Deus Deve Odiar-me! - 1 Temporada escrita por BouvierDesrosiers


Capítulo 12
Paraíso de Verão


Notas iniciais do capítulo

Árvore de Natal! Mais um capítulo que espero que gostem x)



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Ontem à noite, ainda saí do bar a ver se ia a tempo de encontrar o David, mas já não o vi. Dormi mal e agora não me apetece sair da cama para ir às aulas. Viro-me para o outro lado e agarro-me à almofada. Sinto a minha cabeça a dar voltas e voltas e a não chegar a conclusão nenhuma.

- Maninha?

- Diz… – Disse eu, sem me mexer.

- Não vais às aulas? – Perguntou o Pierre, sentando-se na beira da minha cama.

- Não me apetece.

- Olha para mim. – Pediu ele, tentando fazer com que eu me virasse. Sentei-me e olhei-o. – Eu sei que é complicado, mas tu sempre foste forte e sempre soubeste dar a volta às situações. Desta vez não será diferente. Não é o fim do mundo.

- Mas tu não sabes… – Retorqui. Ele não sabe o que se passa, ele não sabe o que sinto, ele não sabe.

- Sei. Acredita que sei. – Sorriu, apertando-me a bochecha. Nem disposição tenho para me chatear com ele por me estar a apertar a bochecha. – E até sei melhor do que tu o que se passa.

- Então explica-me! Diz-me!

- Estás confusa. Não sabes o que sentes em relação ao Seb e ao David. – Revelou ele, deixando-me de boca aberta. Como é que ele sabe? É assim tão óbvio? – O Seb é bom rapaz. É calmo, querido, sensível, amigo… Se eu fosse gay, iria atrás dele!

- Pierre! – Ri-me.

- É verdade! – Riu-se. Eu sempre achei que o meu irmão era louco. – Já o David é completamente doido. É despassarado, chega sempre atrasado, não pára quieto, amua… Mas é uma óptima pessoa. Não tenho dúvida nenhuma disso. E ele consegue ter todas a qualidades do Seb.

- Grande ajuda, maninho! – Resmunguei, cruzando os braços.

- Eu já te disse que sempre achei que ias acabar com o David e eu ficaria muito feliz com isso, mas pelo que vi ontem… Se calhar enganei-me. – Disse ele. – Eu vi-vos, quando estavam a dançar…

- E não foi só isso… – Comecei. Eu conto tudo ao meu irmão. Tenho de lhe dizer o que aconteceu no elevador. – Já tinha acontecido… Quando fomos ter com a Vanessa, ficamos presos no elevador e…

- Eu sei. O Seb contou-me. – Sorriu. – Ele tem-me pedido ajuda para te conquistar. Eu disse-lhe para ele ir com calma. Eu sempre soube que tinhas um carinho especial pelo Seb, apesar de nunca me teres contado, mas não sei até que ponto estás a confundir as coisas…

- Confundir?

- Sim. Eu podia jurar que estás apaixonada pelo David e não pelo Seb…

- Eu não estou a confundir! – Resmunguei, lembrando-me da Nicole. Eu não posso e eu não estou apaixonada por ele! – O David é um engatatão que anda com todas e tu sabes que eu não gosto desse tipo!

- Engatatão? O David? – Riu-se, fazendo-me ficar confusa. – Estás enganada. Muito enganada. Mas eu não te vou dizer nada. Tu tens de perceber sozinha o que sentes.

- Obrigadinha, sim? – Disse eu, fazendo cara de amuada.

- Até a amuar és parecida com ele!

- Pierre!

- Desculpa. – Riu-se. – E anda, toca a mexer, ou julgas que te vou deixar faltar às aulas?

- Mas Pierre…

- Nem Pierre, nem meio Pierre! – Interrompeu, obrigando-me a levantar. – Andor! Eu tenho mais que fazer!

Fui obrigada a arranjar-me e a ir às aulas. Já me tinha esquecido como o meu irmão consegue ser mandão e exigente. Como é óbvio, não fui com o David. Não vi o carro dele, com certeza já deve ter ido. E acho que também não era o mais certo, neste momento. Mas tenho de falar com ele, tenho de lhe pedir desculpa.

