Segredos da Alma escrita por voaadora
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem, se houver comentários postarei logo. Tudo depende de vocês, os primeiros capítulos já estão escritos.
Segredos das Almas
Prologo
Vejo pessoas ao meu redor que não fariam falta alguma nesse mundo. - Raito
Osaka, Japão.
Pela estreita janela do meu lado direito podia avistar o céu em um tom estranho de cinza, o clima não era dos melhores, o vento entrava com lufadas forte no cómodo pequeno e escuro e trazia calafrios por todo meu corpo, os dedos dos meus pés e mãos estavam muito gelados, principalmente meus pés que estavam descalços e sofriam com a humidade do piso molhado e só fazia com que aos poucos eu perdesse a sensibilidade neles.
Por mais que tentasse, não conseguia encontrar palavras para descrever meu sentimento naquele momento, meu coração parecia em pausa, toda aquela raiva, revolta, e tristeza haviam sumido e deixavam em se lugar um sentimento monótono nunca experimentado por mim antes. Se pudesse definir meu âmago naquele momento, poderia compara-lo com um cemitério deserto, com os solos mau cuidados, lápdis sujas e cheias de musgo, um lugar onde o únicos barulho existente era do vento correndo por entre as árvores que rodeavam o deprimente lugar o tornando tremendamente arrepiante.
Acho que ninguém que estivesse prestes a vivenciar seu fim, pudesse estar preparado, e eu não era um exceção. Aquele história de que sua vida passa como filme em sua cabeça antes da morte não acontecia comigo, eu até gostaria de lembrar de momentos felizes do meu passado, queria poder vivenciar lembranças esquecidas no meu subconsciente, mas minha mente estava paralisada e ao mesmo tempo trabalhando a todo vapor. As vezes quando um maior desespero me assolava, meu coração se apertava e um horrível frio na barriga se fazia presente, meu corpo se movia por conta própria - como um instinto de sobrevivência - e tentava se desamarrar - inutilmente - das amarras de ferros em meus braços e pernas.Nunca em todo tempo desejei ser como eles, ter aquele força sobre natural e poder escapar dali em um piscar de olhos.
[...]
Então finalmente eu estava lá, pronta para cumprir o que me era designado. Eu sabia que pedir a Deus ou ter esperanças nessa altura do campeonato não fazia sentido, mas mesmo assim eu me agarrava ao minúsculo fio de esperança que ainda residia em meu corpo. Me perguntava repetidas vezes porque não fugi quando tive a chance, e tinha medo que a resposta para essa pergunta fosse o sentimento que comecei a nutrir por aquele que mais queria minha morte.
Mais no fim eu escolhi morrer com dignidade, estava ali e não demonstraria para eles o quanto estava abalada, seguiria forte e inabalável como se nada estivesse acontecendo, não poderia dar-lhes o gostinho de me ver implorando por minha vida. Não faria isso, definitivamente não. Porque meu nome é Sakura Haruno e no meu vocabulário a palavra implorar não existia.
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