Na sexta de manhã, acordei de bom humor e com uma sensação boa como se tivesse acontecido algo de bom. Fui ao Banheiro como de costume e me olhei no espelho e viu que meu cabelo estava um pouco cortado e de uma cor diferente, meu cabelo era preto e ficou branco.

Aquilo me assustou, mas eu decidi deixar de lado. Ultimamente estava acontecendo tantas coisas estranhas na minha vida que meu cabelo estar branco era o de menos e estranhamente, ninguém havia me perguntado o porquê da mudança. 

Antes de ir à escola, fui ao parque fiquei sentada no banco em frente as flores de cerejeiras (Adoro quando as flores daquele parque estavam assim).

Fui para aula e depois retornei para casa e quando e abri a porta e vi sentado em meu sofá Yasha (Na forma de humano) e pulou de alegria dizendo:

—Yuki, que bom que você veio. Já conheci sua mãe. - Falou sorrindo. - Gostei muito da senhora Himesamui Samira.

—O que você está fazendo aqui? Como chegou aqui tão rápido? – Perguntei. - E por que não veio comigo direto?

— E correr risco da Aya atacar você comigo? – Falou sorrindo. - E uma coisa, por que seu cabelo está branco?

— Não faço ideia. Acordei hoje de manhã e já estava desse jeito. – Respondi.

Ele me olhou desconfiado, mas ignorou logo em seguida o. Minha mãe havia feito biscoites ao invés de ter feito o almoço. Comemos e Yasha disse que precisava conversar comigo em particular e fomos para o meu quarto e pela expressão facial dele, o assunto parecia ser grave.

Subimos a escadaria que dava direto para meu quarto e lá Yasha disse-me um segredo: Ele se transformara em uma fera gigante, que sai a procura de alimento a noites e no outro dia não se lembrava de nada. Isso resolvia o incidente na zona rural da cidade, era ele quem causou a destruição e as mortes, mas não era por mal e que isso acontecia pelos menos quatro vezes por semana e dizia que por causa de seu poder enorme.

 Ele me mostrou em suas costas na forma de humano o brasão junto de um símbolo que eu não sabia descrever. A imagem pertencia a sua família que faz parte da elite do Makai e que só poderia ser passado de pai para filho. Explicou-me mais tudo detalhadamente.

Ficamos o dia todo conversando e se conhecendo e então no anoitecer, foi para a minha casa no campo. No outro indo para escola, encontrei Toramaru. Fomos juntos a mais um dia tedioso de aula de minha vida. Tropecei em uma lata de refrigerante que estava ali perto da entrada para a escola e estava de saia tinha um grupo de meninos do outro lado e viram a minha calcinha e fiquei totalmente envergonhada. Os meninos começam a rir de mim e dizendo:

"– Hahaha , olha a calcinha dela é rosinha com corações Hahaha "

— Parem de rir! Vocês deveriam ter vergonha, ao invés de rirem da cara dela deviam vir ajuda - lá. - Toramaru fitou os garotos nervosamente. – Desapareçam daqui bando de embustes!

Fiquei impressionada com a resposta dele perante aqueles idiotas. Então, ajudou-me a levantar e um dos meninos seguidamente respondeu:

— Nossa cara não precisamos ser assim, nós só achamos engraçado. 

— Engraçado seria eu quebrando a cara de vocês seus babacas. – Exaltou Toramaru.

—Toramaru já está bom! Já respondeu “educadamente" a eles. Estes não valem o prato que come. – Disse a ele colocando a mão em seu ombro.

Seguimos caminhando para escola e entramos no pátio logo em seguida, Aya aparece atrás de nós e diz:

— Onde esta meu amado Yasha? Digam-me agora. - Falou Aya calmamente com a mão em meu ombro.

— Aya... Olha eu não quero briga e então se você me da licença eu e meu amigo estamos indo. – Respondi ricocheteando sua mão.

— Não ouse das às costas para mim! Já se esqueceu do meu poder? Quer ficar imobilizada novamente? - Perguntou Aya.

—Toramaru, por favor, vá em frente que eu te encontro depois. - Falei entregando-lhe minha mochila.

Por algum motivo eu estava bem confiante. Algo em mim dizia que eu poderia bater de frente com ela desta vez e não precisara ser defendida pelo Yasha.

Pedi a Toramaru que nos deixasse a sós. O pátio já estava vazio e então continuamos com aquele desprezível diálogo com o vento semi-quente da manhã da primavera.

Ela começou a falar sobre o Yasha novamente e me ameaçando novamente. Quando fiz uma cara de deboche, avançou em minha direção me jogando contra o chão enterrando a minha cabeça na terra. 

— Gostou da recepção, vadia? – Perguntou.

Empurrei seu pé e consegui dar a volta e pegar o seu braço e torcer. 

— Posso ser uma humana, mas também não sou burra nem idiota. – Falei.

— Não vou usar os meus poderes com uma humana imunda como você. – Respondeu sorrindo.

