Im Sorry To Let You Go Without Tell You escrita por MochiBabe


Capítulo 1
Capítulo único.


Notas iniciais do capítulo

Antes de qualquer coisa: Odeio essa fanfic e tipo, arrumá-la foi matar mais uns seis leões pra mim. Ela machuca, ela é dolorosa e eu odeio reler a dor que senti a fazendo por mais que já tenha passado. Enfim. Estou postando por que quero compartilhar minha dor com vocês e. Brinks.
Espero que gostem, é só. ♥



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O sol se nascia preguiçoso na província coreana, acordando aos poucos algumas pessoas que haviam de fazer suas obrigações. Já podia se ouvir a movimentação na rua, alguns carros e crianças sendo levada as escolas. Um dia tipíco para qualquer coreano. 

Com exceção, de Zhang Yixing. 

O despertador tocou às 08:30, hora em que costumava acordar quando havia um dia só para si e estava sozinho em sua casa. Se espalhou na cama e por alguns poucos segundos, olhou o rádio-relógio do seu lado. 

- 15 de julho de 2013. 08:33 da manhã. 

Murmurou baixo para si mesmo e sentiu uma dor quase física ao lembrar da mesma data do ano interior. Pode sentir os estilhaços de ferro e vidro rasgar sua pele, o volante do carro perfurar sua garganta e seu coração parar por milésimos de segundos, porém, bem significantes. Respirou fundo e se controlou para não chorar ali, pelo menos uma vez deveria fazer algo sobre aquilo, aquela dor, aquela agonia e mesmo que fosse tarde, deveria fazer por si mesmo.

Levantou dali, mesmo que não tivesse vontade e respirou com toda a força que tinha buscando algum tipo de motivação para ir, por mais que a vontade de dormir durante o restante do dia fosse maior. Se arrastou até o banheiro e como já sabia que seria lamentável ver a sua face no espelho, já se fazia quase dois anos que olhava a si e via metade de um ser humano. Quase um ser humano tão frio e seco que nem mesmo a si, sabia se existia mais. Com cuidado e calma, penteou os cabelos e escovou os dentes, algumas vezes olhando as enormes olheiras que cresciam conforme a chegada do mês de julho.  Se trocou com um pouco mais de velocidade, colocando uma calça social, uma camisa e deixando o cabelo da forma que estava, mesmo um pouco bagunçado. 

Virou um suco de morango com soja em sua garganta, quase à força; Sabia que aquilo poderia fazer mal a si, mas sair de casa com o estômago vazio, o faria sentir ainda pior. Ainda mais com o que estava prestes a enfrentar.

Entrou no carro e dirigiu de forma lenta contra o nevoeiro. Talvez tivesse sido rápido, porém sentia que a cada segundo que passava dentro daquele carro, durava uma hora. Estacionou e fitou o enorme semblante deprimente daquele lugar. Cheirava a rosas velhas e formol. Se não fosse desesperador a sensação que Lay sentia, não entraria ali. A não ser que realmente fosse pra fazer o que tanto queria fazer. 

Assim que entrou no local, comprimentou os porteiros e lá estava completamente vazio. Esperava encontrar algum parente de Kris ou até mesmo, Tao. Mas ninguém estava lá, só ele, um nevoeiro terrível e mais diversos corpos mortos.

Começou a andar entre eles e parou em frente a um. Nele estava estava escrito: Wu Fan - 6 de novembro de 1990 - 15 de julho de 2012.
Nunca se esqueceria daquele lugar, das posições das árvores, do vento que batia em seu rosto e o pior: Nunca se esqueceria da dor que sentia em ter que visitar justo... Ele.

Se sentou ao lado tumúlo e olhu o concreto. A lápide ainda brilhava com os poucos raios de sol que conseguiam chegar nela sob a neblina e dessa vez, Lay deixou suas lágrimas escorrerem pelo rosto, molhando boa parte dele. Respirou fundo e mesmo que alguém ouvisse, resolveu começar a falar o que guardara por tanto tempo. 

- Oi, Kris. Tudo bem? É, eu sei. Mesmo que esteja me ouvindo, não terá como me responder. Acho que... Não deveria estar aqui, mas estou. Não vim aqui só para chorar ou relembrar de sua morte. Vim aqui pra lembrar de como sua existência foi vital para mim.

Esses dias fui naquele parque em que nos conhecemos e fiquei sentado em um banco, vendo a chuva se encontrar com o rio. Você tinha a maior cara de arrogante do mundo. Não era só a cara, tinha também o andar de alguém bem arrogante, e o olhar... E essa mesma pessoa se sentou ao meu lado e me perguntou às horas. Na hora que você me perguntou aquilo, eu perdi completamente o peso de qualquer coisa que estava no meu corpo e até mesmo havia esquecido que meu relógio estava no meu pulso. Eu gaguejei e lhe respondi; e você sorriu, me dizendo seu nome e que havia acabado de se mudar para a cidade.

Acho que foi assim que me apaixonei por você. Me apaixonei pelo seu jeito de me tratar quando sentia medo e por que também quando estava mal, sempre procurava você. Mas agora que estou mal por sua ausência, eu procuro quem?

Lembro também de uma briga que tivemos. Não me lembro o por quê de termos brigado, tem um certo tempo já. Mas se não me engano, foi por que acabei dando atenção demais a LuHan e não a você. Achei aquilo a coisa mais graciosa do mundo, ainda mais vindo de você, que não gostava nem um pouco de demonstrar tal coisa. No meio da briga, eu acho que demonstrei demais o que sentia e você me perguntou se eu havia me declarado a você. E eu menti. Acho que aquele foi meu pior erro perante a nós dois, afinal, já havia sentido coisas demais por você e preferi esconder.

Duas semanas depois, se não me engano, você assumiu seu relacionamento com o Tao. Aliás, não foi que você assumiu. Foi que eu assumi pra mim mesmo que seu coração já havia um dono e nada mais eu podia fazer. Fiquei sem chão, sem reação e sem um pingo de vontade de falar com você de novo. E acho que depois disso, nunca mais consegui cogitar te ter por perto e te dizer tudo isso. 

E nesse período de tempo, foi que aconteceu essa tragédia. Você havia acabado de brigar com Tao, passou em um bar pra beber soju para esfriar a cabeça e resolveu dirigir. Batendo de frente com um poste e - felizmente - morrendo na hora. Lembro que quem me ligou contando disso foi MinSeok e de início, ouvir tudo isso parecia um sonho ruim. Como aqueles sonhos que você tem que está caindo de penhasco e acorda puxando todo o ar de seus pulmões, sabe? Foi como isso. Porém a agonia nunca passou e eu bem sei que nunca vai passar pois bem sei que nunca mais vou poder dormir e sonhar com você aqui, me abraçando e sentindo que estou aqui pra ti.

Me desculpa. Por ter deixado você ir embora sem dizer que amava você. Por não ter vindo aqui antes e por não entender você.

Eu te amo, Wu Fan. Espero que pelo menos agora você veja isso. 

Lay fitou a lapíde por uns instantes e deu as costas, ignorando tudo o que sentia de novo e recusando a chorar, apenas andando contra o vento gelado que acarinhava sua face. Do mesmo jeito a mão de Kris costumava fazer.


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