Quando cheguei à faculdade, subi as escadas e dirigi-me para a sala. Mais uma bela aula de História da Música para começar bem o dia. Aquela mulher odeia-me. Eu odeio-a. Se não me põe de castigo pela mínima coisa, passa a aula inteira a tentar prejudicar-me, fazendo as perguntas mais absurdas e complicadas que alguém se possa lembrar. Passei a aula inteira a olhar pela janela, a observar o nada. O David faltou à aula. Não consigo parar de pensar se terá acontecido alguma coisa. Olho o relógio impacientemente, contando os minutos para o fim da tortura.

Finalmente deu o toque de saída e apressei-me a deixar a sala. À saída, vi a Michelle encostada à parede.

- Bom dia. – Cumprimentei. – Passa-se alguma coisa?

- Bom dia. – Respondeu, sorrindo. – Não. Vim esperar-te. Os rapazes foram ao bar... São sempre os mesmos esfomeados.

- Tens razão. – Ri. Sinto-me nervosa e olho para todos os lados, para ver quando o David aparece. E, finalmente, ele aparece, acompanhado do Nick. Parece estar animado. Respiro de alívio.

- Bom dia, miúdas! – Cumprimentou o Nick.

- Bom dia, Nick! – Dissemos em coro.

Fiquei a olhar para o David, que permaneceu sisudo e calado. Aproximei-me dele enquanto a Michelle e o Nick falavam de qualquer coisa que não me apercebi o que era. Agarrei-o pelo braço. Tinha de falar com ele.

- David…

- Eu não quero ouvir. – Interrompeu ele, frio, puxando o braço e afastando-se.

Suspirei e observei-o a ir embora. Podia jurar que senti o meu coração a despedaçar-se como se fosse dilacerado por uma lâmina. Ele está chateado e tem razão. Somos amigos desde que me lembro e não acreditei nele. És uma idiota, Magda Bouvier!

Virei costas e dei de caras com a Nicole, que estava de sobrancelha erguida, olhando-me. Assustei-me e recuei um passo.

- Afasta-te do David! – Exigiu, apontando-me o dedo indicador.

- Desculpa? – Disse eu, não entendendo. Ficou louca de vez, só pode.

- Deixa o David! Ele é meu, percebeste?

- Não te trates, não… – Resmunguei, abanando a cabeça e seguindo o meu caminho, mas ela agarrou-me o braço.

- Não te metas entre mim e ele ou vais arrepender-te.

- Sentes-te ameaçada, é? – Provoquei, libertando-me da mão dela.

- Não! Tu não chegas aos meus calcanhares! – Pavoneou-se. Ela dá-me enjoos! Apenas me ri, deixando-a furiosa. – Estás a rir-te?!

- Estou. Da tua figurinha triste! – Declarei, já cansada de a aturar. – Reduz-te à tua insignificância e não percas o teu tempo a ameaçar-me. Não metes medo a ninguém, Nicole. E vai lá ter com o teu David! Não vá ele fugir.

Afastei-me novamente, deixando-a a resmungar. Depois de ter dado meia dúzia de passos, parei e olhei para trás. Embora a tivesse mandado ir ter com ele, não era algo que eu quisesse. Pelo contrário. Não gosto de o ver com ela. Mas, para mal dos meus pecados, lá estava ela, agarrada ao braço dele. Não importa. Já nada importa! Continuei a caminhar pelo corredor, sem sequer pensar para onde estava a ir. Quando me apercebi, estava no bar. Não tenho intenções de comer nada, mas sentei-me numa das mesas.

A imagem da Nicole a agarrar-se ao David não me sai da cabeça. Porquê? Ele até deve gostar dela e o quê que eu tenho a ver com isso? Nada, Magda, não tens nada a ver com isso! Eles que fiquem juntos… Não quero saber! Não me importa, desde que ela não se ponha a ameaçar-me, senão isto vai correr mal.

