda e divina Quinn -respondi.

-Eu estou morrendo de fome e minha garganta está meio seca. Se importa de nós comermos agora? -perguntou Quinn.

-Mas, Quinn, agora são 16:15 da tarde. Isso não é hora de jantar -respondi.

-É que eu tenho uma surpresa para você, Rach -disse Quinn.

-E essa surpresa vai ser que horas? -perguntei.

-Mais ou menos umas 17:00 da tarde. Não vai ser uma grande surpresa, mas você vai gostar -respondeu Quinn.

-Ok. Então vamos jantar -disse eu.

Nós comemos a comida e Quinn estava saboreando aquela comida, como se ela fosse vegetariana. Quando Finn vinha aqui, eu tinha que fazer carne pra ele, era horrível. Mas com Quinn não é assim, ela nunca reclama de nada. Ela é simplesmente... perfeita.

-Rachel, essa comida está maravilhosa! E esse champanhe é o melhor que eu já bebi! -exclamou Quinn.

-Obrigada Quinn. Ainda bem que você gostou -disse eu.

Nós terminamos de comer. A única coisa que nós conseguíamos ouvir era a música tocando. Mas, então, Quinn desligou o rádio.

-Rach, eu não quero te pressionar, mas acho que é a hora de você me contar o seu segredo -disse Quinn.

-Eu contarei. Dessa vez não vai ter escapatória, eu vou contar o meu segredo pra você agora -disse eu.

-Você pode começar a contar quando você quiser, eu estarei aguardando -disse Quinn.

-Eu era uma garotinha perdida andando pelas ruas. Eu avistei um homem alto, usando um chapéu bonito e um terno. Ele me perguntou se eu estava perdida e eu assenti. Eu tinha me perdido dos meus pais, Hiram e Leroy. Nós estávamos no parque e eu não conseguia achar um bebedouro. Eu saí pelo parque em busca de um bebedouro mas eu não achava e quando eu olhei meus pais tinham sumido. Eu procurei por eles no parque inteiro, mas como eu não achei eles, achei que eles tivessem ido embora. Então eu sai do parque. E ali estava eu, com aquele homem me encarando e eu não sabia o que fazer. Eu queria pedir socorro, mas eu não sabia o que ele estava prestes a fazer. Ele me puxou e me levou para o parque, para uma cabine. Ele começou a me bater, ele era um daqueles loucos que a gente vê na rua e nem percebe. Ele ia tentar fazer algo mais, mas eu estava tão machucada que ele resolveu não fazer mais nada, quer dizer, eu não me lembro bem, eu fiquei desacordada por um bom tempo. E quando eu acordei eu estava em coma. Mas, eu disse para os meus pais que eu tinha sofrido um acidente de bicicleta e eu só contei a verdade para o Finn. E é disso que eu tenho tanto medo, tenho medo de que ele espalhe isso -disse eu.

-Eu estou horrorizada -disse Quinn. -Mas Rach, por que você tinha me dito que esse segredo te persegue até hoje? -perguntou Quinn.

-Porque meus pais me disseram que eu fiquei desacordada por 9 meses, um coma bem profundo. E eles falaram que algo muito estranho aconteceu. E, um dia na rua, uma menina me disse que era minha filha -respondi.

-Rachel, não acredite nessa garota. Isso deve ser coincidência. E como ela iria saber que era você? Finn deve ter pagado pra ela falar isso pra você -disse Quinn.

-Tem razão. Agora, por favor, vamos parar de lembrar disso -disse eu.

-Sim, até porque chegou a hora da minha surpresa pra você -disse Quinn.

Quinn abriu a porta e estava com uma linda televisão nova e então ela ligou a televisão na parede e colocou em um canal chamado Globo, cujo estava passando algo chamado Malhação.

POV Quinn

Eu coloquei na Malhação, algo que eu amo muito assistir. E eu esperei tocar a música Fluxo Perfeito da banda Strike e começei a cantar:

Não te ver é me encontrar imerso nesse mar de fel,

Vou te levar pro céu, já que os opostos se atraem.

E quando o fluxo é perfeito e vai girando feito carrossel,

Se eu te levar pro céu, a noite não acaba mais.

O que nos difere nos aproxima,

Quando ela exerce teu poder é minha sina,

Te contemplar até morrer,

Ela aprecia um filme em boa companhia,

Ser interessante é a arte que ela domina.

Mantém a classe, o equilíbrio, é fiel onde for,

Sou um mero largado, que nunca endireito.

Discreta pra beber, mas sabe se portar,

E eu só dou vexame, saio sem pagar.

E ela me faz tão bem, quando cai à noite eu sou refém.

E ela me faz tão bem, sem você não sou ninguém.

Hoje eu vou me entregar trilhar com você, pra onde você for.

Pra que lógica quando se vê que é o amor.

E ela é toda clima zen,

O meu estresse é um vício.

Ela propaga bons modos, eu maus princípios.

Se ela vai de iate, eu vou de bike ver o mar,

Diferença fortalece a sintonia.

Eu detesto etiqueta, mas eu abro exceção,

Quando se encontra química se perde a razão.

Sendo assim vou desfrutar teu amor, e vou pra onde for.

E ela me faz tão bem, quando cai a noite eu sou refém.

E ela me faz tão bem, sem você não sou ninguém.

Hoje eu vou me entregar trilhar com você, pra onde você for.

Pra que lógica quando se vê que é o amor.

Não te ver é me encontrar imerso nesse mar de fel,

Se eu te levar pro céu, a noite não acaba mais.

E ela me faz tão bem, quando cai à noite eu sou refém.

E ela me faz tão bem, sem você não sou ninguém.

Hoje eu vou me entregar trilhar com você, pra onde você for.

Pra que lógica quando se vê que é o amor.

Pra que lógica quando se vê que é o amor.

Pra que lógica quando se vê que é

Tudo que eu pedi pra Deus é pra ter uma vida inteira com você,

Eu vou que vou, com você aonde for.

Então eu abracei Rachel que ficou sem palavras por eu estar cantando uma música assim tão desconhecida aqui. Mas, eu vi nos olhos dela que ela amou a minha performance. E nós ficamos juntinhas no sofá assistindo Malhação.


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Notas finais do capítulo

Eu já coloquei isso no capítulo, mas vou colocar aqui:
Música que a Quinn cantou:
Fluxo Perfeito - Strike. Eu não escolhi essa música por causa de Malhação, na verdade. Eu escolhi essa música porque eu gosto dessa música, mas ai eu soube que tocava em Malhação e resolvi criar uma relação entre isso. Espero que vocês tenham gostado desse capítulo.



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