— Você é meio-humana, então o mesmo sangue que corre em minhas veias, também corre nas suas. – Respondi.

Aya ficou imóvel e abaixou a cabeça e começou a rir feita louca. Seu corpo emanava uma energia avermelhada, a terra começará a tremer e seus cabelos levitar.

— Desta vez eu não terei piedade Yukizinha... Você vai morrer. – Respondeu Aya.

O poder dela desencadeou uma onda de choque que me afastou dela e então ela caminhou até mim novamente e me pegando pelo pescoço com a mão direita me levantando.

— Crawl and Grow... Antes que pudesse terminar de falar, Yasha apareceu e a interceptou arremessando-a para longe e disse:

— JÁ CHEGA PORRA! – Gritou Yasha. - Aya, pare de vir atrás dela e é a mim que você quer, então deixe a em paz!

— Yasha! - Dissemos juntas.

(Nestes momentos falamos juntas de novo... Foi estranho)

— Aí amor ainda bem que está bem, essa daqui que veio falando asneiras para mim. – Disse Aya se levantando.

Ela foi correndo toda saltitante na direção de Yasha só que ele desvia do abraço dela.

— Suma daqui. Eu não quero seu abraço e nós não somos mais namorados e nunca mais seremos. - Falou Yasha. - Você é desprezível, odiada e louca ao contrário da Yuki uma menina doce e gentil.

— Y-Yasha como pode dizer? – Falou choramingando. - Vocês vão ver, principalmente você Yuki!

Depois da discussão Aya saltou e perguntou:

—Você gosta da sua família humana? - 

— Eu gosto. Por quê? – Respondi.

— Hahaha. Vocês são muito patéticos com esse sentimentalismo familiar. -   Disse desaparecendo. - Adeus...

Yasha perguntou se eu estava bem e se precisava de algo. Respondi que apenas deveríamos ir para aula.

 O professor ficou injuriado conosco e nos deixou de castigo depois da aula. Entramos atrasados e eu não vi que minha roupa estava rasgada por causa da minha luta com Aya.  

Durante o 1 ° intervalo na sala de aula um garoto da minha sala, colocou a mão em meu ombro e viu que a alça do meu sutiã estava caindo e aproveitou-se da situação arrancando o com tudo quase retirando minha blusa.

Porém, antes de sair correndo, o agarrei pelo braço e o virei em cima de uma carteira quebrado em 2.

— Eita. – Falei. – Me desculpe.

 O garoto se levantou e saiu correndo para o banheiro. Corri atrás dele para me desculpar, só que o perdi de vista e Miki veio atrás de mim e observou que entrei no banheiro masculino.

Até que me encontrou sem a camiseta, mostrando meus seios para mim mesmos em frente ao espelho.  Miki entrou e disse:

— O que você fez com aquele menino? Você o jogou e quebrou a mesa com ele! - Disse ela surpresa.

— Não tenho ideia do que aconteceu. Eu apenas fiz isso. – Respondi me olhando no espelho sem camiseta.

 - O que é essa marca preta no seu ombro? – Perguntou Miki colocando a mão. - Ela está horrível, mas quem pode ter feito essa coisa terrível contra você?

— Provavelmente foi a Aya. - Respondi – Mas então não está doendo nem nada.

Expliquei a Miki sobre a minha luta contra Aya e expliquei, mas o estranho foi que eu não senti essa marca em meu corpo. Ficamos falando sobre a marca e quando recebi uma mensagem de texto de um numero desconhecido em meu celular dizendo: " Eu capturei sua mãe se quiser ver ela novamente, venha até a ponta média da montanha na zona rural que estarei lá com ela. "

 Quem diria que demônios sabiam usar celular...

—Yuki, você me disse que ela iria fazer alguma coisa, não é? –Disse Miki ao meu lado.

—Sim, mas achei que estava blefando com achei da primeira, mas me enganei. – Respondi.

Quando fui ver a mensagem, eu entrei em choque. Mandei Miki ir atrás do Toramaru e do Yasha e irem para minha casa em 40 minutos!

Estava desesperada fui até em casa, e vi que minha mãe não estava lá, pois quando ela sai ela deixa um bilhete na porta da geladeira. Passou-se os 40 minutos e Miki junto de Yasha e Toramaru chegaram na minha casa desesperado igualmente a mil fazendo várias perguntas e etc

Mostrei a mensagem e os dois disseram:

— Isso só pode ser coisa da Aya...

A expressão de Yasha era de muito ódio, sua aparência estava mudando. Estava se transformando em demônio.

— AYA!!!- Gritou. – COMO VOCÊ OUSOU.

— Fica calmo Yasha. Temos de ir atrás dela. - Disse Miki.

— Mas e a escola? – Perguntou Toramaru.

— Depois resolvemos isso. Eu só tenho vocês. Por favor, me ajudem. - Falei enquanto olhava para eles.

Todos assentiram que sim e seguimos em direção a ponte média na montanha, na zona rural.