O leve toque de uma mão no meu ombro direito, fez-me dar um salto. Odeio quando isto acontece!

- Não te queria assustar! – Disse o Kalet, fazendo ar de quem se sentia culpado.

- Ah… És tu! – Suspirei. Por momentos, inocentemente desejei que fosse o David. – Estava distraída.

- Eu reparei. – Respondeu, sentando-se à minha frente. – Mal do coração?

- Ahn? – Soei. Não entendi a que se estava a referir. Ainda tenho a cabeça lenta.

- Problemas de amores?

Eu não tenho nenhum problema nesse assunto. Está tudo bem com o Seb… Apesar de ainda não termos falado do que tem acontecido. O meu problema, neste momento, chama-se David. Sinto que estou a perdê-lo e não estou a conseguir lidar com isso. Como posso ter sido tão idiota?

Olhei-o e sorri, mas antes que pudesse dizer o que fosse, ele falou.

- Nem tudo o que parece, é. – Disse ele. De quê que ele está a falar? – E não existem amores impossíveis. Existem apenas pessoas incapazes de lutar.

- Mas…

- Acredita em mim. – Interrompeu ele, pegando-me na mão. – Não desistas só porque te parece inalcançável ou porque os outros te dizem para desistires… Luta sempre!

Fiquei paralisada a olhar para o Kalet. Este rapaz por vezes assusta-me. Ele é muito culto e tem o dom da palavra. Consegue comover montanhas apenas com palavras. Não sei que lhe dizer. Na verdade, não sei do quê que ele está a falar.

Deu o toque de entrada e saímos os dois do bar, em direcção à sala. O Kalet despediu-se e entrou para a sala dele. Dei uns passos para a minha mas, antes de entrar, vi o David e a Nicole ao fundo do corredor. O David não parece muito bem-disposto. Não sei o que está a dizer, mas está a esbracejar e parece irritado. Decido entrar para a sala. É Matemática.

- Trago aqui os vossos testes e peço desculpa pelo atraso. – Pediu o professor, pousando a sua pasta em cima da mesa. Também acho que sim. Já os devia ter entregue há muito! – Mas até estou farto de olhar para eles. Estão uma miséria!

- Estão assim tão maus? – Perguntou o Dean.

- Estão. A começar no seu, Winchester. – Resmungou o professor, preparando os testes para distribuir. – Está a pensar começar a estudar Matemática quando?

- Eu estudei…

- Nota-se! Praticamente só acertou as escolhas múltiplas! – Resmungou mais uma vez, começando a entregar os testes.

O Dean olhou para trás e encarou-me, com um sorriso leve. Eu tinha-o ajudado no teste e, pelos vistos, o que eu lhe disse estava certo. Menos mal. Porém, não lhe sorri de volta, apenas baixei o olhar e foquei a minha atenção no caderno.

O David entrou finalmente na sala e estava com ar carrancudo.

- Isto são horas? – Perguntou o professor.

- Peço desculpa. – Respondeu, sentando-se no seu lugar.

- Tome lá o seu teste. – Disse o professor, pousando-lhe o mesmo na mesa. – 18. Nem parece seu, Desrosiers!

O David folheou o teste. Não parecia estar muito feliz com a nota. Afinal, desceu. Tudo o que não queremos. O professor virou-se e olhou para mim. Estou com receio da nota. Eu e o David estudamos muito mas não sei até que ponto eu consegui fazer as coisas certas. O teste era muito complicado.

- Estive a ver a sua ficha de aluno e tal como o Desrosiers, é aluna de 20 a Matemática. – Declarou ele, pousando o teste na minha mesa. – Por isso, não admito esta nota, menina Bouvier!

Virou costas e foi para a sua secretária. Fechei os olhos e respirei fundo, antes de olhar para o teste. Boa, desci para 18, também. Mas não é assim tão mau, considerando o teste que foi.

- É bom que estudem. Os exames estão aí à porta!

