Chocolate. Era de chocolate o delicioso cheiro que emanava na enorme casa do Kazekage.

Ela nunca tinha tempo para cozinhar, sempre ocupada completando missões ou lutando ao lado de seus irmãos, Gaara e Kankuro. Agora ela tinha um tempo livre e esta o usando para fazer... Trufas de morango.

Ela poderia simplesmente pedir para que uma das cozinheiras o fizesse. Porem não. Ao invés disso ela pediu para que se retirassem da cozinha para que ela pudesse fazer suas trufas em paz. Aproveitar o momento em que nenhum de seus irmãos intrometidos estava em casa.

Lá estava ela, se esforçando ao máximo, fazendo cada bombom com cuidado, recheando-os do jeito que imaginava que ele gostaria.

Logo ela embrulhou-os com cuidado numa embalagem com uma leve tonalidade roxa, fosco, um pouco transparente. Guardou-os numa caixa preta. E então saiu de casa, tomando seu caminho até os portões de Suna e logo se dirigindo a floresta.

Sentia-se ridícula. E um pouco desconfortável.

Óbvio. Lá estava ela, fazendo algo que jamais imaginou que faria. Com a caixa de chocolates na mão, a procura de seu amado, para entregar-lhe os chocolates.

“Como sou ridícula. Como isso é ridículo. Gastei meu dia inteiro fazendo isso. Já estou parecendo àquelas outras garotas ridículas e insanas.” Ela pensou enquanto continuava seus passos pela floresta, fitando o pequeno pacote.

O que ela estava pensando? Quando preparara os bombons para dar a um inimigo.

Soltou um suspiro, e continuou seu caminho, com passos cansados.

Andou e andou pela floresta a onde procurava por ele, com a caixinha ainda na mão.

A loira continuou seu caminho, sem perceber que alguém lhe observava desde que adentrara na floresta.

Ele tinha um olhar curioso, quando percebeu que ela segurava uma pequena caixinha na mão.

Querendo saber o que era a caixinha, desceu da árvore e chamou pelo nome da garota.

– Temari!

A garota se virou, e o observou, surpresa, por não ter notado sua presença. E imagina se estava tão distraída assim.

– Deidara! – A loira chamou de volta, quase num sussurro.

Tremia e sentia-se um pouco envergonhando, tentando arranjar coragem o suficiente para entregar-lhe a caixinha de bombom. Mas ela não era uma covarde. Portando não voltaria atrás, e entregaria os chocolates.

Aproximou-se do Akatsuki, timidamente. E então entregou-lhe o pacote.

– São para... você. – Ela disse levemente envergonhada por dar a ele algo tão bobo e inútil. – São apenas bombons.

O Akatsuki a observou por um tempo, com um olhar frio, deixando-a mais sem graça e levemente corada. Mas então, surpreendendo-a, deu um leve sorriso e então pegou a caixinha de suas mãos.

– Foi você quem fez, un? – Perguntou com um sorriso no canto dos lábios.

Ela apenas concordou com a cabeça, de braços cruzados, sem ter coragem o suficiente para encara-lo.

O rapaz abriu a caixinha, revelando os deliciosos chocolates.

– Trufas de morando, hm. – Ele disse sorrindo, enquanto ela ainda encarava o chão sem olhar para seu rosto.

Deidara agarrou um dos chocolates, e se aproximou da loira. Levantou seu rosto, segurando-a pelo queixo. Então ele colocou o chocolate em sua boca e levou até os delicados lábios da garota.

Como aquele sabor era diferente... delicioso, ela pensava. O sabor exótico das trufas de morango misturadas ao leite condensado com um leve toque de licor suave, que ela acrescentou as trufas. E também o doce sabor dos lábios dele.

Continuaram dividindo o chocolate.

Ele pós suas mãos na cintura da garota. E ela o abraçava, entrelaçando seus braços na nuca dele, enquanto apoiava-se na ponta dos pés. Ele passou a ponta da língua nos lábios de Temari, querendo passagem.

Ela sorriu por entre o beijo, entreabrindo os lábios e deixando passagem livre para ele.

Somente pararam quando estavam sufocando. Ela estava envergonhada e ele estava sorrindo.

– Obrigado pelos chocolates, hm.

– Não foi nada – Ela disse com um sorrisinho inocente no rosto.

Ele sentou-se na grama e apoiou suas costas no tronco de uma árvore.

– Venha aqui, vamos dividir mais trufas e beijos, hm.

– Deidara! –Ela repreendeu, envergonhada.

Ele apenas sorriu e observou enquanto ela sentava-se ao seu lado.

Ele pegou outro bombom e levou até os lábios e foi a dividi-lo com Temari.

Depois de saborearem juntos todos os chocolates. Ela deitou sua cabeça em volta do braço dele. E descansou lá, sentindo os raios de sol, entre os galhos e as folhas das árvores, tocar sua pele. E continuou assim, sentindo a brisa suave do vento, escutando os reconfortantes barulhos dos pequenos animais por ali.

– Eu te amo. – Ela disse um tanto sem graça e corada.

Deidara ficou pensativo por um minuto.

– Eu também... – Disse um pouco nervoso. – Eu também te amo, un. – Continuou olhando para ela e lhe dando um beijo duradouro.

E assim ficaram... Na floresta, se amando, escondidos dos olhares de quem podia separa-los.