Tomando Chá Com Os Mortos escrita por IFToldoTASilva


Capítulo 7
Sem minha vida... Tudo se resolveria?!


Notas iniciais do capítulo

Olá Órfão queridos!!
desculpinha ai pela demora, feriado sabem como é né? correria...
Bom, tá ai mais um capitulo quentinho para vocês, contado pela nossa Sam espero que gostem!



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Meus olhos inchados e queimando, por causa das lágrimas que deixei cair está noite. Não consigo abri-los, forço minhas pálpebras, mas elas acabam cessando e caindo novamente. Tento me retirar da cama, o chão frio toca meus pés, instantaneamente um calafrio sobe em minha espinha dorsal. Coloco um roupão para me esquentar, mas foi invão.


Vou ao banheiro, com a esperança de que as águas curariam as minhas dores, e inchaços, consigo abrir meus olhos, somente isso. Percebo que estou sozinha, um sorriso rapidamente decora o meu rosto, uma coisa realmente difícil de acontecer.


Ethan, aquele idiota, que deveria chamar de pai, provavelmente está no bar gastando todo o dinheiro da família. Penso enquanto visto minha roupa, básica como sempre.

Mas minha mãe onde será que está?! Esse pensamento me faz estremecer afinal sempre é ela que me acorda.


Tento me lembrar da noite passado, do que ocorrerá, porém nenhuma lembrança vem a minha cabeça. Provavelmente aconteceu algo ruim, desço as escadas correndo, tendo em mente que minha mãe estaria lá e me daria um grande abraço como sempre faz, no entanto isso não ocorre.


Avisto um pequeno bilhete, com uma linda caligrafia, direcionado a mim. É a minha mãe, ela está no hospital com graves machucados, caio de joelhos, e sinto uma dor estranha na minha coluna como se alguém estivesse dando vários chutes nela. Então me lembro do que ocorreu...


Eu tinha chegado da escola como sempre às 18 horas, minha mãe estava arrumando meu quarto, a casa estava impecável como sempre. Eu a abraço e ela logo me entrega um presente, me dizendo feliz aniversário atrasado, afinal meu aniversário foi a 3 dias atrás. Eu agradeço pelo presente, era uma linda corrente de prata com um pingente escrito “Samantha” era simples mais bonito, não quis perguntar para minha mãe como ela tinha o comprado, afinal ela não pode sair e nem muito menos ter acesso a qualquer dinheiro. De todo o jeito, fico feliz, algo muito raro mesmo. Então acontece uma forte batida seguida de um trovão, está chovendo de novo, mas isso não importava, afinal a porta tinha acabado de cair no chão e o gordo, bêbado e idiota que eu deveria chamar de pai entra, depois de 3 dias sem aparecer em casa, ele está mais bêbado do que o costume, se isso for possível. Ele grita com a minha mãe e aquilo me irrita de uma forma descontrolável, eu grito com ele falo que ele não tem direito de falar com a minha mãe daquele jeito, ele me agarra pelo pescoço e olha diretamente para a corrente nele, ele a tira do meu pescoço arrebentando ela e cortando minha pele. Ele grita com a minha mãe e eu entro na frente dela, sinto uma forte batida na minha cabeça e os meus olhos começam a pesar, sinto meu corpo mole e o chão frio tocar na minha pele, a última coisa que lembro, é de o ver batendo na minha mãe e escuto o grito dela, mas não tenho força para ajuda-la, e isso me faz sentir um ódio ainda maior.

As lembranças somem e lágrimas começam a vir à tona embasando minha visão, me levanto e imediatamente saio correndo até o hospital. Com um pensamento indo e voltando em minha mente, "aquele idiota vai matar minha mãe, ele vai tira lá de mim", não suporto mais essas ideias martelando em minha cabeça e acabo parando e encostando em uma árvore próxima de mim, o hospital estava a trezentos metros de mim, entretanto no estado que estou o hospital está a quilômetros de distância.


Com muito custo caminho lentamente até lá, empurro a porta pesada a minha frente e me direciono a recepção, uma mulher gorda me atende. Repito o nome Amélia, tantas vezes que a mulher gorda, se estressa e manda eu me sentar, sentada, tento recuperar o ar que há muito tempo foi roubado de mim. A mulher gorda some, e rapidamente aparece novamente pedindo para eu acompanha lá, entramos em uma sala tão branca, que os meus olhos se fecharam com tanta força, que quando os abri estava tudo embaçado. A mulher gorda estava conversando com um homem que parecia ser o médico da minha querida Amélia, minha tão inocente mãe. Ele se aproxima de mim, as palavras saem de sua boca rapidamente.


– Por favor, me acompanhe senhorita Samantha Hooper, sua mãe Amélia está a sua espera.


Tento me controlar para não sair correndo até a sala onde se encontra minha mãe, difícil, mas não impossível. Ao chegar a sua sala, não me controlo e corro até ela, a abraço. E olho em seu rosto por trás daqueles machucados percebo que seus lábios cortados estavam em forma de sorriso, a primeira vez depois de trinta anos que ela sai de casa, é para isso. Ela tenta falar, porém não consegue. O médico se aproxima de nós, então eu digo.


– Quando ela vai voltar para minha casa? Ela vai ficar bem? Por que ela não consegue falar?

O médico meio triste, responde.


– Cerca de um mês, porque não só o por fora que está machucado, mais alguns de seus órgãos foram afetado. Não sabemos o que realmente aconteceu, o seu pai Ethan, nos disse que aconteceu um acidente de carro.


– Um mês é muito tempo, vou ficar aqui com ela. - Respondo tentando afastar as lagrimas. Somente eu e minha mãe sabemos que carro nenhum provocará isso.


O médico se retira, e eu deito junto a minha mãe e deixo o meu corpo esquentar o seu. E não consigo lutar contra elas as minhas velhas inimigas, lágrimas. Minha mãe com muito custo e dor, fala as seguintes palavras que me confortam.


– Se estivermos juntas tudo vai ficar bem!


O sentimento de conforto rapidamente se esvai, deixando uma duvida que devorá qualquer tipo de alegria que possa existir dentro de mim, “eu preciso partir para lhe dar a liberdade e a felicidade”. As lagrimas começam a sair inundando o travesseiro seco da minha mãe, ela não se importa com isso apenas me abraça mais forte acariciando meus longos e negros cabelos, com muito custo eu sei mais não a faço parar.


Se eu não existisse, minha mãe poderia ter fugido enquanto era tempo, feito uma vida feliz ao lado de um homem que a amasse, mas eu nasci e tudo isso fez com que ela sofresse durante todos esses anos. Então: Sem minha vida... Tudo se resolveria?!



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Notas finais do capítulo

Então o que acharam? Fala para a gente...
será que a Sam vai fazer alguma bestera?
O próximo capitulo vem ai...
beijos sabor Pietro do Mal! Haha!



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