Finalmente ouviu-se o som mais adorado: o da campainha. Todos saíram apressadamente da sala e, estranhamente, ficamos eu, o David e o Dean. O David estava lentamente a arrumar as suas coisas e o Dean pôs-se ao lado da minha mesa, de costas para o David.

- Queria agradecer-te! – Disse o Dean. – Tirei 10, graças à ajuda que me deste.

- De nada. – Respondi. Sinceramente não quero saber. Estou desiludida com a atitude que teve no bar. Nunca pensei que pudesse ser tão idiota. – Mas nos exames não te posso ajudar, por isso estuda.

- Sim, claro! – Disse sorrindo. Chegou-se para trás e sem querer, foi contra o David.

- Vê por onde andas, imbecil! – Refilou o David, afastando o Dean bruscamente.

- Tem lá calma, sim?! – Disse o Dean, virando-se para ele. – E estás a chamar imbecil a quem?

- A ti! – Respondeu o David, encarando-o. – Porquê, há problema?

Antes que eles se voltassem a pegar, eu levantei-me e meti-me no meio dos dois, afastando-os. Eramos capazes de ser os três suspensos se se pegassem agora à pancada aqui.

- Há! – Refilou o Dean e apontou para o seu lábio, que tinha um corte e estava um pouco inchado do lado esquerdo. – Ainda não me esqueci disto!

- Ah, queres ficar com o outro lado igual, é? – Perguntou o David, inclinando-se para a frente, mas eu continuei a afastá-lo.

- Vais pagar caro… Vais pagar tão caro, Desrosiers.

- Não te preocupes. Dinheiro não é problema para mim. – Respondeu o David, em tom irónico.

- David, cala-te! – Passei-me, deixando a olhar para mim de sobrancelha erguida. Estou farta de os ouvir. Parecem autênticas crianças! – E tu, Dean, pára de ser idiota! O que tu fizeste não se faz! Deixa o David em paz, está bem?!

- Mas Magda, isto não tem nada a ver contigo… – Disse o Dean, em tom mais meigo. – Somos amigos, ou não?

- Não. Não achei bem o que fizeste. Odiei a tua atitude! – Admiti. O David estava com cara de admirado a olhar para mim. Provavelmente não estava à espera que eu dissesse isto. – E quero que te afastes de mim, se faz favor! E do David também!

Ficou por momentos a encarar-me e tive a sensação que tinha raiva no olhar. Alternava o olhar entre mim e o David, que permanecia, finalmente quieto, ao meu lado. Acabou por simplesmente virar costas e ir embora. Virei-me para o David, com a intenção de tentar falar com ele novamente, mas não sei de onde é que ela apareceu, lá estava novamente, agarrada ao braço dele.

- Di, o quê que estás aqui a fazer com ela? – Perguntou a árvore de natal ambulante, olhando-me de lado e beijando o David depois. Foi a gota de água para mim.

- Não se preocupem. – Disse eu, pegando nas minhas coisas. – Estou de saída!

Saí da sala disparada, sem olhar para trás. Caminhei pela faculdade e fui dar aos jardins por trás da mesma. São uns jardins enormes e bem tratados para onde nunca vai quase ninguém. Sentei-me debaixo duma das árvores e fiquei ali o tempo todo. Não devia faltar às aulas, mas sinceramente, não quero saber. Apenas quero estar sozinha. Levo a mão à cara e apercebo-me que me correm lágrimas pelo rosto. Mais uma coisa que não consigo explicar. Limpo o rosto, e ali fico.

O meu telemóvel tocou. É uma mensagem. Não me apetece ver nada, nem falar com ninguém, mas obrigo-me a lê-la, pois pode ser alguma coisa importante ou ter acontecido alguma coisa com o meu irmão. Leio-a.

“Estou à porta da faculdade. Anda ter comigo, tenho uma surpresa para ti. Beijinho, Seb.”

Uma surpresa? Mas será que ele não sabe que odeio surpresas? Levanto-me e dirijo-me para a entrada do edifício e logo o vejo, encostado ao carro. Aproximo-me dele e ele esboça um sorriso enorme. Ele tem realmente um sorriso lindo e que me faz esquecer qualquer problema.

- Põe isto. – Pediu ele, tapando-me os olhos com um lenço.

- Onde vamos? – Perguntei, entrando para o carro com a sua ajuda. Ele deu a volta e entrou, pondo o carro a trabalhar e arrancou.

- Já vais ver. – Disse ele.

Estranhei o seu pedido, mas acedi ao mesmo. Não sei para onde estou a ir, mas confio nele. Pouco depois senti que paramos e que ele desligou o carro. Saiu do carro e logo abriu a minha porta, ajudando-me a sair. Ainda com a venda posta, guiou-me. Comecei a sentir o chão a amolecer. Era areia e eu conseguia ouvir as ondas do mar.

-Chegamos. – Disse ele, largando-me a mão e tirando-me a venda.

Abri os olhos e pestanejei. Estávamos na praia. Está deserta e sente-se aquela agradável brisa a maresia. O mar estava calmo e embatia carinhosamente na areia fina. O sol estava a pôr-se, fazendo o céu ficar com uma cor alaranjada, assim como o mar. Olhei o Seb, que estava a sorrir.

- É lindo! – Disse eu, ainda pasmada. Adoro o pôr-do-sol na praia. Ele sabe disso, pois já lhe tinha contado. Sentámo-nos na areia a ver aquela paisagem maravilhosa e ele colocou o seu braço por cima dos meus ombros, aproximando-me mais dele. À volta havia um penhasco, que me causou um certo arrepio. Lá de cima deve ter-se uma vista maravilhosa do horizonte, mas com certeza não tão bela como esta daqui. Sinto-me bem. O Seb consegue transmitir-me paz e serenidade, apenas com o olhar. O seu carinho e amabilidade fazem com que toda a minha fúria ou tristeza desapareçam.

- Agora ninguém nos pode interromper… – Disse ele, aproximando-se mais de mim e pegando-me na mão. – E pensei que seria o lugar ideal para te dizer o que tenho a dizer.

O meu coração acelerou do nada. Encarei-o. Os seus olhos azuis fitavam-me fazendo-me arrepiar. Não há nada nem ninguém que nos possa interromper. Finalmente poderemos entender-nos.

- Não sei se já percebeste… Mas já há muito tempo que o que sinto por ti é muito mais do que uma amizade. Já tinha percebido isso mas tive a certeza no dia em que te vi pela primeira vez. – Admitiu o Seb, fazendo festinhas na minha mão e sorrindo.

Senti-me a corar. Não, eu nunca me apercebi. Na verdade, eu nunca me apercebo dessas coisas. Sou tão tapadinha nesse aspecto, que nem que ele pusesse setinhas luminosas a apontar eu iria entender. Sempre julguei que o carinho e a ligação especial que tínhamos eram apenas amizade para ele e que apenas eu sentia que fosse mais do que isso.

De repente, do nada e inexplicavelmente surgiu, na minha cabeça, a imagem da Nicole a beijar o David. Não sei porquê. Tento afastar essa visão do inferno, concentrando-me nos olhos cor do mar do Seb, que estava um pouco corado. Sorriu e olhou-me nos olhos.

- Magda… Nós… Quer dizer… Queres… – Soou ele, atrapalhado com as palavras.

- Shhh… – Disse eu, tocando com o meu dedo nos seus lábios.

A acção é melhor do que qualquer monte de palavras. Sem pensar, aproximei o meu rosto do dele, como se o meu corpo se movesse sozinho. Olhámo-nos e era como se fossemos os únicos no mundo e nada mais à volta existisse. A brisa do mar acariciava-nos a pele e fazia os nossos cabelos esvoaçar levemente. Até que, sem hesitar e debaixo de um céu vermelho e iluminados por um sol já fraco e meio desaparecido no horizonte, avançamos um para o outro, selando finalmente os nossos lábios num beijo desejado e ininterrupto. Desta vez, sou só eu e ele.



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Notas finais do capítulo

então? :b



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